A arena estava bastante barulhenta. Podia quase que sentir o peso dos olhares curiosos das pessoas, e apesar do burburinho, era possível ouvir comentários soltos ao meu respeito, do tipo "Então é esta a kirinin?", ou "Cabelos brancos e olhos vermelhos, só pode ser ela!". Não importava-me o restante do que comentavam, nem eu podia ouvir. Apesar de ter perdido a última ronda, poderia ainda estar no pódio. Não queria desapontar minha família - não uma vez mais. 

Tudo o que sabia sobre meu último adversário, era que vinha de Kumogakure. Era um cara estranho, magro e alto com olhos azuis. Não parecia muito sociável, tal como eu. Ele entrava na arena calado, e eu imitava-o; o apresentador era o típico oposto nosso, e talvez por isso desagradasse-lhe um tanto anunciar nossa luta - a qual tentava colocar um pouco de emoção. Finalmente ele parava com seu blá blá blá infinito e dizia a palavra que mais interessava-me no momento: "Hajime!", ao mesmo tempo em que desaparecia da arena.

Assumi postura ofensiva. Desembainhei minha querida Rubi, e usando-me de um veloz shunshin, aproximei-me logo da retaguarda dele. Lancei minha katana em direção a seu pescoço, mas ele agilmente defendia ao sacar uma kunai tão rapidamente que sequer tinha percebido. O som metálico do choque das armas ecoava pela arena, mas logo notei-lhe franzir o cenho e afastar-se furtivamente com pulos para trás. Nos breves segundos, eu (e provavelmente ele também) percebi que a minha força era superior à dele. Ótimo, já tinha uma boa vantagem. Investi novamente com minha lâmina, correndo velozmente para suas costas, mas ele havia lançado três senbous. Só as percebi a meio do caminho, e embora tenha conseguido desviar-me a tempo de duas dela, a terceira acertou-me o antebraço, que colocara à cara no momento exato.

Enquanto me defendia, o vi tirar uma corda do cinto, e jogá-la no chão após reunir as mãos em sucessivos selos. Achei aquilo curioso, mas não dei-lhe atenção; tirando a senbou que estava cravada em meu braço, pegava Rubi novamente e saía em direção àquele cara esquisito. Ouvi-o falar baixinho um "kai", e quando dei por mim, algo agarrou-me o tornozelo, fazendo-me cair duramente. Olhei o meu pé e mal acreditava no que via: uma corda vinda de nenhures! A força empregada pela corda era absurda, machucando-me consideravelmente. Com a katana, fiz um corte rápido naquela maldita corda, libertando-me daquele estranho jutsu. Preferindo ganhar distância, desenhei os selos necessários enquanto moldava chakra suficiente para lançar um grande e forte jato d'água em sua direção. Para minha surpresa, minha técnica fora facilmente repelida. Fiz mais selos, um pouco diferentes dos anteriores, e moldei meu chakra nos pulmões para expelir do meu soprador algumas bolhas que iam em direção do meu oponente. Quando rebentaram perto dele, em vez de liberarem um pouco de ácido, simples e novamente eram repelidas. 

Notei que me chakra novamente fora drenado. Olhando mais atentamente, percebi uma figura geométrica formada por... cordas. Mas elas era mesmo um bocado chatas, e não tinha a menor idéia de como aproximar-me o suficiente dele para exercer minha vantagem. Então, que tipo de abertura eu poderia criar? Ele era calado, aparentemente estava calculando tudo. Pensar não era muito o meu forte, mas ou fazia isto da forma correta, ou realmente perderia, já que ele ainda não mostrara muitas cartas. Será que ele não tinha ou ainda não tinha mesmo exibido? Não dava para confiar na primeira opção. Então tive uma idéia: concentrando chakra no cérebro, mandei uma onda dele em direção aos olhos azuis do meu adversário assim que consegui encará-lo. Bingo. Avancei em sua direção, pela direita; ele imaginava que eu vinha pela esquerda, e para lá é que a corda foi. Ele pareceu um tanto surpreso quando sentiu meu punho em sua face, e saindo do genjutsu, deduziu o que acontecera. Enquanto ele caía, executei uma sequência rápida de selos, enquanto pulava em cima dele para que não fugisse, mantendo o selo do Touro. Ele inspirou, ativando o genjutsu, ficando ali preso, a pensar que estava a afogar-se. Um golpe de sorte ele não conseguir libertar-se. Respirei aliviada, e utilizei o kai assim que o examinador deu-me a vitória.

Nota da Eve:

A Harima venceu o duelo, tornando-se a 3ª classificada do Exame Chuunin.

Reservado.

Harima

H.N.
Ninjutsu: 17+0,5=17,5
Taijutsu: 5,25
Kenjutsu: 11,25+0,5=11,75
Genjutsu: 5,75+0,5=6,25
Selos: 6+0,75=6,75
Trabalho de Equipa: 4,25


H.C. 
Força: 5,75
Agilidade: 12,75+0,25=13
Controlo de Chakra: 19+0,75=19,75
Raciocínio: 5+0,25=5,25
Constituição: 10,25+0,5=10,75

4/7

Total: 106,25

É realmente como dizes Eve, tenho pena que o duelo tenha ficado aquém daquelas que sei serem as tuas capacidades, não só na escrita mas no emprego das personagens, mas compreendo as condicionantes de tempo que levaram a que acontecesse.

Actualizado.