- Anteriormente escreveu:
- Azura fugiu de kiri depois de ter matado 12 civis. O rapaz foi condenado a morte por culpa deste crime, porém antes da execução ocorrer perdeu o controle dos poderes e, tentado evitar a morte de mais gente, jogou-se num penhasco rumo ao mar violento.
Antes disto o rapaz havia recebido o sangue de Juugo através de uma transfusão afim de salvar sua vida, mas acabou herdando o senninka, uma técnica que garante um poder gigantesco ao usuário, mas vem acompanhada de uma loucura proporcional. Desde então tem batalhado constantemente para controlar seus poderes...
OVA - 1
Destinos Cruzados
Uma chuva torrencial banhava a costa naquela manhã nublada. Com gotas e orvalho misturados, formando uma cortina de água intransponível aos olhos. As ondas do mar avançavam e recuavam num padrão acelerado, mas a agressividade das águas nao condizia com o tempo ruim, porque estranhamente aquele mar parecia sereno, como se tivesse em luto...
E naquela cortina de água, naquela praia chuvosa iluminada pelos primeiros raios opacos de sol, uma silhueta caminhava em cambaleios. A criatura era um humanoide musculado, tinha costas levemente curvadas e cabelos espetados, mas os detalhes escondidos pela chuva nem mesmo o melhor dos observadores poderia enxergar. Aquele ser caminhava pela areia deixando pegadas molhadas, e quando ele parou, abraçou a si mesmo, ajoelhou na areia, sofreu e urrou como um animal.
Através da nevoa, um expectador anonimo observava a cena, olhos de esmeralda assustavam-se com a horripilante cena. A besta tornava-se homem; ossos estalavam e o que outrora era qualquer coisa corpulenta e inumana voltava a sua forma original.
Por fim, quando a transformação cessou, o observador aproximou-se daquela aberração apenas para achar um corpo inerte desmaiado sobre a areia.
...
Azura abriu os olhos.
- Onde estou? - Ele perguntou, ainda tonto, sem saber de fato se haveria alguém para responder. Aparentemente ja era noite lá fora.
Ele estava acomodadamente sobre um futton rosa, coberto por lençóis e sendo aquecido por uma fogueira perto de si.
- Estamos na minha casa. - Uma voz infantil soou perto dali. - Você esta se sentindo melhor?
Azura percorreu o cômodo com os olhos ate encontrar quem lhe tinha dirigido a palavra. "Uma... Criança?" A garota deveria ter seus onze ou doze anos, tinha cabelos cor-de-limão e usava um vestido vermelho.
- Sim. - O ruivo respondeu sucintamente. - Isso é uma caverna?
A criança remexia as prateleiras perto dali procurando qualquer coisa, e quando a achou, tirou uma panela de uma gaveta e caminhou até a fogueira. Sentou sobre os joelhos ao lado das chamas e acomodou o bule de forma a nao cair. Pegou água e as folhas, pôs dentro da panela e, por fim, dirigiu o olhar para o rapaz.
- ISSO é a MINHA casa. - Ela falou dando enfase naquelas palavras. - E sim, é uma caverna. Você quer chá?
- Não, obrigado. - Azura percebeu que estava sem nada sob o lençol. - Onde estão minhas roupas?
- Eu tive de tirá-las, você estava todo molhado... - Ela corou um pouco, mas escondeu o embaraço como pôde.- Você veio do mar ? - Tentou mudar de assunto.
Azura ignorou. Ele sentou sobre o futton, coberto parcialmente pelo lençol sem se importar com seu corpo nu. Isso pareceu constranger a sua anfitriã.
- Hm... O que é essa cicatriz imensa em seu peito? - Perguntou a garota, admirando a marca imensa.
Azura permanesceu calado, revirando a sala e tentando achar qualquer coisa util...
- Você é um criminoso?
Ele por fim desistiu de procurar, e ficou observando a fina fumaça que saia dançando do bule. Calado, distante.
- Seus olhos... - A criança encarou. - Eles são tão...
- Negros? - O ruivo completou. Aquela era a resposta mais obvia, e ela com certeza diria aquilo.
- Tristes...
Azura a encarou surpreso, porém inexpressivo. Aquela frase o pegou desprevinido. Nunca tinha olhado por esse lado.
- E quem é você? - O rapaz perguntou.
E em um segundo, a garota levantou-se e fez uma reverencia real.
- Eu sou Sue Masaoka, a seu serviço. - Sorriu ela. - E você? Quem seria?
Ele a observou por alguns segundos, e antes qe pensasse em responder uma espécie de fisgada incomodou sua mente, como se seus instintos tentassem transmitir uma mensagem.
- Não interessa meu nome. - Ele dirigiu-se a um armario qualquer, e retirou de dentro suas roupas de presidiário, vestindo-as logo a seguir.
- Como sabia que suas roupas estavam ai? - Ela perguntou completamente corada pelo fato do rapaz andar nu por ai. - E como assim seu nome nao importa? Eu disse o meu, você tem que dizer o seu! Não é justo!
O ruivo achou tambem bandagens sobre o armario. Aproveitou para cobrir o braço negro.
- O que você esta fazendo?! - Sue parecia confusa, não entendia o porque do rapaz estar agindo tao energicamente de repente.
- Faça as malas. Você acampou por tempo demais, "eles" ja devem ter rastreado você. - Azura falava rápido.
- O quê... Como.... Como você sabe? Quem é voce? - Uma sombra pareceu cobrir a face dela, a criança deu um passo para trás, com medo, e empunhou uma colher-de-pau que estava perto dali.
Azura se aproximou da criança de forma sombria.
- Eu sou sua única chance de sobreviver aos mercenarios que estão lhe perseguindo. - E chegou mais perto dela, analisando-a com seus olhos. - não foi para isso que me ajudou?
Ela engoliu em seco, ponderando, tentando responder a aquela verdade sem que a confirmasse...
- Você vai me ajudar? - Ela falou por fim.
- Sim.
- Porque?
- Eu... Eu não sei. - Ele ponderou por alguns segundos. - há algumas semanas atrás eu teria matado você apenas por ter visto minha face, mas... Eu simplesmente não quero fazer isso agora.
A garota engoliu em seco, pensando que talvez tivesse sido uma má ideia ter usado aquele homem, afinal, ele parecia ser alguém no minimo diferente.
Ela demorou um pouco para arrumar suas coisas, e no fim o máximo que levou foi uma mochila surrada.
Os dois saíram da caverna, ambos caminhando silenciosamente. A caverna ficava numa floresta proxima a praia, e nao demorou para que os dois achassem uma tilha para seguir.
- Como... Como você descobriu sobre "Eles"? - Ela perguntou depois de alguns segundos, parecia uma criança comum, apesar de claramente não ser. Azura pensou em ignorar a pergunta, mas seria uma má ideia omitir informações, ele tinha percebido o quanto ela era insistente quando queria.
- Um palpite. - Respondeu friamente, de forma a acabar com a conversa.
Sabia que ela não acreditaria, sabia também que a menina era bem mais do que parecia ser, mas pelo menos parte do misterio havia sido solucionado, e ainda tinha muito a se descobrir...
Azura tinha escondido o fato de ser um shinobi, o fato de ser um criminoso fugitivo e, mais ainda, escondeu que tinha descoberto sobre os mercernarios porque sentia várias presenças, todas elas em torno dos dois.
Estavam cercados.
E ele não podia em hipótese alguma utilizar seu chakra.
- Spoiler:
Pois é galer, eu to sem pc e escrevi esse Ova pelo tablet, sopra naoficar sem fazer nada xDenquanto estiver sem pc, irei escrever apenas Ovas, e a storyline oficial ficará pausada.
Espero que me perdoem pelos erros e descrições apressadas, édificilescrever por aqui D: