Membro | Kiri
Sexo : Idade : 35 Número de Mensagens : 17
Registo Ninja Nome: Kaguya Samanosuke Ryo (dinheiro): 200 Total de Habilitações: 32 | Assunto: [ Filler - 03 ] Conduta Samurai Qua 25 Fev 2015 - 0:17 | |
| Quando se tem um pai que mesmo ausente e desprezível, você ainda assim consegue admirar sua força e valores, fica difícil não seguir seus passos. E isso aconteceu comigo. Era um reles rapaz que era filho de um samurai. Na época que ele apareceu, eu passei muito tempo com o mesmo. Foi me ensinado o valor da vida e a paz que se deve ter com o seu ambiente. E não digo referente a casa em que vive, e sim os locais em que estiver.
Bom, isso foi apenas alguns dos ensinamentos de meu pai Akechi. Sim, era assim que o chamavam. E pra meu azar ou sorte, eu absorvi esses princípios. Mas hoje eu não contarei como me tornei um samurai em nome. Mas sim os testes da vida que são impostos a nossa própria honra.
Era fim de tarde e eu estava sentado sobre uma rocha no centro de um rio que seguia seu curso e caia em uma cachoeira. Eu estava nessa queda de cachoeira. A a menos de dois metros do precipício. Me mantinha sentado com as pernas cruzadas e os braços erguidos. Ambos para seu respectivo lado. Meus dedos polegares e indicadores, formavam um pequeno círculo que se ligavam nas pontas dos dedos. Os demais membros da mão, permaneciam retos e firmes. Meus olhos ficavam fechados e minha coluna bem ereta, mantendo uma postura perfeita.
Meu espírito transbordava dentro de mim e meu chakra dançava conforme a água ia descendo. Sentia pequenas gotículas de água que esbarravam na pedra e tocavam em minha nuca. Era fria e refrescante, mas eu não podia aproveitar muito disso, pois não estava calor e o sol já começava a se por.
Naquela pedra em meio a saliência do rio, eu mantinha uma meditação. Minha mente estava vazia de qualquer coisa e meu chakra estava em conexão com a natureza. Embora o raiton seria o meu elemento primário, as vezes eu sentia que podia controlar a água e a rocha daquele lugar. Porque minha energia fluía tão bem ali, que esses pensamentos apareciam em minha meditação.
Enquanto isso, o sol que outrora estava esplandecente no alto do céu, agora ele ia se escondendo atrás de uma montanha alta que ficava a varias braças de distancia de onde eu estava. A luz percorria meu rosto e apenas uma luz indireta permanecia. O vento sussurrava em meus ouvidos e fazia meus longos cabelos esvoaçarem em direção a queda d'guá.
E era justamente naquela direção, que algo ia surgir, pois enfrentando a corrente do rio, um peixe ia nadando contra ele e com muito proeza ele conseguia subir a cachoeira apenas nadando. Putz, não era comum um peixe assim, e por esse motivo que eu estava no topo do cachoeira, pois em uma certa noite enquanto eu comia salmão e parabenizava o cozinheiro pelo excelente trabalho, o mesmo contou que este peixe apesar de ser uma iguaria, não chegava perto do sabor que o Hércules Aquático tinha. Contava que era um peixe forte e que vivia sozinho, isolado de qualquer cardume. E sua única ambição, era desafiar constantemente as forças da natureza. Porém era uma especie rara e que dificilmente aparecia.
Toda aquela história havia me cativado. E conquistado pela ideia de poder saborear um peixe sem igual, fui todos os dias até a cachoeira mais próxima e mais desafiadora que tinha nas redondezas, e fiquei lá todos os dias esperando o tal Hércules Aquático. Foram oito dias e nada de consegui-lo. Mas no nono, aquilo estaria para mudar. Porque apenas agora? Simples. Eu não sabia que este peixe permanecia em repouso durante o dia e quando o sol sumisse, ele acordaria e viveria sua vida de desafios. E por ter ficado em meditação no nono dia por mais tempo, se tornou o motivo na qual eu realizaria meu objetivo de degustar de um saboroso peixe.
Mais sem mais delongas. Lá estava o peixe. Nadava bravamente contra a imponência da água e subia aos poucos a extensa linha d'guá que formava a queda. Meus ouvidos conseguiam captar leves vibrações no ar. Meus sentidos agora trabalhavam em identificar o que estava acontecendo. No entanto, eu admito que desconfiava o autor daqueles sons de água respingando sem sincronia com o som da cachoeira.
Foi então que finalmente o Hércules Aquático havia superado a cachoeira e chegado ao topo, saltando alto, chegando a próximo de três metros de altitude a nível da água. Nesse instante meus olhos se abriram, como se eu tivesse acendido uma lâmpada, e meu corpo começava a trabalhar em um ritmo conjunto. Minhas pernas faziam força para erguer todo meu corpo, e meu braço esquerdo pegava a bainha que continha minha katana. Enquanto eu ia levantando, minha mão direita ia ao encontro do cabo da espada e em um movimento rápido e preciso, eu fazia um único golpe contra o peixe que a essa altura já estava retornando pro rio.
Eu sequer pisquei naquele movimento e nem mesmo olhei para meu alvo. Apenas executei o movimento rapidamente, acertando o peixe com a lateral da espada e lançando ele até próximo de uma árvore. O Hércules Aquático ficava pulando e se virando de um lado pro outro. Minha intenção nunca foi matar o peixe, e sim captura-lo. Deixaria o fardo de tirar uma vida animal, para o sujeito que faria minha refeição noturna naquela noite.
Assim que fiz minha ação, mantive meu corpo paralisado. Minha espada ficava com a ponta bem no alto e até refletia a luz lunar que ia surgindo. Minha cabeça se mantinha reta e meu olhar fixo no horizonte. Meu joelho direito se mantinha meio dobrado e a perna esquerda bem esticada para trás, assim como o braço esquerdo estava, com minha mão segurando a bainha.
Uma brisa de vento forte passava e mais uma vez fazia meus cabelos voarem e meu kimono a se rebelar um pouco. Fiquei naquela posição por exatos dez segundos e então eu guardei a espada em seu devido lugar. Juntei as mãos e as pernas e em seguida inclinei a cabeça reverenciando aquela magnifica vista.
Após um árduo dia de espera, eu finalmente podia desfrutar do que eu queria. Portanto eu logo saltei para uma próxima pedra que havia por perto e em seguida para a outra, se afastando do meio do rio e chegando perto da margem dele. Faltando duas rochas, eu quase deslizei, porém eu consegui retomar o equilíbrio e continuei meu caminho.
Agora em terra firme, peguei a cesta adequada para transporte de água e coletei meu peixe, inserindo logo após um pouco de água para o Hércules ficar confortável e não morrer. Desci a floresta e após uns cinquenta minutos de caminhada, eu estava de volta ao centro da vila. Fui cortando caminho pelos becos e avançava rápido por algumas ruas. Faltava pouco para chegar até o restaurante do sujeito que me prometeu fazer um belo prato de peixe. Entretanto, quando passava por um beco, eis que surge alguns shinobis. Não eram lá essas coisas, na verdade eram o tipo valentões e implicantes. Se me recordava, eram chunnins que no último teste gennin que houve, eles por pura zombaria, reprovaram alguns dos participantes. Aquilo até gerou conflito entre algumas vilas, mas nada que a diplomacia não resolvesse.
Enfim... Eu cruzei o caminho deles e eles bloquearam minha passagem. Ficaram me olhando e um deles zombou de mim.
— Olhem! Que gracinha, ela sai a noite com seu pijama...
— HaHaHA! — Todos riram ao ouvirem a piada sobre meu kimono.
Eu os encarei. Quer dizer, meu olhar não era nada agradável. Não me sentia intimidado, porém também não estava tolerando aqueles idiotas.
— Vejam. A garotona sabe fazer cara de mal. Uuuu que medo.
Nossa, como eu queria espancar eles. Mas eu tinha coisas melhores a fazer, e foi ai que tentei passar sem causar confusão. Porém um dos desgraçados chutou com força o recipiente que carregava o peixe, e fez o mesmo ir de encontro com a parede e se destruir. Nesse instante eu não pensei sequer uma vez e voltei minha mão para minha espada e...Continua... Curiosidade: Dois passos é igual a uma braça. Mil braças é igual a uma milha. Quatro milhas é igual a uma légua. |
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Administrador | Kumo
Sexo : Idade : 28 Localização : Nárnia, where unicorns tend to live! Número de Mensagens : 5771
Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24 | Assunto: Re: [ Filler - 03 ] Conduta Samurai Qua 25 Fev 2015 - 1:56 | |
| Acho que linearidade na tua história era muito bom . É porque falares do pai do personagem e de repente partires para a caça a um peixe raro fica demasiado desconectado para o leitor. Não dá um senso de ordem e muitas vezes o leitor dá a perguntar-se "Afinal, sobre o que estou a ler mesmo? Sobre o pai ou sobre o peixe? Será o peixe o pai ou o pai o peixe?". Estás a perceber? Tenta manter uma história única e coesa, assim será sempre interessante. Continua ^^ |
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Membro | Kiri
Sexo : Idade : 35 Número de Mensagens : 17
Registo Ninja Nome: Kaguya Samanosuke Ryo (dinheiro): 200 Total de Habilitações: 32 | Assunto: Re: [ Filler - 03 ] Conduta Samurai Qua 25 Fev 2015 - 2:07 | |
| Talvez você não pegou o ponto desse filer. Não é focado em nenhum dos dois. E sim na Conduta Samurai. Foi necessário dar um enfoque sobre o pai que é samurai. O peixe não tem nada haver com isso, apenas o usei para mostrar um pouco sobre Ser Samurai pro samanosuke.
No caso, você tem que analisar profundamente os atos feitos pelo personagem e os detalhes sutis da estoria. |
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Administrador | Kiri
Sexo : Idade : 104 Localização : Algum lugar do mundo. Número de Mensagens : 1006
Registo Ninja Nome: Hibiki Sozo Ryo (dinheiro): 150 Total de Habilitações: 41,5 | Assunto: Re: [ Filler - 03 ] Conduta Samurai Ter 3 Mar 2015 - 14:34 | |
| Certo começo a ficar cada vez mais confuso com os teus Fillers, como o Tsu mesmo disse, acho bom teres uma linearidade. Elabore uma historia que vai chegar até certo ponto e a desenvolva em Fillers, como se fosse um livro. Pois se não o seu personagem não irá evoluir, não adianta realizar treinos se não tem uma historia coesa e coerente. Não quero me intrometer na forma que está fazendo sua historia, só acho que seria mais agradável de se ler algo que avança, pois dá ansiedade ao leitor, deixa-o querendo saber mais e mais. Sobre o peixe, eu quero um pedaço De qualquer maneira, força na historia o/ |
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| Assunto: Re: [ Filler - 03 ] Conduta Samurai | |
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