Todos à Bordo (Parte I)
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" Um mar calmo nunca formou um marinheiro habilidoso. "
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- Anteriormente:
Indo até meu guarda roupa separei três mudas de trajes limpos, pegando todos meus equipamentos ninjas e indo até a dispensa consegui pegar alguns enlatados e comidas de longa vida, que não estragavam facilmente com a ação do tempo. Reunindo-a na mochila junto das roupas e pegando dois cantis cheios de água me dirigi ao portão oeste da vila.
— Aonde vai shinobi?_ Perguntou-me o chuunin que patrulhava o local.
— Tenho uma missão e preciso partir agora._ Falei mostrando os documentos me dados pelo Raikage. Guardando-os rapidamente por entre os bolsos das vestes e puxando o capuz vermelho de minha capa, também vermelha, com um símbolo de uma cruz e uma cobra em volta dela sumi num shunshin.
O sol nascia no horizonte, usurpando a luz de Vênus e iluminando a terra e meu caminho com sua luz.
" Estou indo! "_ Ecoou em minha mente.
Já era de manhã e logo seria meio-dia. Parado no teto de um armazém analisava o porto da costa de Kumo. O comércio naquele local era imensamente abundante e nunca poderia se comparar ao da cidade, este do porto possuía artigos de maiores diversidades e como sempre mercadores gritando muito mais alto. Navios de diversos tamanhos chegavam, desde escunas a fragatas, aportando e descarregando suas cargas ou simplesmente os marinheiros saindo dos navios.
" Finalmente cheguei, melhor eu procurar um barco para lá. "_ Indo à beirada do armázem saltei para o chão, num beco e então observando o movimento copiei um homem grande e forte usando meu jutsu de transformação (Henge no Jutsu). A ansiedade palpitava em meu peito chegando a fazer o mesmo arder. Era uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo.
" Se eu achar o registro do porto talvez eu rastreie ele... "_ Pensei enquanto serpenteava a multidão. Seguindo para as docas procurei pelo homem que perambulava pelo local com um livro enorme de registros, onde freneticamente anotava diversas informações no livro como por exemplo: nome do navio, passageiros, carga e etc.
— Hey!_ Gritei voltando a ser quem eu era realmente. Acionando a lâmina braçal da direita posicionei sobre o fígado do homem, pronto para ameaçá-lo e conseguir as informações. Não demorou muito na verdade. Vendo o navalha de pulso esse logo começou a folhear o grande livro alegando que não encontrara nenhum passageiro com nomes que eu lhe disse. — Procure por um homem de idade e uma adolescente. Vamos!_ Ameacei pressionando a lâmina com cuidado, pronto para cortá-lo. Este folheou com o nervosismo a comandar suas mãos.
— S-Sim... Érr, apenas duas pessoas tem esse p-padrão senhor. Zarparam no navio mercantil chamado Revenge._ Antes que completasse retirei a lâmina para dentro do suporte do braçal, pagando ao homem pedi ao mesmo que me colocasse na lista para o próximo navio para o País da Lua Crescente. Este zarparia logo após o almoço, feito isso parti para uma taverna próxima para comer algo e descansar até a partida.
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— Todos a bordo! Todos a bordo! O navio vai partir!
_ Bradava o contra-mestre do navio que me foi designado pelo vigia do porto. Cortando a multidão com empurrões, saltei para cima do convés superior mostrando o ticket.
— Convés inferior, cabine A7._ Me indicou apontando o alçapão que levava a cabine. Ajeitei minha mochila e logo abri o alçapão descendo até minha cabine. O cansaço tomava conta de mim.
— Estou chegando..._ Sussurrei calmamente enquanto observava o mar sendo rasgado pelo navio. Sentia o salpico das águas do mar e o vento a tirar meu capuz e esvoaçar meu cabelo. Se eu não fosse ninja com certeza seria um tipo de marinheiro porque aquela sensação era de fato ótima. Retirando minhas coisas e guardando-as no pequeno armário de madeira preso a parede, em seguida me deitei na rede. Não demorou, o cansaço me alvejou assim como a preguiça que a rede proporcionava e a calma do mar contribuíram para eu adormecer. Apaguei.
" Por que você não desiste? Você frustra nossos planos nós planejamos outro, sua laia mata um dos nossos elegemos outros. Essa luta sem sentido apenas resulta num ciclo vicioso sem fim, muito mais forte que o da vingança. Olhe a história! Todas as guerras foram causadas por nós e por vocês. Não vê que devemos nos juntar por um mundo melhor? Não vê o quanto podemos conquistar? "_ Discursava um homem com roupa de samurai segurando o pescoço de um garoto, enquanto o erguia e gesticulava para o cenário a sua frente. Estava tudo clareado, afetava minha visão embora nem mesmo eu me enxergava naquele plano. Era um sonho?
" Veja! Observe o fruto dessa guerra inútil. "_ Apontou o homem enquanto ainda segurava sua presa, como um animal prestes a devorá-la. Rapidamente este largou o indefeso e não demorou para ceifar sua vida do modo mais cruel possível, arrancando-lhe a cabeça e pendurando numa haste com uma bandeira que para mim era irreconhecível. Minha visão turvou imediatamente e algo alertou meus tímpanos. Um barulho de explosão, ou melhor vários estrondos de explosão. Pareciam canhões.
— Arggghh.. (retomada da respiração). Que merda é essa?_ Saltei, ou melhor fui jogado fora da rede que antes eu adormecera. O mesmo barulho ecoou e uma bala de canhão atravessou o casco do navio passando a centímetros de minha parte inferior corporal, me atingindo superficialmente, embora tenha sido suficiente para causar uma contusão em minha perna direita. Gritei de dor e rastejando fui até meus pertences enquanto tentava afastar o barulho infernal que inundava meus tímpanos.
— NAVIO PIRATA!_ Gritou o contra-mestre do convés superior. Um sino começou a ser tocado. Caminhando por entre as farpas e destroços de madeira e carga do navio subi pelo alçapão.
— O que está acontecendo? Arrrggghh._ Perguntei retirando kusanagi da bainha, usando-a mais como apoio. Olhei em volta e vi um navio, uma escuna, esta era ágil, com diversos canhões distribuídos e com uma bandeira negra carregado de velas remendadas.
— Piratas! Eles estão atrás da mercadoria mas não é comum atividade pirata nestas águas, normalmente eles ficam ao sul perto do País das Ondas e do Mar. Nunca ouvi falar de ataques nessa região ao norte!_ Gritou em meio ao caos, voltando a ordenar ordens como soltar todas as velas, manobrar a favor do vento ou se preparem para serem abordados, já que este era um navio mercantil e o mínimo defesa se encontrava nas cinturas dos marinheiros.
" Arghh que dor... Não vou conseguir me movimentar. Se eles invadirem não conseguirei lutar. Merda, merda. "_ Lobos do mar ali? Como? Por que? Outra saraivada de tiros, dessa vez foi o suficiente para me jogar contra o convés e deixar minha visão completamente turva enquanto estilhaços de madeira voavam assim como marinheiros em agonia.
— " Nada é coincidência! "_ Me lembrei da fala do mascarado, passada a mim a muito tempo atrás mais precisamente na aldeia de Konoha. Seria obra do velho? Arghh, não poderia ele não teria tempo. Essa dor e os tiros estão fazendo-me imaginar coisas.
— HOMENS PEGUEM SUAS LÂMINAS E CORTEM OS GANCHOS PRESOS A POPA DO NAVIO! NÃO DEIXEM QUE ELES ABORDEM! CONTRA-MESTRE PROCURE QUALQUER COISA QUE POSSA SER USADA OFENSIVAMENTE E ARME O RESTANTE!_ Gritou o capitão girando o timão para longe da escuna que atirava sem parar.
Continua...[/justify]
Considerações: Faz tempo que não posto no fórum (culpa da escola e os vários trabalhos passados pelos professores).. Voltando a ativa, desculpe se a narração estiver ruim. Enjoy!