Sua cabeça girava e pequenos fachos de luz do sol que atravessavam sua janela só o deixavam mais irritado. – Ei Daisuke, acorda! Soube de uma coisa que você vai adorar!- Gritou novamente Makoto, filho de uma das diretoras da academia ninja. Era um jovem franzino e inteligente que sempre o acompanhava nas aventuras e traquinagens durante todos os anos que estudavam juntos. Gemendo, Makoto se esforçava para subir no muro da residência e gritava na direção da janela com grande ansiedade, olhando sempre para os lados para ter certeza que ninguém o via.

- Mas que merda Makoto! O que você quer uma hora dessas?! - Respondeu Daisuke com flagrante irritação na sua voz, apesar de já se tratar de metade da tarde. Ele estava com ressaca por ter bebido quase todo o ponche que "batizara" durante a festa de despedida do ano letivo. Seu último ano. Levantando-se com dificuldade e passando a mão na cabeça para tentar conter a dor que sentia, Daisuke cambaleou até a janela cobrindo-se apenas pelo lençol. Abrindo vagarosamente a janela, ele foi logo recebido pela já rotineira brisa quente da tarde. Olhando para baixo de forma furiosa, o loiro viu seu amigo vestido de maneira elegante e formal, em pleno sol causticante da Vila da Areia ele saltava de alegria e excitação.
 
- O que fazes vestido dessa maneira?! Quer morrer desidratado?! - Perguntou em tom de chacota.
- Não! Minha mãe me obrigou a experimentar a roupa da formatura. - Disse Makoto, levando uma pasta parda sob a cabeça.
 
- Mas corri até aqui assim que peguei esse arquivo! - Completou o garoto. Daisuke gelou ao ver o objeto e logo sua expressão furiosa sumiu, deixando em seu lugar apenas um leve sorriso de vitória ao ver que seu plano tramado na noite anterior havia dado ótimos frutos para sua vingança. - Vamos, suba aqui! - Gritou de volta, correndo para dentro para se vestir o mais rápido que podia. Respirando fundo, já impaciente com o elegante e apertado uniforme que usava, Makoto deu um rápido salto e se agarrou como podia ao parapeito da residência, fazendo força para entrar no quarto do amigo todo estabanado.

Estendido no chão para recuperar o fôlego, o pirralho soltou a pasta parda que deslizou com o vento até os pés de Daisuke que terminava de calçar suas sandálias. Logo, uma foto do professor que mais o perseguia foi revelada juntamente com alguns dados pessoais numa ficha em papel. "Toshio Yamazaki" - Dizia a aba. Daisuke conseguiu ler as entrelinhas. "Agora te peguei, velho desgraçado." - Pensou quando se agachou e juntou os papéis para começar a estudá-los. Abrindo a primeira página, já conseguiu ver novamente a foto de seu desafeto.
 
Toshio era o professor mais experiente que a academia mantinha. Contudo, desde o início de seus estudos, o velho nunca foi com a cara dele e vice-versa. E com o passar do tempo, a raiva e tensão entre os dois só aumentava até que nesse último ano, Daisuke dera o azar de ser transferido para a turma dele. Foi um ano de perseguições. O velho não se cansava de investigar as peças que pregava em seus colegas, enquanto sua família apenas usava sua influência para "apagar" as pistas que ele deixava pelo caminho. Até que enfim estava a ponto de se formar e se livrar daquele velho impertinente, quando soube que Toshio havia conseguido provas de sua culpa no incidente do incêndio no banheiro feminino.

"Foi uma boa confusão! Uma bela visão!" - Lembrou-se da cena em que as garotas seminuas – e outras totalmente nuas - saíram desesperadas do banheiro com medo do incêndio que provocara. Daisuke sempre se gabou de ter saído ileso de todas as suas falcatruas. Só que agora sabia que tinha cometido um erro fatal. Ele havia deixado a caixa de fósforos dentro da cabine onde se escondera no início, e para seu azar, a caixa continha o símbolo de um dos restaurantes de seus pais possuíam. "Isso irá exigir algum contra-ataque." - Justificou-se como para se convencer do que iria fazer. Seu dedo logo buscou na lista num leve arrastar que parou em cima do termo: FOBIAS.
 
- Huahuahuahuahua! - Explodiu o loiro ao achar o ponto fraco do velho inimigo. - Aranhas?! O velho tem aracnofobia?! - Disse ao mostrar a sessão na ficha pessoal. Makoto abriu um sorriso e enxugou o suor na testa. O menino havia se esgueirado até o armário dos professores enquanto sua mãe e outros membros da diretoria discutiam os últimos acertos para a festa de formatura. Agora, os dois sabiam o que fazer para assustar o professor o suficiente para que ele não conseguisse impedir Daisuke de se formar. - Vamos. Já sei onde encontrar o que queremos! - Vibrou de excitação ao saltar pela janela.

Makoto suspirou novamente e enxugou-se novamente para acompanhá-lo em grande velocidade. Eles correram em direção às cavernas onde mantinham o suprimento de ervas da cidade. Lá, em meio a vegetação em processamento, existiam centenas, senão milhares de aranhas de todas as cores. Algumas eram venenosas, mas Daisuke não se importava em correr riscos para obter o que queria. Então, após alguns minutos, ambos se aproximaram das cavernas onde um grupo de chuunins aguardava a troca da guarda. - Já sei como iremos entrar. - Sussurrou para não ser detectado.

Nossa, uma personalidade bem diferente da do kimura. Filler bem interessante mano, bom que você ja esta começando a agilizar a historia de seu novo char.  Creio que vai ser com o susto do diretor que seu char vai fugir e virar nukenin, mas realmente quero ver como isto vai se suceder  .(ainda mais porque você é um nukenin da minha vila então preciso entender como esta mente traquinas funciona kkkkkk)

Ótimo filler mano, como o Brian disse uma personalidade diferente da do Kimura. Eu gostei.

Creio que essa travessura vai dar errado e se voltar contra ele, mais, quem sabe...  

Continua irmão

Então é a explicação de como tudo aconteceu. Ahah, isto promete ser interessante e engraçado.

Tens a escrita impecável, nada a dizer sobre ela. Espero para ler o próximo.

Um garoto que adora pregar peças nos outros, realmente uma pessoa bem diferente do Kimura. Agora é ver o que pretende com esse novo personagem, que deve explorar outro tipo personalidade para usar o seu char. Não deve ser coisa boa que esse garoto deve aprontar com as aranhas.
 

Continua a historia irmão.