Antes de começarem a ler, devo avisar que este filler é um junção de parágrafos retirados de treinos/missões e do duelo do torneio com coisas importantes para a história.

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Eram cerca de oito e meia da manhã quando uma brecha de luz do sol se direccionou à cara de Kamui. O rapaz que estava adormecido, abriu os olhos e despertou, vendo a luz em sua direcção revelando as partículas de pó que flutuavam no ar. Sem pressa deixou-se dormitar um pouco, mas logo de seguida era interrompido pela sua colega de apartamento. Tsubame entrara de rompante e sem cautela.
-- Hey, bata à porta da próxima vez. – Pediu Kamui.
-- Oh, desculpa. – Pediu a rapariga de um jeito ternurento que fez Kamui sorrir. – Era só para te avisar que preparei o pequeno almoço, queres um bocado?
-- Ah claro. Muito obrigado Tsubame.
Quando estavam os dois, frente a frente, na mesa da cozinha a comer o pequeno almoço alguém batera repetitivamente três vezes na porta do apartamento. Kamui como cavalheiro foi o primeiro a levantar-se e fez sinal com a mão para Tsubame se deixar ficar no recosto da cadeira. O gennin abriu uma das portas duplas e espreitou para o corredor onde se encontrava um ninja.
-- Dokizune Kamui? – Perguntou-lhe, analisando-o dos pés à cabeça.
-- Sim, quem quer saber?
-- O Kawakage pediu-me para te dizer para ires imediatamente ao campo de treinos 22. É tudo. – Depois de falar o ninja aparentemente mais velho que Kamui, desaparecera deixando um rasto de fogo. Um Ho Shunshin claramente.


Passaram-se alguns dias desde o treino com Nagatsu, dois dias para ser mais exacto e ninguém lhe havia dito nada. O rapaz sabia mais ou menos o género de técnicas que ia aprender, mas ainda não o tinham contactado e ele desesperava o dia inteiro no Tokanai. Por várias situações tinha ali conversado com os seus amigos, Suzako que estava a passar por um treino intenso mas de vez em quando tinha tempo e passava por ali, onde era o ponto de encontro entre a equipa. Outras vezes, Kamui era abordado por Rokuu, tinham criado uma espécie de amizade em que falavam sobre tudo, mas maioritariamente sobre raparigas.
Um dia estava Kamui a sair do Tokanai para ir para casa, já de noite, quando um ninja o aborda pelo caminho. De óculos escuros com uma vestimenta normal e o cabelo puxado atrás.
─ Dokizune Kamui?
─ Eu mesmo.
─ O Kawakage quer-te no escritório dele, acho que vais em missão.
─ Está bem. Obrigado pela informação.
O gennin estranhou ser àquelas horas da noite mas decidiu acarretar as ordens do seu superior e de seguida concentrou logo o seu chakra, para com agilidade partir com Shunshin em direcção ao gabinete. Chegou ao edifício para concentrar o seu chakra novamente para subir as escadas com um Shunshin também bastante ágil. Bateu à porta, esperou pelo sim e entrou.
─ Boa noite, Kamui-kun.
─ Boa noite, Kiba-sama.
O jovem ficou ligeiramente intrigado com a presença de outra pessoa na sala. Cabelos curtos, louros, um pouco despenteados consequência da hitaite azul na cabeça, t-shirt preta com uma gola alta que lhe tapava o lábio inferior. As calças eram também elas negras. Usava ainda um colete de ninja, verde acinzentado. Kamui reconheceu-o, era Rokuu.
─ Bem Kamui, apresento-te Chey Rokuu.
─ Lamento desiludi-lo Kiba-sama, mas nós já nos conhece-mos. – Disse Rokuu, virando-se para Kamui.
─ Bem, sendo assim estou aqui para vos pedir que façam uma missão. Têm de caçar este ninja até ao nascer do sol. – Entregou-lhes uma ficha ninja com uma breve descrição. – Mas atenção, não o matem. Ele vai tatuar o Kamui.
─ Oh. – Disse Kamui com os olhos mais abertos, revelando admiração. – É este sujeito que me vai tatuar?
─ Foi o que acabei de dizer. A sua localização está aí nessa folha, agora vão! – Ordenou Kiba.



Acordei bem cedo, ainda de madrugada acho eu. Estava de noite ainda, mas nem me preocupei com as horas. Fui ao quarto de Tsubame, verificar se ela ainda dormia, estranhamente já tinha saído de casa e desta vez tive curiosidade em ver as horas. Cinco e meia da manhã. Perguntei-me onde andaria Tsubame àquela hora. Nunca cheguei se quer a procurar uma resposta com os meus botões, alguém batia à porta.
─ Ohayou, Kamui –kun. – Disse-me Urki, o tatuador que tinha capturado numa missão há cerca de dois dias. Parecia amistoso, o que era estranho depois de o ter capturado.
─ Bom dia Urki-san.
─ Hoje vou-te fazer as tatuagens, para amanhã de tarde começares a treinar os teus jutsus. – Disse-me Urki retirando o material da sua bolsa que me deixou um pouco assustado. – Segundo Kiba, tens de fazer uma tatuagem de uma bússula no pulso esquerdo do lado da palma da mão e tens de fazer um pássaro na omoplata direita.
─ Gosto da ideia, só não me agrada que seja o Kawakage a decidir onde são as tatuagens. A final o corpo é meu. – Protestei eu contra Kiba, que era pouco mais velho que eu apesar de ser muito mais forte. ─ Mas vá, se tem de ser, tem de ser.

Estava em tronco nu no sofá, senti-me desconfortável com a situação. Para mim, a minha nudez era algo privado para mim. Não gostava nem um bocado de me expor assim, mas como tinha dito antes, se tem de ser, tem de ser. Esta é uma frase que vão ouvir muitas vezes de mim, não é que me orgulhe dela nem das características que esta me define. Continuando, pelo que percebi Urki concentrou chakra na sua pistoleca de metal, esta começou a emitir um ruído que não me agradou, parecia uma mosca a zumbir, avançou com a agulha para a minha pele. Senti uma dor enorme e lacerante, percorriam várias lágrimas invisíveis pela minha cara. As minhas dores no pulso estavam a sufocar de agonia, nunca pensei que fazer uma tatuagem tivesse esta dor toda. Comecei a ver a dor manifestar-se no meu pulso, um líquido vermelho acompanhava os traços negros, era o meu sangue que fervilhava na pele.



Apenas consegui correr para não sofrer tanto dano, mesmo assim fiquei a arder mas por sorte no meio da arena havia um pequeno rio onde rebolei para apagar as chamas. Quando voltei à superfície o nevoeiro já não existia revelando toda a consistência da arena. Um rio no meio com uma ponte, este rio e esta ponte trouxeram-me memórias de um combate que não era meu mas que consegui ver nitidamente dois jovens ali a lutar. Acordei deste meu sonho quando levei um potente soco na cara, deixou-me logo com a bochecha vermelha e inchada.


─ Sabes, tu és bastante mais forte que eu. – Disse Juliano. - Sabes mais jutsus que eu, mais velho, mais experiêcia. Tudo isso eu admito que és superior a mim. - Disse ainda deitado com um grão de areia apontado à sua cabeça. - Mas subestimaste-me, com uma tecla tão simples consegui ganhar-te vê bem. - Puff, o rapaz deitado desapareceu sobre um fumo branco e espesso. Atrás de mim, Juliano Uchiha segurava uma Kunai em volta do meu pescoço. Tinha as defesas em baixo e não esperei nada disto. - Desiste do combate ou corto-te a garganta.
Desta não estava à espera, tinha tudo para ganhar. Como o próprio Uchiha me tinha dito eu era bastante mais forte. Como tinha caído naquela armadilha tão simples, naquela armadilha tão infantil e simples. A minha raiva por mim próprio despertou-me os instintos e tentei dar uma cotovelada no estômago do oponente que o prendia por trás. Juliano segurou-me no cotovelo e apertou-me a lâmina contra o pescoço deixando-me um rasto de sangue.
─ Desiste Kamui. - Disse-me o rapaz.
─ Está bem... - Disse triste com a minha atitude, mas nada podia fazer. - Desisto do combate.
─ O vencedor do combate é Uchiha Juliano de Konohagakure. – Disse o homem pegando na mão do meu adversário e erguendo o braço. - Ao acabar estas palavras, o público entrou em êxtase pela vitória de Konohagakure e também pela derrota do Nukenin.

Ui... já és o vencedor da 1º ronda e tudo

Gostei do filler, deu para recapitular algumas coisas ^^