T4 - Passado I

Izumi fez o chakra fluir numa camada fina sob o couro que lhe cobria as solas dos pés, atravessou o relvado rapidamente e subiu no caule da árvore mantendo o fluxo violáceo por mais complicado que fosse. Não era realmente um mestre em controlar a própria energia. Era por isso que treinava, afinal.

Subiu até o mais alto que pôde e sucessivamente jogou-se no ar para trás, dando uma pirueta e caindo de joelhos na grama rasteira. Seu chakra foi encaminhado novamente para debaixo dos pés, guiou-se apressuradamente até a árvore e a escalou-a como anteriormente, galgando em sua superfície marrom-madeira. Manteve o ritmo até ser cego pelo próprio sol, que aquela altura estava em auge; desconcentrando-se por uma pequena fração de segundo, despencara descolando os pés do tronco castanho e sem reações chocara-se de uma altura considerável diretamente ao chão. Sentiu sua espinha dorsal tremelear bem como à terra treme ao vigor de sismos, e levantou-se um pouco desengonçado. Droga.

Retraiu então de sua hip-pouch, uma simples lâmina ninja. Medirei até quanto posso ir. Pensara partindo com ímpeto para frente, convergiu o chakra ainda enquanto corria, e  repetira o movimento, sustentando o peso do corpo e o próprio equilíbrio com sua energia, que se manisfestava como normalmente abaixo dos pés. Quando viu que ela começara a oscilar, fez um corte horizontal sobre a superfície da planta, e voltara para o chão num salto mortal, caindo de pé. Fitou a marca feita pela lâmina, e ficou impressionado. Tão baixo assim? Parece que quando estou escalando é tão alto. E aquela queda foi bem dolorida. Masoq? Lamentou, ainda sentindo uma pequena dor às costas.

Partira com velocidade e subira na árvore novamente com o auxilio do chakra, desta vez, completamente sério, manteve o fluxo estável e a fina camada que lhe permitia permear sobre a árvore parecia não oscilar. Replicou a quantia de chakra para garantir o sucesso mas estranhamente aquilo pareceu desencadear tremulações no curso de sua energia, antes de cair, "riscara" a extensão do caule novamente com a lâmina num corte rápido, e já parecia entender o porquê de ter caído. Uma maior quantia de chakra, requer uma maior concentração para mantê-lo estável. É mais complicado do que pensei, se quiser ir mais rápido.

Correu novamente contra o vento, muito rapidamente, pregou os pés na árvore com o Kinobori e subiu, manteve velocidade mediana, afinal, como visto anteriormente uma maior velocidade necessitaria uma maior concentração em sua energia natural, tentaria aquilo em breve; mas precisava pelo menos daquela vez finalizar o percurso. Ele estava na metade do caminho quando a voz de seu pai lhe desconcentrara.

— IZUMI?! — Sua voz ecoou pelo descampado, no mesmo instante em que Izumi virara-se para olhar e caíra de um jeito semelhante ao anterior, sentiu o impacto mais intensamente do que antes, contudo. Porra, só pode ser brincadeira.

— Estou aqui. — Murmurara, conforme levantava trambecando. Seu pai pareceu um pouco preocupado. — Você está bem? — Perguntara, interrompendo sucessivamente a si mesmo. — Estou aqui para lhe ajudar com o seu treino, não tenho muito tempo. — O menino se aproximou. — Estou bem, eu acho. — Ambos sorriram, descontraindo. — Certo, lhe ensinarei a técnica que dirá quando você estará pronto para ser um verdadeiro Uchiha. — Seu tom de voz transpareceu seriedade. — Falo do Goukakyu. — Izumi se contorceu, pelo nervosismo e pela pancada que sofrera anteriormente, suas costas pulsavam. — Certo, irei mostrar. — Finalizou o homem, enquanto se aproximava do lago que sediava-se ali, gorgolejante. Executou o jutsu ostentando certa facilidade, e pedira para que seu filho fizesse o mesmo. Não deve ser diferente do Endan. Calculara, e movimentando-se circunspectamente os dedos fizera os selos igualmente ao seu pai, aspirou o ar ao seu redor e soltou tudo isso junto, uma chama brotou desfigurada ante a superfície aquática do riacho, rapidamente se apagou e Izumi ofegara. — Nem perto. — Lastimou seu pai. — Tente de novo, lembre-se de manter o fogo com sua própria energia natural, caso contrário, as chamas irão desaparecer. — É como o Kinobori, preciso fazer com que o chakra fique estável. Assentira com a cabeça, e então repetira o processo. Formou a sequência de selos bem como sugou o ar ao seu redor através das narinas, plurificou o seu chakra e cuspira as chamas, mantendo-as agora num fluído redondo junto com o fogo que era moldado a sua vontade, tentara intensificá-la, mas como na escalada a técnica se descontrolou e as chamas desapareceram. Modificar uma técnica em seu ápice é completamente difícil, não é uma questão de quantidade, e sim de controle. De que adianta ter uma reserva considerável, se ela é mal administrada...

continua