“A vida de um Humilde Nobre”
Duas leves batidas na porta é o suficiente para me acordar, mas não o suficiente para me fazer levantar da cama, ainda mais que chove lá fora me deixando com mais preguiça. Nesse momento estou numa cama macia e confortável debaixo de uma coberta, só o som do ventilador que apesar de não está tão quente o ligo só para sentir o vento no meu corpo. Parece loucura, mas gosto de ficar ouvindo o som do ventilador ligado e com o quarto todo fechado, pois me ajuda a dormir mais. Apesar de que sempre escuto minha mãe reclamar que se estou com frio é para desligar o ventilador, mas se estiver com calor é para dormir com a porta e janela aberta e sem cobertas. Sempre falo “está bem mãe, vou fazer isso”, uma promessa que nunca cumpro. Apesar de ser de manhã a barulheira na casa é alta, eu fico puto com isso, quando eu estou a andar de noite pela casa, tenho que usar todas minhas habilidades shinobis para não fazer barulho, no entanto quando é minha mãe e meu tio (que acordam sempre antes do sol aparecer) fazem uma barulheira que só. O pior que eles são Jounins experientes, ou seja, fazem de propósito para que todos que ainda estão dormindo (que no caso é só eu) acordem.
Depois de um tempo me levanto da cama, estico todo meu corpo para que as fibras de meus músculos que estavam retraídas fiquem bem alongadas. Jogo-me ao chão e começo a fazer algumas flexões para aquecer meu corpo, depois de algumas flexões giro meu corpo dando meia volta e faço abdominais. Depois vou ao banheiro para cuidar de minha higiene, primeiro só jogo uma água no rosto para tirar as mantidas remelas de meus olhos e umedecer meu cabelo (pois só em novela que vejo as pessoas já acordarem lindas e esbeltas, às vezes até maquiadas). Tiro a roupa de dormir, que normalmente é só uma cueca, por mim dormiria até pelado, mas em respeito aos meus parentes e aos empregados da casa não faço isso. Vou até o vaso sanitário para “meditar” um pouco (sabe como é meditar, se concentrar e fazer hurm... só que nesse caso usando força), depois de me aliviar com a “meditação” vou para o chuveiro, ou como gosto de chamar “Meu palco para shows solo”, já que adoro cantar durante o banho.
Depois de banho tomado sou um novo homem, saí do estado de zumbi (cheio de remela, com baba pela boca e olhos vermelhos) para um rapaz forte, lindo e de olhos azuis. Desço as escadas já que a cozinha fica no andar de baixo, a empregada (que praticamente é parte da família, pois está na casa mais tempo que eu) já preparou o meu café da manhã, tem um carinho especial pela “Babazona” (como eu a chamo a empregada desde pequeno, por ela ser minha babá e ser bem grande e forte). Gosto muito dela como se ela fosse da família, ela também tem um carinho muito especial por mim, ela fala que sou o caçulinha dela, já que seus filhos todos estão casados. Depois da saborosa refeição da Babazona fico satisfeito, dou um grande beijo em sua bochecha (como é de costume) agradecendo pela ótima refeição, vou para o banheiro para fazer minha higiene bocal.
Meu Tio está em uma missão hoje e minha Mãe prepara a casa para recebemos visita de alguns primos e tios meus. Na verdade tirando meu Tio e Mãe, não gosto de meus familiares, todos eles são esnobes e arrogantes. Isso se deve que todos eles ser nobres e com muito dinheiro, afinal a família Kusanagi cuida de quase todo comercio de Iwa. Todos fazem parte do Conselho de Iwa e são protegidos pelo senhor feudal do país da Terra, minha ramificação da família é da parte shinobi, diferente deles que são apenas burgueses. Por minha família lutar em guerras ela sabe o valor de um homem e uma vida, já eles que nasceram em berços de ouro e só estudam para se tornarem magnatas é um bando de narizes em pé. Mas como diz minha mãe são da família e não podemos desprezá-los, ou seriamos iguais a eles.
Eu vivo indo na parte mais humilde da vila, bem no subúrbio. Lá tem muita gente que não tem riquezas matérias, mas em compensação são muitos solidários e dividem o pouco que tem. Acho que quanto mais você tem, menos consegue se desapegar, tornando-o uma pessoa egocêntrica e ranzinza. A maioria de meus amigos é da parte mais humilde de Iwa, pessoas que gostam de mim pelo que eu sou não pelo o que tenho. Esse é o fardo das pessoas ricas e famosas, não ter a certeza de que as pessoas que estão ao seu lado serem seus amigos, ou seus sugadores que estão ali por puro interesse e quando estiver na pior não vão te ajudar.
Falo para minha mãe que fui chamado para uma missão, é tudo mentira na verdade não quero está com meus primos, eles vivem me esculachando por não ser requintado para um grande nobre de Iwa. Eu me controlo para não responder de forma agressiva, mas a vontade é de mandar enfiar os modos de nobres deles no c.... (sabe onde). Esses almofadinhas são um pé no saco, que vontade de arrancar dedo por dedo deles para os ouvirem gritar, além de arrancar seus olhos para que a última imagem que vissem fosse a minha os arrancando-os. Não iria matar, pois gostaria de ver como eles iriam viver sem serem “perfeitos” como dizem. Mas só posso a ficar a imaginar. Usando a mentira que dei a minha mãe vou para rua, sinceramente acho que ela sabia que era mentira, mas ela queria fazer a mesma coisa. Além do que ela dava a mesma desculpa para a Avó dela quando tinha que receber os familiares. Corro soltando por entre os telhados, meus tios e primos vêem isso e acham um modo muito tosco de um nobre sair da casa. Mas quer saber eu estou me lixando para que eles pensem, quero que todos se FOD.....
Com isso parto para vila a fim de encontrar com alguns de meus amigos, logo penso em um nome, Jow Yagami. Um jovem ruivo que conheci em missões passadas, além do que quero falar para ele o que descobri sobre os nossos clãs. Afinal o livro que estou a ler fala da origem do clã Kusanagi, Yagami e Kagura.
Continua....