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[Lince] Capítulo X – Morte por Escolha EJWNGUN
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[Lince] Capítulo X – Morte por Escolha EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha

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MensagemAssunto: [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha   [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha Icon_minitimeTer 16 Jul 2013 - 1:26


~ . S a g a . N i n j a . d e . M i t s u k u b a n e . K o u . ~
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L i n c e
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Capítulo X - Morte por Escolha



“Eu empunhei a arma mais próxima e avancei, sem ao menos pestanejar de surpresa. Mai apenas girou os calcanhares e vacilou para o lado. Quando minha lâmina rodopiou em meus dedos e tentou perpassá-la a morena explodiu numa nuvem de corvos negros e barulhentos. Alguns arranhavam meu corpo enquanto por desequilíbrio cai em uma das poltronas. As aves mesclaram-se novamente e, quando dei por mim, estava a encarar Lince mais uma vez.”

Kou permaneceu sentado quando deparou que a garota nem ao menos tentou contra-atacar. Ele a observou por um instante: seus cabelos, ao invés de soltos, estavam agora trançados por cima das costas; as roupas estavam limpas e os ferimentos sequer apareciam. Parecia completamente desarmada. Não que isso pudesse indicar segurança.

– Espero, para o bem dos seus amigos, que eles estejam bem longe daqui ao amanhecer – alertou ela, arrastando uma cadeira de ferro e a posicionando em frente ao gennin.

– Estarão. Assim como eu. – ouviu em resposta.

– Você não pode ir embora.

Lince afirmou de forma tão sombria que Kou esperou algum tempo até esboçar qualquer sinal de relutância. Quando este o fez, surpreendeu-se com a mesma sentando-se a sua frente, de pernas cruzadas, fitando rapidamente a janela, onde Quinn a observava, e em seguida, atacá-lo com seus olhos negros.

– Kou... Há um motivo para tudo isso. Até para minhas múltiplas personalidades e – ela  suspirou antes de continuar – bem, saiba que nada até agora foi lançado em vão.

Embora tentasse transparecer calma, um turbilhão de pensamentos afogavam a mente do pequeno. O beijo na noite da fuga, o ataque das Sentinelas, o medo por Tohru e Ayane e o fato de estar sendo capturado apenas serviam para aumentar a ansiedade. Kou foi inundado pelo medo de nunca mais ver sua família ou seu sensei. Seu rosto corou violentamente. Engoliu o medo por um tempo e se empenhou para desenvolver a conversa.

– Por quê? Por que necessariamente vocês me querem?

– Eu trabalho para um homem realmente perverso. Ele mantém o negócio das ameixas para cobrir suas atividades mais sórdidas. A última dele foi exigir para sua “safra mensal” um Mitsukubane. Não necessariamente teria que ser você, mas eu o escolhi a dedo. Passei muito tempo estudando as possibilidades e você foi a peça que melhor se adequou à situação.

– O que quer dizer com “safra mensal”?

– Escute, Kou: no mundo há muita gente ambiciosa e sem escrúpulos que não fraquejam quando almejam ganhar dinheiro. E uma dessas maneiras é promovendo apostas ilegais. Só que o mercado das apostas é algo imprevisível, mutável: você tem que ser um gênio para conseguir manter um elenco de jogadores por muito tempo e o homem para quem eu trabalho é um. Ele consegue sair impune dos crimes e, de quebra, construiu um império se tratando de importações e exportações de produtos. Com suas Sentinelas, as quais ninjas extremamente habilidosos, captura pessoas em qualquer lugar no território dos cinco países e as atira num jogo cujo objetivo é, basicamente, atrair mais apostadores. Essas pessoas lutam entre si. Às vezes, até a morte.

¬– Então... Eu cairei nesse jogo? É isso? ¬– Kou parecia estar estarrecido demais para demonstrar qualquer emoção além da própria perplexidade.

¬– Eu sinto muito.

E ela realmente sentia. A garota pegou a mão do menor antes de prosseguir.

¬– Entretanto, se você vence... Bem, você se torna uma Sentinela. Eu venci esses massacres uma vez.

¬– POR QUE VOCÊ ME ESCOLHEU PARA ISSO?

– Kou... Entenda, o meu dono queria um Mitsukubane. Aparentemente por rixas antigas.

“Meu dono”. Kou sentiu repulsa ao ouvir aquilo. Ele seria atirado num campo com outras várias pessoas tentando matá-lo e, se vencesse, o que era bastante improvável, seria submetido a trabalhar como capanga para o resto de sua vida. Não voltaria a sua vila a menos que fosse para jogar outras pessoas para a morte. Talvez a morte fosse melhor que isso.

Então o genin olhou por um instante para Mai: uma garota, não mais que dezoito anos. Expressões agora vacilantes, porém, em nenhum momento, fracas. Imaginou todos os traumas na vida daquela kunoichi. Todas as pessoas que colocou nisso. Todas as que viu morrer. Chegou a sentir pena. Ficou em silêncio por um bom tempo. Curvou-se e tapou o rosto com as mãos. Até ameaçou chorar, mas teve seu rosto levantado pela menina. Ela o olhou pela primeira vem sem qualquer mistério, como um livro aberto. Ele não pensou muito antes de questioná-la.

– Como você entrou nisso?

– Por minha mãe... ¬– ela desviou o olhar ¬e passou a encarar o chão – Eu era apenas uma menina de Konohagakure. Fazia parte de um de seus clãs mais respeitados e me destacava pela minha capacidade de estratégia. Filha de dois dos membros mais importantes do grupo de planejamentos da vila, eu era um prodígio. Quando me tornei chunnin aos nove anos, minha mãe me levou para um passeio nos jardins externos de Konoha. Ela era tão linda... Foi nesse dia que ela foi capturada. Duas Sentinelas me deixaram ali, no chão, paralisada por algum veneno enquanto a levavam. Ela resistiu, mas não foi o suficiente. Aquilo foi chocante, no mínimo. Duas semanas depois disso, grupos de três ninjas foram formados para seguir o rastro dela. Meus companheiros ¬– um Akimichi e um Yamanaka ¬– e eu descobrimos que o motivo que sustentava sua captura era o fato dela ter ajudado a mandar pelos ares uma antiga produção de tabaco que acobertava essas apostas.

¬– Produção de tabaco¬? ¬– aquilo atingiu Kou como um raio. Seu pai. Ele talvez estivesse envolvido nisso também.

Mai prosseguiu.

¬– Mas quando eu cheguei ao local, agora uma plantação de ameixas, não havia mais sinal algum dela. Era uma missão suicida. O meu grupo foi capturado e atirado numa espécie de lugar que servia como dormitório para um número enorme de pessoas. Pessoas amedrontadas, e que, por instinto, se tornaram cada vez mais individualistas só por estar naquele lugar. Ali era como uma sala de espera para a morte. Recebíamos comida boa, de fato, mas era como se estivessem preparando porcos para o abate. E alguns desses “porcos” até brigavam pelo alimento. Não lembro como nem o porquê, mas acabei me distanciando dos meus companheiros. Explicaram-me as regras e eu só conseguia pensar em vencer aquilo. Se eu vencesse, conseguiria sair dali. Caso contrário, teria que encarar aquilo tudo vezes e mais vezes, contra novas pessoas a cada “safra”. Na primeira rodada todos nós fomos despejados numa floresta gigante. Cerca de cinquenta pessoas tentando matar umas as outras, você consegue imaginar isso? Lembro que tentaram rasgar meu rosto de primeira. Eu fugi. Abati uns dois. No fim das contas, depois de uns quatro dias, estava entre os dezesseis finalistas. Depois disso, foi morte súbita. E uma garota de nove anos ganhou. Eu fui promovida então à Sentinela. Passei a seguir ordens e as cumpria, sem exceções. Até algumas semanas atrás, quando meu dono ficou obcecado com o nome Mitsukubane. Um homem, Kanji, havia causado problemas demais a ele no passado, então decidiu alimentar sua vingança. Ele disse que se sentiria melhor vendo um Mitsukubane ter a carne destroçada em uma de suas arenas.

¬– Eu vou morrer, então. ¬– murmurou o pequeno, desolado.

¬– Eu tenho um plano. E foi por isso que te escolhi, Kou. Você pode não ser o mais forte de sua linhagem. Nem o mais “valioso”. Mas você tem algo único. Algo que talvez falte ali dentro daquele lugar sem esperança. Se há um modo de acabar com tudo isso, deve ser por dentro. Mas só se conseguiria isso com todos unidos. Todos agindo como um só.

¬– Uma rebelião? Mas eu não sou um herói, Lince!

¬– Talvez não um herói, mas um mártir.

¬¬– Então terei que morrer para que todos lutem por uma causa?

¬– Talvez sim. ¬¬– Mai o encarou. Seu rosto já estava inundado por lágrimas, para a surpresa do menor.

Kou não sabia o que dizer. Ele apenas ficava observando a menina traumatizada a sua frente explicar em detalhes todas as vezes em que quase morreu. Lince não era vilã, afinal. Era só mais uma pessoa vitima das circunstâncias. E havia também essa ligação com seu pai. Kou já estava envolvido até o pescoço com toda essa história. Será que aquele seria seu último ato? Talvez não houvesse nada mais nobre.

O menino pensou em todas as pessoas já mortas nessas apostas. Pensou em todas que ainda morreriam. Pensou em seu pai se explodindo para que tudo aquilo acabasse. Talvez aquele fosse mesmo seu destino. O fim de seu curto caminho ninja.

Ele então se levantou ainda vacilante.

¬– Eu aceito a morte.

Mai não sabia muito bem como demonstrar isso, mas uma onda de alívio a inundou. Ela envolveu Kou num abraço apertado e, enquanto algumas lágrimas molhavam a camisa surrada do rapaz, murmurou alguns agradecimentos.

Foi só o tempo de se separarem para o inesperado acontecer: um grito de Ayane ecoou pela madrugada e logo em seguida o corpo inconsciente e pesado de Tohru pode ser visto sendo atirado através da parede de uma das torres e rasgando os céus ainda escuros violentamente.

_____________________________________________________________________
Aproveitei as férias para continuar a história do meu Kou,
que estava um pouco abandonada por falta de tempo...
Acontece, haha.
Bem, espero que gostem desse capítulo!
E desde já, agradeço pela atenção! [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha 1610
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Bruno Moraes

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MensagemAssunto: Re: [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha   [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha Icon_minitimeSáb 20 Jul 2013 - 13:55

Estou gostando bastante do rumo que essa historia está tomando, está bastante interessante. Dá para ver que é algo bem planejado e que não foi feito as pressas. Agora me pergunto como esse garoto irá conseguir convencer todos a se unirem, será que realmente só com a morte irá conseguir. Estou a espera da continuação dessa saga, agora vou me dedicar mais para acompanhar a sua historia.

Continua irmão [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha 906945 
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MensagemAssunto: Re: [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha   [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha Icon_minitimeSáb 20 Jul 2013 - 18:19

Opa, muito obrigado, Bruno!
É uma questão importante essa do Kou... Será que ele conseguirá ou apenas morrerá?
Resta a dúvida, haha...
Obrigado por ler!
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MensagemAssunto: Re: [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha   [Lince] Capítulo X – Morte por Escolha Icon_minitime

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