Já tão cedo o jovem Hyuuga se dirigia ao campo de treinamento. Seus curtos cabelos se agitavam a cada Shunshin no Jutsu que utilizava para se movimentar mais rapidamente. Inu estava cada vez mais motivado, acabara de se formar como Gennin, apesar da idade um pouco avançada.
Em alguns minutos lá estava Inu, em um grande campo aberto, a água do rio fazia um belo som, o rapaz estava calmo. O Hyuuga sabia que seu foco era o Taijutsu, mas precisava realmente, aumentar o seu nível quando o assunto era Ninjutsu. O moreno percebeu isso quando quase caiu de uma árvore enquanto chegava no local.
- Falta de concentração. – Pensou consigo mesmo ao lembrar-se do ocorrido
Era a hora, Inu calmamente se posiciona a frente de uma árvore. Coordena suas mãos a realizarem um selo, fecha seus olhos, se concentra. Imagina parte do seu chackra indo para a planta dos seus pés e posteriormente envolvendo as solas dos sapatos azuis. Correu em direção ao tronco e para sua surpresa, chegou a uma altura razoável facilmente.
- É, acho que não sou tão ruim quanto pensava. – Diz o garoto.
Sua percepção logo mudou quando esquilo passou rente ao seus pés, fazendo o Hyuuga esquecer-se do chackra que concentrava nos sapatos. Em queda livre vai ao chão.
- Ai! – Inu levanta-se enquanto sacudia suas vestes. – Realmente, preciso me concentrar mais. – O garoto percebeu ali, definitivamente, seu problema; concentração.
Novamente o garoto tentou, realizou um selo e concentrou chackra nas solas dos sapatos e rapidamente se moveu para a árvore conseguindo subir em grande velocidade. No topo saltou para trás e caiu em pé.
-Somente se concentrar, somente se concentrar. – Repetiu o Hyuuga várias vezes com ele mesmo.
Várias e várias tentativas a frente, o Gennin conseguia realizar essa tarefa sem problema, então estava na hora de tentar algo melhor. Por alguns minutos o jovem pensava em como se “divertir” ali. Teve uma ideia. Inu se posicionou a frente de uma árvore de médio porte, firmou postura de combate e desferiu um golpe com a palma da mão aberta no tronco. Olhou para cima e viu que havia falhado.
- Droga, nenhuma sequer. – Pensou Inu ao ver que ainda lhe faltava força e velocidade.
Mais uma vez o Gennin golpeu a árvore, dessa vez dois golpes em sequência alternando as mãos e com mais força e velocidade. Duas folhas se soltaram, rapidamente, buscou suas senbous e a lançou em direção ao seu alvo.
- Filha da... – O Hyuuga não acertou uma sequer, deixando as duas folhas tocarem o chão.
A estratégia era simples. Fazer as folhas se soltarem dos galhos e não deixar que tocassem o chão, além de acertá-las. Novamente o Gennin se posiciona. Dessa vez mais decidido. Abre a mão e golpeia a árvore três vezes. Com isso, em torno de dez folhas vem “dançando” ao solo. O Hyuuga saca suas senbous e as lança ao céu, buscando acertar o seu alvo.
Primeira parte parcialmente concluída, o Gennin viu que algumas folhas foram acertadas, porém continuava a vir em direção ao chão. Inu concentrou chackra em seus pés e rapidamente escalou a árvore até ao meio para assim então pular e agarrar as folhas, só se esqueceu das agulhas que lançara anteriormente.
- Como, me, esqueci, disso. – Resmungava o garoto enquanto retirava as senbous cravadas ao lado do corpo e em parte de seus membros.
Já resolvido o imprevisto o Hyuuga continuou com seu “joguinho” particular. A cada tentativa golpeava mais e mais vezes antes de atirar, correr e pegar as folhas. Após minutos as mãos do garoto já estavam muito vermelhas, mas precisava compensar o tempo perdido. Buscou, dessa vez, uma árvore de tronco mais grosso e começou a golpear.
Inu, apesar da dor continuava seus golpes com mais velocidade e força. Num momento de ânimo se esqueceu das folhas e desferiu intensos golpes contra o tronco da árvore.
- Yah! Há! AHHHH! – Dizia o garoto a cada golpe bem dado.
O Gennin percebeu que estava indo afundo quando viu a marca de sangue no tronco, juntamente com a depressão causada nela por conta das palmadas.
- Aaai! – Sacudia as mãos intensamente, enquanto limpava o sangue na roupa.
A dor persistia, mas Inu via que ainda não estava tão cansado, precisava fazer o seu dia valer a pena. Após a realização de um selo, concentrar chackra nos pés e uma rápida movimentação, subiu até um galho de uma árvore e posicionou-se de cabeça para baixo, a pressão na sua cabeça era grande.
Naquela situação nada agradável o Gennin começou sua sequência.
- Uma. – Contou Inu quando realizou a primeira “abdominal”. – Duas. – Prosseguiu ele. Na terceira movimentação o Hyuuga teve uma ideia. – Por que não unir o útil ao agradável utilizando o chackra?
Inu, a cada abdominal que realiza, golpeava o tronco da árvore com a palma de sua mãe, naquele momento já enfaixada com uma espécie de pano por ele encontrada nas redondezas, só que dessa vez enviava chackra para o tronco a cada golpe.
- Dez.Ha! – Inu realizava a palmada concentrando também chackra em suas mãos para enviá-lo à arvore.
Em alguns segundos os Gennin já havia pego o ritmo, realizando sua atividade com mais rapidez e destreza.
-Vinte. Yah! – Gritou Inu ao realizar sua vigésima movimentação.
As feridas causadas pelas agulhas ardiam devido ao suor que também pingava da testa do Hyuuga. A respiração ofegante entregava o estado do Gennin. A faixa em suas mãos já estava adquirindo um tom mais avermelhado devido ao sangue.
- Vinte e uma! – Novamente, em velocidade o garoto subiu e realizou o golpe, concentrando chackra em suas mãos sem se esquecer dos pés.
Na trigésima movimentação o Gennin sentiu um cansaço extremo, seu chackra estava no fim. O abdômen falhou ao tentar fazer mais um movimento, o sangue já pingava das faixas. Ali, viu que seu objetivo havia sido concluído. No chão, cansado, Inu sorria, sentindo que estava feliz, apesar das mãos que latejavam e corpo todo dolorido.