Chegaram ao campo de treino. Um terreno com relva com um lago bastante próximo. Uma dúzia de árvores aproximadamente. Alguns animais, nenhum que ameaçasse desconforto. Um local perfeito para o treino. Pai e filho ficaram a olhar-se frente a frente, esperando que algum decide-se falar.
- Otaku! Hoje vamos batalhar.
- Mas pai, isso não durará cinco segundos…
-Deixa-me acabar. Eu só poderei usar a boca com uma kunai como é obvio.
- Então tudo bem, Hagime
-Hagime.
Otaku correu em direção à agua para tirar vantagem do seu elemento. Gustak num gesto pendulou a cabeça arremessando assim uma kunai, que parou exatamente um centímetro à frente do pé de Otaku, delineando assim os limites do território. Sendo assim o jovem ninja, pegou na kunai arremessada por seu pai e correu em direção a este. Com a kunai bem amarrada no seu punho direito, fez um movimento em gancho acabando com a lamina apontada à bochecha direita de Gustak.
Num nano segundo, o seu progenitor elevou um bom pedaço de terra até à altura da sua cabeça impedindo assim a kunai. De seguida, Otaku procurou o seu oponente saltando por cima do muro de terra.
Olhou para os lados e nada avistou. Ficou perplexo pois Gustak tinha sumido. Ouviu um pequeno tilintar como se fosse uma pequena gota a mexer-se no chão. Otaku rapidamente apercebeu-se da armadilha de seu pai, que se tinha transformado em água. Então sem hesitação executou um selo, concentrou um pouco de chakra, não muito devido à pressão da situação. Cinco segundos depois começou-se a notar um grande nevoeiro, mas não o suficiente para cegar Gustak.
Numa rápida decisão, Otaku salta, e tira proveito do seu Shunshin no jutsu para se afastar do possível golpe de Gustak. Desapareceu numa nuvem de fumo reaparecendo em frente a um carvalho. O jovem para tirar proveito do nevoeiro instalado tinha de subir ao topo da árvore. Então concentrou a dose suficiente de chakra na palma dos pés, e escalou a árvore velozmente. Aproximando-se do gano mais alto, esticou os braços e elevou-se, ficando com os músculos um pouco tremidos.
Enquanto Gustak sorria de admiração pela astucia do seu rapaz, Otaku concentrou seu chakra e modelou o nevoeiro, investindo mais chakra no seu jutsu, chegando a cegar o seu inimigo. O jovem gennin, após guardar sua adaga na manga, desapareceu noutra nuvem de fumaça reaparecendo a poucos centímetros de Gustak. Pois era importante manter uma pequena distancia, pois mesmo cego, seu pai possuía um bom ouvido o que o permitia defender-se às cegas.
Otaku, tentando pensar em alguma maneira de socar seu pai sem ser facilmente dominado, acabou por se decidir. Então o adolescente juntou as mãos, concentrou chakra suficiente para criar 5 bunshins, não esgotando as suas reservas. Deixou o suficiente para o golpe final. Após o aparecimento dos bunshins, utilizou o resto das reservas para fazer um henge, transformando-se assim num dos animais inofensivos daquela floresta. Neste caso uma tartaruga.
Devido ao esgotamento do chakra, a névoa retirou-se como planeado. Gustak, recuperando a visão avista 4 clones.
- Há há há, achas que é com isto que me vais enganar? – disse Gustak rindo-se e questionando-se da ingenuidade do seu filho. Levou a sua mão ao bolso, e pegou em 4 kunais. Atirou-as todas ao mesmo tempo. Os quatro clones desapareceram em fumaça e Gustak ficou perplexo com a situação.
Sem tempo para agir, pensou Otaku, desfez o seu Henge, aplicou uma rasteira a seu pai fazendo cair este no chão. Por fim encostou a sua adaga ao pescoço deste fazendo-o desistir ou reconhecer a derrota.
O chefe da casa sem querer desiludir Otaku, desapareceu , fazendo perceber a seu filho que afinal era um clone. Gustak, expeliu um grande jato de água contra o seu filho, terminando com estas palavras.
- Não penses que me ganhas tão facilmente. Mas fiquei surpreso com a tua táctica. Não fiques triste, bem que estavas a precisar de um banho eheheh
Otaku aproveitando-se da água, lava a cara para se refrescar. E responde.
-Para a próxima ganho ahaha.
-Ainda tens de comer muita sopa. Para terminar enche vinte.
Otaku sem mais demoras, poe-se em posição de prancha e começa a fazer flexões. Levando a barriga até ao chão mas sem deixar o peito tocar, após isso deixava-se por cinco segundos naquela posição. Elevava-se e voltava a repeti-lo, até aos seus músculos cederem. O que foi bem antes das vinte repetições.