Evento: Teste Kyoukan - 1ª Fase
Título: Dê Uma Chance à Guerra
Rank: S
Descrição: Para impedir as negociações de paz e ao mesmo tempo enviar uma mensagem de caos ao mundo shinobi, Gaina solicitou que o mais novo membro da Akatsuki assassinasse o monge Saijin, líder religioso do Templo do Sussurro localizado na fronteira do País da Cachoeira. Pelo tamanho do Templo, há a possibilidade de Daisuke precisar de ajuda e por isso foi-lhe dada a autorização de auxílio pelos outros membros de maneira discreta. Mas cuidado, a Akatsuki não deve ser considerada a responsável pelo assassinato... Pelo menos, por enquanto.
Inscritos: Hiroshi Daisuke e a Akatsuki
Recompensa: 2400 ryos + 1 scroll de novo jutsu + 1 ponto de cumprimento

Aquela era uma das noites mais frias do ano na Floresta do Sussurro. A rica e homogénea vegetação que circundava o Templo com o mesmo nome conseguia abafar toda essa humidade e frieza, deixando o ambiente totalmente tomado por uma neblina tão densa que tornava qualquer tentativa de visualizar os arredores numa tarefa impossível. Que merda ele deve estar fazendo? - Pensava Arami, enquanto esfregava as laterais do corpo à procura do calor de seus movimentos. Seu hálito condensava a sua frente a cada suspiro de tédio quando finalmente sua companheira surgiu ao seu lado após um veloz shunshin seguido por pétalas. Vestida com uma pesada capa de chuva negra adornada por pequenos emblemas em dourado, Sasami parecia não se incomodar com aquele ambiente hostil. Olhando para o seu elegante relógio de bolso, ela agradeceu aos deuses porque conseguira chegar em tempo da investida da marionete-viva arrogante que praticamente dispensou o auxílio dos outros membros para acabar com um templo inteiro. - Espero que aquele idiota saiba onde está se metendo. - Reclamou ao companheiro, ansiosa para começar a criar a distracção necessária e sair dali como planeado.

- Já está na hora. - Comentou o sujeito com  cabelos espetados.
- Certo. A barreira fica a poucos metros daqui. - Concordou a mulher.

Acenando na escuridão, Arami acompanhou a consorte através da floresta. Seus passos lentos mas firmes atravessavam a relva húmida e gélida na direcção da barreira invisível que protegia a região do templo. Segundo informantes, a tal barreira conseguia identificar a invasão de inimigos em potencial, contudo, esta tomava muita energia dos monges responsáveis e por essa causa a barreira somente era activada em momentos de grande ameaça. Neste caso, por exemplo. Bem movimentado. - Olhando por cima do ombro da outra, Arami já começava a ver o paredão externo que protegia o templo dos invasores. Sob o brilho de dezenas de tochas no alto da murada, os monges zanzavam no alto da murada de um lado a outro como se aguardassem algum ataque. Realmente a segurança estava bem reforçada e pelo jeito, seria necessária a adesão de toda Akatsuki para conseguir dobrar aquela primeira linha de defesa. Um obstáculo praticamente intransponível, mas mesmo assim, a atitude que tomariam em poucos minutos seria de ultra importância para a infiltração de Daisuke que sumira já há alguns dias deixando apenas instruções sobre como proceder. De qualquer maneira, a missão fora dada a ele e Arami sabia que alguma falha agora seria mortal para a marionete-viva.    

E durante sua viagem imaginária às possíveis punições que a deusa infligiria ao boneco, o Akatsuki não percebeu que a vegetação começava a ficar mais e mais escassa à medida que se aproximavam, acabando por deixar ambos protegidos apenas pela presença fantasmagórica do denso nevoeiro. Agora estavam num terreno perigoso e após mais alguns passos a ninja à frente recuou a mão esquerda para impedir o avanço do companheiro que se assustou com a frenada repentina. Mesmo assim, com o rosto repleto de estranheza, Arami lançou aquele olhar de desconfiança para Sasami como se aguardasse ela explicar o motivo pelo qual estavam parando se ainda faltavam alguns bons metros para alcançarem o muro do Templo dos Sussurros. - É aqui que ela começa. - Sussurrou ela, explicando-se ao estender a ponta do dedo para uma grande falha na vegetação rasteira que percorria lateralmente através da floresta até se perder de vista na escuridão. Dando de ombros, pois não era novidade que ele não conseguia enxergar as barreiras de segurança, Arami efectuou alguns selos e invocou silenciosamente um grande pergaminho de sua tatuagem no pulso. - Ok. Espera minha deixa. - Pediu, satisfeito com a boa distância que tinham com a parede externa.

- Estou pronto. - Disse após poucos segundos. Então, oxigenando os pulmões para aprontar seu corpo para acção, Sasami efectuou uma breve cadência de selos e elevou as duas mãos que ganharam uma ligeira luminosidade por causa de todo aquele chakra envolvido quando as atirou na direcção da barreira invisível. Um estalo furioso aconteceu assim que as duas técnicas se chocaram, fazendo a barreira crepitar e rachar no local tocado como numa taça de cristal açoitada por uma frequência continua e destruidora. Num grito inumano, Sasami se esforçava para manter a pressão energética tempo suficiente para que seu colega agisse. Arregalando os olhos com toda a movimentação, o outro Akatsuki fitou o alto da murada e percebeu uma imensa movimentação de monges. Armados com lanças e arco-e-flechas, eles pareciam aguardar o impasse para poder atacar os invasores. Não era difícil perceber que a mulher estava sofrendo para quebrar a barreira e por isso Arami decidiu agir. Abrindo e arremessando o grande pergaminho para o alto, acima da linha das árvores da floresta, o ninja efectuou um rápido selo com a mão livre e esbracejou: - Destruição dos Céus! - Quando uma imensa quantidade de kunais e papéis explosivos dispararam contra a barreira já em frangalhos, destroçando-a num grande espectáculo de destruição enquanto o restante dos projécteis começava açoitar o paredão exterior.


Três dias atrás...

Citação :

Prosseguindo na para o salão do salão, Saijin aproveitava a caminhada para inspeccionar o local. - O carregamento de comida já chegou? - Perguntou ao monge responsável pela cozinha. O homem acenou positivamente, apontando na direcção de uma pequena fileira de empregados que carregava os suprimentos na direcção da cozinha.

O chão do velho templo tremeu e alguns cascalhos começaram a desprender o tecto e cantos de parede. Tudo como planeado. - Pensou a consciência na solidão. Num turbilhão de emoções, pelos corredores, os monges mais experientes instigavam seus discípulos às armas. Centenas de pés apressados e barulhentos faziam destoar de toda paz e tranquilidade que houvera há pouco. Eles se preparavam para a guerra que viria e essa guerra era a resposta para seus incansáveis treinamentos. Tudo como planeado. - Comemorou novamente em pensamento. E por causa desse planeamento, a cozinha estava vazia. Afinal, quem se preocuparia em comer numa hora daquelas? Era o que o estratega tinha se apegado. Se invadisse, mesmo que fosse bastante furtivo, ainda seria descoberto pela barreira e rapidamente estaria às voltas com todo o contingente do mosteiro pronto para a luta... Mais uma explosão. Mais gritos. Então, quando os gritos começaram a se tornar cada vez mais distantes, a marionete resolveu agir. Enviando chakra através de seus transmissores, Daisuke finalmente contactou as partes de seu corpo que começaram a sair de seus esconderijos em silêncio. Um saco de arroz logo foi rasgado o suficiente para libertar o braço esquerdo, outro barril de vinho tivera sua tampa arrombada para que uma das pernas eclodisse. E assim foi, parte por parte, libertando-se da mercadoria da dispensa, encaixando-se num só.  

- Aquele suborno valeu à pena. - Sussurrou de dentro de outro barril, quando o seu corpo sem cabeça acabava de abrir o objecto. Logo, seus dois braços agarraram a cabeça do nukenin, girando-a no sentido horário até que num click todas as peças estavam no devido lugar. Mal os monges sabiam que o invasor já estava dentro do mosteiro há alguns dias sem que eles percebessem, dentro das mercadorias transportadas para suprir as festividades que acompanhariam a reunião de paz. Um passo muito inteligente, até mesmo para os melhores estrategas. Contudo, o plano de infiltração só teve êxito porque a marionete não respirava, podendo ficar dividido e submerso sem problemas dentro dos inúmeros produtos de cozinha. - Não tenho tempo a perder. - Comentou. O nukenin sabia que pedira a distracção apenas por alguns minutos. O suficiente para que pudesse sair dos esconderijos sem ser descoberto. E fora o que aconteceu. Momentos após a última explosão, o silêncio novamente se tornou evidente. Nesse momento, os monges estarão alertas e possivelmente perseguirão os atacantes. - Concluía a marionete, dirigindo-se à saída da cozinha. A porta rangeu um pouco ao ser aberta o suficiente para que ele pudesse verificar se o corredor estava vazio. Não havia ninguém ali. Então, para confirmar suas suspeitas, o nukenin juntou as mãos em selos e moldou seu chakra doton o qual espalhou pelo solo para tentar localizar possíveis ameaças.

Aprofundando-se mais e mais com seu jutsu, Daisuke começou a desenhar em sua memória a localização de todos os monges. Parecia que todo o mosteiro estava no pátio exterior, mas poucos ainda zanzavam pelo complexo e o assassino sabia que Saijin poderia ser um deles. Agora o mais importante seria eliminar essas distracções para encontrar seu alvo. O problema é que teria que procurar e ele sabia que a cada passo que daria dentro daquele lugar poderia ser seu último. Preciso me disfarçar. - Concluiu enquanto alterava sua aparência para um monge genérico. Vestes surradas e careca, Daisuke enfim saiu pela velha porta da cozinha, ganhando o corredor na direcção de um dos monges que circulava mais próximo à área de serviço. Com passos silenciosos, mas apressados, a marionete disfarçada abriu mais uma porta e foi logo recepcionado por um monge sorridente que observava seus companheiros satisfeitos pela breve batalha por uma pequena janela. - Mestre Saijin está no pátio? - Perguntou Daisuke, tentando subtrair alguma informação daquele homem que, antes de responder, franziu a testa e apertou os olhos tentando reconhecer aquele "colega". Droga. Já sabendo que fora descoberto, o nukenin disparou num rápido shunshin e enquanto se aproximava do alvo, focalizou seu chakra na marca do pulso para invocar uma kunai atirando-a com toda força num corte lateral na traqueia do monge.  

O sangue espirrou através da janela, esvaindo-se rapidamente do corte profundo enquanto o monge agonizava e deslizava em direcção ao chão. Sem querer contar com a sorte, o Akatsuki usou seu  chakra mais uma vez e buscou um pergaminho do selo que trazia no pulso. Usando a força de seus músculos artificiais, Daisuke arrastou o corpo recém-abatido para cima do papiro e efectuou alguns selos para manipular seu chakra e activar o desenho inscrito. Rapidamente a energia tomou o cadáver e o sugou para dentro do selo deixando apenas um rastro de sangue pelo chão. Preciso localizar o alvo o quanto antes. - Raciocinou o ninja, após guardar o makimono de volta e tomar a forma do monge que acabara de assassinar. Com essa imagem poderei me misturar mais facilmente. - Concluiu ao caminhar ao próximo local gravado na memória onde achava que o alvo estaria. Descendo as escadas na direcção do piso inferior, a marionete começava a ouvir um grupo de cinco monges que discutiam animados sobre o ataque mal-sucedido daquela madrugada. Recostados nas paredes, os cinco ainda estavam armados com lanças quando o invasor se aproximou. - Mestre Saijin está no pátio? - Perguntou despreocupadamente, tentando transparecer casualidade em sua frase. Os monges na mesma hora interromperam a conversa e fizeram uma reverência, inclinando-se para frente.

- Mestre Saijin está meditando nas catacumbas. - Abriu-se um deles.
- Ótimo. Esperarei então. Obrigado. - Inclinou-se em resposta.

Olhando em volta, como que não quisesse nada, Daisuke percebeu mais um lance de escadas que parecia se aprofundar na construção. Ali pode ser o caminho para as catacumbas. Acenando em despedida, ele se dirigiu ao local, descendo a escadaria com todo cuidado até se deparar com um salão gigantesco que parecia ser o refeitório. Por sorte, aparentemente não havia ninguém ali. Iluminado por poucas velas em dezenas de velhos candelabros de madeira, os conjuntos de mesas e longos bancos perfilados deixavam o salão com um ar sinistro e ao mesmo tempo tenebroso, como se a qualquer momento seria recebido por uma centena de monges. Espero que não. Olhando ao seu redor, não havia nada aparente que indicasse o caminho para as catacumbas, então, sem perder tempo efectuou mais um conjunto de selos com as mãos e repetiu o jutsu de localização que fizera antes à procura de algum movimento nas partes inferiores do templo. Manipulado com muita experiência, seu chakra doton novamente se espalhou pelo chão e começou a se aprofundar na estrutura por um breve momento até que identificou uma única pessoa sentada há alguns metros de profundidade dele. Só pode ser o alvo. - Raciocinou. Contudo, mal sabia o Akatsuki que o chakra utilizado para o jutsu chamou a atenção do homem que procurava. Saijin agora sabia de sua chegada.




- Por favor, recebam o convidado. - Comandou Saijin, acabando por abrir os olhos e ver seus seis discípulos mais próximos a sua frente. Aquele imenso salão subterrâneo estava mergulhado na penumbra, iluminado apenas por algumas tochas esparsas que perfiladas mostravam apenas as tampas dos túmulos mais próximos ao púlpito central. Não havia nada de pomposo o elegante. Apenas um quadrilátero de pedra maciça em volta por centenas de elevações onde eram entalhados os nomes e mensagens àqueles que já foram. Sentado exactamente no centro do púlpito, Saijin viu seus homens se levantarem às pressas e buscarem suas armas num estreito hack preso a uma das colunas que mantinham o tecto no seu devido lugar. Droga, parece que perdi o elemento surpresa. - Decepcionou-se a marionete enquanto moldava seu chakra doton em volta de seu corpo para poder  atravessar o piso na direcção da catacumba e quando seu corpo surgiu por inteiro, já fora recebido por uma saraivada de senbous que um dos guardas arremetera contra ele. Sem perder tempo, a máquina-viva saltou lateralmente fixando-se numa coluna mais próxima numa pirueta acrobática para assim arrastar-se até o solo. Novamente o silêncio tomou conta da catacumba, interrompido apenas pelo quase inaudível som de metal das armas em punho. Experiente em duelos, o Akatsuki sabia exactamente o que significava aquela pausa elegante no combate: Hora das apresentações. Saindo da cobertura a marionete se viu de frente aos seis monges e ao fundo, ainda sentado, estava seu alvo.

- Infiel! Quem o mandou aqui? - Inquiriu um deles, parecendo mais afoito.
- Saiam da minha frente. Meu alvo é outro. - Respondeu friamente.
- Responda a pergunta! Seu porco traiçoeiro - Rebateu o careca.
- Contarei até três. Não tenho tempo para isso... Um... - Decidiu.

Nesse momento os seis se viraram para Saijin que, permanecendo com a feição tranquila, assentiu para que lutassem. - Vamos dançar. - Comemorou a marionete que levantou os punhos em posição de luta. Em pares, todos os monges carregavam naguinatas e contavam com o seu alcance para matar sem que sejam feridos, já que não lhe eram permitidos usar qualquer tipo de armadura. O mais afoito atacará primeiro. Utilizarei ele como cobertura para alcançar e me proteger dos outros. - Esquematizou o estratega, já com toda possível movimentação dos adversários memorizada. Com as lâminas apontadas, os seis começaram a circundar o alvo que encarava somente aquele que achava ser o mais impulsivo e quando a marionete sorriu e piscou, o jovem se descontrolou e gritou com selvageria, acabando por arremeter sobre o assassino numa estocada feroz. Rapidamente, após ágil movimento de postura, o nukenin deslocou seu corpo lateralmente, deixando a naguinata atingir o vazio, quando a agarrou e usou toda força para puxar o indivíduo para próximo de si. Surpresos pela velocidade do nukenin, os monges restantes viram seu companheiro ser desequilibrado, largando a arma tarde demais, sendo atingido com um poderoso tapão que Daisuke desferira em sua têmpora. Ele sabia que não poderia matar sua "protecção". Então, como um estouro de boiada, os outro cinco saltaram no maior estilo matrix sobre o invasor que ainda segurava o primeiro monge cambaleante pela vestimenta.

Manipulando seu chakra, Daisuke invocou instantaneamente uma kunai para receber o impacto da primeira naguinata, empurrando o monge cambaleante para trás de si para impedir o avanço das armas em sua retaguarda. E graças aos deuses funcionou, pois os três monges frenaram as lâminas quando viram sem companheiro na linha de corte. O estalo do metal contra metal fez seu braço tremer com a força que imbuída na kunai para resistir à pressão, quando a marionete rodopiou em seu próprio eixo para libertar a naguinata que atingiu o solo rochoso ao mesmo tempo em que elevava a perna embebida de chakra lateralmente num dos chutes mais fortes que já dera na sua breve vida contra a arma do segundo atacante, desarmando-o com um só golpe. - Ele é rápido! - Comentou um deles, surpreso com a reviravolta de seu ataque, mais a batalha ainda não tinha acabado. Rolando lateralmente, o monge desarmado atirou a perna num chute rasteiro tentando derrubar Daisuke que, com um fraco chute na dobra do joelho do aprisionado cambaleante o fez cair de joelhos para receber todo o impacto da rasteira. Merda. Agora estou descoberto. - Reclamou a marionete, sendo obrigado a saltar alto no espaço limitado para escapar do cerco, enquanto invocava e arremessava algumas bombas de fumaça para distrai-los. - Não escaparás! - Bradou o outro, tentando visualizar o invasor através da cortina branca e etérea.

Aterrorizando alguns metros adiante, a marionete viu sua estratégia falhar ao perceber os monges já sobre ele. Que merda! Estão com os olhos fechados! - Reclamou, concluindo que a cortina de fumaça não significava nada para aqueles homens. A primeira lâmina riscou seu peito criando algumas faíscas de atrito e danificando seu peitoral. Esquivando-se da segunda naguinata obrigou-o a inclinar o corpo para trás quando sua perna de apoio recebeu o golpe rasteiro, fazendo-o cair no chão à mercê das outras quatro lâminas cujos brilhos eram vistos atravessando a fumaça visando o peito do invasor. Sem alternativas, Daisuke efectuou rápidos selos e utilizou seu chakra doton para criar um rio de lama sob si, levando-o com violência para longe do ataque mortal na direcção da escuridão onde realizou mais alguns selos e usou ainda mais chakra para completar seu plano de contingência. Essa foi por pouco. - Surpreendeu-se ao se levantar no final, todo coberto de lama. Com ar de superioridade, aproximando-se lentamente e com cuidado, os cinco adversários tentavam controlar a gargalhada ao ver que eram páreo para o assassino. Mas Daisuke tinha uma carta na manga. Olhando ao seu lado, enterrada na coluna de rocha, a marionete já tinha visto a naguinata que voara no desarme anteriormente. Buscando-a com confiança, o Akatsuki retirou a arma de seu repouso e a rodopiou num gesto de provocação. - Ainda não acabamos, seus pouca-telhas! - Ofendeu os castos. Os adversários aceitaram a provocação e avançaram contra a marionete que arremessou a naguinata contra o grupo.

Abrindo a formação, os cinco esquivaram-se da lâmina arremessada pela marionete-viva e enquanto desviavam o olhar instintivamente para a arma que passava, deram-no tempo suficiente para manipular o chakra através de alguns selos e por fim encará-los todos de uma vez. Nesse momento, sem perceber, os monges estavam sob efeito de um genjutsu. - Você pagará por suas ofensas! - Bradou ao insinuar a arma num corte lateral na direcção do abdome de Daisuke. Este, por sua vez, invocou suas soqueiras de metal e bloqueou o golpe trazendo as soqueiras à frente com rapidez. O ruído do golpe ecoou pela catacumba e, para infelicidade da marionete, o segundo monge já saltava por cima do companheiro e girava sua naguinata com toda força de cima para baixo na direcção de sua cabeça. Estou em maus lençóis. Hehe. - Brincou o bandido, prestes a ser atingido. A lâmina finalmente desceu enquanto o Hiroshi se inclinava para trás até que, num estampido alto, a naguinata atingiu algo que até então era invisível aos monges, interrompendo sua trajectória mortal até a marionete. - O que é isso?! - Exclamou o atacante. O nukenin riu debilmente... Uma abertura finalmente fora criada e enquanto o primeiro monge puxava a naguinata para outro golpe e o outro pensava no ocorrido, Daisuke levou chakra ao braço para aumentar sua força e com todo poder utilizou a lâmina da soqueira direita para arrancar a perna direita do adversário.

O sangue espirrou no rosto do outro que não chegou a ver que, girando com precisão as lâminas da soqueira para utilizá-las como duas adagas, o Akatsuki estocou fundo na altura do diafragma do segundo, jogando-o no alto para os companheiros que, com olhos arregalados, apararam o colega com tristeza e preocupação. Já o primeiro monge rastejava quando a máquina impiedosa envolveu sua mão com chakra púrpura e o esmurrou na ferida. O genjutsu do punho que molda a mente multiplicou a dor da pancada na amputação e logo o monge perdia a consciência num grito penoso de dor. - Guren! Você está bem?! - Exclamou o terceiro, aprumando o segundo companheiro ferido que lutava para respirar. Mas era tarde, ele já sufocava em seu próprio sangue. Maldito! Olhando com fúria para o agressor, os últimos três encostaram o amigo assassinado numa das colunas que os separavam da marionete. - A arma de Guren foi bloqueada por algo. - Sussurrou o quarto, curioso com aquele fato fantasmagórico. E enquanto eles conjecturavam, a marionete se deliciava por ter causado tamanha baixa na  linha inimiga com uma estratégia tão simplória. Nesse momento, enquanto os monges já se levantavam para recomeçar o combate, o corpo do morto começou a se mover, agarrando no pescoço do monge mais próximo. Assustados, os dois castos arregalaram os olhos e sinalizaram para a ocorrência de alguma profanação, mas não houve tempo... Com uma força tirada do "inferno", o cadáver acabou por quebrar o pescoço do companheiro.

- És um demôn... - Acusava um dos dois, mas logo interrompeu a acusação quando percebeu a luminosidade de uma pequena linha de chakra que acabara de desprender do corpo e se dirigiu a uma parte distante do combate. - Vocês não esperavam por essa, não é? - Falaram os dois "Daisukes" num uníssono. Desfazendo o genjutsu que incorrera aos homens, os dois monges conseguiram finalmente visualizar no que a naguinata de Guren tinha se chocado. Na verdade, a arma nunca se moveu. Utilizando o genjutsu, a marionete tinha feito a arma "sumir", dando a impressão que esta fora lançada... Mas na verdade, o estratega tinha arremessado um clone seu, que fizera enquanto deslizava pelo rio de lama. Os monges não podiam acreditar que seus amigos morreram por causa daquilo. Rio de lama. Genjutsu da Falsa Aparência. Clone das Sombras. Henge. Dança da Marionete Humana. - Daisuke pensava no que foi uma das reviravoltas mais legais que já havia criado em suas lutas. Porém, ele sabia que usara bastante chakra para executar todo aquele planeamento. Chakra esse que queria guardar para o "prato principal". - Maldito! - Gritou o quarto homem, tomando sua arma novamente, pronto para recomeçar o ataque. O outro casto, por sua vez, ainda tentava processar toda aquela informação referente àquele estratagema quando Saijin abriu os olhos e num gemido sem tradução oficial fez com que o restante da sua guarda pessoal recuasse. Saijin já estava cansado de ver seus discípulos morrendo em seu nome. O adversário era forte, rápido e inteligente... Teria ele mesmo que resolver esse "problema".

- Se seu problema é comigo estranho, então serei seu adversário. - Resolveu, levantando-se de sua posição de lótus.
- Até que enfim chamei sua atenção, velho. Só não quero interrupções. - Negociou o assassino.
- Gomu e Kuzo, saiam e selem o portão até o fim deste duelo. - Comandou aos seus.

- Mas mestre...?! - Gomu não se conteve. Ele queria lutar. Sair dali e deixar seu sensei à mercê daquele monstro não lhe era de bom grado. Contudo, mostrando firmeza, Saijin acenou para os dois monges que contra vontade carregaram seus equipamentos e corpos dos amigos para fora das catacumbas. Respirações ofegantes e olhares de ódio e estranheza fitavam as marionetes-vivas que permaneciam paradas no lugar como um espelho da maldade. Não demorou muito até que o ruído da imensa porta de metal fosse cerrada para que ninguém mais entrasse. Ouvindo isso, Daisuke e seu clone sentiram calafrios nas suas terminações nervosas. Finalmente teriam uma luta digna de ser escrita nos anais do mundo shinobi. O famoso Saijin, o costureiro-da-paz, seria enfrentado com todo o seu poder. Não havia porque se controlar. Era tudo ou nada. Fazia tempo que o Hiroshi não sentia tamanha excitação. Aliás, ele até pensava que já tinha expurgado de uma vez essa fraqueza humana chamada "emoção", mas aquele momento se provou o contrário. Algo humano ainda existia nele, apesar da estrutura metálica não estar acostumada com as consequências e tremores vindos da excitação. Era realmente estranho. Seu interior fervia, mas seu exterior permanecia frio como metal. - Não quero saber quem o enviou. Não importa. De qualquer maneira, apenas um de nós sairá deste salão. Seja o que o destino quiser. - Comentou o idoso, num ar solene que mais parecia uma oração. Sorrindo com o canto da boca, Daisuke e seu clone levantaram os pulsos mais uma vez. Agora a coisa podia ficar bem séria.
 

A arena estava pronta para a batalha final. As poucas tochas que ainda restavam acesas ainda eram suficientes para iluminar os arredores do santuário onde o santo se sentava. - E então velho... É para hoje? - Reclamava um dos Daisukes, ansioso para começar o embate. Contudo, com os olhos fechados em oração, o homem-santo juntava forças para enfrentar seu nêmese. Estou pronto. Novamente o velho abriu os olhos na direcção do insolente. Buscando a bengala deitada ao seu lado, Saijin apoiou seu peso no objecto e num gemido de esforço conseguiu se levantar. Largando a bengala e juntando as mãos ao se inclinar numa reverência de respeito ao adversário, o monge aprumou eu corpo antes curvado e puxou os braços fortes pelas largas mangas da indumentária para libertar seu torso musculoso e coberto por cicatrizes. - Porra... O velho é forte. - Sussurrou a cópia, em flagrante surpresa. E ela tinha razão. Onde antes Daisuke esperava lutar contra um velho quase incapaz, com essa revelação seu alvo poderia lhe dar mais trabalho do que o esperado. Nesse momento o monge inclinou o corpo lateralmente e balançou os braços formando o símbolo de Yin-Yang em pleno ar. Os dois ninjas podiam jurar que viram uma espécie de aura dourada vinda daquelas mãos enquanto realizavam o movimento. - Que nosso destino seja decidido agora. - Concluiu Saijin. Sua voz transmitia calma e profundidade. Como um poço límpido que acabara de ser remexido.

Agora é a hora! - Acenando para a cópia, os dois dispararam a toda velocidade contra o alvo que permanecia na mesma postura de luta. Trabalhando em conjunto num combo exaustivamente treinado anteriormente, o nukenin e sua cópia serpenteavam sua trajectória cruzando-se entre si para dificultar a defesa e assim que os dois estavam próximos o suficiente, a cópia usou a inércia a seu favor deixando seu corpo deslizar pelo chão coberto por cascalhos. E num movimento único, o original então saltou sobre a cópia que usou toda força de seus braços para empurrar seu criador para o alto numa manobra de grande agilidade. - Você vai cair, velho! - Gritou o original, usando o impulso extra para rodopiar em direcção às costas do monge, enquanto seu aliado elevava as pernas num golpe frontal contra os dois joelhos do alvo. O princípio utilizado naquela manobra era impossibilitar a defesa. O alvo deste combo deveria escolher se defenderia o golpe da retaguarda, ou se ele defenderia o golpe nos joelhos. De qualquer maneira, um deles acertaria e a luta estaria definida. - Não me subestime, assassino! - Bradou o velho, fixando sua postura com firmeza, aguentando o chute nos joelhos - ele nem se moveu - enquanto levava o cotovelo para receber o nukenin na retaguarda com muita força. A pancada estalou no peito do original, amassando a placa peitoral. Olhos arregalados, Daisuke foi jogado contra uma das colunas de sustentação num forte impacto causando uma pequena cratera na rocha firme e enquanto ele retornava cambaleante ao chão, testemunhou o velho erguer a pé direito e pisotear o clone com violência.

O pé do velho atravessou o clone que sumiu num pequeno estouro de fumaça. Ele está compensando a falta de mobilidade com força e resistência. - Analisou o nukenin, esticando seus membros para garantir que suas peças ainda estavam funcionando. Se sua análise estiver correta, Daisuke só precisaria manter distância e utilizar suas armas em arremessos. Então, utilizando chakra nas marcas dos pulsos, a marionete invocou dezenas de shurikens e kunais das quais arremessava com toda força contra o velho em sucessivos ataques. Agora você terá que se mover. - Concluiu o ciborgue, já imaginando para qual lado o velho sairia. E aconteceu. Estapeando os primeiros projécteis com rápidos movimentos de suas mãos, Saijin não teve escolha em sua postura senão rolar lateralmente para sair da trajectória dos arremessos. - Agora! - Gritou o nuke, disparando à toda velocidade ao encontro do alvo que não teve tempo para manter a postura defensiva, tentando somente proteger suas partes vitais dos sucessivos socos e pontapés que começavam com uma forte cotovelada a machucar seus braços rijos do outro quando a aura dourada começou a se tornar mais evidente. Mas o que é iss... - Nesse momento uma grande mão dourada interrompeu sua investida e com o grande impulso atingiu Daisuke com um poderoso golpe. O estrondo do impacto fez tremer o tecto da catacumba, que com tanta movimentação começava a desprender cascalhos de todas as partes. Lançado para o outro lado, já com danos espalhados, Daisuke conseguiu frenar atirando a mão no solo, levantando-se para arregalar os olhos assim que toda poeira dissipou.


Aquela imagem era assustadora e ao mesmo tempo intimidadora. A frente do assassino estava uma escultura feita de energia dourada e gigante de Amida, com seus inúmeros braços serpenteando a área onde o homem-santo se encontrava. Seu brilho ofuscante chegava a iluminar todo o salão e só agora a marionete conseguia ver detalhes de toda área. De lá Daisuke conseguia ver o final da catacumba e a grande porta de metal que selara o cómodo funesto. Ao seu redor, centenas de lápides no chão eram vigiadas por estátuas de monges em posições de luta. - Ok velho, impressionou-me. - Comentou o nukenin. Contudo, ele sabia que sua missão não era admirar a imagem e sim matar aquele que dera origem a ela. Mas como proceder? Sem aguardar mais, o Hiroshi saltou lateralmente e momentos antes de buscar a protecção de uma coluna, invocou e arremessou uma kunai com papel explosivo na direcção do tecto. A imagem gigante agiu instantaneamente com uma simples mudança de postura de Saijin, fazendo-a interromper o avanço da kunai que pretendia derrubar o tecto em cima de todos ali. A explosão mais uma vez fez o salão tremer, quando o Akatsuki circundou o pilar de rocha à toda velocidade na direcção do velho. Na verdade, aquele explosivo tinha intenção de apenas tirar a atenção dele e assim criar uma abertura para atacar. - Agora é min... - Sussurra ao ser alvejado por um, dois, três, quatro, cinco, braços de energia dourada vindos do lado em que se aproximava. A cada golpe sua armadura era testada ao máximo, e a cada projecção criava as crateras com as marcas de seu corpo que era arrastado até alguns metros de distância.    

- Hahahahahaha! Você não conseguira passar pelas minhas defesas! - Gargalhou o monge, ainda dentro da imagem.

Seu corpo já rangia pelo intenso stress causado pela recente barreira de ataque. Levantando-se com dificuldade, o estratega pelo menos conseguiu definir a distância máxima que os braços gigantes da imagem alcançavam, pois há mais de trinta metros ela parou de atingi-lo. Mas essa informação não é suficiente. - Reclamou para si. Assim, a fim de conhecer os limites do inimigo, a marionete invocou seu makimono e após injectar chakra nos selos fez eclodir suas dez marionetes-vermelhas. Agora ele poderia testar os ataques sem se machucar. - Ataquem! - Ordenou ao seu pequeno exército, que reagiu ao ser suprido pelo chakra do usuário. O velho parecia não se importar e aos poucos Daisuke percebia que ele se aproximava lentamente. Em breve a distância segura não existiria. O ninja sabia que precisava ganhar aquilo com rapidez. Nesse momento suas dez marionetes dispararam contra o inimigo dourado quando Saijin novamente mudou sua postura de combate de dentro da imagem. Amida abriu seus olhos e num espectáculo de brilho e golpes, uma a uma das marionetes eram destruídas à medida que avançavam quando restou apenas uma há uma distância de cinco metros da imagem. - Agora é a hora! - Gritou ao mesmo tempo em que enviou chakra para o selo hiraishin preso em sua última marionete. E num instante, Daisuke já usava uma grotesca quantidade de chakra sobre o punho esquerdo, instigando-o contra a imagem numa manobra única. Dessa vez era a vez do velho arregalar os olhos, o impacto do okashô deslocou com a explosão uma imensa quantidade de ar que acabou por derrubar todos os pilares que sustentavam o tecto da catacumba que veio logo abaixo.

Imensos pedregulhos deslizavam mortalmente para o chão abrindo espaço para o céu estrelado, enquanto soterravam os dois duelistas sem perdão. Toda aquela poeira tomou conta de todo o Templo por inteiro e demorou alguns poucos minutos até que ela finalmente começou a dissipar-se. O silêncio póstumo era esmagador. O que aconteceu? Daisuke conseguiu? Os monges começavam a se agrupar próximos à cratera quando gigantes quando a luz dourada arrebentou a camada de rocha e Amida retornava à luz. De seus braços apenas duas centenas pareciam estar funcionais e sua carapaça dourada trazia algumas rachaduras de chakra. Ofegante, Saijin sangrava pelos ouvidos e boca, pondo as mãos nos joelhos como se estivesse no limite. Ele tinha quase certeza que aquele fora um movimento impensado do inimigo que acabara com a sua aniquilação por suicídio. Ele achava. Foi quando, do lado oposto, mais rochas começaram a se mover. Todo avariado, Daisuke usava sua força para se libertar das pedras que conseguiram danificá-lo de alguma maneira. Jogando a última rocha para o lado, a máquina sorria, satisfeita pela destruição que causara. Contudo, Amida e o velho ainda estavam lá. - Você é... Um mostro! - Admirou-se Saijin. Que inimigo forte! Extremamente forte. Os dois se encararam com respeito e admiração. Foi nesse momento que Daisuke percebeu um detalhe que suas marionetes tinham mostrado mesmo sem querer: Os ângulos. Ok... Vamos testar essa manobra. Aprumando seu corpo danificado, a marionete humana buscou parte de uma naguinata que estava entre as pernas e começou a concentrar chakra nos portões. O acumulo de chakra começou a romper seus limites e um a um os portões foram caindo.

- Arrrgggghhhhh! Quinto portão! Kai! - Gritou.

- Amida! Proteja-me! - Respondeu Saijin, enviando mais energia para começar a reconstruir lentamente a imagem. Pisando firme no chão quebradiço, a marionete disparou com toda força e velocidade contra a imagem. Os monges que assistiam aumentavam de número a cada momento e ficavam pasmos com o nível daquele duelo. Quase que instantaneamente Daisuke surgiu nas proximidade da imagem e como antes, o monge alterou sua postura e os braços novamente atiraram-se sobre ele. Já prevendo esse movimento, a nukenin abanou a naguinata num golpe lateral contra os primeiros braços e utilizou a pancada do bloqueio para ser jogado propositalmente para o lado esquerdo, no alto, exactamente onde os braços da imagem ainda estavam se reconstituindo. - O quê?! - Saijin não acreditava que aquela abertura na sua defesa fosse explorada tão facilmente. Agora o lutador estava fora de alcance de seus braço, pois todos eles, graças a seus ângulos de utilização, não conseguiriam atingi-lo. - Sétimo portão! Kai! - Gritou ainda no alto. Seus olhos vidrados no inimigo e a eclosão de energia começava a rachar seus membros e corpo. O limite havia sido alcançado. - Hirudora! - Gritou por último, após um belo selo com as mãos para utilizar a pressão grotesca do ar a seu favor. O rugido e o deslocamento de ar praticamente à queima roupa derrubaram todos os expectadores e a cratera aumentou de uma maneira que começou a engolir todo o Templo do Sussurro. A explosão ensurdecedora foi ouvida à uma boa distância, chegando até aos ouvidos dos Akatsuki que viajavam de volta ao esconderijo. Você é um mostro... - Pensou Saijin, quando a imagem de Amida ruiu sobre ele e o tigre o arrastou para o subsolo até parar formando uma gigantesca caverna com os destroços.

O templo já não existia mais. E ainda atravessando toda aquela poeira densa, sobre os corpos de alguns monges pegos desprevenidos pelo ataque incrível, Daisuke mancava e cambaleava como podia com seu corpo quase que totalmente quebrado. Apenas com um braço, uma rachadura na placa do rosto que deixava a mostra os dentes postiços e a falta de um olho foram somente uma parte pequena dos danos causados pela batalha. Com passos erráticos ele avançava até o corpo do monge, passando por outros religiosos que zanzavam todos cobertos por poeira, sem mesmo perceberem que o inimigo caminhava entre eles. Não demorou muito até que desceu o terreno difícil e inclinado para ver o corpo do alvo. Saijin estava de bruços e por isso Daisuke o puxou para conferir se ele estava mesmo morto. Estava morto. Contudo, em seu rosto, uma expressão de paz destoava de toda a destruição ao redor. Mas cuidado, a Akatsuki não deve ser considerada a responsável pelo assassinato... Pelo menos, por enquanto. - A marionete se lembrava daquela parte da missão. A Akatsuki não poderia ser responsável. Mas esse combate não deveria ficar no esquecimento. Esse combate seria contado pelos próximos anos ou até séculos. Essa história não deveria ter como personagem apenas o monge assassinado. A história precisa saber dos dois lados. Então, numa atitude impulsiva, a marionete gritou: - DIGAM À TODOS QUE HIROSHI DAISUKE DERROTOU E MATOU SAIJIN, O COSTUREIRO DA PAZ! EU! HIROSHI DAISUKE! - Bradou com fúria inumana para todos os monges sobreviventes que assistiam aquilo com temor. E quando teve certeza de que seu nome seria lembrado, a marionete focalizou seu pouco chakra remanescente para transportar-se de volta ao seu esconderijo.

Bumpinho

Reservado

Bumpz

Bumpz

Só passando aqui para lembrar que não precisam aguardar a avaliação para proferirem seus votos. Podem opinar à vontade.

Avaliação de Hiroshi Daisuke

Habilitações Ninja

Ninjutsu: 82,25 + 0,5 = 82,75
Taijutsu: 92,5 + 1 = 93,5
Kenjutsu: 94,25 + 0,5 = 94,75
Genjutsu: 15,25 + 0,5 = 15,75
Selos: 51,75 + 0,5 = 52,25
Trabalho de Equipa: 6,5

Habilitações Corporais

Força: 106,75 + 1 = 107,75
Agilidade: 109,75 + 0,5 = 110,25
Controlo de Chakra: 137,75 + 0,75 = 138,5
Raciocínio: 40,25 + 1 = 41,25
Constituição: 103 + 0,75 = 103,75

Total da Avaliação: 7 / 7

Somatório: 840,25 + 7 = 847,25

Atualizando no Backup.