Numa residência de classe média alta, localizada em Sunagakure, um crime ainda sem explicação parece ter ocorrido, pois um homem, na meia idade, se encontra caído no chão de sua sala, com uma faca em mãos e bastante sangue advindo de um ferimento em seu coração.
Tendo sido avisado com certa antecedência, Brian fica prontamente equipado e, depois de concentra chakra na areia, o rapaz faz alguns selos enquanto manipula a areia para formar um nuvem arenosa (kodona sasupenshon sabaku) a qual ele usa para ir voando até a cena do crime, no intuito de desvenda-lo. Assim, em questão de minutos o Borges chega até o local, que está a ser vigiado por vários membros da Anbu de Suna.
Brian cancela seu jutsu e depois adentra na residência, indo até a sala de estar, local que está cercado por faixas amarelas, de forma a isolar a cena do crime. O rapaz levanta a faixa com a mão direita e se aproxima do corpo para observa-lo com atenção.
- Qual o nome dele, quando ocorreu o óbito e o que aconteceu aqui? _ pergunta o sunanin, enquanto fica a avaliar a situação do cadáver.
- O nome dele é Zentou, senhor Brian! Nós acreditamos que seja suicídio, visto que ele está com a arma do crime em mãos e também deixou um bilhete de despedida e, a julgar pelo ferimento, ele deve ter falecido a pelo menos cinco horas. _ diz um Anbu da divisão sapo.
- Hm... Me mostrem este bilhete! _ pede o sunanin, até que um dos membros Anbu entregam o bilhete em sua mão, contendo apenas poucas palavras.
- Código:
-
Se nós somos insignificantes para o universo, então nossa
vida não é importante. Assim, eu termino com a minha.
- Uma mensagem bastante idealista e profunda, qual era a profissão deste homem e ele tinha filhos ou parentes? _ pergunta o Borges, enquanto observa o ferimento no peito do homem.
- Ele era um comerciante de especiarias, ao que parece não deixou filhos mas possui uma ex-mulher, que já o deixou a anos e um irmão mais novo que também mora em Suna, chamado Kuwabara, que por sinal é bem mais sucedido financeiramente que seu falecido irmão. _ responde outro membro da Anbu.
- Este ferimento... Não foi este homem que fez! _ diz o Borges, enquanto mantém seus olhos focados na ferida.
- Como o senhor tem tanta certeza? _ questiona um Anbu de divisão gato.
- Por mais fria que a pessoa seja, lhe falta força para poder enfiar uma uma faca em seu próprio coração. Devido a intensidade e brutalidade deste ferimento, parece que alguém lhe apunhalou! _ conclui o Borges.
- Isto não é possível, senhor Brian! Existem impressões digitais dele na faca e não existe nenhuma marca na mão dele que indique que alguém possa ter segurado ela e a tenha usado para apunhala-lo contra a vontade própria!
- Bem, eu já vi pessoas serem ressuscitadas, vi criaturas além da compreensão humana, acho que existem poucas coisas que podem ser consideradas impossíveis! _ respondo o Borges, enquanto alinha o óculos com a mão direita. - Agora, por favor me deixem sozinho, quero examinar a cena do crime sozinho!
Mesmo não concordando com as palavras do ceifero, os membros da Anbu se retiram na residência, deixando o Borges sozinho no local do crime.
Assim, Brian começa a andar pela sala em busca de pistas, para descobrir o possível assassino de Zentou. Ele inicialmente olha na mesa dele de refeições, que possui uma prato de arroz com manjericão, uma jarra contendo suco de fruta, aparentemente de goiaba (uma verdadeira iguaria em Suna), e um copo meio vazio contendo o suco.
O jovem olha o arroz, mas não deve ter nada nele, visto que o prato nem parece ter sido tocado, como se a vítima tivesse morrido antes de se alimentar. Em contra partida, o copo meio vazio denuncia que ele ao menos bebeu o suco antes de decidir ceifar sua vida. Brian passa os dedos da mão direita pela boca no copo de vidro e sente algo meio áspero, como se fosse algum tipo de pó. O jounin aproxima seus dedos das narinas e logo tem uma conclusão.
“Veneno... Mas isto não faz sentido, a causa mortis foi com certeza o ferimento no coração, por que então teria veneno no suco?” _ se pergunta o ceifero, enquanto percebe que o crime está ficando cada vez mais complexo. “Não pode ter sido a manda do irmão mais novo, visto que ele é mais rico e influente não teria razão para fazer isto, além do mais, por que alguém iria por veneno no seu suco? Não existe nenhum tóxico que induz a pessoa a se matar, pelo menos nenhum que eu conheça...” _ tendo este pensamento em mente, Brian pega o copo com suco e sai da residência e, concentrando chakra nas pernas, executa rápidos shunshins para chegar logo em sua casa.
No local, Brian vai até seu laboratório químico e começa a fazer vários testes usando o pó que encontrou no copo, fato que lhe tira várias horas do seu dia, mas lhe provêm uma conclusão interessante.
“ Karada do Shibire... Mas, esta solução química apenas causa enfraquecimento muscular e diminui a força de vontade da pessoa, não é capaz de matar alguém... Merda, quatro horas de trabalho para nada!” _ pensa de forma irritada o ceifero, para depois bater com seu braço direito na mesa, quebrando e derrubando vários tubos de ensaio com diferentes soluções químicas, por sorte nenhuma perigosa mas o vidro proveniente dos tubos lhe causam alguns cortes no braço, lhe causando certa dor.
Frustrado, Brian olha para o estrago em sua mesa e depois percebe que um dos fracos, ao cair no chão, não quebrou. Logo,o Borges focaliza chakra nos dedos e cria fios de chakra para pegar o frasco para ele, mas, ao fazer isto o jovem tem uma epifania, deixando frasco cair mais uma vez no chão, agora se quebrando.
“É isto... Como eu pude ser tão tolo?“_ sem perder tempo, Brian pega suas armas e corre para a saída de sua, notando que agora já é de noite, aproximadamente nove horas. Então, Brian concentra seu chakra pelo corpo e deixa ele fluir, enquanto sua pele e ossos assumem a forma de areia e são levados pelo vento (Suna Karada), até voltar a sua forma original no interior da residência de Zentou, que como esperado, estava vazia.
Neste local, Brian usa o Henge para assumir a forma de um pequeno animal, um rato doméstico, e depois se esconde em baixo de um dos móveis, como se estivesse aguardando alguém. Logo, os minutos passam e Brian escuta alguns passos e nota que um vulto adentra na cena do crime, esta pessoa possui longos cabelos loiros, mas por estar trajando roupas cinzas e pesadas.
Não querendo perder tempo, Brian desfaz o Henge e volta a sua forma humana e depois investe contra o ser encapuzado executando um rápido corte com sua ninjaken, o qual o misterioso oponente defende usando uma espécie de cajado de ferro.
- Exatamente como eu previa, o criminoso sempre volta a cena do crime! _ esboça o Borges, que sabia que uma hora o tal criminoso ia voltar quando percebeu que deixou o suco contendo o veneno para trás.
Sem responder, o gatuno pega uma estranha faca da cintura e tenta esfaquear o jovem com uma forte estocando, a qual Brian desvia movendo seu corpo agilmente para o lado e depois contra-atacar arremessando a pequena espada na perna do invasor, que começa a gritar de agonia e deixa o capuz cair, mostrando um rosto na meia idade, que da a entender que já foi lindo a alguns anos atrás. Um mulher, aproximadamente quarenta e cinco anos, com algumas rugas no rosto e olhos doentios e furiosos.
Ela arranca a ninjaken da perna, mesmo fazendo o ferimentos abrir e depois move os dedos, fazendo com que um armário caia nas costas de Brian, que por estar distraído é atingido em cheio pelo móvel, cai no chão com ele sobre suas costas, se machucando consideravelmente.
- Se presa sua vida, não me siga! _ diz a mulher, que depois de ter derrubado Brian sai correndo e pula através de uma das janelas da casa.
“Se presa sua vida? SEU EU PRESO MINHA VIDA? Quem está idiota pensa que é?” _ pensa o jovem, agora nutrindo uma grande raiva daquela mulher. Ele faz força e sem muito esforço consegue tirar o armário de suas costas para pode executar mais alguns rápidos shunshins. Porém, chega uma hora que Brian perde ela de vista, ele fica frustrado, mas ao olhar para o chão ele nota um pequeno rastro de sangue, ele então se lembra que a moça estava com uma ferida na perna e este sangue só poderia ser dela.
Assim, o Borges começa a correr seguindo a trilha vermelha e, em alguns minutos, ele chega na entrada de uma casa antiga, desgastada pelo tempo. Ele adentra no local, a porta quase cai quando ele empurra ela para o lado, seus passos vão ecoando pelo chão de madeira velha até que ele para na frente do que parece ser um quarto, que possui o grande quadro de um casal, parecendo bem feliz. Ao olhar com atenção, Brian reconhece o homem como sendo Zentou, mas quem seria a mulher?
- Este local é particular! _ diz uma voz feminina.
Olhando para trás, Brian encontra a mesma mulher que tentou mata-lo, mas agora ela está diferente, como se estivesse chorando a um tempo.
- Quem é você? _ pergunta o ceifero.
- Meu nome é Katrina, eu sou a ex-mulher de Zentou!
- Então... A pessoa que o matou foi sua ex-mulher, pobre bastardo! _ diz Brian, com certa ironia na voz.
- Você não tem provas para me incriminar, para todos os efeitos, eu sou apenas uma viúva triste que queria ver o marido pela última vez!
- É verdade, uma pena que eu tenho provas cabais que foi você que matou ele! Pois eu sei que você voltou até o local do crime para recuperar o veneno que colocou no suco. Sim, eu sei do veneno assim como também sei que ele não é letal, contudo, você usou o veneno nele para enfraquece-lo para assim poder usar o Soen: Hitomi Goku, uma habilidade de alto nível de kugutsu que embora seja usado para auxílio, também pode controlar a ação de pessoas enfraquecidas, como por exemplo obriga-las e escrever uma carta de despedida ou mesmo se apunhalar várias vezes, pois seus movimentos, foram controlados por você! _ explana o sunanin, enquanto alinha o óculos com a mão direita. - Mas, ainda tem uma pergunta que não quer calar, eu soube que você deixou ele a anos, então, por que resolveu mata-lo?
- Meu marido estúpido... Eu o deixei porque ele só conseguia pensar nos negócios e sempre me deixava em segundo plano. Porém... Mesmo quando eu o deixei, ela parecia não ter dado a mínima e continuou sua vida normalmente, como se eu não valesse nada para ele! Ele... teve o destino que mereceu, assim como você também terá! _ diz Katrina, para depois sacar da cintura duas grandes adagas, pronta para fazer o que for possível para levar o seu segredo para o túmulo.
Com uma risada pífia, Brian saca suas pistolas e da dois tiros, que acertam com precisão bem nas armas de Katrina, a desarmando. Depois, Brian concentra seu chakra na areia contida em sua cabaça e depois aponta os braços para frente, projetando na direção de Katrina dezenas de balas de areia (Rendan: Suna shigure).
A habilidosa gatuna e recentemente assassina cria uma barreira de ar a frente dela que deflete toda as esferas para o lado, espalhando areia por todos o chão. Com um sorriso no rosto, Brian esboça um sorriso, para focalizar seu chakra na areia ao redor da mulher e depois fechar as duas mãos, fazendo duas mãos de areia (Suna no Menbã) enormes aparecerem das laterais de Katrina, a agarrando sem lhe dar chance de escapar.
Enquanto ela esta presa, Brian molda a areia com seu chakra e transforma as mãos no caixão (Sabaku sosõ), que aprisionam a mulher, deixando apenas o seu rosto livre.
- Você vai ficar presa ai até eu chamar os membros da Anbu para prende-la por homicídio doloso! _ diz o ceifero, para depois ir caminhando até a sede do Kazekage.
Fim...
Assunto: O crime quase perfeito - Treino 67 
Ter 8 Jul 2014 - 20:39
Já actualizo.
