O sol brilhava intensamente naquela manhã. Rikao acabara de adentrar em um pequeno Templo nas montanhas aos Norte de Kusa. Ele estava ali para cumprir com uma missão de ajudar aos monges a limparem o local. Uma missão fácil, porém que poderia exigir bastante do rapaz. Logo ao chegar foi recebi por o mestre do templo, um homem velho careca com roupas largas e cordões de contas no pescoço.
“Bom dia meu jovem. Creio que seja o rapaz que veio nos ajudar. Meu nome é Yun” Disse o velho com um sorriso gentil e uma voz tremula indicando a longa idade.
“Exatamente. Prazer, sou Rikao Fukeru. Bem, o que devo fazer?” O Fukeru fez uma breve reverencia sendo cordial e respeitoso e logo mostrou prontidão desejando saber o que deveria ser feito. O senhor pediu para que o acompanhasse até o pátio onde haviam três, aparentemente os mais jovens daquele local.
“Estes são os rapazes que o ajudaram na limpeza. São poucos, mas tenho a certeza que com sua ajuda o trabalho será feito de forma eficaz e ágil.” O senhor lhe apresentou todos os jovens e lhe deu um mapa. “Esse é o mapa do Monastério e nele estão circuladas as áreas que devem ser limpas com urgência.”
Após receber o mapa o Fukeru logo o analisou com paciência verificando tudo o possível e guardando em sua memória para planejar-se com mais facilidade. O líder dos monges o deixou com a equipe e logo ele condenou que fossem separados de um em um para facilitar e agilizar o trabalho, caso algo fosse muito difícil dois poderiam ser designados para a tarefa. Primeiramente ele perguntou sobre cada área do mapa para os seus ajudantes para saber o que cada um iria fazer. Ele então dividiu o trabalho e deu a si mesmo a tarefa de limpar a sala de meditação.
O local estava silencioso e vazio. O jovem realizou uma série de selos e então concentrou uma parte de seu chakra envolta de seu corpo e o expandiu para sua volta criando dois clones de vento (Fuuton: Bushin no Jutsu). Ele entregou uma vassoura para cada clone e ficou com uma delas. ‘Bem, mãos a obra’, pensou o rapaz dando inicio a faxina. Enquanto os clones varriam o salão o original teve a ideia de limpar o teto juntamente. Então aproximando-se da parede realizou novamente selos, direcionou o chakra para a planta de seus pés e concentrando-o na região começou a subir a parede usando o Kinobori no Jutsu. Quando ficou no topo da sala, completamente de cabeça para baixo começou a varrer o teto. Manteve a atenção para não perder o controle do chakra e cair. Agilmente correu com a vassoura por toda a extensão do teto, movimentando-se de um lado para o outro fazendo a poeira cair no chão e dando trabalho aos clones. Parou um instante limpando o suor da testa e pensando se havia treinado durante anos na academia para acabar limpando o teto da sala de meditação de um templo perdido entre as montanhas. Ao finalizar a sala estava limpa e quase reluzente. A próxima etapa era o pátio.
Rikao havia desfeito os clones pois jugou que mante-los ativo todo momento seria muito custoso. ’Acho que isso vai dar mais trabalho do que aparenta’, pensou quando observou o estado do pátio interior. O primeiro trabalho foi varrer o pátio, porém julgou que levaria muito tempo para conseguir varrer totalmente aquele local que ainda mais a céu aberto estaria sujo em segundos, então decidiu usar a cabeça. O Fukeru brilhantemente decidiu utilizar de um de seus jutsus para limpar as folhas e poeira do local. Executou uma nova série de selos, concentrou seu chakra nos pulmões e aspirou uma quantidade de ar. “Fuuton: Toppa!” Falou o rapaz logo lançando uma rajada de ar pela boca que cobriu o pátio lançando as folhas e boa parte da poeiras pelos ares em direção a montanha.
“Certo, agora vamos dar uma olhada naquele chafariz nojento.” O gennin aproximou-se do chafariz e notou que o mesmo estava com uma agua cheia de musgos e alguns sapos saltavam por ali. “Como esses sapos vieram parar aqui? Criaturas asquerosas.” Quando as palavras terminara de sair da boca do rapaz um sapo saltou em sua direção. O Kashikogan conseguira lhe ajudar, prevendo o movimento antes que a criatura saltasse nele. Agilmente sacou uma de suas kunais e cortara o sapo em dois e dando dois passos para trás para evitar os restos mortais do anfíbio. Um estalo surgiu de repente na mente do rapaz, ele iria fazer daquele momento um treinamento pessoal. Aproveitando que um dos monges que estava lhe ajudando passava por ali ele o pediu ajuda.
“É simples, você joga uma pedrinha na água e o sapo pula dela e eu arremesso uma kunai nele.” O monge entendera. Pegou um punhado de pedrinhas no chão e então lançou a primeira na água. Dois sapos pequenos saltaram, o Fukeru com os seus olhos pode ver melhor os movimentos e velozmente arremessou uma de suas armas que acerto um dos anfíbios, porém não teve tanta sorte com a segunda tentativa. Mais uma pedrinha e apenas um sapo desta vez, o rapaz já empunhava a kunai quando o animal entrou em sua mira e fora um arremesso certeiro. Após verificar se não haviam mais sapos no chafariz Rikao recuperou suas armas, as limpou em um pano e guardou.
“Pegue esses sapos e jogue-os no lixo. Vou terminar aqui no pátio para seguir para o meu último cômodo.” O monge protestou inicialmente com a ideia de levar os sapos, mas depois viu que não teria escolha. “Além disso, veja se acha aquele outro sapo que fugiu.”
A limpeza do chafariz fora mais tranquila sem os sapos. Rikao precisou encher o balde de metal três vezes para esvaziar o monumento. Os baldes eram pesados pois estavam cheios, o jovem teve de realizar uma força surpreendente para carregar os baldes até o local apropriado para jogar a água, após realizar três vezes teve de alongar os braços um pouco devido uma certa ardência. Depois apenas limpou o lodo e limo presos no monumento e então ele estava limpo.
Ainda haviam algumas pedras soltas no jardim as quais o rapaz tinha de por em seus devidos lugares. “Isso aqui estava abandonado ou o que? É impossível que ninguém se incomodou com toda essa bagunça e problemas a serem resolvidos.” Resmungou Rikao percebendo o quão bagunçado o lugar parecia, ele tinha até medo de como deveria ser o resto das coisas. Ele aproximou-se de uma das pedras e abaixou para pega-la, quando a segurou com ambas as mãos notou que seu peso não era tão adequado para o seu tamanho. Era pesada o suficiente para fazer o rapaz forçar os braços a erguerem-se e ainda sim andar um pouco torto até colocar a pedra no local. Fez isto com mais duas ou três pedras no local, ainda sentou para tomar um ar em uma banco de mármore no pátio.
“Essa vida de faxineira não é fácil. Ainda bem que só falta agora a biblioteca, pelo mapa e o tamanho do local não deve ser nada imenso.” Comentou para si mesmo enquanto descansava antes de voltar as suas tarefas. Assim que sentiu-se pronto o rapaz disparou em velocidade máxima pelo templo em direção a biblioteca.
O local não era grande, haviam poucas prateleiras, mas um número considerável de livros. Ele inspirou o ar e deleitou-se com o cheiro dos livros, que parecia mais com o de poeira. “Como eu amo isto, livros por toda a parte. Eu queria uma dessas na minha casa.” A paixão do rapaz pelo conhecimento era grande, mas naquele momento o objetivo principal era a limpeza.
A primeira coisa a se fazer era organizar uma pilha de livros que encontrava-se sobre uma das mesas. Ele primeiro separou-as por categorias que estavam escritas na contra capa. Logo notou que seriam muitos livros para guardar sozinho e lhe tomaria um bom tempo, caso terminasse ali rapidamente poderia até ajudar os outros a finalizarem suas tarefas. Uniu suas mãos e deu inicio a uma sequencia de selos, concentrou o chakra pelo exterior de seu corpo e o expandiu para uma área ao seu redor, subitamente ar começou a tomar forma criando dois clones de ar (Fuuton: Bushin no Jutsu). “Certo, vamos lá. Cada um pega um pouco e vai organizando nas categorias.” Disse o original já tomando a frente escolhendo uma das pilhas. Segurou os livros pela base e os ergueu com força, não eram muitos e nem estavam muito pesados, mas permanecer muito tempo com eles nos braços certamente o cansaria. Então agilmente começou a correr de um lado para o outro junto a seus clones para organizar todos os livros. Quando finalizado limpou o suor da testa, sacudiu o corpo para dar uma alongada e tornou a pegar um espanador para agilmente começar a limpar as prateleiras. Em poucos minutos estava tudo limpo e devidamente no lugar. Desfez por mais uma vez seus clones e saiu do lugar em busca de mais alguma tarefa.
“Agora deve faltar pouco para acabar.” Foi quando se deparou com os três monges que ficaram encarregados de ajuda-lo a tentarem mover um móvel aparentemente muito pesado. “O que estão fazendo?”
“Temos que levar esse guarda-roupas para aquela outra sala.” Respondeu um dos monges apontando para uma porta no fim do corredor. “Mas isto é muito pesado mesmo sem nada dentro.”
O Fukeru analisou a situação por um instante tentando encontrar uma forma de levar o guarda-roupas inteiro para o cômodo no fim do corredor sem exigir tanto esforço de todos. Procurou a sua volta ao que pudesse ajudar quando então viu alguns pedaços não muito grossos de tronco de madeira empilhados próxima a uma varanda. “Que tal a gente usar aquilo.” Propôs apontando para as toras de madeira.
“Como aquilo vai nos ajudar?” Perguntou um dos monges tentando entender o que queria ser feito.
“Virem ele colocando a lateral no chão. E vamos pegar as madeiras.” Os monges obedeceram um pouco confusos. Logo o Fukeru pegou uma dar toras de madeira que não eram demasiado leves, as ergueu com certo esforço e levou até perto do móvel. Voltou e buscou mais uma que era um pouco mais grossa assim um pouco mais pesada, fez mais esforçou mas conseguiu levava para o local devido. “Agora é só irmos empurrando e tirando as toras de trás e passando para frente.”
Os monges sorriram quando notam o plano simples mas inteligente do rapaz. Então com um mínimo de força eles passaram a empurrar o guarda roupas e realizar a reposição das toras na parte da frente para continuarem levando o móvel até o local desejado. Em poucos instantes já estava no local que deveria ficar.
“Falta mais alguma coisa?” Perguntou Rikao para os monges.
“Só falta agora levar os lixos até a lixeira e pronto finalizamos.” Respondeu um deles rapidamente. “Juntamos tudo em sacolas que estão próximo ao pátio. É só levarmos até a frente do templo.”
“Pode deixar que eu faço isso.” Se dispôs o gennin deixando os monges livres. Rikao estava um pouco apressado para ir embora, então decidiu ter uma breve ajuda com um pouco de chakra que ainda lhe percorria pelo corpo. O jovem realizou uma pequena série de selos, concentrou chakra nas pernas e partiu em um rápido Shunshin para o pátio. Ao chegar lá ele deparou-se com seu velho fugitivo, um dos sapos do chafariz que começava a pular de volta para o local. “Maldito, é ai que esteve esse tempo todo não é. Agora é a sua vez.”
O gennin sacou uma de suas aunais agilmente, manuseou-a com a mão, um pouco desajeito por assim dizer. Esperou o momento que o sapo fosse pular em direção ao chafariz e quando o animal o fez ele arremessou sua arma que atingiu o pobre anfíbio em cheio. “Aha! Te peguei!” Exclamou o rapaz, vitorioso por ter atingido um sapo indefeso com uma arma letal. O Fukeru aproximou-se agarrou a arma e ergueu o sapo ainda preso na lamina, levou até as sacolas de lixo que iria carregar e colocou o corpo em um dos sacos. Eram poucos os sacos de lixo, mas estavam um pouco pesados. O jovem dividil igualmente o peso nos braços, precisou fazer uma certa força para segurar todas as sacolas. Com toda a sua pressa Rikao decidiu correr pelos corredores até a saída. Com a velocidade um pouco debilitada devido aos pesos em seus braços o rapaz corria pelos corredores, ainda sim mais rápido do que se estivesse andando, forçando suas pernas a angariarem agilidade durante os movimentos. Porém enquanto corria por um corredor não observou que o chão estava liso e com um passo em falso escorregou lançando-se de costas no chão. A dor percorreu todo o corpo, mas as costas latejavam por alguns minutos ficou deitado no chão cercado de sacolas de lixo esperando que a dor passassem. Assim que levantou decidiu desacelerar e levou o lixo calmamente para fora.
“Bem eu vou indo.” Fukeru se despediu do líder do mosteiro e dos três rapazes que o ajudaram. “Foi bom trabalhar com vocês. Espero que mantenham limpo desta vez.” Brincou o rapaz enquanto tomava seu rumo de volta a casa.