Olho por Olho
2/2
Madeira levantou-se e limpou as lágrimas previamente soltadas novamente, abandonando a sala deixando lá seu espírito e mente fazendo companhia a Maru que voltou a ficar inconsciente Voltou para casa, pensando sempre na sua amiga…
No dia seguinte… Acordei com a cara molhada, com o coração ofegante e com vontade de voltar a visitar a minha treinadora.
Assim foi…Pedi autorização ao meu pai para ir visita-la ao qual o pedido foi aceite, porém o meu pai não podia ir com ele tinha uma missão muito importante a iniciar.
Fez o caminho habitual até ao hospital, apesar de o caminho ser o mesmo parecia mais longo, mais infinito, assim como a sua preocupação era da sua amiga…
Subi cinco pisos, passo a passo lá ia eu naquelas escadas beje, esperando qualquer coisa.
Quando entrei no quarto único, pequeno com uma janela grande que deixava passar perfeitamente os raios de sol, nenhum corpo vi, “onde estaria ela?...”
Pensei logo no pior, com muita agitação e medo fui perguntar à enfermeira onde estava a “paciente nº342”, custava-me chamá-la assim…Tornava-a mais uma nas dezenas de pessoas que ali estavam, atribuindo um numero a cada uma delas…
A enfermeira respondeu-me com toda a calma.
-“Está a fazer uns testes…”
Engoli em seco.
“Que testes”- Pensava eu
Pedi mais informações à senhora “bem conservada”, esguia mas baixinha um pouco mais alta que eu mesmo assim.
Depois de a senhora me ceder as informações, desci um piso, virei para a esquerda em direcção ao “bloco 3”, voltei a virar à esquerda e vi uma imensidão de salas cada uma com os seus segredos, andei um pouco para a frente e bati à porta da cabine de controlo da sala.
-Desculpe…Desejava ver a minha treinadora…amiga perdão! – Disse eu irrequieto
O senhor que me abriu a porta obviamente um médico, agarrou o seu queixo com a mão direita em sinais de pensativo.
-E quem és tu…Família? – Perguntou ele
-Eu? – Perguntei-me -“Sou… Amigo, que se for a ver é tão importante quanto a família!”- Era isto que ia dizer? Eu sabia que não, pois adultos nunca entrariam nestes jogos…- Sou primo!
O senhor tirou a mão do seu queixo.
-Vejo…Entra!
Pus um sorriso na cara.
Vi uma…duas…três…Cinco figuras a examinar Maru…Estavam principalmente focados nos seus olhos…Os cinco abandonaram a sala e vieram na direção da sala onde eu estava.
-Quem é este? –Disse um deles – Bem não importa! Um dos Doujutsus já se instalou por completo, porém sofreu mutações do outro…
-O QUE ACONTECEU?! – Perguntei eufórico
-Quem é este – Repetiu a pergunta uma melhor que aparentemente estava no grupo.
-É família – Respondeu o senhor que me abriu a porta.
-Sim…Vamos às boas notícias, o Akagam instalou-se, o Dorino foi-se.
Outro interrompeu:
-Pois…O Akagam têm maior poder, era de esperar…
O médico continuou tossindo e retomando a explicação:
-Mas…
O outro volta a interromper:
-À sempre um “mas”…
-IMPORTAS-TE DE TE CALAR! – Sentenciou a mulher
O outro médico suspirou, e continuou.
-…Mas… - Começou a olhar para o outro médico que estava sempre a interromper.
-O que foi nunca viste?! – Disse o “interruptor”
A mulher com uma força bruta desfere um murro de “todo tamanho” nesse médico e disse:
-Eu avisei-te ó cara de cu!
O “interruptor” calou-se, ao que parecia de vez.
-…Mas…O Akagam sofreu uma mutação que ainda não descobrimos…Mesmo assim vamos dar alta à tua prima amanhã!
Os meus olhos brilharam, derramei uma lágrima.
-S…Si…Sim – Disse eu com um sorriso na cara que quase não me deixava falar de tão grande que era.
Voltei para casa com esta notícia que logo de seguida fui contar à minha mãe.
Dormi mais descansado, comi mais descansado, minha alma descansava.
Amanhã era um novo dia…Mas já não tinha de pesar este fardo…Tinha sim de ir apoiar a minha amiga!