Ding-DongCorri para a porta a abria-a, rapidamente arrependida por o ter feito.
- Suki, porque é que és tão cruel? – perguntou-me Tatsugaki, o seu olhar desaprovador fazendo-me encolher alguns centimetros.
- Gomen, juro que foi sem querer e que não o queria deixar incontinente, e foi a Suki Malévola ela é que achou piada e eu tive medo e ele é assustador e quis-me matar com os pedragulho e as ligaduras e eu pensava que ia morrer e ele não ficou incontinente pois não? – disse muito rápido, a culpa que sentia ensopada em cada palavra que proferia. Estava um bocado preocupada com o sensei.
Hesitantemente olhei para cima e encontrei os olhos de Tatsugaki a analisarem-me. Não sabia o que fazer, por isso deixei-os lá ficarem. Ele analisou-me durante alguns segundos e, de repente, suspirou.
- Bem, creio que para a arrogante Suki estar a pedir desculpas deves sentir-te mesmo culpada. E não, ele não ficou incontinente, mas já faltou mais.
Ao ouvir isto, suspirei, aliviada por voltar a encontrar os seus olhos gentis a iluminarem-lhe a cara. Sem saber porquê, sorri.
- E agora vens comigo sofrer o teu castigo. – acrescentou Tatsugaki, e o meu sorriso dissipou-se.
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Chegámos á mansão Tatsugaki, onde, pelos vistos, tinha chegado um novo carregamento de plantas ninja exóticas (e carnivoras) vindas de Konoha, um presente do Hokage em agradecimento á excelencia dos medicamentos providenciados por Tatsugaki.
O meu castigo, pelos vistos, era carregar a Malesium Cererbrus, a maior e mais assustadora de todas para o jardim e enterrá-la, perdão, plantá-la, num local estrategicamente escolhido por onde viriam a maior parte dos ladrões (ou seja, onde haveria mais comida).
A Malesium Cererbrus tinha três cabeças. Originalmente, ela comia coelhos, mas o seu ADN havia sido modificado pelos herbologistas de Konoha, e agora também gostava de papar humanos. Tinha 5 metros de altura e pesava 50kg, pelo que tinha de ser transportada em cima de um carrinho. Era eu que o tinha de puxar.
E foi isso que fiz – peguei no cabo do carrinho de mão e puxei os 50kg de pura exaustão por 150m de jardim, durante todo o tempo olhando desconfiadamente para a planta. Havia sido dito aos Estados Unidenses de Suki que ela era inofensiva ,drogada como estava, mas há muito que a população já estava preparada para aguentar o furacão Kaito. Por isso, porque não prepararem-se também para o terramoto Cerebrus?
E não se arrependeram.
Estava eu a meio do caminho, uma das cabeças das Cerebrus-Planta decidiu acordar e esticar o pescoço na minha direcção. Eu imediatamente saltei para trás e desviei-me, mas a Cerebrus-Planta não desistiu, e comeu o cabo do carrinho.
A Suki Perguiçosa - uma grande autoridade dos Estados Unidos de Suki - queria voltar para trás e pedir ajuda, mas a Suki Culpada, que se encontrava num cargo igualmente importante não concordava com ela. As duas discutiram um bocado até que se decidiram por encontrar uma solução com a ajuda da Suki Estratega. Esta sugeriu que usassem lianas para substituir o cabo e, apesar do perigo que a missão apresentava, concordaram em fazer isso mesmo.
Por isso, eu fui buscar as lianas compridas dumas árvores ali perto, e voltei para ao pé do carro. Aproximei-me cautelosamente, e a Cerebrus-Planta esticou logo o pescoço na minha direcçao. A Suki Corajosa foi obrigada a trabalhar e eu saltei para cima da cabeça da planta, corri em cima do pescoço e, num movimento rápido e gracioso até, atei a liana ao carro e corri para fora do alcance das bestas, que me tentaram interceptar mas sem grande sucesso. Felizmente, eram burras, e não fizeram menção de comer a liana, uma planta que não fazia parte das suas dietas.
Foi assim que segui caminho, puxando uma planta tripolar sedenta pelo meu sangue jardim acima, constantemente a evitar que as minhas mãos fossem comidas com os subitos ataques que ela me decidia enviar. No entanto, quando cheguei ao meu destino, fui deparada com um problema: O espaço disponivel para o enterro, perdão, plantação da planta (soa um bocado mal) era muito escasso, e o único local onde a Cerebrus-Planta pode ficar sem me comer enquanto trabalho é vizinho da árvore que a familia de esquilos local habita. Felizmente para a familía de esquilos, a Suki Malévola ainda estava na cadeia, pelo que o conselho dos Estados Unidos de Suki decidiu que a bondade da nação era suficiente para cobrir os prejuizos trazidos pela situação de risco em que se iam meter. Para além disso, já era tempo da Suki Culpada morrer.
Decidido isto, arrastei a Cererbrus-Planta para um sitío a 4 metros do local de escavação. Isto significava que apenas o último metro seria poblemático, e que por enquanto tudo iria correr bem. Por isso, saquei da pá que levava ás costas e começei a cavar os metros quadrados mais longe da planta. Quando cheguei ao último, o mais problemático, fiz uma pausa de cinco minutos e confrontei a planta.
Bastou um pé fora da comfort zone que me fora atribuída para a primeira cabeça lançar um ataque. Eu desviei-me, dei com a pá na segunda cabeça e enterreio objecto no chão, escavando a primeira das calculadas 5 partes que seriam precisas. Saltei por cima da terceira cabeça, dei um pontapé na primeira e escavei a segunda parte. No entanto, não fui rápida o suficiente e não me consegui desviar totalmente do segundo ataque da primeira cabeça, que me fez um corte no braço com os seus dentes. Alarmada, saltei para fora do alcance da planta e descansei um pouco antes de voltar ao ataque, lembrando-me para tentar atingi-las com a pá –tinha reparado que elas ficavam aturdidas.
Assim que uma das cabeças se lançou a mim, dei-lhe uma pancada com a pá. A planta ficou com um buraco no crânio (as plantas tinham esqueletos?) e eu aproveitei para escavar mais uma vez, desviando-me quando outra cabeça me atacou. Só mais uma escavadela e era só empurrar a planta. Por isso, atingi a outra cabeça mais uma vez, saltei por cima de um segundo ataque e escavei. Assim que fiz isto, pus-me fora do alcance da planta e puxei o carrinho para a beira do buraco. Avaliei os custos dos carrinho e, decidindo que não era tão caro como isso puxei-o para dentro do buraco, decidindo que não valia a pena arriscar-me mais só para meter o fino vaso de plástico dentro do buraco. Também não me dei ao trabalho de tapar a planta – muito brevemente, quando chovesse, a água arrastaria a terra e aquilo tudo ficaria bem tapado.
Por isso, fui-me embora, e quando Tatsugaki que perguntou o que raio é que tinha acontecido para eu estar toda suja e com um braço sangrento, eu tive de suspirar, porque apesar de a Suki Culpada ter desaparecido, eu continuava a não conseguir responder-lhe mal.
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Postei isto a
dois 1 minuto do dia 18. Wow, too close.
Tenho pena que a mini-saga dos Estados Unidos de Suki acabe agora, gostei mesmo de escrevê-la. It was fun. :3
P.S- O meu treino anterior ainda não foi avaliado, mas não pude atrasar mais porque amanhã não posso postar treinos por causa do torneio gennin, gomen