O Mizukage estava no seu gabinete. Tinha a secretária cheia de planos de guerra, e relatórios para ler.
Já não pregava olho à dois dias. Para além de se preocupar com a guerra, tinha ainda de se preocupar com a vila.
Bateram à porta. “Entre!” disse Okashi, alto o suficiente para se ouvir lá fora.
Entraram dois rapazes. O que vinha à frente era alto, e entroncado. Trazia às costas uma espada enorme e envolta em ligaduras. O outro tinha cabelos vermelhos vivos, e olhos verdes escuros.
- Ah, rapazes! – o Mizukage tentou mostrar-se vivaço, mas o seu tom transparecia cansaço. – sempre vieram.
- Viemos sim, Okashi-sama – disse o rapaz com dentes semelhantes aos de um tubarão – tem uma missão para nós?
- De facto, tenho – começou o Mizukage, e entregou-lhes dois scrolls – estão aqui dois perfis pertencentes a dois Nukenins. Temos que os capturar, andam a causar demasiados estragos…
Coloquei também dentro do scroll a localização mais provável deles neste momento.
- Hai! – disseram os dois em uníssono – podemos partir? – perguntou o rapaz mais alto.
- Esperem. Tenho um favor importante a pedir-vos.
“Há um gennin formado à pouco tempo na academia, de seu nome Shin Kurosaki. Devem conhecer o seu apelido; é filho do ilustre nukenin e antigo espadachim da névoa; Raiga Kurosaki.”
“Shin está a passar por uma altura muito má. Se ele quiser, ele conta-vos pormenores. Mas acho que ir com vocês o ajudaria bastante. Ele estará no portão sul à vossa espera, daqui a meia hora. Conto convosco para o influenciarem.”
*
- Pronto, Datte? – perguntou Sueji, com um tom ligeiramente desafiador.
- Penso que sim, Sueji-kun – respondeu Datte serenamente – o que será que se passa com Shin?
- Não sei.. Mas vai ser interessante conhecê-lo… E o que quer que ele tenha, é sempre bom ajuda-lo.
Seguiram os dois. Cada um passou por sua casa para irem buscar os seus pertences e seguiram para o portão.
Um rapaz aguardava-os. Parecia instável, e claramente perturbado. Olhava para o chão desconcentrado, com as mãos nos bolsos. “Será tão poderoso como outrora o seu pai foi?” - pensava Sueji, desconcentrado.
- Olá! – disse Datte, quando se aproximaram do rapaz– és o Shin, certo?
- Sim.
O tom de voz utilizado por este foi totalmente inexpressivo. Sueji e Datte trocaram um olhar, e Sueji falou.
Bem, o Mizukage quer que tu nos acompanhes. Acha que te vai fazer bem!
Sueji tentava parecer entusiasmado, tentando animar Shin. Este, porém, continuava no seu mundo; parecia não ter ouvido nada. Virou-lhes as costas, e começou a andar para fora da vila.
Datte ia reclamar, mas Sueji pediu-lhe para não o fazer; Pensava que o mais correcto era darem espaço a Shin. De certa maneira, até o compreendia.
Portanto… - Datte abriu os scrolls que o Mizukage lhes tinham entregue, quando já estavam afastados de Kiri. – parece que os patifes tem um esconderijo nas docas. É para lá que temos que seguir.
Shin grunhiu algo que se parecia com um “tudo bem”.
- Ora bem – começou Sueji – temos que avançar com calma. O nosso objectivo é capturá-los, com o mínimos de ferimentos possível. Um bom plano seria usarmos o Henge para os localizarmos. Quando o fizermos, e dependendo das circunstâncias, decidimos o que fazer.
- Eu não aprendi o Henge – disse Shin, envergonhado.
- Hum. – Datte pensou por momentos, e falou – podes ficar a ver de longe o que se passa. Depois, misturas-te com a multidão e dizes-nos o que viste. Com uma perspectiva diferente, podes ver coisas diferentes.
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(Está pequenino, mas tive muitos trabalhos... De qualquer maneira foi apenas uma introdução. 600 palavras chegam ^^)