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Bom... Ora de testar algumas coisas. – Sussurrou a marionete-viva enquanto se levantava de sua mesa de projetos. Dentro de seu esconderijo, Iluminado apenas por uma pequena luminária, Daisuke passara quase a manhã inteira planejando alguma conexão entre seus jutsus para se tornarem mais eficientes. Então, abrindo seus seis braços para alinhá-los, a máquina manipulou seu chakra através do espaço-tempo e num piscar de olhos, seu grande copo metálico ressurgiu na planície desértica logo acima de sua catacumba, reluzindo com sob o sol do início da tarde. –
Vamos testar então. – Disse, ansioso para saber se seu plano correria como desejado.
Usando seu chakra diretamente em sua tatuagem, o Hiroshi invocou seu pergaminho de marionetes, abrindo-o com agilidade quando encostou sua mão diante do primeiro selo que vira no desenrolar do papiro. Seu chakra fluiu e reagiu com o selo inscrito, fazendo-o brilhar e expelir uma de suas marionetes vermelhas. –
Muito bem. Você será o primeiro. – Concluiu ao fazer um rápido selo para então tocar na marionete para embuti-la um de seus selos hiraishin. Agora parecia que estava tudo pronto. Ativando o boneco através de seus transmissores de chakra, Daisuke fez a marionete se movimentar e disparar rapidamente para longe dele até certa distância, quando a fez parar e se sentar.
Acenando positivamente, o nuke então gesticulou com um de seus punhos para invocar uma kunai com papel explosivo, arremessando-a para o alto com toda sua força. –
Vamos lá! – Gritou ansioso. E enquanto via o objeto disparar no alto, ele juntou as mãos para desenhar alguns selos, direcionando seu chakra para a kunai. –
Tenso no Jutsu! – Exclamou ao tentar usar a técnica de transferência divina. Daisuke sabia que, em teoria, seu selo hiraishin lhe daria a coordenada exata para o teleporte de objetos, o que facilitaria qualquer ataque contra um adversário, pois os explosivos simplesmente ressurgiriam ao lado dele. Uma estratégia muito bem bolada!
Nesse momento a kunai com explosivo se viu envolta por uma fraca luminosidade, sumindo numa fração de segundos deixando uma linha energética quase imperceptível que levava até a marionete, ressurgindo como mágica. Só então Daisuke comandou a explosão num “kai” comemorativo.
BOOM – E a marionete voou para o alto com o impacto, deixando-a à mercê do obelisco de metal que juntou as mãos sobre as tatuagens, invocando algumas linhas shinobi, arremessando-as com toda força contra o boneco no céu. As linhas se envolveram no alvo e com um brutal puxão, o nukenin a trouxa de volta ao chão com sua força aumentada por chakra. O próximo impacto abriu uma pequena clareira à sua frente, enquanto a marionete-viva – satisfeita – abria um sorriso malvado.
Juntando chakra nas pernas, Daisuke disparou em grande velocidade até a marionete. Ele queria concertá-la o quanto antes para então testar outros combos quando este percebeu um pequeno tremor na areia. –
Um verme. - Sussurrou ao mesmo tempo em que arqueava o corpo numa ágil pirueta, arremetendo seu corpo numa parábola não tão alta o suficiente. Os seus dentes afiados do anelídeo gigante se fecharam num de seus braços, arrancando-o como se fosse algum brinquedo.
Droga! – Reclamou ao ver as peças mastigadas e cuspidas pelo predador. Nesse momento todo o chão tremeu e o bicho se revelou, elevando-se no céu por alguns metros. –
Esse é dos grandes! – Comemorou, pensando na luta que teria.
Invocando algumas kunais, Daisuke as arremessou como engodo, obrigando o animal a tentar desviar-se quando finalmente ele juntou as mãos em rápidos selos, para jogá-las contra o solo para espalhar seu chakra. –
Doton: Kaido Shokutsu! – Gritou. Como ele raciocinou que parte do verme ainda estava há alguns metros no subsolo, o esperto nukenin utilizou seu jutsu de escavação ascendente para expulsar o verme no alto. O gigante eclodiu como uma espinha infeccionada, sendo jogado para o alto por alguns metros. A marionete gargalhou. Invocando seu bastão condutor de chakra, Daisuke disparou num rápido shunshin para se posicionar logo abaixo do adversário, quando girou sua arma com toda força que tinha. O estrondo fez a carapaça do bicho explodir, espalhando muco verde por todo o seu campo de treino. –
É... Acho que exagerei. – Concluiu por último, tentando se limpar.
FIM