Era uma fria manhã de domingo. Após a madrugada de chuva, Ran e seu pai terminavam de limpar o acampamento da sujeira deixada pela tempestade, enquanto sua mãe fazia o café da manhã reforçado. Seus pais haviam comentado que estavam procurando um local para fixar moradia, fazia um ano desde que eles fugiram de sua vila, e na fronteira com o país do fogo conseguiram sentir-se seguros o suficiente para que não fossem importunados por ninjas caçadores de Kiri.

- O que fará hoje à tarde, filha? – Perguntou Hiromi, enquanto enchia sua xícara.
- Irei treinar no lago. Por quê?

Permanecendo em silêncio, Hiromi sorriu discretamente e acenou a cabeça indicando que não era nada demais. Não ligando para o ar misterioso de sua mãe, afinal ela sempre fora deste jeito, Ran terminou de lavar os pratos e arrumou-se para ir ao lago treinar. E durante todo o trajeto, ficou pensando consigo uma maneira mais eficaz de enfrentar os inimigos.

- Seria através da espada ou dos ninjutsus? – Perguntava-se ao mesmo tempo em que novamente via a linda paisagem do lago.

A região do lago estava uma mistura verde e branca. Havia geado na madrugada e toda relva estava coberta por uma fina camada de gelo. De suas mornas águas saíam vapor e em algumas partes o frio tinha sido tanto que se podiam ver algumas áreas totalmente congeladas. As folhas das árvores estavam queimadas, fazendo com que o seu reflexo no lago se tornasse mais nítido.

Deixando a mochila no chão e juntando gravetos para fazer uma pequena fogueira, a garota começou a se aquecer para mais um de seus treinos. Correu por dezenas de vezes todo o contorno do lago, fez flexões por sobre a água, concentrando o chakra nas mãos e pés para não afundar e abdominais nas árvores mais altas do ambiente. Assim, terminando o aquecimento, retornou a pequena fogueira, colocou mais alguns gravetos e pôs seu equipamento ninja.

Dirigiu-se à ilha central, donde marcou a posição de cinco árvores frondosas à beira do lago. Elas seriam suas inimigas, por enquanto. Enfiou a mão na mochila e pegou duas grossas tiras de couro, amarrando-as nas mãos para evitar possíveis danos. Assim, após um breve suspiro de concentração, a garota serrou seus punhos e saltou sobre as indefesas árvores, socando-as com toda a força, fazendo com que as folhas queimadas pelo frio caíssem sobre ela.

- Velocidade, precisão e força. – Era o que repetia enquanto realizava seu treinamento por toda a manhã.

O sol já estava alto quando resolveu parar e preparar seu almoço. Suas mãos doíam e tirando as amarras de couro, notou que em alguns pontos havia hematomas. Então, procurando novamente em sua mochila, retirou carne seca, algumas raízes e uma pomada medicinal feita por sua mãe. Sorriu ao lembrar como sua mãe era cuidadosa ao tratar seus ferimentos quando criança. Reacendendo a fogueira, pôs água para ferver com as raízes e enquanto esperava, passava a pomada nas partes mais doloridas.

O almoço logo estava pronto e, ao som do vento e dos pássaros, começou a comer. Pensava em como seria a segunda parte de seu treinamento. Queria estar preparada para qualquer oponente. Pensava nos ensinamentos de seu pai e no quão grande era o mundo ninja com suas inúmeras técnicas. Tão grande que não conseguiu vislumbrar alguma técnica capaz de se contrapor a qualquer um. Então a pergunta novamente soou em sua cabeça: “Qual a maneira mais eficaz de derrotar os inimigos, com a espada ou com ninjutsus?”

Terminando o almoço, lavou seus pertences e concentrou-se novamente. Iria continuar seu treinamento, foi quando sentiu que alguém a observava. Surpresa, ela olhou para todos os lados e não conseguiu ver nada de diferente na paisagem acolhedora. Foi então que a água do lago começou a ficar negra e pastosa. Tomando uma posição defensiva, aguardou o primeiro passo do misterioso adversário.

Assim, das manchas negras que poluíam o lago formaram-se cinco mulheres. Elas tinham a mesma aparência. Todas jovens, maquiadas e trajavam elegantes kimonos roxos com ornamentos dourados. A gennin testemunhou aquilo com um misto de curiosidade e medo. Não sabia onde estava o inimigo e se estas cópias podiam feri-la. E mesmo se não pudessem, de onde viria o golpe real? Em sua mente focada nas lindas mulheres, Ran sentiu uma mão tocar em seu ombro.

Sem pensar, ela gira o cotovelo na esperança de acertar quem quer que fosse e após saca sua kunai gigante. Seu cotovelo foi bloqueado e só após o saque de sua espada foi que conseguiu ver quem era. A senhora Hiromi, sua mãe, sempre sorridente carregando uma bandeja com alguns doces que havia feito pela manhã enquanto a filha treinava.

- Desculpa mãe, não vi você! – Diz Ran pondo-se entre ela e as cópias que surgiram no lago. Mas para sua surpresa, todas as cópias transformaram-se novamente em manchas negras até sumirem por completo.

Hiromi era uma senhora com já cinqüenta anos. Tinha pele morena como de sua filha e possuía imensos cabelos castanhos, muito bem cuidados e amarrados em uma toca. Sempre misteriosa, falava pouco com seu pequeno sorriso no rosto. Ran nunca soube a fundo do passado de sua mãe, tanto o é que ficou muito surpresa ao vê-la realizar um genjutsu. Então perguntou de onde ela havia aprendido está técnica.

- Você se esquece que a arte da ilusão e da distração fazem parte do ninja. Aquele que se apega muito ao combate acabará caindo nas armadilhas da mente. Então todo o seu treino terá sido em vão. – Respondendo rapidamente enquanto colocava a bandeja com doces próximos à fogueira.

Como sempre, sua mãe falava pouco, mas para Ran, aquelas palavras soaram como resposta para a pergunta que tanto lhe consumira. Sua mãe tinha razão. Por mais duro que fosse seu treino, se a mente do ninja não fosse forte contra os genjutsus e suas ilusões, nada faria sentido. A garota sabia que, para poder ser uma ninja completa, ou seja, lidar com qualquer tipo de ameaça ninja, ela teria que ficar forte em todos os caminhos ninja. E o genjutsu era um deles.

Assim, dentro de poucos minutos, após comer os deliciosos doces de sua mãe, despediu-se e voltou sua atenção para o treino. Decidiu por concentrar-se, focalizar seu chakra raiton para que este fluísse por todo o corpo. “Primeiro tenho que treinar como me livrar das ilusões.”– Repetia para si. E em alguns minutos de concentração, levantou-se e gritou fortemente, interrompendo a energia de seu chakra por milésimos de segundo. “KAI!”

Seu grito ecoou por entre as árvores. Sabia que não era tão fácil assim libertar-se de um genjutsu, o que a fez repetir o processo durante as próximas horas. E como conseqüência, a sua cabeça estava a ponto de explodir. Não queria parar, precisava treinar. Ran não queria perder nem mais um minuto. Então decidiu continuar o treino, mesmo sentindo dores.

Cansada de treinar a libertação, passou para o próximo passo da ilusão. Concentrando mais uma vez o chakra, Ran fez os selos necessários e sussurrou. Neste exato momento, três clones ilusórios surgem ao seu redor. Ficou feliz por ter conseguido, fazia tempo que não usava tal técnica. Seu pai a ensinara no início de sua vida como ninja e desde então poucas foram as vezes que precisou repetir.

“Hora da ação.” – Disse ao puxar sua kunai gigante. As cópias responderam a seu comando e espalharam-se por todo o local. Desta vez, Ran precisava acertá-las o mais rápido possível e as fez correr mata adentro em direções opostas. Dando início a uma perseguição implacável. Sua instrução era para que as cópias se escondessem ou fugissem de seu alcance. Seu treinamento estava recomeçando.

A primeira cópia foi na direção do acampamento de seus pais. E isso ela não iria permitir, então rapidamente sacou um shuriken e o jogou, acertando em cheio a cópia que sumiu numa explosão de fumaça. As outras duas seguiram para o norte, onde Ran sabia que daria no precipício que havia caído em treinos anteriores. Seguindo em disparada, ela novamente lançava seus shurikens, mas as cópias utilizavam o terreno para proteger-se, sendo praticamente impossível de se acertar, pois a mata era fechada de tal forma, que às vezes a escuridão era quase que completa.

Impondo a si uma meta, a ninja prometeu que as pegaria antes que chegassem ao precipício. A perseguição era veloz e feroz. Tendo os animais como testemunhas, os três vultos saltavam por sobre as árvores e a única coisa que se podia ouvir eram a movimentação da ninja nas folhagens e o zunido de seus shurikens arrebentando os galhos. Faltava pouco para que chegassem ao limite, foi então que se lembrou de usar uma técnica.

O plano seria suficiente. Aguardando até a chegada do grande salto para ultrapassar o traiçoeiro arbusto, que indicava o início do precipício, as cópias saltariam por cima, deixando a proteção das árvores, assim ficariam expostas ao ataque de longa distância. Entretanto, não daria para acertar as duas de uma vez, então a técnica escolhida poderia dar certo.

Velozmente correndo entre as árvores, por um momento perdeu de vista as cópias. Elas haviam saltado como previa, para não serem pegos dentro do arbusto. Ran então viu o fim da floresta e junto, a oportunidade que queria. Saiu do limite das árvores pouco antes do arbusto e olhou para cima. Viu as cópias pulando por cima do obstáculo para se agarrarem ao paredão que se estendia por cinqüenta metros acima. Parada, vendo as cópias em fuga, jogou sua shuriken no meio dos dois, concentrou o chakra, fez os selos e gritou: “Shuriken Kage Bunshin no Jutsu”.

Neste momento, o solitário shuriken havia se tornado centenas, cobrindo toda a área visível do paredão. Havia conseguido. As cópias, como estavam em pleno ar, não puderam esquivar-se, estourando em fumaça enquanto o paredão era banhado com uma chuva de metal, que logo sumiu, deixando apenas o único shuriken preso a rocha. Ran viu aquilo como uma vitória, afinal, conseguira cumprir sua meta e ainda por cima, conseguiu utilizar o que sua mãe a lembrara.

Terminado o exercício, o sol já estava se pondo quando a cansada gennin decidiu retornar a seu acampamento. Passou pelo lago para banhar-se e desfazer a fogueira que havia feito. Recolheu todo o material que havia deixado no chão para cozinhar e só então retornou com um sorriso no rosto. Havia se superado em mais um dia de treino. Nem se lembrando das dores de cabeça que sentia.


FIM DO TREINO!

Os textos parecem estar bons... Mas os treinos têem apenas 1 post.
Tinhas eventualmente que postar o primeiro texto, esperar que fosse avaliado, e depois postar o outro e fazer o mesmo. Até porque ganhas mais pontos (se cada texto estiver bem estruturado) fazendo textos individuais.. Já que o limite de pontos por treino é de 5 pontos.

ahhhhh, então é esse o mistério!
Vou lembrar disso no próximo, muito obrigada pela dica.

Posso ser avaliada por esse?
Na próxima eu mudo a organização para um post apenas.

Reservado

Ran Asakawa

HC
Força: 3,75
Agilidade: 4,5 + 0,25 = 4,75
Controlo de Chakra: 3,75 + 0,25 = 4
Raciocínio: 2,5
Constituição: 4,25 + 0,25 = 4,5

HN
Ninjutsu: 3,5 + 0,25 = 3,75
Taijutsu: 1,5 + 0,25 = 1,75
Kenjutsu: 4 + 0,25 = 4,25
Genjutsu: 2
Selos: 3
Trabalho de Equipa: 2

Total: 1,5 / 5 Pontos

Comentários: Ora bem, dei-te alguns pontos por caridade, porque se te tivesse avaliado a sério, só tinhas 0,75. Mas vamos por partes, que eu já te explico o porquê.

Citação :

Deixando a mochila no chão e juntando gravetos para fazer uma pequena fogueira, a garota começou a se aquecer para mais um de seus treinos. Correu por dezenas de vezes todo o contorno do lago, fez flexões por sobre a água, concentrando o chakra nas mãos e pés para não afundar e abdominais nas árvores mais altas do ambiente. Assim, terminando o aquecimento, retornou a pequena fogueira, colocou mais alguns gravetos e pôs seu equipamento ninja.

Os únicos pontos que recebes aqui é por causa do que está sublinhado. Tudo o resto vale zero. Não descreveste nada do que a Ran fez, o que não me permite dar-te pontos.

Citação :

Dirigiu-se à ilha central, donde marcou a posição de cinco árvores frondosas à beira do lago. Elas seriam suas inimigas, por enquanto. Enfiou a mão na mochila e pegou duas grossas tiras de couro, amarrando-as nas mãos para evitar possíveis danos. Assim, após um breve suspiro de concentração, a garota serrou seus punhos e saltou sobre as indefesas árvores, socando-as com toda a força, fazendo com que as folhas queimadas pelo frio caíssem sobre ela.

Mais uma vez, a falta de descrição tirou-te pontos. Apenas a parte sublinhada se pode aproveitar...

Citação :

Assim, dentro de poucos minutos, após comer os deliciosos doces de sua mãe, despediu-se e voltou sua atenção para o treino. Decidiu por concentrar-se, focalizar seu chakra raiton para que este fluísse por todo o corpo. “Primeiro tenho que treinar como me livrar das ilusões.”– Repetia para si. E em alguns minutos de concentração, levantou-se e gritou fortemente, interrompendo a energia de seu chakra por milésimos de segundo. “KAI!”

Seu grito ecoou por entre as árvores. Sabia que não era tão fácil assim libertar-se de um genjutsu, o que a fez repetir o processo durante as próximas horas. E como conseqüência, a sua cabeça estava a ponto de explodir. Não queria parar, precisava treinar. Ran não queria perder nem mais um minuto. Então decidiu continuar o treino, mesmo sentindo dores.

Isto já é uma questão de coerência. Como é que tu treinas o Kai, sem sequer estares sujeita a um Genjutsu? Por não ser possível, também não posso dar pontos aqui...

Depois vem a pior parte. O Bunshin cria clones ilusionários sim, mas é um Ninjutsu e não um Genjutsu! Depois, mesmo sendo um Ninjutsu, os clones não são físicos, logo não podem andar por aí a correr e a jogar às caçadinhas. Isso tornou o ultimo post praticamente inutil, mas eu dei pontos na mesma, para não saires daqui com quase nada.

Espero que não leves isto como um a crítica negativa, apenas estou a fazê-la para te ajudar. Se melhorares nestes pontos e descreveres o que a Ran treina tão bem como descreves o ambiente, vais ver que consegues ter treinos muito melhores. Lê treinos de membros mais experientes e percebes o que te digo. Boa sorte ^^



Actualizado!