Dor / Dedicação
Estava um belo dia de sol, quando eu acordei com seus raios luminosos projetados em meus olhos, que me forçaram a levantar da cama. A preguiça era muita, mas com a pouca vontade que tinha consegui vestir-me e ir ver o que havia para comer, sem acordar meu “pai”. Pego numa fatia de pão e unto manteiga, pois tinha que me apressar que era o primeiro dia de treino. Ia para um campo específico perto do local onde se encontrava o clã aburame, não era muito grande, mas com o essencial, o verde claro dominava esse espaço. Existiam arbustos, árvores, e um pequeno lago onde se podia refrescar no intervalo do treino, pelo menos era esta a descrição de Shibi. Fecho a porta lentamente, e começo a correr, entusiasmado, na sua direção. Enquanto corria, estava a pensar que tipo de treino poderia fazer, mas como era o primeiro decidi fazer uma melhoria em todos os campos: genjutsu, taijutsu, ninjutsu, kenjutsu. Mas depois lembrei-me: - Como treino genjutsu senão existe um alvo? Posto isto, pus de parte o genjutsu e cheguei no local de treino.
A descrição batia certo com a realidade, havia uma ligeira brisa que fazia com que as ervas expusessem a sua frescura, e aquele silêncio fazia com que desse para se ouvir o chilrear dos pássaros e apreciar as maravilhas da natureza.
- É mesmo um bom espaço de treino e com este ambiente, só podia ser o local onde meu “pai” treinava. – pensou.
Hinn começa com uma série de abdominais e flexões , após prévio aquecimento, debaixo de uma árvore cuja sombra tapava completamente o corpo do pequeno aburame. Após ter feito os abdominais, na última série de flexões ele pensa : - noventa e nove…. Cem !!! Uff não estou nada habituado a este esforço físico… Todo suado, começa a olhar para aquele lago azul e bonito, onde poderia disfrutar horas e horas naquele maravilhoso ambiente. Mas ele não se fica por essas “miragens” e começa a treinar kenjutsu, pois já estava cansado e parecia-lhe que era melhor em vez de começar com o treino do chakra. Com uma kunai , este faz um desenho de um alvo na árvore , que eram três círculos circunscritos uns nos outros, do maior para o menor. O maior que valia vinte e cinco pontos, de cinquenta cm de diâmetro, outro de vinte e cinco cm de raio que valia cinquenta pontos e por fim o mais pequeno de dez cm de diâmetro valia cem pontos. Hinn optava por um pequeno jogo que consistia em : cinco lançamentos, obter quinhentos pontos e cada vez aumentar a distância e começar a existir movimento à medida que o jogo avançava.
Posto isto, o ninja de konoha começa o pequeno jogo. Primeiro começa a dez metros de distância e parado, e consegue acertar no centro que vale cem pontos em ambas as cinco tentativas e gaba-se de si próprio, pensando: - Isto é canja !
Após ter dito isto, recua cinco metros , ficando a quinze metros da árvore, e desta vez o shinobi teria que estar em constante movimento. O shinobi começa a correr e a lançar kunais, de modo confiante, mas quando vê o resultado que obtém este não passava de meros cento e cinquenta pontos. Sendo o lançamento mais próximo da pontuação máxima, cinquenta pontos. A confiança de Hinn rapidamente diminui, mas este continua a esforçar-se o máximo que pode , pois quer tentar chegar aos calcanhares de seu “pai”,Shibi.
Meia hora passou, e finalmente na última tentativa ele consegue os quinhentos pontos. Após conseguir cai para trás nas ervas, e começa a ver a mira que ele havia feito, em vários pontos do céu azul e ensolarado, então abana a cabeça e recompõe-se. Quando se levanta volta a olhar para aquele azul claro, que refletia uma imagem lindíssima do local, com um tom único. A vontade de lá ir e tomar um banho é grande, mas só depois do esforço árduo e do trabalho ser acabado é que se pode obter a recompensa, então Hinn passou à parte do taijutsu.
- Já que esta árvore já está toda marcada por mim, mais uns chutes e murros não irão fazer mal – reflete.
O pensamento de Hinn ganha vida, mas devido ao excesso de calor retira o casaco somente deixando uma t-shirt preta, as calças pretas chegadas para cima até ao joelho e como não pode falhar os seus óculos negros. O jovem ninja, faz séries de cinquenta pontapés com o pé esquerdo e outros tantos com o pé direito, na parte lateral da árvore (direita e esquerda) durante 15 minutos . A dor sentida pelo aburame era tal que este , a meio do treino descalçou ambos os pés e revestiu com ligadura que retirou do bolso das calças. Depois voltou a calçar-se e “pés ao trabalho”. A árvore que estava com ligeiras marcas dos lados no início, estas começavam a aumentar á medida que o tempo passava e no fim do treino, notava-se uma pequena fissura de ambos os lados da árvore.O treino de pernas teria acabado, e Hinn mal os sentia, mas mesmo assim tinha a garra necessária para ir para a parte dos punhos. Devido á dor sentida pelas pernas já com os sapatos, o pequeno aburame sente necessidade de revestir os punhos com ligadura e assim o fez. As mesmas séries de pernas teriam sido feitas também para os punhos, durante a mesma duração (quinze minutos). Os minutos passaram, o treino de taijutsu teria chegado ao fim. Hinn sentia as mãos e as pernas todas doridas e com razão, pois pouco mais faltava para começarem as feridas a sangrar.
Hinn faz uma pausa de dez minutos, deitado de costas na relva, enquanto bebe água e come um pedaço de pão sem nada, para ter forças para o treino de ninjutsu. O suor começa a secar com a frescura da erva.
Foram dos dez minutos mais rápidos da vida do pequeno shinobi, este suspira e pensa para si: - Vamos, tú consegues, é a última parte do treino!
Após dizer isto, ajusta os óculos, aperta melhor as ligaduras e vai para o centro do campo , perto do lago e começa a concentrar chakra. Ele iria treinar um jutsu chamado “Mushi Bunshin no Jutsu” , que descobriu ao ver Shibi a usa-lo em casa para lavar a loiça por ele. Mas se era um clone normal que só servia para tarefas domésticas, porque raio haveria Hinn de o treinar? O jovem, uma vez apercebeu-se que esse clone era feito de insetos e tinha um poder de regeneração incrível, isto porque, o clone cortou-se com uma faca ao partir o pão, no dedo, e os insetos voltaram a uni-lo como se nada fosse. Então Hinn achou o jutsu incrível pois podia distrair os adversários numa luta, podia fazer tarefas domésticas, podia servir para atacar com os insetos…
- Como é que shibi fazia ? Ele acumulava centenas de insetos num local, e estes transformavam-se num clone idêntico ! Mas será tão fácil como parece? - refletindo com um ar duvidoso.
Posto isto, Hinn concentra centenas de insetos à sua frente , mas estes ficam parados sem fazer nada. – Como será que farei um clone idêntico a mim ? O jovem ninja, tenta fazer um padrão idêntico a si mesmo, mas apenas consegue empilhar os insetos na vertical, como se fosse uma torre. É então que o jovem tem uma ideia brilhante. Vai para perto do lago e vê o seu reflexo, o que lhe dá uma ideia melhor de como fazer um padrão semelhante a si mesmo.
O pequeno ninja volta a tentar, concentra centenas de insetos à sua frente e imagina o reflexo que tinha visto no lago. Um sorriso aparece em sua cara. Ele tinha conseguido fazer a parte de baixo de seu corpo e embora a parte de cima só fossem insetos empilhados , já era um bom começo. O tempo passava a voar. Cinco minutos passaram, dez, e vinte, até que ele consegue. Um clone idêntico a ele aparece mesmo à sua frente. Hinn suspira e volta a sorrir. Mas o chakra dele havia esgotado, e o clone desfaz-se . O ninja fica desiludido por não poder testá-lo, mas era só o primeiro dia de treino, então quase que a rastejar , foi para o lago e lá ficou o resto da tarde a boiar até adormecer.
Assunto: Treino 1 - Dor / Dedicação 
Sex 22 Mar 2013 - 2:50
