Ankuko dormia descansado, quando foi atingido por um chinelo.
- Mas que raio?
- Acorda, estavas a ressonar que nem um porco. – Disse Yori apanhando o chinelo do chão.
- Eu não ressono. Que horas são?
- Dez para as oito.
- O que? O meu treino é ás oito. – Ankuko levantou-se, enrolando-se no lençol e caindo no chão, vestiu-se, e abalou de casa com uma taça de cereais na mão. Quando terminou, atirou a taça atingindo uma janela partindo-a, felizmente a casa estava abandonada. Após percorrer alguns quarteirões chegou ao Ginásio.
- Bom Dia Ankuko.
- Mitashi- Sensei, que tal?
- Vai-se andando. Então pronto para o treino de hoje?
- Vamos lá.
Ankuko e Mitashi entraram no ginásio. Ainda estava vazio, pois abrira ás 7:30, e a maioria das pessoas ainda estava deitada. Mitashi dirigiu Ankuko para uma zona de halteres.
- Bem, hoje vamos treinar com alguns halteres.
- Para que? Eu já sou forte, eu quero é treinar ninjutsus e chakra, e isso.
- Está descansado. Estás a ver aquele haltere? Tenta levantá-lo. – Mitashi apontou para um haltere de aproximadamente 30 cm, pouco mais era que uma barra de metal. – Só isto? Fácil… - Ankuko aproximou-se do Haltere, e tentou levantá-lo, agarrou-o com uma mão, e puxou-o para cima, e por pouco não arrancava o braço. O haltere parecia que estava colado ao chão, Ankuko tentou novamente mas o haltere teimava em se levantar, tentou depois com ambas as mãos, mas nada, era impossível.
- É impossível eu levantar isto…
- Pudera, esse haltere contem ligas metálicas de Metal Condutor De Chakra, a única maneira possível de o levantar é conduzindo chakra através do haltere de maneira constante e controlada, se sofrer algum desvio… digamos que não queres ter os pés por debaixo dos halteres…
- Então quer dizer que, para conseguir levantar e manter os halteres no ar, vou ter manter um fluxo constante de chakra ao longo do haltere?
- Exactamente.
- Ok, vou tentar.
Ankuko sentou-se num banco, pegou no haltere, e começou a criar um ciclo de chakra entre si e o haltere, o chakra fluía constantemente, Ankuko começou a soar, pingos de suor pingavam-lhe do nariz, mesmo não executando qualquer movimento, todo aquele processo começava a cansá-lo, quando Ankuko se sentiu contente com o seu trabalho, tentou a sua sorte, e num puxão, levantou o haltere, que finalmente havia cedido e estava agora ao nível do olhar de Ankuko. Mesmo com o chakra a fluir em harmonia entre ele e o haltere, o peso do haltere rondava os 4 Kg, e Ankuko teve que se levantar para ajustar o ângulo do braço, para distribuir melhor o peso ao longo do braço. Pousou a outra mão sobre um outro haltere, e executou o mesmo processo, criou um fluxo harmonioso entre o haltere e o seu corpo, e também este “despegou” do chão. Agora Ankuko podia finalmente, começar a “encher”. Colocou os halteres ao nível da cintura, fazendo um ângulo de 90º com a articulação do cotovelo, levantou o haltere direito até fechar o ângulo ate os 5º, ficando este agora ao nível do seu ombro, baixou este, e executou o mesmo com o esquerdo.
- 1, 2; Direito, Esquerdo; 1, 2;Direito, Esquerdo; 1, 2; Direito, Esquerdo. – E assim adiante, até executar 24 repetições com cada braço, mas quando ia para a vigésima quinta repetição, a fadiga fez das suas, e o fluxo de chakra sofreu uma pequena alteração, e o haltere esquerdo, iniciou um processo de queda livre até cair num estrondo no chão. Ankuko sentou-se novamente no banco. O espelho á sua frente estava embaciado devido ao calor que emanava do corpo de Ankuko, o corpo de Ankuko estava encharcado em suor, gotas de suor pingavam do nariz de Ankuko, as suas roupas, completamente encharcadas, caiam-lhe no corpo, como se a gravidade estivesse contra elas, os músculos de Ankuko estavam tensos do esforço, os halteres não pesavam por ai além, mas o constante fluxo de chakra também contribuíam para as cãibras que preenchiam os ses músculos. Ankuko limpou a cara com a toalha que estava ao seu lado, mas antes de chegar á cara deixou-a cair ao chão, os braços estavam dormentes, mas com algum esforço lá limpou a cara.
- Bem, estás uma lástima!
- É mais difícil do que parece. – Disse Ankuko, despindo a blusa, ficando nu da cintura para cima. Ankuko não tinha músculos por ai alem, nem abdominais definidos, até se podia dizer que notava-se ali uma pequena “barriguinha”, mas a força estava lá.
- Bem, pronto para passar para a parte de pernas?
- Pernas?
- Sim, segue-me.
Mitashi guiou Ankuko por entre algumas máquinas de exercícios, que estavam já ocupadas por várias pessoas, o ginásio havia enchido sem Ankuko se aperceber. Mitashi parou em frente a uma pequena máquina, constituída por uma base para o utilizador se deitar, e á sua frente uma plataforma para assentar os pés.
- Bem, isto funciona como os halteres, deitas-te aqui, e empurras aquela plataforma com a força das pernas, mas para isso terás de executar o mesmo processo que nos halteres. Entendido? – Mitashi olhou para Ankuko, mas este já se encontrava deitado de olhos fechados, concentrado. Ankuko executou o mesmo processo, um fluxo entre o seu corpo, pelas pernas até á plataforma de metal. As pernas começaram a tremer ligeiramente, era lhe mais difícil concentrar chakra agora, pois havia ficado estafado desde á pouco, e viu-se obrigado a recorrer á Linhagem, as veias nas suas pernas tornaram-se salientes, e as suas reservas de chakra aumentaram o suficiente para num impulso, Ankuko conseguir mover a plataforma uns bons 20 centímetros, a plataforma exercia uns bons 250 Kg de pressão, e Ankuko não passou das 15 repetições. Exausto Ankuko, adormeceu de seguida deitado na máquina. Mitashi pegou nele e levou-o a casa, onde Yori o deitou na cama.
- Aim, Aim. Este Ankuko não sabe quando parar.
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Tentei ser o mais descritivo possivel sem se tornar muito extenso, gostava que quem avaliasse desse a sua opinião se não for incomodo.