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[OVA - Por onde andei...] - Kirigakure EJWNGUN
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[OVA - Por onde andei...] - Kirigakure EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [OVA - Por onde andei...] - Kirigakure

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Eve

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Eve

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MensagemAssunto: [OVA - Por onde andei...] - Kirigakure   [OVA - Por onde andei...] - Kirigakure Icon_minitimeQua 20 Jul 2016 - 23:55

Nota da Eve:




Ah, a praia! O cheiro da maresia preenchia as narinas da garota, que fechava os olhos e deixava-se embalar em doces lembranças. A brisa que acariciava-lhe o rosto a recordava de quando fugira de Konoha pela segunda vez, com sua melhor amiga, Yamanaka Hana. As aventuras vividas por ambas agora provocavam um fio de lágrimas nostálgicas - e claro, uma gargalhada por conta da situação embaraçosa que uma certa planta de efeitos alucinógenos pouco usuais a colocara. Raiden cutucava com um galho alguns buracos de caranguejos-de-praia e assustou-se com a repentina risada, mas ao olhar o semblante de sua pupila, podia sentir uma certa paz naquele rosto parcialmente coberto por fios azuis, esvoaçantes por conta do vento marítimo:

- O que há? Teu terceiro alinhamento elemental é o suiton, por acaso?
- brincava ele, aproximando-se.

- Nah. Estava a lembrar de quando Hana e eu fugimos. Estávamos num lugar com praia quando aconteceu uma situação... embaraçosa - ela finalizava, ruborizando ao lembrar dos detalhes.

- Pelo visto, uma situação embaraçosa no bom sentido. Nunca vi alguém lembrar de situações ruins com nostalgia e carinho... - ele sentava-se na areia molhada.

- Raiden-senpai, estamos perto da Kirigakure no Sato? - ela perguntava, abrindo os olhos com determinação.

- Depende. O que queres aprontar?

- Ora, gostaria de rever o local do Torneio Gennin que participei. Logo depois fui condecorada com o rank chuunin. Se estamos perto, um pouco mais de nostalgia não faz mal... - ela sorria.

- Uma passada rápida. Não ficaremos mais que um dia! - ele concordava.

Não era exatamente difícil convencer o Fuyuki, bastava encontrar as condições ideais. Não era uma má idéia fazer isto, porém seu plano ia além. Passeando pelas ruas de Kiri, não era difícil ver estabelecimentos de jogos divertidos, alguns incomuns em Konoha - o que entretia facilmente seu sensei. Não era nada difícil ela sair de perto dele sem ser notada, e logo tinha Kiri à sua inteira disposição, sem ninguém para atrapalhar seus verdadeiros propósitos. Uma kirinin! Deviam haver muitas ali. Será que seria muito comum nomes diferentes terminados em "ima"? Pensando nisso, encontrara o cartório local. Estava reunindo coragem  (e traçando planos do que faria para vasculhar os nomes femininos da vila) numa rua erma e escura, quando uma mão vinda por trás tapava sua boca, enquanto uma outra agarrava sua cintura e uma conhecida voz sussurou-lhe "silêncio, por favor" em seu ouvido:

- Não faça escândalo que eu te solto. Tudo bem? - a voz perguntava, tendo por resposta uma afirmação com a cabeça da Nara.

- O que estás fazendo aqui, Shinji?! - ela perguntava ao homem de máscara e cabelos azuis à sua frente.

- Vim checar algumas informações - ele respondia friamente.

- Sobre uma certa kirinin, a qual provavelmente está sendo caçada por Aoshi? - ela perguntava. Apesar de estar mascarado, ela podia perceber seu corpo tenso, o que certamente tinha a ver com o que sabia.

- Não devias saber disto. Quem te contou? Tsuki? - a voz dele estava visivelmente alterada. Um ar tenso e levemente irritado.

- Não. Mas talvez seja hora de conversarmos francamente. Pelo pouco que ouvi, deduzo que coisa boa não vem, nem para essa garota, nem para mim.

O homem deu um longo suspiro. Sua perna tremia levemente de impaciência, mas Tora saber da existência da garota não era nem de longe um bom sinal. Pelo visto, sua prima Tsuki aparentemente ainda não sabia, o que não era nada ruim. Parecia visivelmente impaciente e confuso com a presença da chuunin ali na Vila Oculta da Névoa, deixando transparecer suas emoções, ainda que suas feições estivessem sob a máscara. Aquilo realmente intrigava a konohanin, e sua curiosidade agora só crescia:

- Vamos Shinji! - ela cobrava.

- Ok. Me encontre em dez minutos na arena de Kiri.

Pontuais como o Big Ben, os dois jovens de cabelos azuis encontravam-se. O Chinmoku agora retirava sua máscara, deixando que os verdes olhos da Nara pudessem ver suas feições. Parecia um pouco preocupado e ligeiramente cansado. Já a garota corava ligeiramente: os últimos acontecimentos em sua vida haviam apagado um pouco da memória que tinha dele, e agora ele parecia ainda mais bonito que da última vez em que haviam se visto. Porém, o som grave de sua voz a despertou de seus pensamentos:

- E então, o que tens a dizer-me?
- ele perguntava, tentando desviar o olhar para uma árvore ao longe.

- Diga-me você. Quem é esta kirinin, e por que Aoshi está atrás dela
- ela praticamente ordenava.

- Tudo o que sei é que é uma garota que possui um poder não desperto. Uma KG elemental, muito provavelmente gelo. Ele não vai conseguir tê-la tão cedo, a proteção que ela conta é realmente grande. Talvez consiga ficar ainda maior... O mizukage não está disposto a perdê-la - ele sorria. - Agora diga-me você, como sabe da existência dela?

- Talvez eu tenha encontrado-me com Aoshi pessoalmente... - ela respondia.

- O QUÊ?! - ele realmente estava furioso. - Como assim? O que ele te fez? - ele começou a procurar algo nas pernas e braços da chuunin.

- Na, nada!
- Tora pela primeira vez sentira medo dele. - Só tirou um pouco de sangue, mas estou bem! - ela respondia, desvencilhando-se das mãos dele.

- Aquele desgraçado! - ele respirava levemente aliviado, agora abraçando uma confusa Tora.

- Então... Quem é essa nham-ima? - ela perguntava, fazendo o "nham" ficar inaudível propositadamente, também por estar quase sufocada no peito dele.

- Oh... Você já sabe mais do que eu imaginava da Harima. Eu não sei o que de fato ele quer com ela. Mas estou aliviado por o mizukage estar empenhado em mantê-la a salvo. Afinal, é uma linhagem rara, ainda que não desperta, e ela também possui um hijutsu deveras interessante, o Baburu no kei. - ele respondia. - Mas veja bem, ninguém pode saber da existência desta kunoichi. Eu tenho que ir agora numa outra vila, checar algumas informações - ele falava seriamente.

- Shinji, você confia em mim?
- ela perguntava, encarando aqueles gélidos olhos azuis.

- Nada neste mundo é seguro - ele esboçava um meio sorriso. - Espero não ter problemas contigo... Decepções doem demais. - ele acariciava a maçã direita dela. - Mas saiba que, ao menos por enquanto, você é uma prioridade minha. Ficaria contra qualquer pessoa que pudesse te machucar. Ainda que fosse Tsuki... - ele finalizava, beijando delicada e demoradamente a testa da chuunin.

Um vento um pouco mais frio que o habitual envolvia todas as madeixas azuis ali presentes, enquanto um sentimento que dispensava todas as palavras tomava conta do espaço que os separavam. Espaço este cada vez menor, até que afinal os lábios encontravam-se num doce e delicado beijo, abarrotado de ternura e saudades. O calor começava a aumentar, quando Tora percebeu que beijava o vazio, e Shinji desaparecia num shunshin. Dando um longo suspiro, a garota voltava a caminhar pelas ruas de Kiri. "Ótimo, tenho um nome. Não deve ser difícil encontrá-la!" pensava consigo, até dar de cara com alguns kirinins que bebiam num bar ali próximo:

- Com licença, procuro uma garota chamada Harima. Onde posso encontrá-la? - perguntava a chuunin, sem rodeios.

- A esquisitona? Pff, tem que ser muito esquisita para querer algo com ela. Não me admira, olha só a cor do cabelo dessa daí ahahahaha
- ria-se um.

- Quando der de cara com alguém de cabelos brancos e olhos vermelhos, pronto, encontrou a demônia. Se quiser levá-la daqui fica à vontade. Mas duvido que Okashii-sama deixe. Não sei o que ele vê naquela... coisa  -retrucava outro.

- Ora, mas esta é uma esquisitona muito bonita... - um terceiro avaliava, depois de um breve "fiu-fiu".

Tora revirou os olhos, saindo apressadamente do estabelecimento; enquanto os homens pensavam que ela estava correndo por medo deles, ela estava respirando fundo para não arrumar confusões numa grande vila. Precisava encontrar alguém então com cabelos brancos e olhos vermelhos? Pelo tom de deboche, julgou que fosse única, talvez por isso sofresse tanto bullying. Passando pela Academia, notou que as crianças já estavam indo para casa com seus pais, quando deu de cara com uma garota um pouco mais nova que ela. Cabelos brancos, olhos inexpressivos e vermelhos. Era de uma beleza exótica, e aparentemente medonha para algumas pessoas da vila. O que explicava a aversão dos homens bêbados pouco tempo atrás. Olhando mais adiante, podia perceber duas ou três sombras que pareciam vigiá-la. Provavelmente ANBUS, com ordens de atacar antes de perguntar. Mas a garota havia percebido sua presença, e a encarava, encantada. Correu até sua direção, e educadamente falava:

- Moça, seus cabelos são diferentes do habitual. Seus olhos também! Deveria ter cuidado para ninguém machucá-la - avisava.

- Oh, ninguém irá machucar-me. E estou aqui de passagem - respondia a Nara, com seu habitual sorriso.

- Ah, tens sorte... Infelizmente eu vivo aqui, e não tenho para onde ir. Devo me tornar uma kunoichi como minha irmã, mas sei que não chegarei aos pés dela... - retrucava, tristemente.

- Tenho certeza que será melhor! Bem, eu realmente devo ir agora... Alguém está à minha espera
- respondia a Nara.

- Sim, é sempre bom ter alguém para quem voltar... - ela agora afastava-se, desaparecendo após virar uma esquina minutos depois.

Raiden-senpai escreveu:

Achei-a sentada no meio-fio, próximo à Academia de Kirigakure. Que por sinal, era um tanto longe da Arena onde ela deveria ter ido. Sentei-me ao seu lado, perguntando-lhe se havia se perdido pela cidade. Ela parecia não ter me ouvido, e tive que repetir, além de balançar-lhe os ombros. Ela sorriu, e disse que sim, afinal era uma cidade estrangeira. Eu ri, oferecendo-lhe uma manga - por sinal, muito saborosa - e fingi acreditar no que ela dizia. Sei que não sou exatamente um tipo ideal para confiança, mas gostaria que ela confiasse um pouco mais em mim do que na suposta família, que vai e volta e parece imersa numa história em que tudo é segredo. Talvez devesse notificar a Konoha que ela não é confiável, por estar se envolvendo demais com eles? Ou ainda é muito precipitado? O que se passa debaixo desta cabeleira, azul, Tora-chan? Será que a genética é assim tão forte? Vamos ficar mais um dia. Essas mangas são realmente divinas!


Última edição por Eve em Qui 4 Ago 2016 - 17:06, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : Sem razão especificada)
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