Depois de ter tido um sonho estranho e perturbador, Brian sai do seu hotel em Kiri e resolve ir tomar um ar do lado de fora do estabelecimento e para sua sorte, desta vez não está chovendo. O jovem vai caminhando pelas ruas cheias de umidade que existem em Kiri, indo até o que parece ser um grande depósito abandonado. Porém, antes de adentrá-lo, Brian executa alguns selos de mão enquanto concentra seu chakra numa pequena porção da areia contida em sua cabaça, criando um pequeno olho espião (Daisan no Me), o qual o jovem usa para espionar o interior do depósito, para se certificar de que ele está vazio.
 
Feito isto, o rapaz cancela o jutsu e vai até o portão de entrada do local que, mesmo aparentando estar abandonado, possui uma pequena corrente selando a entrada, que por acaso parece bem enferrujada, indicando que ela já está aqui a um bom tempo. Vendo isto, Brian saca sua ninjaken da cintura e, com apenas uma mão, ele executa e um rápido e limpo corte vertical, com tanta força que a corrente é cortada no meio, liberando o caminho para Brian adentrar no grande depósito.
 
No interior do local, Brian pode escutar sua própria respiração ecoar por aquelas paredes que a muito não viam a presença de um ser humano. Assim, Brian coloca o braço direito rente ao corpo com a mão aberta, enquanto concentra chakra nesta, logo, após alguns minutos, Brian ouve o ar sendo cortado e então uma foice enorme, mais do que a sua antiga, vem até sua mão. Esta foice tem uma aparência macabra, seu cabo é feito do que parece ser uma coluna vertebral, o topo possui um crânio humano, estranhamente bem conservado, e a lâmina possui um brilho negro, mostrando que o material dela com certeza não é de algum metal.
 
Contudo, mas estranho que esta arma ter vindo até ele, foi a sensação de saber exatamente como maneja-la, mesmo nunca a tendo visto ou usado antes deste momento. Brian segura a arma com as duas mãos e, depois de concentrar chakra nas pernas, ele desaparece num shunshin e reaparece até de um dos grandes caixotes de ferro que existem no local e, com um rápido e e forte corte horizontal de sua nova arma, a grande caixa é partida ao meio, como se fosse feita de manteiga. Mesmo surpreso com a efetividade do golpe, Brian resolve testar a arma um pouco mais e, concentrando chakra no cabo da arma, ela se estica a uma longa distância e propicia ao jovem alcançar outro grande caixote de ferro, o qual o sunanin também divide ao meio após executar um poderoso corte vertical de cima para baixo.
 
No teto do depósito, também é possível ver algumas lâmpadas queimadas (visto que estão pretas) que dão uma ideia para o Borges, que mais uma vez concentra chakra na foice para transforma-la numa lança e depois focaliza mais chakra para faze-la se estivar pelo teto como uma serpente, destruindo todas as lâmpadas uma por uma, como um verdadeiro efeito dominó, enquanto os pequenos cacos de vidro vão caindo do teto, mas não atingem Brian pois ele já havia, muito antes de adentrar no local, usado seu chakra para se revestir com uma fina armadura de areia só visível quando acertada por um forte dano (Suna no Yoroi).
 
“Está arma é incrível... Então aquele sonho louco era verdadeiro, esta só pode ser a arma que pertenceu ao próprio Jashin!” _ ele pensa consigo mesmo, enquanto fica observado o brilho misterioso e sombrio que este artefato está emanando. Mas, ainda falta uma última coisa que o jovem precisa testar, talvez um dos poderes mais inesperados da arma. Assim, Brian concentra mais uma vez o chakra na arma para faze-la mudar completamente de forma, se tornando numa grande espada bastarda, com que possui um cabo negro com um pequeno crânio nele.
 
Estando totalmente estupefato com a nova arma, Brian segura ela com as duas mãos e começa a executar cortes rápidos no ar enquanto da piruetas ou move seu corpo com agilidade para os lados, de forma a se afeiçoar com este novo estilo de armamento. Então, após passar mais de trinta minutos fazendo essas atividades, os músculos dos seus braços e corpo já estão cansados e doloridos devido aos movimentos repetitivos e sua respiração também está pesada, indicando que agora já treinou o suficiente por hoje.
 
- Foi é promissor, jovem mestre Brian! Parece que o tolo do Jashin finalmente achou um herdeiro digno! _ diz uma voz misteriosa e extremamente eloquente, que estranhamente parece vir da foice.
 
Depois do choque inicial, Brian olha com mais atenção para sua arma e, mesmo estando meio desconfiado, ele pergunta:
 
- Há... Quem ou o que é você?
 
- Meu nome é Cain, jovem mestre! O primeiro humano a cair mas o último a remanescer, eu sou o ser que vive nesta foice, criada com meus próprios ossos e sangue, numa tentativa de atormentar a terrível existência da entidade da morte, muito embora ele pareça nunca ter se incomodado com minha presença! _ o espírito termina, mostrando que está esperando o jovem  se recuperar do choque.
 
- Eu não sabia que um... Espírito habitava esta foice! _ Brian responde, parecendo ainda não conseguir acreditar naquilo.
 
- Não se preocupe, irei tratar de lhe explicar essas questões quando sairmos deste local abandonado, pois ao contrário do que você pensa, ele não é seguro! _ Cain fala com seriedade, alertando Brian de um perigo que ele achava que corria.
 
Assim, não querendo mais perder tempo neste local, o ceifero executa alguns selos de mão e depois deixa seu chakra fluir por todo os seu corpo, o fazendo adquirir um forma arenosa (Suna Karada) que é levada pelo vento até seu hotel, onde ele irá tentar averiguar melhor quem é exatamente este estranho ser chamado Cain.
 

Continua...

Reservo.

Bump!