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[Filler 39] - O chegar da escuridão pt.3  EJWNGUN
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[Filler 39] - O chegar da escuridão pt.3  EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Filler 39] - O chegar da escuridão pt.3

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Dark_Akira

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Dark_Akira

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MensagemAssunto: [Filler 39] - O chegar da escuridão pt.3    [Filler 39] - O chegar da escuridão pt.3  Icon_minitimeQua 28 Jan 2015 - 18:19

No episódio anterior:
Os familiares e amigos de Zehel desequilibram as balanças na guerra contra a hanta no me, derrotando as quatro experiências escondidas da organização conseguem minimizar as ameaças que pudessem existir. Porém a guerra ainda não terminou, o misterioso líder da organização continua vivo e sem qualquer dano. Após ter dado um enxerte no herdeiro do clã Zetsubõ, demonstrou que o seu nível de habilidades está muito acima da média. Deixando o pobre jovem à mercê das garras frias da morte, o homem aguarda calmamente pelo chegar do seu próximo oponente. Akira apercebe-se de que o seu filho está às portas da morte através da sua ligação pelo cursed seal e parte imediatamente para o edifício central na esperança de salvar o seu filho. Serão todas as forças da aliança Zetsubõ fortes o suficiente para desafiarem o líder da organização que já antes semeou o terror?

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Mergulhado totalmente em águas paradas e azuis, um corpo boiava desprovido de um movimento sequer. 
- "O que é esta pressão toda, não me consigo mover. Estarei morto!? Porque os meus olhos não me obedecem?" - Os pensamentos invadiam a mente perturbada do corpo perdido no azul brilhante e cristalino do líquido. 

Os seus ouvidos estalavam com a pressão que se sentia àquela profundidade, o peso do líquido não cessava de tentar quebrar os ossos do corpo do rapaz. 
- "Eu... morri... O meu peito foi aberto... Mas porque mantenho eu a minha consciência?" - O seu corpo relembrava da ferida que lhe havia sido infligida, provavelmente ele teria morrido pela perda de sangue e ali estava, perdido nos seus pensamentos, teria ele chegado ao outro mundo? 

Repentinamente o seu corpo foi cuspido para fora da água, com bastante velocidade atirava-o para fora do líquido que antes imobilizava o seu corpo trazendo-o de volta à vida. 

- Finalmente. - falou uma voz a seu lado, uma raposa cinzenta caminhava na sua direção atingindo-o na cara com a sua cauda. - Fizeste-me esperar durante meia hora! Achas bem!?

Ainda sem perceber o que estava a acontecer naquele momento, o rapaz levantava-se agarrado ao peito. Uma cicatriz massiva erguia-se na sua pele atravessando-lhe o tronco, exactamente onde o seu oponente lhe tinha disferido um corte a prefurar o coração. 

- Sim, digamos que morreste. - falou a Kurotsune, respondendo ao pensamento do rapaz. 

- Então... Onde raios estamos? - perguntou ele confuso.

- Dentro de ti, onde mais poderia ser... Bem vindo ao interior do selo que te foi colocado. Devias agradecer a quem te colocou esse selo pois foi o sitio para onde parte da tua força vital foi arrastada, só aqui está a tua última esperança de sobreviver... - falou a raposa começando a caminhar para longe do rapaz. 

Olhando em redor, Zehel apercebeu-se do estranho ambiente onde estava. Um imenso labirinto, paredes definiam muito rigorosamente a rota que se podia tomar, contorcendo o caminho para esconder algo. Ele sabia o que estava no fim do labirinto, ia encontrar de novo todo o seu chakra, tinha ouvido histórias de alguém com o mesmo tipo de selo no seu corpo. O Hokage da vila da folha tivera antes um selo deste tipo para aprisionar um monstro dentro de si, o sistema era exactamente o mesmo. 

- Mexe-te miúdo, achas que tens tempo a perder? - falou friamente Kishi que seguia sem esperar por ele. - Há vidas em risco no mundo que recentemente abandonas-te, todos os teus amigos e familiares estão a tentar enfrentar o homem que te matou. 

Acenando afirmativamente com a cabeça, o chunnin forçou o seu corpo a mexer-se, tinha levado uma tareia tão grande por parte do homem, porém estava em desvantagem por não ter o seu chakra completo. Ia ter uma segunda oportunidade e não ia deixá-la escapar. Correndo atrás da veloz raposa cinzenta, atravessou o labirinto húmido chapinhando nas poças que molhavam o chão abaixo de si. 

- O que é que se está a passar lá? - questionou o rapaz enquanto corria tentando perceber como estava a situação de batalha no mundo que ele deixara. 

- A mira está junto a ti a proteger o teu corpo, o resto deles estão a tentar derrotar o líder deles. - Esclareceu a raposa enquanto corria sem cessar. 

- Estão a conseguir? - questionou preocupado o rapaz.

- Não... Ele já lutou com eles antes. Ele conhece todos os movimentos e poderes dos que o estão a enfrentar. E por isso é impossível que eles o vençam. - falou a raposa. 

- Como tu sabes isso!? Tu conhece-lo? - Pressionou prontamente o chunnin, a raposa estava sempre bem informada daquilo que ia acontecer, quase como se estivesse dentro do assunto. Ele era perspicaz e aquilo já lhe tinha chamado à atenção anteriormente, não podia deixar tal coisa passar. 

- Eu sempre soube que tu serias interessante rapaz. - falou ela soltando uma risada. - Perspicaz e jovem, tens um potencial imenso para fazeres grandes coisas. Sim eu conheço o homem que vocês enfrentam. Nenhum deles te contou a história de como tudo isto começou, então deixa-me ter as honras. 

"Tudo começou quando o teu pai ainda era bastante pequeno, como sabes existiam 4 clãs unidos que dominavam diferentes zonas e que estavam unidos numa aliança permanente. Porém há mais sobre isso do que o que a vista alcança, todos eles uniram-se para aprisionar um mal muito antigo, algo aterrorizador que num passado muito longínquo semeou o caos na terra. Durante anos a opressão dessas entidades foi sentida no reino humano, até que os fundadores dos quatro clãs prometeram banir tal mal. Com todos os seus poderes foram capazes de aprisionar essa entidade, enviaram-nos para uma dimensão isolada, aprisionando-os lá para todo o sempre, perdidos numa dimensão que ninguém conhece, atrás de uma porta sem dobradiças nem fechadura e guardados por uma linhagem de guerreiros capazes de os suprimir sem dificuldade. Todos os quatro clãs tiveram a sua parte na história, os zetsubõ criaram a dimensão separada com o sacrifício da fundadora, os Tsumi prenderam e selaram a entidade totalmente, os Okaeda criaram a porta sem fechadura e por fim os Defian foram encarregados de proteger a entrada a todo o custo. 
E é aqui que a história começa a alterar-se, com o passar do tempo, os guardiões da porta foram corrompidos pelas tentativas incessantes de liberdade por parte da entidade obscura. Foram eles que iniciaram a revolta contra os quatro clãs, eles, que estavam encarregues de de proteger a entrada da dimensão, deixaram o seu motivo para trás em busca de poder, poder suficiente para os libertar do seu destino. Alguns deles foram mais longe que isso, com sede de liberdade e de poder criaram uma organização deles, com o objectivo de se tornarem os mais fortes e deixarem para trás a necessidade de proteger a porta, confiantes de que, mesmo que a entidade obscura se liberte, eles serão poderosos o suficiente para os parar." 

- Então esse é o verdadeiro objectivo da hantã no me... - apercebeu-se Zehel. 

- Em primeira análise sim, mas a corrupção instalou-se no coração deles, o poder não faz bem a ninguém e muito menos àqueles que guardavam algo tão impuro. Os seus corações já em si não eram bons... - esclareceu a raposa. - O rei dos Defians rebelou-se contra os outros clãs e a guerra estoirou entre todos. 

- Ele é o rei dos Defian? 

- Não rapaz, o rei dos Defian exilou-se e desapareceu sem deixar rasto. Aquele que tu enfrentas-te é o seu filho. O herdeiro ao trono do clã Defian. O filho do traidor. - a história por trás da guerra estava finalmente esclarecida, as origens da organização eram agora claras como a água. O homem tem um desejo profundo de alcançar a liberdade, o kirinin não conseguia imaginar o que seria nascer preso a um destino pré-determinado. 

- Estamos a chegar. - declarou a raposa acelerando o seu passo. - O nosso tempo está-se a esgotar. Se nos atrasar-mos mais todos eles morrerão! 

Já não faltava muito até alcançarem o epicentro da prisão de chakra, as vibrações de energia conseguiam-se sentir a intensificar e as poças de água agitavam-se sem parar, todo o ar agitava-se devido à energia contida sobre pressão. Por cima das paredes cinzentas de betão via-se um recipiente azulado em forma de chama que continha no seu interior correntes nervosas de energia que ansiavam por liberdade. A cada passo que davam a pressão do ar aumentava, a gravidade começava a mudar no local, quanto mais perto do recipiente estavam pior era a intensidade da força. A certo momento o caminho era claro, o labirinto acabava numa linha direita até à ampola que se erguia no centro. 

- Vai, a partir daqui não posso ir, o meu corpo é algo estranho aqui, pelo que seria eliminado. Despacha-te o tempo é cada vez mais escasso. - Declarava a raposa. 

Acenando afirmativamente com a sua cabeça, deixava a raposa para trás retomando a sua corrida em direção à ampola. Ignorando o aumento drástico do peso do seu corpo e a força repulsiva que a concentração de energia causava, movia-se o mais rápido que conseguia sem olhar para trás, determinado a desfazer o selo que lhe tinham colocado. Com três passos determinados, ficava à distância de um braço da ampola que continha o seu chakra.

- Vai! - gritava-lhe a kurotsune com toda força.

Puxando o braço atrás ganhava impulso para disferir um potente soco no recipiente selador, com toda a sua força investiu num poderoso ataque que rachou ligeiramente a frágil estrutura que continha o chakra. Um jacto de energia azulada começou a sair sobre pressão aumentando a racha na superfície vidrada. O som de vidro a rachar encheu o local seguido de uma explosão de energia que desfez o local fictício destruindo tudo à sua passagem. A grande explosão de luz destruiu tudo à sua passagem, projectando o corpo de Zehel para longe. Num nano segundo toda a luz implodiu para um ponto no espaço deixando todo o local banhado na escuridão profunda. Abandonado no vazio criado pela explosão, o corpo de Zehel boiava novamente sem rumo, mantendo um brilho fantasmagórico, como um pirilampo a vaguear por uma sala totalmente negra. Não passou muito tempo até que uma outra luz se juntou à que banhava Zehel, um corpo feminino surgia junto do herdeiro, parando à sua frente a boiar. 

- Tsukiko, que fa... - As palavras do rapaz foram interrompidas pela rapariga loira que se erguia à sua frente. Com dois dedos sobre os lábios do rapaz calou-o para a deixar falar. 

- Desejas voltar à vida? - falou a rapariga com uma voz que não parecia a dela. 

Estava diferente, parecia uma mulher adulta e sábia presa dentro do corpo de uma miúda de 15 anos, a sua foz soava diferente e havia um certo brilho nos seus olhos que só com a idade se consegue. A determinação no olhar dela fazia Zehel tremer, não era mais a Tsukiko de 15 anos que estava à sua frente, era a própria fundadora do clã Zetsubõ que ali estava, a mulher que conseguira criar uma dimensão aprisionadora para a entidade obscura. 

- Achas te preparado para enfrentar todos os desafios que se estendem à tua frente, por muito difíceis que sejam. - testou a mulher a confiança e determinação do rapaz. 

- Não. E quem disser que está é mentiroso. Ninguém consegue ver aquilo que está para além do presente, pois o futuro é tão mutável quanto o coração dos humanos. - Respondeu o chunnin ao teste da mulher. - A pergunta certa é se é meu desejo alterar o futuro e terminar de uma vez por todas aquilo que se estende desde o passado.

- Então prova-me que esse é o teu desejo. - declarou a mulher aproximando-se dele. - Vive. 

Roubando um beijo ao chunnin, ele sentiu o calor dos lábios da mulher nos seus, a língua dela trazia consigo um objecto circular que suavemente escorregou pela garganta do jovem. Uma dor excruciante atravessou o peito do rapaz, abriu a boca para soltar um rugido de dor mas nada saiu desta, o seu coração agitava-se irregularmente tentando agarrar a vida do herdeiro ao seu corpo, porém era uma batalha que estava a ser perdida. 

- Nunca te esqueças do teu desejo e não te deixes consumir. Lembra-te daquilo que move o teu corpo, essa será a tua determinação, uma vez que esqueças tal coisa estarás para sempre perdido. - as palavras da mulher foram a última coisa que o rapaz ouvira antes de fechar os seus olhos e de se render à dor. 

Continua
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