Sol, pedras e poeira. Era tudo o que se via diante do vulto, a vida parecia não ter sentido para ele e para os que o rodeavam, mas tinha um propósito, um propósito que se esperava ser conseguido quer fosse agora ou nunca.
Em cima de uma rocha estava um rapaz, um rapaz que envergava umas vestimentas vermelhas escuras, tinha algumas ligaduras no braço direito e na mão esquerda, ligaduras que o jovem decidira nunca tirar, mesmo que as feridas debaixo delas sarassem. O rapaz, tinha uma espécie de protetor com o símbolo da Pedra, o símbolo de Iwagakure que cobria o seu olho esquerdo, claro que tudo tinha uma razão, e a razão era simples, o seu irmão.
“Com o seu esquerdo, a partir do canto da fechadura, o pequeno rapaz observava o seu irmão, a ser espancado e esfaqueado violentamente por um grupo de pessoas aparentemente mascaradas. Dentro da sala, apenas se conseguiam ouvir o som dos movimentos, e os gritos de dor do ninja que com muito esforço tentava-se levantar, mas sem sucesso algum. Era então levantado pelos membros daquele grupo e levado daquele lugar que se tornara um tormento desde então”
O olho esquerdo do rapaz, apenas significava dor e sofrimento, nada mais que isso, essa era a razão de o protetor estar atravessado de tal maneira. O nome? O nome do rapaz era Gekko, Kamigan Gekko, os amigos tinham-no apelidado de Kami ou era apenas chamado de Gekko pelos amigos que não estavam do seu lado nesta fase.
No dia anterior, o ninja tinha-se tornado um Gennin, graças a ter-se matriculado na Academia Ninja, estava pronto para começar a sua jornada de sangue, vingança e terror, pois ele jurava espalhar sangue daqueles que ele soubesse que tinham cometido tal erro que o rapaz se lembrava.
O seu irmão já podia estar bem morto, mas o que iria impedir Kami de procurar? Nada. Absolutamente nada! A sua jornada iria começar, nela esperava encontrar aliados, aliados com quem pudesse contar para a tal saga. Antes de tudo, tinha que encontrar uma pessoa maior que ele em que pudesse confiar, alguém que o pudesse treinar, um Sensei. De seguida, viajaria com pessoas do seu conhecimento sempre à procura de mais pistas onde quer que as pudesse achar.
Isto tudo fazia parte do seu grande plano para recuperar o seu irmão e finalmente poder no fim de tudo, quando morrer, falecer em paz.
Era o seu plano de vida, e nada o iria fazer parar, pois o grande testemunho daquilo tudo, era o seu olho esquerdo.
O jovem retomava o seu caminho pelas pedras, era tudo um pouco monótono em Iwagakure para o rapaz, mas de qualquer das maneiras, ele adorava a vila, onde lhe tinham acontecido coisas boas, mas coisas más de certeza.
Era impossível negar a aptidão e confiança no rapaz enquanto ele caminhava, algumas pessoas olhavam para ele, achavam um pouco estranho um ninja acabado de graduar estar a passear e não estar a treinar ou com um Sensei. Mas era tudo parte do plano, “O Plano” como Kami gostava de o chamar.
O seu pai, mercante, não se importava muito com a sua vida, devido ao abalo que a morte do seu irmão teve na família, a mãe, era quem mais se importava com o rapaz, sentindo o seu desgosto por não ter tido a atenção necessária do pai.
Mas isso não importava, mais que ter a atenção do pai, Kami queria recuperar o irmão, tornar-se ninja foi a maneira que mais gostou. Além de tudo, Kami sempre gostou dos ninjas e sempre se quis tornar um, mesmo sendo uma maneira infeliz, os seus dois desejos fundiram-se. Ele tornou-se um ninja que agora procura pelo irmão desaparecido, pela areia que foge, por nada como outros podiam pensar.
Ao passar pelos mercantes, ouvia os gritos dos próprios, as conversas das pessoas que aproveitavam para passear, brincar ou comprar mercadorias para a casa, Iwagakure era um lugar restabelecido depois da Quinta Grande Guerra Ninja, e Kami alegrava-se disso. Os prédios, mais parecidos com torres destacavam-se na vila, a vila protegida pela pedra e pela rocha, uma vila dura.
Do nada, era possível ver um pequeno papel a cair nas mãos do rapaz, vinha do céu como se alguém o tivesse atirado ou coisa parecida, abrindo-o melhor pois estava dobrado, podia-se ler uma mensagem clara como o Sol:
“Abaixa-te!”
Abaixa-te? Abaixar para quê? Era a pergunta que Kami se colocava a si próprio, quem neste mundo com juízo iria atirar uma carta para o vento levar em que com tais palavras, dava uma ordem como se nada fosse.
Atrás do rapaz, podia-se sentir um vento subitamente forte, o rapaz rapidamente virava-se para enfrentar o tal acontecimento, negando a ordem dada, provavelmente alguma consequência seria sofrida.
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Primeiro Filler, acho que poderia ter sido maior mas há uma primeira vez para tudo penso eu, espero que tenham gostado, mais para vir espero eu.
Se tiverem alguma pergunta ou sugestão para eu melhorar, agradeço que coloquem em baixo.