Símbolos no chão... [Umi no Hana]

Citação :

Seirei - Ideias para subir? - Estavam escondidos entre as flores daquele enorme campo. No cimo do muro, um guarda mantinha o seu posto de vigilância, alheio ao clima de destruição dentro da vila.
Nagatsu - Eu tenho... Eu vou distraí-lo e tu tratas de o imobilizar. Combinado?
Seirei - Ok, despacha-te. - Nagatsu fez uns selos e assim que se viu preparado lançou a sua ilusão sobre o guarda. Este sentia-se atingido por algo afiado no fundo das costas e virou-se para trás. - Cá vou eu! - O Nara correu pela parede acima, chegando ao topo, acertou com um Konoha Reppu, seguido de um Konoha Shofu mesmo no peito do guarda. A leve armadura ficou amassada da força dos golpes do Nara, que ao deixar o guarda cair no chão, o pôs inconsciente. Chegou-se à berma do muro, dando o sinal para o resto da equipa subir...

Ao chegarem ao topo, os quatro admiraram a vila da qual tinham sido expulsos. A destruição propagava-se por todo o seu território, pequenos incêncios já cobriam alguns dos maiores bairros, tempestades resultantes da combinação do vento e da água atormentavam a população, sem contar com os destroços dos edificios que ruíam a cada minuto.

Miya - O-O que se passa?

Taka - Vamos! Eu vou até à estalagem onde estávamos antes. Vocês tratem de descobrir o que causou isto tudo.
Nagatsu - Mas...
Taka - Nada de mas! Sou a vossa líder de missão, sigam as ordens que vos dei. - Num shunshin a rapariga desapareceu dali, para reaparecer alguns metros à frente a tempo de resgatar um homem de uma bola de fogo.

Os três gennins viram a chunnin voltar a desaparecer após deixar o homem em segurança. Engoliram em seco, olhando para a destruição em que iriam mergulhar.

Nagatsu - Vamos... - Num shunshin, todos saltaram para o que restava de um edificio proximo. A destruição notava-se mais dentro da vila, onde se podiam ver os corpos moribundos que foram arrastados pelas águas. Os três continuaram a correr, por algum lugar teria que estar os responsáveis de tudo aquilo!

Começaram por percorrer algumas das casas ainda em melhor estado, procurando sobreviventes. Não fora o caso para a maior parte das casas que entraram, porém gritos de socorro fizeram-se ouvir quando entraram numa pequena casa de dois andares. Seirei, logo se aproximou da porta do edificio, abrindo a porta enpenada com uma investida de ombro. Ao entraram deram de caras com parte da estrutura de madeira caída, estando ainda a casa de pé graças aos espigões de terra invocados pelo destruidor. Pequenos incêndios deflagravam por todo o perímetro da casa e notava-se que a cave estava já inundada.
Os três separaram-se, percorrendo a casa para encontraram quem gritava. Seirei fora quem descobrira a mulher, tinha já alguma idade, motivo esse que deve ter sido o suficiente para não sair naquela suposta noite de festa. A velha estava imobilizada por um conjunto de traves de madeira que lhe caíram em cima, dos quais Seirei retirara os mais leves. Chamou pelos seus colegas, que depressa o acudiram e os três juntos, com grande esforço e suor, uniram as suas forças para tirar a trave. Porém eram ainda muito fracos para tal proeza, Nagatsu chegou-se um pouco atrás e mediu o espaço que tinha disponível para aquela manobra. Concentrou chakra e fez alguns selos, batendo de seguida com as mãos no chão e três placas de pedra maciça erguiam-se à volta da velha, levantando a enorme trave com elas. Seirei e Miya retiraram a mulher do local onde estava deitada, levando-a para fora da casa na tentativa de encontrar um lugar mais seguro. Num telhado mais estável, deitaram-na de costas e a rapariga tentou tratar-lhe das feridas que encontrava. Com um fluxo de chakra constante, Miya atendia às feridas com o Pacchi no Jutsu, conseguindo fechar temporariamente algumas hemorragias. Nagatsu e Seirei faziam depois alguns selos para criarem cada um, um clone, que juntos levavam a mulher para a muralha por onde se tinham infiltrado na vila.

Seirei - Algum sinal de quem armou isto tudo?
Miya - Não sei... Não vejo nada que nos possa ajud-Cuidado Nagatsu-kun! - Com um shunshin a rapariga tirava o rapaz do caminho de uma bola de electricidade.
Seirei - Estão bem?
Nagatsu - Sim, sim. Obrigado Miya. Seirei, conseguiste ver de onde veio aquilo?
Seirei - Veio do chão, acho eu... Vou dar uma vista de olhos.

O rapaz assim o fez. Ao chegar ao chão molhado vía um símbolo a negro que começava a brilhar mais e mais. Pouco depois, uma nova bola eléctrica era formada e lançada numa nova direcção. Mostrou o achado aos seus colegas que tentaram analisar aquela espécie de selo...

Nagatsu - Uma certeza temos, isto é obra shinobi. Mas não conheço ninguém que consiga fazer este tipo de jutsus. - O rapaz pegava agora num pau e tentava riscar o símbolo, acto inútil e sem frutos, pois o símbolo voltava a refazer-se como por magia.
Miya - Mas se alguém consegue lançar Raikyuus à distância, talvez seja o mesmo que consegue os restantes ataques elementais. Não poderá estar muito longe, afinal terá que ter um certo raio de controlo sobre os seus selos e um bom ângulo de visão para saber quando e qual selo activar.
Seirei - Muito bem, vou ver de possíveis locais para essa pessoa estar escondida. Vocês vejam se conseguem desligar isso.
Nagatsu - Para isto estar a regenerar-se, então deve ter um circuito de chakra próprio... Afinal recompôr-se a si próprio e ainda lançar pequenos jutsus por grandes quantidades de tempo deve levar uma grande dose de chakra.
Miya - Sim, não pode ter sido algo feito em pouco tempo. Já que ele está fixo num local, vamos tentar destruir-lhe o ambiente em que está colocado... Usa o teu Doton para isso.
Nagatsu - Ok. - Concentrou algum chakra e fez os selos habituais do jutsu. - Doton - Ganban Kyuu! - Duas placas juntas irromperam no local onde estava o símbolo e com um mexer da mão do gennin, separaram-se, dividindo também o selo, que acabara por explodir por ser dividido. - Brutal! Conseguímos!
Miya - Agora só falta fazer isso às restantes dezenas de selos iguais que há por toda a vila...

Seirei chegara pouco depois com as suas ideias de possíveis esconderijos para o atacante. A algumas dezenas de metros, havia uma pequena torre de uma capela, tinham também a muralha que havia ali perto e ainda um edíficio mais alto perto do centro da cidade. Nenhum deles estava a uma grande distância da localização dos gennins. Os dois rapazes concentraram chakra e repetiam selos já feitos naquela noite. Dois clones de cada apareciam a seu lado e ouviam o plano de Seirei.

Seirei - Cada par de clones irá para um outro sítio. Vocês os dois, - apontava para um Nagatsu e um Seirei falsos - vão para a torre da igreja. Os outros dois irão para a muralha, enquanto os originais vão todos para o centro da cidade. É o local com um maior raio esférico de acção e por isso o mais provável. Tudo entendido? - Todos acenaram afirmativamente. - 'Bora então!