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Havia partido de Konoha a algumas semanas. Em menos de um dia estaria já em minha vila. Era noite e o clima estava carregado por uma densa névoa que invadia minhas narinas com um cheiro de floresta molhada, logo logo iria chover. Esgueirava-me por entre os arbustos e árvores economizando energia em vez de pular de galho em galho como um macaco, fiz uma pausa pegando o cantil e levando-o aos lábios, rapidamente tomei o resto da água que tinha e senti-me energizado. Era incrível o poder e moral que água dava-me.

" Já chega, é a hora de confrontá-lo pessoalmente. Desta vez, não vou falhar! "

Pensei determinado. Voltei a caminhar, embora não o quisesse. Um grito estonteante viajou pelo ambiente e logo invadiu meus tímpanos, o grito era agudo e longo provavelmente feminino, não pensei duas vezes e fui até a fonte do grito.

Chegando lá vi um homem com uma espada e uma mulher debruçada no canto, agarrada a bagagem e chorando aos prantos. Estreitei a visão para observar melhor, o homem estava querendo abusar dela, a mulher olhou para mim nos olhos e logo abriu a boca pronunciando algumas palavras, porém ergui o dedo a altura de meus lábios falando para fazer silêncio, pretendia acabar com aquele patife silenciosamente e com único golpe. Fui até uma árvore próxima analisando seu tronco e procurando frestas e pontos de apoio por onde facilitaria minha escalada, silenciosa e sem auxílio de chakra. Subi na copa em um galho grosso e resistente o suficiente para me aguenta, saquei as duas espadas lentamente para o barulho ressoante do aço com bainha não alertá-lo, tudo estava calculado e então saltei, a Lua me iluminou por poucos segundos e aterrissei em cima do homem que fora empalado nas costas sendo mandado ao criador em segundos.

— Quem é você?_Perguntei retirando as espadas do cadáver e limpando-as nas vestes do defunto.

— Aquela que tirara sua vida._Falou a mulher para mim, não entendi, seria uma piada?

Não tive tempo de pensar direito, da bagagem retirou estrelas ninjas e as atacou contra meu rosto. Por instinto me lancei ao chão a minha direita, por azar um projétil rasgou meu rosto no lado direito, senti o sangue quente fluir, fiquei tomado de raiva. Foi tudo uma armadilha, o homem foi meramente a isca e a teatralidade da mulher contribuiu para o êxito deles. Pergunto-me a quanto tempo eles estavam me seguindo. Certamente eram enviados da outra facção.

— Vai apresentar suas peças com os próprios demônios._Vociferei, sacando uma das espadas e pulando contra a mulher. Golpeei diversas vezes, mas ela era hábil e esquivou todas me recompensando com um chute no estômago que me fez cuspir um pouco de saliva.

A mulher balbuciou algumas palavras, irreconhecíveis para mim. Foi um combate difícil, a mulher investiu contra mim diversas vezes com suas estrelas ninjas de precisão mortal e com uma combinação de ataques do elemento raio (Raiton). Consegui desviar de suas estrelas, porém não perfeitamente. Projéteis de raio me foram lançados e me impactaram contra uma árvore próxima a mim que tombou para trás, obrigando os pássaros a entrarem em desespero e sair da região.  Defendi os golpe usando minha agilidade e meus jutsus de terra (Doton), como o Dorÿu Taiga e Doryüso para lhe tirar a atenção e desviar seus jutsus.

Vendo que não estava sendo efetiva, sacou uma tanto. Investiu com precisão e habilidade semelhantes a mim, porém, inferior. Uma mera capanga não me derrotaria. Nos confrontamos com nossas lâminas. A mulher surgiu por trás, no alto, girando a sua arma contra meu pescoço, seu instinto assassino era espantoso. Mais não era o suficiente. Um clone meu surgira pela copa de uma das árvores, camuflado perfeitamente, sacou sua espada executando um golpe de kenjutsu que utilizava o peso do corpo todo na espada, para atingir o oponente (Kumo-Ryu: Omotegiri). Visando uma maior destruição, executei ou mesmo golpe em direção contrária ferindo a mulher nos dois lados de seu corpo, ela caiu no chão, o sangue escorri pela boca e ofegava tentando respirar.

— S-S-Seu...Mal...d-di...to_Insultou-me a mulher.

— Ssshhhhh...Me conte o que sabe._Falei.

— Huhuhuhuhuhu, acha que vou contar? Garoto tolo, não sabe onde está se metendo não dou um mês para você se juntar junto comigo no reino dos mortos._A mulher pegou sua tanto e atravessou o próprio coração se matando.

Vasculhei seu cadáver procurando alguma carta ou qualquer outra coisa que me indicasse alguém superior a ela, por sorte, achei uma pequena bolsa com dinheiro em forma de moedas com o selo do País do Ferro e no interior de sua blusa uma carta. Abri a carta e a li.

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Devido aos ferimentos de batalha, minha chegada em Kumo foi adiada em dois dias. Meus ferimentos tiveram de ser tratados e tive de esconder os cadáveres e enterrá-los para ocultar as provas da batalha. Cheguei no Dojo e fui em direção ao quarto de Katsumoto, deslizei a porta e adentrei.

— Voltei._Falei.

Continua...