A areia de Suna reflectia todo o intenso brilhar da lua, como de se um espelho trata-se, as suas emoções fulminavam perante tão bonito cenário.
Ikou estava sentado no telhado do orfanato. Ele passava noites e tardes naquele sitio o qual já era considerado como um sitio de reflexão. Ele adorava a Academia, excluindo os conflitos com Shikou, Neko e Yamanenko eram um óptima companhia mas ele sempre desgastava os seus neurónios numa palavra intrigante : pais. Era uma das palavras mais extraordinárias que ele já tinha ouvido. Ele a cada momento que passava sentado no telhado gostava de ter sido dono dessa palavra, de a experimentar e sorrir perante eles, sentir o seu aconchego no fim da noite, em vez da triste companhia da Lua na sua dura cama no Orfanato.
Ikou decidiu naquela mesma tarde começar a investigar sobre os seus pais. Sobre quem ele era mesmo. O facto de ele se chamar Ikou, segundo o seu Instrutor deveu-se ao nome atribuído pelo Kazekage desde que ele foi trazido para a vila. Mas afinal porque é que ele tinha sido trazido para Suna? Os seus pais abandoram-no? Onde poderão estar eles? Vivos, eles tinham de estar!
O colar que ele usava ao pescoço era a sua maior esperança de descobrir quem era, passou tardes na biblioteca de Suna pesquisando sobre um colar qualquer que pudesse ser semelhante ao que ele usava. Ele tinha uma inscrição: “Lince”. Lince era muito vago. Será que o colar tinha alguma utilidade? Tinha de ter! Então porque outra razão poderia estar ali?
A aula do dia anterior na Academia tinha sido sobre Kekke Genkais, ou Linhagens Avançadas. Metade dos alunos da turma não tinham ido ao turno da tarde pois, embora como referido pelo Instrutor estes não estivessem a ser descriminados, não necessitariam das lições de controle da Linhagem Avançada. Ikou nunca tinha, ate hoje, posto a hipótese de ter uma linhagem avançada, mas tanto quanto sabia tinha sido apanhado no meio do campo, numa casa de agricultores então não havia necessidade de meditar sobre esse assunto.

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No dia asseguir foi a correr até ao edifício principal de Suna onde se encontrava o Kazekage com o conselho de mestres e outros membros da adminstração.
O pedido de Ikou para falar com o Kazekage foi declinado com um rude rizo por parte do atendedor que foi repreendido pelo Kazekage em pessoa quando este desceu as escadas.

Kazekage – Ikou, anda cá.
Ikou – Kazekage-sama ! – disse mostrando respeito – Obrigado.
Kazekage – Já sabia que mais cedo ou mais tarde, quando começasses a agir por ti próprio este dia viria. – o Kazekage falava de uma maneira lenta e serena transmitindo uma tranquilidade assustadora a Ikou – Os teus pais, ... Um dia um jounin chegou com um bebé enrolado num pano a Suna, toda a gente queria ver o tal bebe, esse bebé eras tu meu jovem. Trazias apenas um colar ao pescoço , mas de facto os meus conhecimentos não vão alem disso, para mim é apenas um simples colar, no entanto nada se sabe sobre os teus pais. Aquela casa nem sequer existia “no mapa” , isto é , não era reconhecida pelo nosso pais. Assim não há qualquer tipo de registos sobre alguém e ninguém sabe quanto tempo tu ficaste sozinho na casa. Ikou, vejo um grande futuro à tua frente, só o tens que agarrar.

Ikou abandonou o edifício e dirigiu-se ao Orfanato.
Kazekage – Kankurou… Kankurou … Quanto tempo conseguiremos esconder aquilo a este rapaz – disse Kazekage num tom sombrio.
Kankurou estava encostado num lado escuro da sala onde se encontravam anteriormente Ikou e o Kazekage.
Kankurou – Não sei senhor, não sei.
Kazekage – Kankurou , tu vais ser o sensei da equipa daquele rapaz. Ele tem algo de muito especial. Consigo senti-lo.