- A chuva nunca irá parar. - Comentou uma mulher de cabelos longos. Uns cabelos negros de cor negra, um negro habitualmente visto em quase todas as mulheres que vagueavam pela a chuva de Amegakure. Essa mulher repousava as costas no tronco de um homem forte. De cara autoritária mas que naquele momento demonstrava fragilidade perto da sua amada.
- Tudo muda. Nada acontece. - Continuava a mulher resmungando da situação de Amegakure.
- Mas mesmo assim não trocaria isto por nada. - Respondeu o rapaz que aproveitava aqueles momentos com a amada.
- Tu é que devias estar lá como Amekage, não o Oshi. Era não sabe ser lider. Não tarde explode a Guerra naquele clã e recuámos mais cinco anos em relação as outras aldeias. Aldeias essas que nem podemos estar em contacto com a merda da ideia do Oshi rejeitar por completo as fronteiras abertas. - Estava furiosa. A rapariga levantou-se e focou o seu amado olhos nos olhos. O seu amado soltou um sorriso.
- Ele faz o que quiser. E eu Amekage? Poderias-me desejar uma doença ou outra coisa qualquer. Mas Amekage? Papeladas e burocracias? - Brincou o homem deixando o seu corpo cair para trás.
- Sabes bem o que eu pretendo. Eu, tu e possivelmente um filho. Fico arrumado para canto se tal acontecer. - Era aquilo que ele queria. A paz interior que ele procurou e conseguiu. Não desejava um patamar alto numa hierarquia qualquer, desejava apenas ser pai ao lado da mulher que amou toda a sua vida.
- Se não fosses tão querido estava neste momento a chamar-te fraco Yoso-kun. - Comentou a mulher abraçando-se ao pescoço de Yoso.
O nome dela era Yasmin. Uma kunoichi de Amegakure, que nunca foi um kunoichi talhada para grandes serviços, sempre uma alma caridosa mas longe da capacidade do seu amado Yoso. Conhecido como um dos melhores shinobis que Amegakure já conheceu, mesmo depois de Nagato ou até Hanzõ. Conheceram-se nos primeiros dias de Academia. Juntos também formaram a equipa número 2 de Amegakure, juntamente com o actual Amekage Oshi. A amizade sempre reinou entre os três, azedando apenas por Yoso ter sido referido como líder e Oshi não. Contudo Yoso teve de recusar e o seu amigo de equipa aproveitou a deixa e apresentou a sua candidatura. Os grandes sábios da aldeia foram a correr pedir a opinião de Yoso sobre a candidatura de Oshi, ele não contestou. E assim foi encontrado um novo líder, que foi o primeiro líder em Amegakure a intitular-se como Kage. Amekage.
- Passado cinco dias -
O gabinete de Oshi era escuro, ele tendia em manter a chuva a cair do céu de Amegakure, aproveitando a técnica de Nagato para perceber quem é que entrava e saía de da sua aldeia. Foi então com essa chuva que apercebeu-se da entrada de shinobis de outras aldeias. Sendo também um shinobi sensorial de grande gabarito, chamou de imediato quem ele costumava chamar para estas ocasiões de mais perigo: Yoso. Todos os problemas mais perigosos passavam pelas mãos daquele Jounnin que sempre foi o mais prestigiado.
- Yoso-kun ainda bem que vieste. Shinobis na entrada Este. - Apresentou de imediato o problema Oshi. Procurando que Yoso tivesse rapidamente uma resposta, ou uma equipa para ir averiguar.
- Bom dia para ti também meu caro. - Brincou Yoso mas rapidamente respondeu
- Do lado este é do lado do País do Pássaro. O que é estranho. Podendo supor que creio que seja Sunagakure a entrar por Este para saber como nos estamos a safar... - Explicou Yoso, percebendo perfeitamente a preocupação do resto do mundo em relação à sua aldeia.
- Esses cabeças de vento! Que deixam a minha aldeia. - Resmungava o antigo companheiro de equipa de Yoso e actual kage.
- Tu se deixasses eles entrarem sem resmungar. Eles viam que aqui nada se passava de ilegal. Contactos com Akatsuki já nem temos. Nem sei se eles existem. Portanto a uma coisa ilegal que tu andas a fazer é o caso com uma mulher casada. Tirando isso eu não estou a ver mais nada.. - Enquanto tentava chamar Oshi à razão, Yoso brincava. Com a situação do relacionamento pecador do Kage com uma mulher de um shinobi que praticamente não ficava muito tempo dentro das suas fronteiras.
- Deixa-te de merdas. Vai com uma equipa em direcção a fronteira e trata disso. - Ordenou Oshi. Yoso, como um bom cidadão de Amegakure, aceitou e rapidamente saiu do gabinete. Tinha uma fronteira para ir salvar, tinha uma missão que não concordava para fazer. Tinha rapidamente de acabar para voltar para os braços da sua amada Yasmin.
As informações que chegavam a Yoso é que eram quatro, naturalmente uma equipa pequena que tentava saber do que se passava em Amegakure, ele percebia. Yoso convocou quatro ANBU's e rapidamente partiram para a fronteira, entre tubos e edifícios negros e molhados. Quando lá chegaram, depararam-se com apenas um shinobi. Yoso levantou a mão e escondeu toda a sua equipa por detrás de um prédio, indo apenas ele para o meio: Confrontar aquele adversário.
Quando lá chegou, rapidamente o adversário lançou-se para ele, mas com um movimento tão rápido como nunca: Imobilizou o shinobi de Sunagakure (tal como Yoso tinha previsto).
- Eu não venho batalhar. Eu não venho responder com luta a vontade do mundo querer saber sobre a minha aldeia. Não somos criminosos, isso pertence ao nosso sujo passado. Sigam o vosso caminho para a vossa aldeia e comuniquem isto. Eu não quero vos magoar, mas não quero faltar à palavra com o meu Kage. - Respondeu vagarosamente e em voz alta. Percebendo-se que estavam outros tantos a volta prontos para ir resgatar aquele que estava imobilizado nos braços de Yoso.
O silêncio reinou.
Foi então que uma bola forte de vento apareceu do seu lado e Yoso não teve solução senão deixar o adversário ir, e lançar-se para ao lado para não ser capturado pela a bola gigantesca de fogo. Rapidamente os companheiros de missão de Yoso chegaram. A batalha estava pronta para começar. Yoso não esperou mais.
Lançou-se para a frente do primeiro acertando-lhe com um pontapé na cara, que lançou aquele para longe. Rapidamente rodou sobre os seus próprios calcanhares, e acertou mais um pontapé na barriga de um outro adversário que estava por detrás dele. Apercebendo-se que outro vinha por cima, baixou-se rapidamente, e num salto com o punho elevado quase furou o seu oponente de um lado ou outro. Enquanto Yoso tratava de três, a equipa que o tinha acompanhado estava a finalizar o segundo.
- Vamos leva-los para investigação. - Dizia um dos ANBU's mascarados.
- Não. Eles ficam ao meu encargo. Missão realizada. Podem ir. - Ordenou Yoso. Ordem ,que com naturalidade, foi rapidamente acatada. Yoso sozinho levou os quatro para a fronteira. Ainda na fronteira fitou os seus anteriores adversários de combate e com toda a naturalidade perguntou:
- o Que querem saber sobre a minha aldeia? - A pergunta foi estranha. Aqueles shinobis de Sunagakure não sabiam muito bem o que responder. Limitaram-se a tremer e foi então que Yoso tomou novamente o controlo da conversa
- Não somos criminosos. Só temos um líder que pensa que ocultar informações é melhor para nós. - Declarou Yoso, deixando por fim os capturados fugir para lá das fronteiras de Amegakure.
Quando se ia a virar, Yoso pressentiu alguém.
- Um traidor. Algo que nunca imaginava de ti. - Era Oshi. Shodai Amekage.
- Para falar a sério, era algo que esperava de ti. - Yoso não quis saber, encolheu os ombros e continuou a caminhar.
- Tenho algo que te pode interessar, Nukenin. - Aquela última palavra intrigou Yoso. que soltou uma gargalhada.
- Sim, eu tenho essa poder. Faltaste ao respeito, traíste Amegakure. És um Nukenin. - - Mostra lá meu cabrão o que me pode interessar. - Ele queria lá saber do seu rank, eram apenas palavras a sair da boca do Kage mais mal visto de todo o sempre.
Do nada vários guardas, ANBU's, começaram a surgir a volta dos dois. Yoso não estava a perceber. Foi então que o monólogo de Oshi começou.
- Sabes o que eu faço aos que tendem em dizer que não as minhas palavras e decisões? Sim, eu sei que tu sabes. É cadeia. As masmorras conseguem calar qualquer um, seja homem ou mulher, eles calam-se e aceitam-me como líder. Só que existe uma rapariga que sempre me deixou com o pé atrás. Talvez por respeito a ti, quer dizer, por respeito as mamas dela. Porque eu sempre fui apaixonado por aquelas tetas. - Fez uma pausa. Passando, a sua língua nos lábios, num movimento repugnante.
- Yasmin... - - Cala-te porco de merda! - Insultou Yoso, cerrando os punhos.
- Posso falar? - Riu-se Oshi num sorriso arrogante.
- Bem eu perdi esse respeito, quando ainda há dois dias, essa tal rapariga veio até ao meu gabinete. Eu até pensei que fosse para fazer favores sexuais com aquela linda boca que ela tem, mas afinal ela apenas queria contestar o meu poder. A teu mando? Talvez. Mas o certo é que começou a berrar de tal maneira, a que tive de lhe calar a boca. - - O que tu fizeste? - Perguntou num tom de voz baixo. Quase ninguém ouvia o que ele tinha perguntado.
- Epá. Teve de ser. Depois de a ter violado contra a mesa, acho que perdi a cabeça. - Começou-se a rir, e retirou um saco de uma pasta que tinha a sua frente.
- Quer dizer.. Afinal foi ela que perdeu a cabeça.. - Após isto só se ouvia as gargalhadas do kage. Gargalhadas atrás de gargalhadas, apenas ele se ria. Enquanto para a frente de Yoso foi lançada uma cabeça, cortada pelo pescoço, com os olhos bem abertos. Era Yasmin. As lágrimas rapidamente caíram pela cara abaixo de Yoso, enquanto Oshi se ria. Os ANBU's começavam a fechar o cerco, planeando também acabar com a vida de Yoso ali.
- Tenho uma pergunta a fazer - A voz de Yoso era fria. De tal maneira fria que Oshi até parar de soltar as gargalhadas fortes que tinha vindo a soltar desde há momentos. O Amekage acenou afirmativamente com a cabeça para Yoso prosseguir com a sua pergunta.
- Achas que vão ser estes ANBU's todos que me vão impedir de te matar? - A pergunta caiu que nem um raio ali no meio. Oshi ficou com o olhar apavorado. Foi então que Yoso, não esperou mais, e após um passo de um ANBU partiu para cima de todos eles. Sem piedade.