Falta o treino 57 para avaliar. Obrigado.
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Olha só. O pivete chegou! - Brigou um dos bandidos.
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O seu problema é comigo. Larguem a mulher. - Respondeu o garoto.
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Não. Agora ela é nossa garotinha por sua causa. - Retrucou o bandido, com a katana no pescoço de sua sensei.
Vendo que a situação estava séria, Kimura deixou que os bandidos o cercassem. Sorridentes e confiantes com a vantagem numérica, os doze homens o contornaram cuidadosamente até que o chuunin estivesse totalmente cercado. -
Covardes. - Sussurrou enquanto percebia que um eles se aproximava e desferia um chute lateral nas suas costas. Inclinando-se rapidamente para frente, o Endo esquivou-se do golpe e fechou o punho num furioso soco visando o queixo do agressor. -
Não, não, não. - Gritou o meliante encostando a katana perigosamente no pescoço de Junchei. Kimura percebeu o recado e parou o golpe em tempo de girar seu corpo numa esquiva rápida para evitar que outro bandido o queimasse com uma das tochas. Enquanto isso, seu kashikogan calculava rapidamente todas as trajetórias possíveis ao mesmo tempo em que os bandidos tentavam acertá-lo com golpes intercalados. Ele se jogava para esquerda, direita e focalizava chakra nas pernas para realizar curtos shunshins enquanto se esquivava de todos os golpes, até que o que parecia ser o líder do grupo reclamou dos companheiros que não conseguiam acertá-lo e mais uma vez ameaçou a garganta de sua mestra. Suspirando fundo, o jovem parou de se movimentar sabendo que teria que aguentar certa dor até que conseguisse chegar à distância correta para contra-atacar.
Gargalhando pela ameaça, os doze começaram a acertar o jovem com socos e pontapés. Kimura sentia mais raiva do que dor, recebendo um soco no estômago e então um chute forte nas costelas, para então ser cortado por uma kunai que um deles trazia. -
Argh! - Ele gritava com fúria, enquanto era massacrado pelos elementos. Até que aguardou um dos bandidos acertar-lhe um chute no peito. O golpe foi forte a ponto de fazê-lo perder ar. Contudo, a projeção do acerto o deixou na distância que queria do chefe. -
Agora. - Disse ao focalizar chakra na tatuagem e trazer uma senbou para suas mãos e então, enquanto caía, girou o corpo com toda força para arremessá-la contra o tendão do cotovelo do líder. A agulha rasgou o ar num silvo até se enterrar no cotovelo do homem que gritou de dor ao sentir seus nervos danificados pelo projétil. O homem ainda tentou cortar a garganta da ninja, mas não conseguiu mexer o braço, dando tempo para que Junchei o atingisse no abdome e conseguisse se libertar. Vendo que tivera sucesso, Kimura jogou os braços para trás e usou sua força para rodopiar no ar e impedir sua queda. -
Maldido! - Grito o líder, retirando a agulha de seu braço. Enquanto isso, Kimura já focalizava chakra no cérebro para então, após um rápido selo, enviá-lo para os homens que o viram brilhar intensamente.
Todos os homens levaram as mãos nos olhos ao mesmo tempo em que o chuunin focalizava chakra mais uma vez e fazia um selo, pondo a todos sob o efeito do Genjutsu no Dekoi. Rapidamente os doze se recuperaram do flash e avançaram num avanço feroz. Girando o corpo mais uma vez, o chuunin focalizou chakra na tatuagem até trazer uma granada de gás bruxuleante que se espalhou pelo gramado. Todos começaram a tossir e logo sua visão embaçada ajudava Kimura a atingi-los com poder. Como não era afetado pela nuvem, Kimura utilizou a cobertura da fumaça amarelada para saltar sobre os três primeiros bandidos que chegavam. Fechando o punho, o ANBU atingiu o primeiro com um fortíssimo soco no estômago do primeiro, para então girar no homem agonizando e elevar o joelho com toda força para encontrar o queixo do segundo. O homem sentiu sua mandíbula se deslocar pela força do golpe e viu a silhueta do ninja usá-lo como trampolim num salto acrobático e atingir um chute alto no terceiro que rodopiou após um estalo surdo. O terceiro homem caiu, enquanto os outros tentavam achá-lo na nuvem venenosa. Sendo assim, Kimura convergia chakra mais uma vez e invocava diversas kunais que as atirou em rápidos e fortes arremessos para eliminar mais cinco bandidos. -
Ataquem! - Gritava o líder, ainda com dificuldades em movimentar sua espada.
Logo, os homens se jogavam a esmo dentro da fumaça, com dificuldade em enxergar quando Kimura viu a oportunidade de utilizar aquilo que tanto treinava. Usando toda força de suas pernas num salto alto, Kimura girou o corpo numa velocidade incrível para focalizar chakra nas tatuagens e arremessar várias em direção aos bandidos restantes. Mesmo sem tanta precisão, o jovem ainda conseguiu atingir cinco dos bandidos, pondo-os fora do combate e assim que atingiu o solo novamente, ao mesmo tempo em que a fumaça se esvaía, o chuunin convergiu chakra nas pernas e efetuando uma trajetória em semicírculo para desferir três golpes nos últimos três que ainda não sofreram danos. Elevando a perna, Kimura contraiu os músculos para atingir a têmpora do bandido que caiu rapidamente enquanto ele girava o corpo e atingia o outro com uma cotovelada no pescoço. O homem tossiu em agonia e se ajoelhou procurando ar, quando viu o veloz vulto do ninja passar sobre ele e convergir chakra na tatuagem para invocar mais um kunai e golpear o pescoço do último com um corte lateral. A garganta abriu como manteiga, deixando o homem agonizante tentando fechar o corte. -
Agora só falta você. - Disse o jovem ao líder que tentava correr pela floresta. Fazendo rápidos selos, Kimura levou seu chakra para os pulmões e logo uma forte rajada de vento perseguiu o covarde.
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Mas o que... - Gritou o homem ao ser arremessado contra uma árvore, ficando preso entre os cipós da trepadeira. Convergindo chakra mais uma vez, o chuunin fez com que cobras brotassem de suas mangas que morderam o último bandido. Sem ter como escapar, o homem viu as cobras morderem seu corpo para matá-lo com grande injeção de veneno em seu sistema sanguíneo, desfalecendo diante dos olhos dos dois ninjas. Junchei olhou friamente para seu pupilo e o elogiou pelo breve combate. -
Você conseguiu fazer o meu golpe principal. Está pronto para sairmos daqui e enfrentarmos seu pai. - Ela comemorou. Esse comentário não foi de seu agrado, afinal, combater seu pai num duelo de morte não era natural. Contudo, mesmo que ele não compartilhasse dessa opinião, a sua sensei estava bastante decidida a vingar seu amor, mesmo que para isso ela passasse por cima dele. -
Certo. - Respondeu ofegante, tentando imaginar como aquilo seria resolvido. Logo, os dois correram para a cabana onde os pertences de Junchei ardiam e se deterioravam. Em breve deixariam aquele local que era tranquilo e partiriam em direção ao combate de suas vidas. Kimura se entristeceu novamente ao lembrar-se de sua irmã, mas sabia que seu pai teria certa dificuldade em enfrentá-lo. Dessa vez, ele estava mais forte do que nunca.
FIM