Memorias de lutas – Espadachins e ladrões.
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Algumas horas antes de Zen e Kazu chegarem ao portão do vilarejo.
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- Vamos dar uma relaxada na sombra dessa arvore. – Comenta Kazu enquanto coloca sua mochila na base da arvore.
- Mas estamos quase chegando ao País do Vento. – comenta Zen.
- Errado, já estamos no País do Vento. – retruca Kazu.
Zen olha ao redor um pouco surpreso. Não pela falta de mudança da paisagem, ele sabia que na fronteira com o País do Rio não existe muita mudança. O que o incomodava era a falta de talvez um posto na fronteira ou alguma sinalização.
- Eu sei no que está pensando. – diz Kazu. - Com esse certo clima de paz, algumas rotas foram meio que deixadas de lado. Mas pessoas sensatas não costumam usar essas rotas.
- E por que nós a pegamos? – pergunta Zen.
- Olhe para trás – responde Kazu.
Duas figuras se aproximam dos dois, o que Zen reparou logo foram nas katanas que cada um mantinha na bainha preso a cintura. Descartou serem samurais do país de Ferro pelas roupas que usavam. Blusas comuns, calças surradas. E se fossem, provavelmente eram desertores.
- Olá. – pergunta um dos desconhecidos. – Somos viajantes e estamos com um pouco de sede e fome. Poderiam nos ajudar.
Estavam a quatro metros de distancia. E um deles colocava a mão sobre a guarda de sua katana. Kazu olha para os dois e dando um leve suspiro:
- Esses ladrões de hoje em dia não sabem como se aproximar de uma vitima. Zen... Pegue leve com eles.
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FIGHT!!
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Zen executa alguns selos com a mão, concentrando ar nos pulmões e o expulsando com um assopro pela boca, na forma do Toppa no jutsu que acerta um dos ladrões de surpresa fazendo se desequilibrar e cair de costas no chão.
- Mas não precisava pegar tão leve. – diz Kazu.
- Caminhamos quase um dia inteiro, estou um pouco cansado. – ironiza Zen, pegando uma kunai de sua bolsa presa na cintura.
- Vocês são ninjas?? – pergunta um assustado espadachim enquanto tira sua katana da bainha.
- Mais ou menos, senhor ladrão A. – responde Zen.
- Ladrão A??
- E o outro será o ladrão B.
Zen corre em direção ao ladrão A e arremessa sua kunai. O espadachim bloqueia a kunai com seu instinto. Aproveitando a surpresa do oponente, o quase ninja saca outra kunai e pula por cima dele. Ele gira no ar, aterrissando de frente para as costas do ladrão A e girando para o lado direito, ele acerta um chute com o pé esquerdo no rosto do Ladrão B que estava sentado no chão tentando se levantar.
Enquanto o ladrão B ia caindo ao chão novamente, o outro começa a se virar em direção de Zen. Percebendo o companheiro sendo novamente atingido corre em direção do atacante.
Ele coloca a espada pro lado e tenta um corte horizontal em Zen. O jovem futuro ninja se abaixa e aplica uma rasteira com a perna esquerda, desequilibrando o bandido, colocando ele ao chão.
Zen se levanta e coloca a atenção sobre o ladrão B, que está desacordado no chão. Retira a katana da bainha dele. Ele coloca sua kunai no bolso e aguarda o outro ladrão se levantar.
Assumindo uma posição de luta, Zen segura a katana com as duas mãos a sua frente.
- Ora, aprendeu a usar uma katana? – pergunta Katsu num tom irônico.
- Aprendi um pouco no país de ferro.
O Ladrão A olha para Zen e fica furioso.
- Posso até ser um bandido, mas não vou deixar um projeto de ninja fazer pouco do caminho do samurai! Não vou deixar que desonre o nosso estilo! – e corre em direção do garoto.
- E o que você entende de honra? – Zen ergue a espada e quando o ladrão chega perto o suficiente, o ninja da um passo a frente e desce a espada em direção do outro com velocidade e violência. – Hadan!!
Mesmo surpreso, o outro consegue bloquear colocando a espada dele como escudo, o golpe o faz ser empurrado para trás.
- Ora ora, técnica da espada samurai. – comenta Zen ao perceber que o ladrão havia coberto a espada dele com fluxo de chakra. – Me mostre mais.
Zen avança contra o oponente, ergue a espada e tenta um golpe em diagonal segurando com as duas mãos, descendo da direita para esquerda. O ladrão bloqueia o golpe com sua espada, a lamina de Zen chega perto do rosto dele.
O futuro ninja recuo num pequeno pulo e tenta espetar o ladrão direto no peito. Este desvia para o lado esquerdo de Zen e tenta revidar com um golpe de cima com sua espada. Mas Zen também desvia pulando para o lado.
Zen esta começando a sentir o cansaço da viagem, ele dá um sorriso e avança novamente. Ele da um pequeno pulo, erguendo a espada pro alto e descendo ela em vertical. Com a ajuda do próprio peso, o golpe ganha mais peso. O ladrão novamente bloqueia o golpe, mas também está cansado e começa a fraquejar. E Zen aproveitando esse momento e usando a espada, empurra o ladrão para trás. Este se desequilibra, perdendo a pose de combate.
Zen usando apenas a mão direita, num movimento horizontal da esquerda para direita, atinge o ombro esquerdo do ladrão, deixando um corte que começa a sangrar.
O ladrão A deixa cair a espada no chão. Cansado e com dor.
Uma sombra aparece do lado de Zen, que vira acreditando ser o outro ladrão. Mas ao observar melhor, percebe um homem usando uma vestimenta samurai sem o elmo.
- Ora, então era por isso que meus homens não estavam voltando. – comenta o homem. – Garoto, temo que seu esforço tenha sido em vão, irei eliminá-lo.
O Samurai estava a quatro metros de Zen, que se preparava para o confronto, quando cinco kunais voaram em direção do samurai. Este, num movimento rápido, tirou a espada da bainha e bloqueou as kunais que ficaram girando no ar acima dele.
- Nossa que rápido. – comenta Katsu, que estava de pé a poucos passos de Zen. – Confesso que não esperava tanta habilidade já que seus homens são um lixo.
- Um truque tão simples não é pode ser considerado como teste de habilidade... – o samurai interrompe a frase ao perceber que o braço esquerdo de Katsu estava apontado para as cinco kunais que ainda giravam no ar.
- Truques? Talvez. – Katsu desce a mão com rapidez e as kunais imitavam o movimento descendo rapidamente contra o samurai. Que recua num pulo instante antes das kunais espetarem o chão.
Zen reconhecia isso, Katsu usaram o kugutsu no jutsu nas kunais.
- Zen. Jogue-me sua katana. – O pedido era feito enquanto Katsu corria contra o samurai. Zen joga a espada e antes de seu pai atacar o inimigo, ele comenta:
- E cuidado com o B.
- Como? – e nesse momento ele sente um golpe forte no peito que o faz voar para trás caindo e rolando pelo chão.
Ele entendeu agora o “B”. Era o ladrão B que tinha dado uma voadora nele.
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Talvez continua...