Após se despedir do velho Kazumi Ankuko iniciou caminhada de volta a Suna, ainda queria dar umas voltas por Konoha, mas não por muito tempo. Avançava pelas ruas, mais aliviado pelo fardo que havia tirado das costas. Os seus pais, mesmo após a morte, continuavam a apoiá-lo, o que o enchia de energia e força para enfrentar tudo e todos. Um sorriso de orelha a orelha inundava-lhe a cara. Alheio ao que rodeava, olhava para o céu limpo, não havia sinal de nuvens, apenas azul até onde a vista alcançava. Foi num desses momentos de reflexão totalmente vazia, que numa curva esbarrou contra algo…melhor dizendo, alguém.
- Au, au, au… a minha cabeça.
- Vê por onde andas! Cabeça no ar. – Gritou uma voz invulgarmente irritante.
- Eu? Se tivesses mais atenção tinhas-me visto! Porque….Han? – À sua frente estava algo que Ankuko não esperava ver, uma rapariga com aproximadamente a sua idade, com uma voz assim. – Mas tu….PARECES UMA VELHA A GRITAR!!! Ahahah. – A rapariga olhou-o com um olhar mortífero, capaz de matar.
- O que? Mas quem julgas tu que és? A minha voz é bela e suave!
- Ahaha, que riso, não consigo parar – A rapariga amuou e virou a cabeça em sinal de desprezo.
- Eheh, desculpa, desculpa. Deixa-me ajudar-te. – Ankuko apanhou o lenço da rapariga, e reparou que era na verdade um hitaiate de Kirigakure.
- Dá cá isso.
- Eh, calma calma, não to roubo...
- És irritante…
- Tu é que és!
- Argh! Cala-te.
- Olha, adeus!
Ankuko virou costas á rapariga e abalou. Após percorrer alguns metros, sentiu que algo não estava certo, olhou para trás, mas nada, continuou, mas aquela sensação estava a matá-lo, e agora mais rápido, virou-se para trás a tempo de ver uma sombra esconder-se atrás de uma caixa, continuou o seu caminho, até que passou por uma árvore de veras curiosa, então não era que o tronco da árvore era igualzinho á cerca que estava por detrás…
- Hum… acho que te enganaste no disfarce. – Nada aconteceu. – A serio, enganaste-te, é que estás igual á cerca…
- A sério…? – A rapariga revela-se corada, apercebendo-se do erro que havia cometido. – Não te rias…
- Agora é tarde. – Disse Ankuko rindo-se, e voltando a virar costas.
A rapariga seguiu Ankuko durante alguns minutos até que Ankuko lhe disse:
- Gostas assim tanto de mim? Eu sou giro, mas não é preciso tanto…
- Nada disso, simplesmente vou para o mesmo sitio que tu…
Ankuko aumentou a passada, até que começou a correr devido á teimosia da rapariga.
- Deixa-me!
- Tá-me a apetecer correr, que mal tem?
- Maluca! Deixa-me, não as bates todas!
- Eu não estou atrás de ti.
- Não…vais á minha frente queres ver. Ahh, que sorte a minha, era o que me faltava era uma maluca atrás de mim.