Administrador | Kumo
Sexo : Idade : 28 Localização : Nárnia, where unicorns tend to live! Número de Mensagens : 5771
Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24 | Assunto: Treino II - O meu vizinho Qui 14 Mar 2013 - 23:35 | |
| As noites de Suna eram, sem exceções, muito mais divertidas que os dias calorentos. A noite era fria e oferecia a escuridão suficiente para eu poder brincar com as pessoas à vontade sem que estas pedissem por ajuda e me causassem problemas desnecessários. A primeira noite havia sido demasiado interessante para não haver repetição... Passei mais um dia em casa, a olhar pela janela e a ver o calor do Sol a confundir-me a vista. Hoje havia sido ainda mais calorento que ontem e a minha vontade de sair do apartamento diminuíra consideravelmente. Todavia, agradecia pela chegada da Lua e o seu manto estelar e escuro. O seu frio era muito mais confortável que o calor infernal e o luar era menos intenso e mais belo que os raios de Sol. Aproximei-me da barra do telhado, que me prevenia de cair acidentalmente, e apoiei-me pelas mãos. Observava cautelosamente o luar e deliciava-me com os poucos pormenores que a parca luz oferecia. Apercebi-me que observar a Lua tornara-se um hábito constante, pois todas as noites vinha para o telhado só para olhá-la... E brincar com alguns transeuntes... Nesse exato momento que a porta atrás de mim (aquela que leva aos corredores do prédio) foi violentamente aberta e um homem corpulento saíra por ela com cara de poucos amigos. Olhei por cima do ombro inexpressivamente, balançando com o cabelo e ouvindo a rivalidade das correntes a competirem pelo melhor lugar no meu cabelo. - Boa-noite... – Cumprimentou secamente, recebendo um sorriso doce como resposta, porém ineficaz ante tanta má-disposição – Claro, ela não fala. Por que raios não me casei com uma assim? – Falara para si próprio, não havia razão para desabafar comigo, fingindo que eu não ali estava ao procurar algo nos seus bolsos e aproximando-se das barras do telhado do outro lado, evitando-me. Continuei a olhar de soslaio e o sorriso apagou-se. Agarrei numa pequena ponta de cabelo, especialmente uma das sem corrente, e coloquei-a à boca, mordendo-a nervosamente enquanto fitava a Lua pensativa. O vizinho estava nervoso por causa da mulher... Imperdível. Virei-me lentamente, apoiando o rabo contra as barras e olhando para ele, entretida. Continuava a morder a ponta do cabelo, desta vez divertida, e o meu olhar tornou-se tenuemente sedutor. O vizinho retirou, por fim, um cigarro do bolso e colocou-o à boca. Nesse momento, fitou-me de leve e viu o meu olhar sedutor (tenho a certeza que era o que parecia na altura). O efeito não foi o esperado, pois voltou a virar a cabeça, soltando insultos sobre as mulheres conseguirem ser todas estranhas e provocadoras. Sorri, realmente divertida, e deixei algum chakra emanar dos meus poros. - Sushii no Genjutsu... – Pronunciei o Genjutsu, das poucas vezes em que eu própria ouvia minha voz. Tão feminina... Na mente do vizinho, o cigarro que tinha na boca transformara-se, repentinamente, numa lata velha de um refrigerante qualquer, que de tão grande fazia a sua boca alargar. Este assustou-se pela súbita mudança, cuspindo a lata e vendo-a pousar sobre o solo como se fosse feita de pena, sem fazer o característico som do metal a chocalhar com a pedra do telhado. - De onde veio a lata?! – Perguntou-se, chutando-a furiosamente para fora do telhado sem questionar-se como é que ela tinha ido parar à sua boca – Porcaria das mulheres, o que é que fazem a um homem! Estava a ser mais divertido do que pensava pois o homem já agarrava noutro cigarro. Aproveitei o momento de distração para repetir a ilusão de ontem. Reuni alguns selos rapidamente e focalizei chakra ao longo do corpo. Sem prévio aviso, clones negros da minha autoria emergiram do solo do telhado ou das paredes provenientes da porta que levava aos corredores. Os clones rapidamente detetaram o alvo, caminhando ante ele como mortos-vivos, apressando-se a fazer um círculo à sua volta. - Que merda vem a ser esta?! – Gritou, num tom de voz a ficar gradualmente mais furioso. Ao luar era impossível de distinguir-se, mas decerto que a sua cara seria um pimento gigante a bufar vapor pelos ouvidos – Já chega desta merda, agora vão apanhar! Sem justa causa, agarrou num bastão que estava encostado à parede, ao qual eu já havia reparado mas não dado importância, e varreu o ar com ele, como se tentasse afastar um animal em aproximação. Os meus clones, entretanto, não eram dotados de grande inteligência e o abanar de um pau grosso (estou a rir-me enquanto escrevo estas duas últimas palavras) não era suficientemente assustador para fazê-los recuar. O momento era propício para, com um leve dedilhar e um puxão de pulso, uma marioneta surgir detrás de uns caixotes (habilmente escondida pela minha pessoa e, de salientar, não esquecida como na noite anterior!) e misturar-se com a multidão de corpos negros. O bastão do homem avançou, golpeando a cabeça do primeiro clone negro que apareceu à sua frente. O impacto, doloroso num corpo humano, fizera um buraco no corpo ilusório para permitir que uma nova cabeça emergisse dele. Todavia, o homem, cego de fúria, não se intimidou pela regeneração inumana, continuando a batê-lo constantemente e descarregando toda a raiva reprimida. Voltei a reunir mais uma pequena quantidade de chakra e repeti a ilusão Sushii no Genjutsu. Optei por trocar o bastão na sua mão por um prato. A constante agressão continuou por alguns segundos, onde o mesmo clone se multiplicava dezena de vezes, até o furioso vizinho se aperceber que batia num pedaço de matéria negra de forma humana com um prato. Deixou o utensílio cair, sem ouvir o estalo característica da loiça, e afastou-se, colocando as mãos à cabeça e olhando para nenhures, confuso. - Aquela ordinária drogou-me a comida! – Gritou, algo insano. O seu desespero e raiva só tornavam este pequeno treino de Genjutsus mais delicioso e divertido – E a comida nem é grande coisa, porra! A minha presença estava a ser estranhamente oculta pela das matérias negras, oq ue por si só já me contentava visto que o esforço físico era algo que não me agradava. Aproveitei para, com alguns movimentos das minhas mãos, rodopiar com a marioneta entre as minhas cópias negras. Um ótimo pequeno exercício para treinar a minha mobilidade com a marioneta, misturando as minhas técnicas de Kenjutsu e Kugutsu. Quando cheguei relativamente perto do corpo do homem, obriguei o meu boneco a bramir discretamente uma das suas lâminas. O som seco do ferro a raspar pela madeira foi bonito e, o luar a incidir no metal polido, completou perfeitamente o momento. Só para depois melhorar com um espirro de sangue a sair de um corte superficial da bochecha dele. Ele guinchou, talvez de dor e pela surpresa, rodopiando um pouco pela inércia do impacto e ajoelhando-se no solo, atónito, permitindo que os clones negros conquistassem maior terreno. Ficou assim, durante escassos momentos, com as mãos a tentarem controlar a hemorragia e um olhar irritado a perscrutar a superfície rochosa do telhado. Achava que já atingira o seu limite e pensei em deixá-lo em paz e ir dormir, caso a diversão já tivesse acabado. Preparava-me mesmo para fazer tal coisa, algo desapontada com a fraca prestação do meu vizinho, quando, de rompante, este levantou-se e agarrou no bastão, um prato na sua mente. Gritou algo sem nexo aos céus, arremessando a arma tão aleatoriamente que esta voou em minha direção. Surpresa pelo ataque indireto, e incapaz de movimentar a marioneta para perto de mim de forma a defender-me, saltei de cima das barras e levei com o bastão em cheio no peito. Gemi como uma pequena princesa, provavelmente adorável aos pequenos homens sensíveis, e agachei-me no solo. A colisão fora dolorosa e o bastão caía aos meus pés, aparentemente satisfeito com a situação. Irritei-me por breves momentos, chutando-o só para me lembrar que estava descalça e para sentir uma nova dor no pé direito. Soltei mais alguns gemidos, sentando-me no próprio solo do telhado e pressionando a zona em dor para tentar acalmá-la. O vizinho, após tantos gemidos, apercebeu-se da presença de mais alguém, mas ainda não se lembrando que era eu. - Quem está aí? – Como eu estava sentada, era-me impossível distingui-lo por entre tantas cópias negras, mas conseguia notar algum movimento não tão lento quanto a da matéria negra – Apareça! Vi-o, por entre braços e pernas negras, a agachar-se e a agarrar num dos caixotes encostados à parede. Ergueu-o ao alto, loucamente, e arremessou-o na minha direção sem antes certificar quem eu era. Alarmada, e ainda puxando desesperadamente a marioneta ante mim, levantei-me e atirei-me em frente. Consegui desviar-me do ataque, ouvindo madeira a quebrar-se contra o ferro das barras. Vi lascas aos meus pés descalços e olhei outra vez para o vizinho, já a agarrar outra caixa e a arremessá-la contra mim. Repeti a manobra evasiva, mas desta vez para trás, exatamente para cima das lascas da caixa anterior. Fora um movimento suficientemente habilidoso para escapar deste segundo ataque, mas igualmente estúpido pois as farpas mais pontiagudas acabaram por cravar-se superficialmente nas minhas costas e braços. Apesar de serem superficiais, eram pontiagudos que chegue para causarem incontroláveis dores na carne. Gemi inesperadamente alto e tentei, a esforço, esticar os braços para tentar chegar as farpas cravadas nas costas. As correntes não cessavam o seu chocalhar a cada movimento felino. - Apareça! – Repetiu o homem, agarrando na última caixa e pronto para arremessá-la sem esperar por uma resposta, que inconvenientemente eu não iria dar. A caixa foi arremessada e vi-me novamente em perigo. No entanto, a marioneta já estava à minha beira e com o seu escudo erguido. Dedilhei com alguma habilidade (digo isto porque estava com ambos os braços atrás das costas), obrigando o boneco a erguer o escudo e a aparar a colisão da caixa com alguma dificuldade. Agradeci-lhe mentalmente e retirei a última farpa cravada das costas, soltando um último guincho e sentindo um líquido quente escorrer-me pela espinha. Sangue... Ergui-me, mais fraca fisicamente do que estava a contar, e olhei divertida para o meu vizinho. Sim, ele sabia divertir-me, muito mais que aqueles dois pacóvios de ontem. Esses nem conseguiram fazer-me sangrar, nem apresentavam metade das emoções que o meu vizinho demonstrava. Tão divertido... Cancelei o Genjutsu dos clones negros, que agora eram mais um estorvo que uma distração, e desenhei rápidos selos antes que o vizinho tivesse tempo de distinguir-me. Entretanto, o molde de chakra já estava preparado. - Magen: Narakumi no Jutsu... – Murmurei baixinho, mantendo o selo final unido e um olhar divertido à espera da reação. Um grito. Fora suficiente para que eu atingisse o êxtase da noite. Tão interessante, a loucura humana. Seria por isso que teriam feito o mesmo comigo, porque soava tão divertido como soava agora? Sacudi a cabeça, sentindo as correntes a chocalharem entre si e contra o meu corpo por causa do ousado movimento, piscando com os olhos. Estava a voltar para o passado e isso era algo que só fazia mal. Foquei-me no resto da minha diversão. Empurrei o ar com a mão e a pequena marioneta movimentou-se em frente, encurtando a distância entre si e a minha presa. Num dedilhar mais natural que à pouco, as lâminas retiraram-se dos seus esconderijos e desenharam alguns cortes superficiais à pele do homem. Mais gritos seguiram-se, apesar destes não serem tão divertidos quanto àqueles provenientes de Genjutsus, e deixei-o estatelar-se no solo, inconsciente....
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Administrador | Konoha
Sexo : Idade : 28 Localização : Sátira Diária Número de Mensagens : 1243
Registo Ninja Nome: Takada Rokusho Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24 | Assunto: Re: Treino II - O meu vizinho Sex 15 Mar 2013 - 14:46 | |
| Reservo cariñoAvaliaçãoH.N.Ninjutsu: 3,5 + 0,25 = 3,75 Taijutsu: 1 Kenjutsu: 3,5 + 1 = 4,5 Genjutsu: 4 + 0,75 = 4,75 Selos: 1,75 + 0,5 = 2,25 Trabalho de Equipa: 1 H.C.Força: 1,25 Agilidade: 1 + 0.5 = 1.5 Controlo de Chakra: 9,5 + 1 = 10,5 Raciocínio: 1,25 Constituição: 1,5 + 0,75 = 2,25 Total: 4,75/7 Total de Habilitações: 34 O treino está bastante bom, muito bem escrito e com descrições épicas! Adoro o sadismo da tua gaja Se achares qualquer coisa mal, apita. Tudo atualizado ^^
Última edição por Suaztik em Dom 17 Mar 2013 - 20:27, editado 1 vez(es) |
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