Depois do incidente com o colar do clã Yagami, decidi ir atrás de respostas. Primeiramente acordei bem cedo e assim que a biblioteca abriu, fui de imediato ver se encontrava algum livro que pudesse falar a respeito da jóia. Passei horas lendo sobre tudo que se referia ao nome “Yagami”, consegui encontrar uma “luz no fim do túnel” quando li em um dos livros sobre uma antiga crença do clã. Desde o início do clã, os Yagami acreditavam que a cada geração nasceria uma criança capaz de dominar o poder do colar. Foi aí que meu coração se encheu de coragem novamente e decidi ir treinar, entretanto enquanto arrumava minha bolsa, Kamui chega a minha casa e me pergunta aonde eu iria, respondi que iria treinar, mas logo meu tutor me disse para permanecer em casa, de repouso e esperar o outro dia para treinar e que se assim eu fizesse, ele me ajudaria com o treinamento.
Falei sobre a crença do clã Yagami para Kamui e ele me disse que meu pai, Jun, havia comentado algo a respeito e que Jun acreditava que eu era essa criança, por isso que ele decidiu me treinar quando fosse chegada à hora.
Decidi ir dormir mais cedo, na ânsia de poder começar logo com o treinamento de controle do colar e assim que amanheceu peguei minha bolsa e fui para o campo de treinamento com o qual já estou habituado. Chegando lá encontro meu sensei me esperando, encostado numa árvore e com uma expressão séria em seu rosto e logo foi me mandando começar a entrar numa espécie de círculo que serviria de barreira se algo saísse do controle. Fiquei mais tranqüilo com a barreira assim poderei me concentrar mais sem me preocupar tanto com possíveis mudanças súbitas de meu comportamento, sendo assim sentei no meio do círculo e comecei a me concentrar tentando trazer a tona aquele poder tão forte de outrora. Apesar do meu esforço não consegui repetir o feito, então Kamui me pediu para lembrar-me no que eu estava pensando naquele momento e foi assim que comecei a me concentrar de novo. Dessa vez foi diferente, comecei a pensar numa situação na qual eu estava à beira da morte e a única saída era matar meu inimigo e foi aí que senti um ódio imenso que começou a fazer aquele grande poder fluir pelo meu corpo. Quanto mais o poder aumentava mais eu ficava furioso, chegando a um ponto que eu coloquei como “limite seguro” para o uso desse poder, pois se eu ultrapassasse esse “limite” eu me tornaria um ser, cujo único propósito seria matar sem hesitar. Assim, quando cheguei nesse ponto logo tive um imenso esforço em manter o poder naquele limite e logo fui relaxando para diminuir o poder, mas fui interrompido por Kamui numa voz firme que dizia: -“Continue, vamos ver até onde você pode chegar! Ultrapasse esse limite, confie em mim essa barreira irá nos proteger.
Sendo assim fiquei mais tranqüilo depois da ultima frase dele quando disse que poderia “nos” proteger e não apenas um ou outro, decidi então fazer o que meu tutor disse mais uma vez concentrei-me até chegar o ponto limite de minha sanidade, onde ainda tinha o controle da situação e foi quando ultrapassei esse limite a jóia em meu pescoço brilhou intensamente. Quando Kamui pensou que estava tudo sob controle, eis que surge dentro do círculo-barreira feito pelo mesmo um ser de face maléfica, cuja vontade era apenas saciar seu instinto assassino, meu sensei fica assustado com a imagem à sua frente, pois não era mais aquele genin de outrora e sim um assassino furioso, louco para escapar da barreira feita pelo jounin. Com um rápido movimento de mãos do ser maléfico surge uma chama azul em ambas as mãos do mesmo que tenta destruir a barreira de dentro para fora sem muito sucesso. Vendo que as chamas invocadas pelo ser não eram normais Kamui decidi por um fim nisso enquanto a barreira ainda funciona e num rápido movimento de mãos ele fecha a barreira fazendo parecer como uma caixa.
A cada segundo que passa a barreira vai se fechando cada vez mais chegando a um ponto em que nem oxigênio existia dentro daquela caixa tão apertada, não demorou muito para o ser desmaiar e assim Kamui desfez a barreira e correu para ajudar seu pupilo ali inconsciente.
Quando acordei meu sensei meu explicou tudo o que aconteceu e decidi pesquisar sobre o ocorrido.
-“Tenho uma velha amiga que pode te ajudar”. Disse Kamui.
-“Então não podemos perder tempo, vamos logo ver essa sua amiga!”
Aproveitando que ainda era de manhã lá pelas 11h00min horas, fomos à busca da “velha amiga” do meu tutor. Era um local afastado da vila, mais precisamente no subúrbio, e depois de algum tempo caminhando (o que pareceu horas) chegamos à casa da mulher. Meu mestre chamou e logo surge a uma mulher linda de longos cabelos preto e uma pele branca e delicada, ali para nos atender.
-“Olá Kamui há quanto tempo não nos vemos e quem seria esse jovem?” Pergunta a mulher.
-“Seu nome é Jonatha, ele é meu discípulo e ele é filho de Jun e Miki.
Para o meu espanto a mulher logo segurou em meu braço e disse para Kamui que não poderíamos perder tempo. No caminho a um grande salão localizado no subsolo da residência, a mulher logo se apresentou como Chizuru e disse que poderia me ajudar a meu lado sombrio, mas como ela poderia saber se acabamos de nos conhecer? Perguntei ao meu sensei como ela sabe disso e ele me respondeu da seguinte forma:
Kamui: -“Quando Jun entregou você aos meus cuidados disse para procurar Chizuru caso fosse preciso, ele sabia desde o começo que você um dia iria despertar esse poder. Tinha convicção de que você seria capaz de controlar esse poder, ele acreditava em você!
Escutando essas palavras fiquei muito entusiasmado e pronto para controlar esse poder e logo puxei meu braço que Chizuru até então segurava e disse:
Jonatha: -“Não desejo participar de qualquer tipo de ritual ou coisa parecida para selar esse lado selvagem que possuo, vou treinar para controlar esse poder como foi o desejo de meu pai e agora se tornou meu desejo.”
Foi aí que Kamui e Chizuru trocaram olhares e tiveram a certeza que eu poderia obter sucesso em meu objetivo. Chizuru me perguntou se eu estava seguro de minha decisão e com um olhar seguro disse que sim, ela então desejou muita sorte e que se começasse a sair do controle era para procurá-la.
Meu sensei e eu saímos então da casa da mulher e fomos cada um para sua casa pensando em como eu poderia controlar tamanho poder.