Recomendado para adolescentes de mais de 16 anos. Motivos: linguagem inapropriada. E não, eu não sou preconceituoso, mas meu personagem é.

---

Dez horas sempre era tarde para mim; nesse horário, já devia estar acordado há uns trinta minutos. Isso se conseguisse dormir, depois de uma bela noite. Tudo que usava ficava no organismo, o que me impedia de ficar ciente o suficiente para fechar os olhos e relaxar. Típico, poderia dizer.
Nessa noite, porém, eu havia acordado mais cedo. Meu irmão estava na vila - o que era raro, até - e estava procurando trabalho: queria minha ajuda para achar contratantes, no submundo. Ele não gostava de ir lá sozinho pois sempre acabava matando alguém, o que lhe deixava um pouco abismado. Matar sem receber nada em troca, para ele, era desperdício. Para mim? Prazer.

- Aquele ali, sentado na cobertura... - Iniciei, escorado numa bancada. Tinha que gritar no ouvido dele para ouvir, visto que o som naquele lugar era terrivelmente poluído devido às músicas pesadas. - é o que conhecemos como Mark. Sempre que tu quiser uma anfetamina ou uma erva do diabo, tente falar com ele. Ele conseguirá.
- Ele me contrataria? - Ele ironizou, virando a cara. Não era muito de beber, então só havia escutado a parte que eu dizia que ele era importante.
- Não. O agenciador é aquele no escritório, lá em cima. - Apontei para uma parede de vidro, no qual podia se ver alguns homem e uma escrivaninha. - Ele também agencia ela.

Direcionei-me para o lado, onde um homem grisalho conversava com uma típica garota de programa: cabelos curtos, maquiagem pesada, olhos verdes - lente - calças terrivelmente coladas, uma blusinha pequena que mal escondia seus peitos e um pirulito na mão. O cara do lado dela era meu tio, quem supostamente cuidava de nós, e a garota era minha irmã.
Não demorou muito para eles começarem a caminhar para fora, enquanto ela resmungava algumas coisas. Havia tido uma conversa com ela, há não muito tempo, e ela disse que estava sendo forçada a fazer algumas coisas que não queria. No oriente, normalmente as garotas de programa faziam trabalhos simples, como servir chá e dar um pouco de atenção; no submundo, elas faziam todas as fantasias dos homens, transando ou até sendo maltratadas por eles. Um dia, ela chegou com uma coleira de espinhos no pescoço. Não me importava com ela, mas aquilo chegava ao absurdo.

- Não vai fazer nada? - Bati o cotovelo no braço do meu irmão, tentando chamá-lo a atenção. - Tu sabe que ele faz ela fazer coisa de graça, não sabe?
- Tu me dá alguma coisa, se eu for lá fazer algo com ele? - Ele gargalhou, chamando a atenção de algumas pessoas que bebiam ali. Logo ele levantou e se direcionou as escadas, indo de encontro com o agenciador.
- Vai se foder. - Gritei e derrubei os copos de cerveja no chão. Não demorou muito para dois leões de chácara chegarem ao meu redor e me carregarem para fora. Não resisti a eles: queria sair. - E vocês também.

Eles me levaram a um pequeno beco, onde começaram a me socar e chutar. Não era masoquista, mas gostava de ver pessoas sofrendo, nem que fosse eu mesmo.
Jogaram-me na parede e começaram a acertar joelhadas em minha face, também me cortando com alguns canivetes. Não me importei. Um pouco depois eles me deram um banho de água gelada e saíram dali. Sabia onde eles tinha me levado: um caminho que ia para o bordel de Kumo. Eu não podia ir para lá devido a minha idade, mas eles entravam. Ali, eu poderia fazer o que quisesse.

Obrigado, maricas. Na próxima, tentem bater com força. Sarcástico, pensei. Deve ser por aqui. Não era de ficar pensando nas consequências. Apenas me encostei em uma escada e tirei um pequeno cigarro do bolso; este estava molhado devido ao banho, mas eu consegui secá-lo um pouco com a camisa. Estava vestindo uma camisa polo rasgada e uma calça jeans do mesmo estilo, com um tênis prateado.
Aquelas toxinas não me satisfaziam. Banhadas com meu próprio sangue, apenas me deixavam mais relaxado, com o cheiro estagnado na minha garganta. Meu nariz, sangrando, começou a sicratizar. Pelo menos para aquilo, o cigarro fazia a pena.

Assim que subi a escada, cheguei num imenso corredor, onde havia várias portas, todas de madeira e entreabertas. Conforme passava nele, ouvia gemidos, todos diferentes; na primeira porta, havia um homem e uma mulher, simplesmente transando. Era assim até a terceira porta, onde eu ouvi vários gemidos e alguns tremores. Observando, vi que ali havia cerca de 10 homens e duas mulheres, que faziam um show para eles. Até aí, tudo normal. Na sexta porta, porém, já havia dois homens, junto com duas mulheres. Se fosse homem com mulher, tudo bem. O problema é que era mulher com mulher e homem com homem.
Não aguentei. Chutei a porta, a escancarando, assustando todos ali. Retirei a bandana e coloquei no bolso, retirando, também, uma kunai.

- Que merda é essa? - Havia uma Vodka ao meu lado, junto com alguns copos. Beberiquei um pouco e depois a bati na quina da porta, quebrando-a e deixando-a como uma arma poderosa. - O que pensam que estão fazendo?
- Qual é, cara? A gente tá pagando por hora. Vou reclamar pro agenciador. É isso que você quer? - Ele apontou para ele e uma mulher, que antes estava beijando a outra garota de programa.
- Foda-se esse cara. Eu tô sentindo é nojo de vocês. Pra que fazer essas merdas, hein? Gay. - Literalmente, até. Peguei a garrafa e joguei-a na direção do primeiro homem, na sua cabeça. Vi que ela se espatifou na sua cara e entrou no olho, fazendo sangue escorrer por sua face. - É isso que vocês querem?

O outro homem, provavelmente de programa, havia sumido dali. Vi que a porta do banheiro havia acabado de bater, devido a garota de programa, que entrou lá e a trancou. Imaginei que ele estivesse ali, também.
Fui, assim, na direção da outra mulher. Com a Kunai, a ameacei no pescoço, raspando com a ponta da arma. Num impulso, a cravei um pouco acima dos seios da mulher, na direção do coração. Ela tossiu e jogou sangue na minha cara, logo caindo.

- Cacete. - Passei a minha mão entre os olhos, retirando o sangue de lá. Olhei ao redor e agora voltei-me para a porta. - Saiam. Não farei mal a vocês. Vamos, vamos...

Parecia um maníaco, enquanto passava minha mão pela porta. Na verdade, estava tentando forçá-la um pouco, chutando com os pés. Em vão: o homem de programa, antes que eu pudesse abrir a porta, apareceu atrás de mim com um grande taco de Beisebol, acertando-o na minha cabeça. Foi o suficiente para eu bater a cabeça na porta e ficar inconsciente. A minha última lembrança era o rosto da mulher e do homem, que no momento se abraçavam. Ele era grisalho, e ela, tinha cabelos escorridos e olhos verdes.
Conhecia aqueles rostos.

---

Levantei, com a cabeça latejando. Um radio relógio, do lado de minha cabeceira, informava que era umas cinco horas da tarde.
Ao meu lado, minha irmã colocava umas compressas na minha cabeça. Parecia preocupada, mas também estava irritada.

- Por que fez aquilo? - Chorando, ela me deu um tapa, logo depois de colocar os panos quentes em minha testa. - Olhe o seu estado.
- Vai se foder, sua puta.

Joguei-a, com o braço, na direção da parede. Levantei-me e desci até um bar, onde encontrei meu irmão. Tirei um cigarro e comecei a fumar.

- Cara, é proibido fumar aqui. - O barman falou-me, mostrando uma placa.
- Foda-se. - Ignorei-o, bebericando uma cerveja que havia ali em cima da mesa.

Não demorou muito para dois homens altos e fortes chegarem ao meu redor, com um pedaço de madeira na mão.
E começaria tudo de novo.

Muito bom, seu personagem é bem diferente do meu, me assustei mas foi muito bem elaborada.

Tudo bem que aqui é permitido usar linguagem forte, mas de modos moderados. Vais ter que melhorar isso e tentar melhor o teu português, se faz favor. Como por exemplo: sicatrizou? escreve-se cicatrizou.

De resto, o filler tá muito bem descrito, na minha opinião. Acho que tens uns aspectos a melhorar, mas conseguirás ir longe por aqui ^^

Onde eu falei "sicatrizou", cara? Eu falei "sarcástico", que é o mesmo que "irônico"

@Edit

Tudo bem o negócio da linguagem; eu reli e vi que exagerei, mesmo. É que do fórum que venho, não tem censura dentro do roleplay.
Agora, só queria saber onde eu escrevi errado. Como disse, reli e não achei nenhum erro.

Fuhr escreveu:

Onde eu falei "sicatrizou", cara? Eu falei "sarcástico", que é o mesmo que "irônico"

"Meu nariz, sangrando, começou a sicratizar. Pelo menos para aquilo, o cigarro fazia a pena."

Só para não andares muito á procura. Apesar disso foi um dos unicos erros que vi, e é normal. Ninguem consegue escrever um texto todo sem deixar algum erro por passar, nem o corrector do Word consegue isso quanto mais uma pessoa

Citação :

Tudo bem o negócio da linguagem; eu reli e vi que exagerei, mesmo. É que do fórum que venho, não tem censura dentro do roleplay.
Agora, só queria saber onde eu escrevi errado. Como disse, reli e não achei nenhum erro.

Atenção, o forum não tem censura nos fillers e assim (claro se você começar a ofender os outros membros e assim vai contra as regras, mas nos seus textos é livre de escrever o que quiser).
Não achei mal empregue a linguagem mais bruta, aliás, tendo em conta o ambiente em redor acho-a muito indicada. Estranharia era se ele fosse extremamente bem educado e assim

Bom filler, gostei muito. É uma ideia muito diferente do que se costuma escrever, com todos a viver numa aldeia simpatica e luminosa. Continua assim, fiquei intriguado com o que vai acontecer a seguir

Vou candidata-lo a "melhor filler do mês de Janeiro". Boa sorte =D

Obrigado o/
E verdade EHSISEUISEIOSEUSEOHU nem tinha percebido o erro. Deve ter sido impulso, rs.