Citação :

Anteriormente...
Azura fechou os olhos. Não aguentava mais aquele… poder… que estava dominando sua mente, as tatuagens começaram a dançar sobre seu corpo querendo cobrí-lo e transformá-lo em alguém que absolutamente não era ele. O ruivo deu um passo para trás enquanto seu cabelo tornava-se negro, sua pele escurecida, espinhos cresciam nas costas. As pernas tremeram, a tentação era forte, sua força de vontade estava sendo quebrada… Mas ele tinha uma missão.
Saltou para trás. Um pulo fraco, suave. Seu corpo deitou no ar, sua visão admirou o céu enevoado, seus cabelos agitaram com energia e seu corpo pareceu voar. O precipício atrás de si o esperava.
“Nãaaaao!” Ele ouviu Angelus gritar. Zef chamou seu nome, Amaya também. Aquilo era estranho.
A queda começou confortavelmente, o ar em torno de si pareceu engoli-no e em instantes ele já não ouvia nada, apenas o assovio dos ventos jogando-o contra as pedras.
“Talvez seja hora de morrer de fato. Ironicamente…”
Ele fechou os olhos. Um mar cheio de pedras e ondas violentas estava próximo.
“Mas desta vez… Pela primeira vez…”
“Desta vez...”
“Serei livre.”

A madrugada fria adentrava os ossos dele como facas afiadas. E ao mesmo tempo em que seus passos ecoavam até o infinito, sua respiração profunda gerava uma fumaça de umidade proporcional ao seu cansaço.
Ele caminhava sem rumo, em uma trilha de terra no meio do nada. Olhou para o céu, além do capuz da sua capa de viajem e admirou as estrelas que dançavam lá, no infinito. De início ficou tão perplexo com a beleza do cenário que parou de andar.
Perguntas, questionamentos, observações, críticas. Dezenas de frases e linhas de pensamento cruzavam-se em sua mente ao mesmo tempo, uma obsessão momentânea. Até que ele percebeu que parara de caminhar, e atou-se a mover novamente. Ainda sem tirar os olhos das estrelas, ainda impressionado com tamanha beleza.
Era a madrugada mais bela que ele já vira na vida, lembrando que já vivera dezenas de madrugadas, e nunca se preocupou em olhar para o céu.
Xingou-se baixinho.
Dizem que a noite é mais escura momentos antes do amanhecer, perguntava-se ele se aquilo era mesmo verdade. Decidira que olharia para o céu todas as noites dali em diante.
Caminhou sem parar por horas a fio sem rumo naquela estrada e quando amanheceu, percebeu que foi parar em uma cidade pequena.
O ruivo entrou pela cidade pela estrada que seguia, e percebeu que toda a população movimentava-se mais a frente, em uma feira. Ele entrou na multidão, procurando uma banca que o agradasse, morrendo de fome.

- Erm... hmm... Quanto é? – Ele pegou uma maçã-verde, temeroso de que chamaria a atenção com aquilo. A vendedora terminou de atender um cliente qualquer e prestou a devida atenção ao ruivo.
- Erm... hmm S...- Ela engoliu em seco, corando. – São cinco R-Ryos.
De início o rapaz não entendeu a reação, pensou que a vendedora havia o reconhecido ou assustado com a sua aparência mórbida(era possível que o seu capuz não estava escondendo o bastante). Olhou o antebraço direito, o qual estava equipado com o selo que escondia sua aparência peculiar, o Fukkatsu.
- Então?  - Ele tentou fingir naturalidade.
A mulher estava corada, embaraçada e certamente alterada. Ele fez uma anotação mental prometendo a si mesmo nunca mais falar com vendedores de rua, imaginou o porquê dela olhá-lo daquela forma.
Ele deu o dinheiro e pegou a fruta, levando-a a boca logo a seguir enquanto caminhava pela multidão procurando uma estalagem qualquer. Percebeu o quão estranho era viver sem ser bombardeado com olhares estranhos, sem ter pessoas com medo de si ou tentando mata-lo. Geralmente era ele quem tentava mata-las, aliás.
Um esbarrão o desequilibrou e o fez largar a maçã, algum transeunte desatento chocou-se contra ele. Uma mulher de cabelos azuis pedia perdão com um sorriso encabulado na face, parecia inocente, embaraçada.
- Não se preocupe com isto. – Ele falou, tentando apenas sair daquela situação.
- Hai hai! – A mulher falou, seguindo seu caminho e perdendo-se na multidão.
Azura olhou para trás, sobre os ombros.
"Então começou..." Ele pensou, antes de virar-se e começar uma corrida frenética em meio a multidão.
Estava fugindo.
Seus olhos sondavam o mundo em seu campo de visão, e seus pés trilhavam o caminho rumo aos seus planos. Deveria encontrar o local perfeito.
"um, dois, três, quatro... Um esquadrão inteiro." ele analisou em meio a fuga.
Dobrou no beco da esquina, onde percebera ter menos pessoas. Precisava de informações.
Sua fuga foi finalmente interrompida, Azura parou na frente da parede que obstruía seu caminho e esperou alguns segundos...
Eles chegaram um-a-um, alguns vindo de dentro das paredes, outros disfarçados entre os transeuntes que momentos antes cercavam Azura. Inclusive a mulher que esbarrou nele. Usavam máscaras e equipamento shinobi, mesmo os vestidos a paisana.
- Homens de Amagi... - Ele comentou, ao notar que as máscaras usadas eram parecidas com a que ele usava. - Eu não sou um nukenin. - Anunciou.
- Nós sabemos. - Um deles falou, um homem vestido de colete e mascara branca. - Você foi dado como morto em kiri, por isso não teve o nome riscado.
- Agradeça a Okashii. - A mulher completou, aproximando-se do ruivo a passos curtos. - Mas ainda assim nosso mestre quer sua cabeça.
Azura sentia a tensão, o nervosismo... Ele farejava a inexperiência deles como um cão.
- Engraçado. Vocês tem medo de mim. - O ruivo mudou o tom de voz e retirou a capa de viajem, preparando-se para lutar. - Eu posso lutar com um braço só contra cães do Amagi. - e esboçou um sorriso de canto de boca, erguendo a mão esquerda, que agora sem o selo que escondia sua aparência, exibia a aparência monstruosa do membro.
A resposta foi imediata, alguns irritaram-se, outro foram intimidados.
- Seu... Você está morto! - O mais velhos deles sacou uma lâmina.
A provocação funcionou. O sorriso se deboche sempre funcionava.
"Eles não são iguais a mim." Concluiu.
- Uryaa! - O assassino armado avançou, cortando e perfurando o ar. Foi respondido com um soco poderoso da mão negra do fugitivo, e caiu inconsciente.
E antes que Azura pudesse fazer algo, tentáculos de pedra estenderam-se a partir da parede atrás dele e o constringiram.
- Maldito! - Uma das mulheres se aproximou, dando um soco no queixo de Azura. - Foi fácil. Nos disseram que ele era o melhor homem do mestre Amagi, o soldado perfeito, o estrategista... Sinceramente, até senti algo próximo ao medo quando o mestre Amagi mobilizou todos os seus homens atrás de você... Fico imaginando se você é mesmo necessário para o nosso emprendiment-
- Basta. - O cativo a cortou, voltando a sua expressão fria costumeira, ele cessou a atuação. - Eu já sei o suficiente.
Ele concentrou seu chakra e atravessou os tentáculos pedregosos usando suas habilidades em doton.
- Eu não vou matar ninguém. - Ele começou a falar com adversários apreensivos. - Estamos no território de konoha, eu seria um criminoso se o fizesse...
- Oraseu... - A assassina mais próxima tentou atacar novamente, mas teve o braço imobilizado pelo ruivo.
- Eu estou indo para Chá no Kuni. - Ele olhou nos olhos de cada um. - Lá não está sob a vigência de nenhuma vila shinobi, não ha leis. Se ousarem me seguir até lá, saibam que matarei um a um dolorosamente.
Uma brisa fria atingiu os ouvintes, fez gelar a espinha de cada um e suor escorrer-lhes a testa.
- O aviso está dado. - Azura soltou a assassina imobilizada por ele e a jogou com alguma força contra os outros. - Não duvidem da minha palavra. - E desapareceu em uma nuvem, deixando nada mais que um gosto amargo na boca dos seus perseguidores e o vento frio de sua presença.
- Era... Um kage bunshin? - Um deles perguntou, perplexo.
- Este homem... É o mal em pessoa.
 




Distante dali, o ruivo escondia-se sob o capuz da capa. A carroça sacolejava violentamente sob o sol a pino. Azura acompanhava a mulher que o vendeu a maçã horas antes, Agata, como ela havia dito anteriormente, que tinha lhe oferecido uma carona até o próximo país que iria vender. Ela conduzia os cavalos com destreza enquanto tentava conhecer mais sobre o misterioso homem que decidira ajudar inesperadamente.
- Então me diga... Erm... Azura-san. - A vendedora ainda parecia acanhada ao falar com ele. - Qual seu interesse em Chá no Kuni?
O ruivo estava distante, perdido em pensamentos. Quando ouviu a pergunta, olhou com a inexpressividade habitual.
- Eu estou... Procurando... Algo... - Ele respondeu.
- Algo?
- Eu não sei ainda o que é... - Ele fez outra pausa. - É apenas... Algo.

CHA NO KUNI? OMG, NÃO PODE! NÃO ACREDITO, MAS... NÃO, COMO PODE SER? A SÉRIO? NÃO CONSIGO ACREDITAR? O QUE SE ESTÁ A PASSAR? OH MEU DEUS! ESTOU SUPER-IMPRESSIONADO, NÃO ESTAVA MESMO NADA À ESPERA!



Estou deveras confuso com a situação da tua história agora. Então e a história com a criança, onde é que ela se insere nisto tudo? Fiquei mesmo confuso, então tens o trabalho de criar aquelas voas e depois não crias qualquer tipo de conexão, deixaste-me completamente baralhado .

Aparte disso, gostei do que li. É bom saber que há mais vilões por aí aparte dos que estão na Akatsuki (espero bem que o Azura vire vilão, né, né...).

Bem, continua ^^

Tio Tsu escreveu:

CHA NO KUNI? OMG, NÃO PODE! NÃO ACREDITO, MAS... NÃO, COMO PODE SER? A SÉRIO? NÃO CONSIGO ACREDITAR? O QUE SE ESTÁ A PASSAR? OH MEU DEUS! ESTOU SUPER-IMPRESSIONADO, NÃO ESTAVA MESMO NADA À ESPERA!



Estou deveras confuso com a situação da tua história agora. Então e a história com a criança, onde é que ela se insere nisto tudo? Fiquei mesmo confuso, então tens o trabalho de criar aquelas voas e depois não crias qualquer tipo de conexão, deixaste-me completamente baralhado .

Aparte disso, gostei do que li. É bom saber que há mais vilões por aí aparte dos que estão na Akatsuki (espero bem que o Azura vire vilão, né, né...).

Bem, continua ^^

O que? D: Porque tanto espanto? D: É só chá no kuni D: Don't worry D: 
Sobre a cronologia  Agora que percebi que esqueci de por uma nota nos ovas dizendo que os acontecimentos de lá acontecem no intervalo entre o filler 30 e 31. Quando ele cai do penhasco e passa a explorar o mundo. My fault, my fault.
E sim. Se ha um spoiler que eu posso dar é esse, ele vai se tornar um vilão  De um jeito ou de outro
Obrigado por ler!

Bruno Moraes escreveu:

Fiquei na dúvida se isso é algo que aconteceu antes ou depois do OVA. Também fiquei a pensar que o OVA não tem nada haver com a historia, se for isso imagino que quer tirar a parte de pedofilia do Azura da historia inicial colocando agora uma mais velha . Agora quero saber o que é esse “Algo” que o Inugami procura, creio também que o próprio também quer saber o que ele está a procurar ^^ .
 

Força na Historia!!!    

Pois é  eu que não avisei onde os ovas se encaixam  Don't worry, apenas saiba que eles acontecem antes deste filler. Obrigado por ler!


Os Ovas são uma série de 3, e eu ainda não tive paciencia pra escrever o terceiro e último, que fará a ligação entre o começo do 31 e os acontecimentos dos anteriores, e eu o farei num futuro.
Vocês ainda saberão o que aconteceu com a pobre Sue ;-;

Certeza que estás a ir em uma busca pelo chá perfeito, dizem que Azura tem um paladar muito crítico...

E juro que pensei na Tora quando li sobre a mulher de cabelos azuis hahahaha

Do mais, tô gostando da história, os moços de máscaras bonitinhas e tudo mais, agora ver o que vai dar com essa vadi... digo, Agata.

Agata intrigou-me. But anyway.
Já deixaste o spoiler que ele vai se tornar um vilão agora quero ver como vais fazer esse turn. Vou lendo algumas coisas tuas para ficar a par.