Dai tinha-se separado de Akon e Dai poucos segundos antes e sentia a atmosfera estranhamente pesada. Ignorou isso e dirigiu-se a casa. Não foram precisos muitos passos para ser brutalmente surpreendido: vários Anbu atacavam um pequeno grupo de ninjas, todos hasteando o hitayate de Hoshigakure.
- Hãn? Mas que se passa aqui? – pensava Dai para si próprio ao vislumbrar a situação – Hoshigakure…. VAMPIROS?!
Dai chegou a essa conclusão quase de imediato. Poucas semanas antes, o seu falecido sensei tinha-lhe dito que iriam partir numa missão de alto risco a hoshigakure, que apenas ele poderia concluir sem risco. Mas poucos dias depois desse anúncio, a missão foi cancelada por Loki-sama ao receber vários relatórios de actividade vampírica bastante intensa na aldeia.
Dai levantou a cabeça, preparando-se para ir em auxílio dos Anbu mas tal não sucedeu. Todos os ninjas de Konoha estavam agora reunidos em volta dos inimigos caídos, uns arrancando brutalmente a cabeça aos vampiros outros a esfaquearem-nos no local do coração. Tal acção bárbara levou Dai a dirigir-se ao local, aparecendo de imediato.
- huh.. era mesmo preciso isso? – pergunta ao Anbu mais próximo.
- É a única maneira de nos vermos livres destas bestas. Tirar-lhes a cabeça ou perfurar o coração, nada mais resulta. Continuam como se nada lhes tivesse acontecido – respondeu O Anbu – Mas vieste ajudar ou queres conversar chuunin?
Dai ignorou o Anbu e dirigiu-se pelo caminho planeado. Noutra altura tomaria as rédeas e aceitaria de imediato o pedido do Anbu mas, neste momento, nada lhe saberia melhor que descansar e meditar sobre os dias passados. Dai estava como num mundo próprio. Apesar de todo o caos e carnificina que acontecia à sua volta, o jovem chuunin seguia o seu caminho calmamente apreciando a pequena réstia de espaço de Konoha ainda não manchada com corpos ou sangue.
Alguns minutos passaram e Dai aproximava-se do escritório do Hokage. Não sabia o que o tinha levado ali. Talvez o simples facto de estar lá o hokage tornaria o local mais pacífico e calmo para descansar. Mas tal não se deu. Mesmo em frente do prédio do Hokage um grupo de ninjas de Hoshigakure tentava forçar a entrada.
- Protejam o Hokage!
Ouvia-se.
- Huh, Loki-sama pode estar descansado. Isto não são inimigos em que um hokage tenha que tocar – dizia outra voz.
Esta última foi de imediato reconhecida por Dai.
- T.. Tou-sensei? – sussurrou.
Ao fundo, acompanhado de mais meia dúzia de ninjas, Subeta Tou dilacerava vários inimigos, cortando tudo o que via em pelo menos 2 partes.
- Vá rapazes! Quem é que somos?!
- GUARDA-COSTAS DE LOKI-SAMA! – responderam os restantes ninjas em coro.
- Quem protegemos?! – gritou mais uma vez Tou ao cortar, em um só ataque, ambos os braços do adversário.
- O HOKAGE!
- O Que é que nós temos? – Tou já estava com um sorriso na cara.
- WILL OF FIRE.
Em poucos segundos, o grupo de inimigos é totalmente dilacerado e desfeito. Vários dos corpos eram agora irreconhecíveis, muitos brutal e barbaramente cortados.
Tou tinha um largo sorriso na cara. As suspeitas de Dai eram verdade, este Homem adora lutar. Comandando apenas meia dúzia de special jounins parceiros, abateu mais de duas dezenas de adversários numa questão de minutos.
- É louco… - Dai, apesar de achar estranha o apelo que lutar tinha para Tou, ficou extremamente impressionado com este.
Quando se preparava para ir falar ao Guarda-costas, O Hokage chama os seus súbditos. Com isto Dai volta a tomar o seu rumo. Dirigia-se agora para casa, calmamente pelo pequeno ribeiro que passava pela aldeia. Quando estava prestes a entrar em casa,é surpreendido por Hanabi.
- Hanabi-sensei…
- Escritório do Hokage, já! – Hanabi parecia bastante séria.
- Que foi?
- O Tou desentendeu-se com Loki-sama.
Ambos partiram a grande velocidade e em pouco tempo entraram no escritório do Hokage.
- ELE TEM O DIREITO DE IR!
- Já disse que não! Estou a fazer-te um favor ao libertar-te das obrigações de guarda-costas para perseguires o alvo, já que é esse o teu desejo. Não permito é que leves o rapaz.
Tou e Loki-sama estavam ambos de pé, Tou vermelho de raiva. Os outros ninjas que se encontravam no interior do escritório estavam pasmados com a audácia de Tou em fazer frente ao Hokage.
- Hanabi, porque é que foste chamar o rapaz?! – Disse Loki irritado
- Loki-sama, com todo o respeito, eu acredito que seja do maior interesse este rapaz ir. Lembre-se de Kuura, da mais valia que ele era para a aldeia. Salvou o seu esquadrão todo na última missão que participou.
Dai não acreditava no que estava a ouvir. Estavam a falar de Kuura. Elel queria sair dali, não suportava a dor que isso lhe causava.
- Hanabi, tu.. tu, de todas as pessoas – sussurrava Loki claramente desapontado.
- Por favor, Loki sama…
- Hanabi… tu não entendes que estás a por em risco a vida desse rapaz?
- Ele não é apenas um rapaz, já é um chuunin.
- NÃO IMPORTA. Que fará um chuunin recém formado com um jounin especializado em armas brancas contra ela?! – Loki agora estava a gritar.
- Mas não será só Tou que irá… Eu também irei. Devo isso não só ao Dai, mas também a Kuura….
Uns segundos de silêncio constrangedor penetram naquele espaço, para serem interrompidos por ninguém mais que Loki:
- Já vi que se decidiram. Tenho que dizer que estou bastante desiludido contigo Hanabi, mas farei o que queres. Poderão partir nesta missão de rank S, com esta condição – Loki sentou-se e prosseguiu – Para além de vocês os três, terão de recrutar PELO MENOS mais um ninja de rank Jounin. Percebido?
- Hai – responderam Hanabi e Tou – Obrigado Loki-sama.
Hanabi agarrou em Dai e levou-o dali para fora. Quando chegaram à porta do edifício, Tou já se encontrava lá.
- OK JÁ CHEGA. QUEM ME EXPLICA QUE RAIOS ACONTECEU ALI?!
Dai estava furioso. Esteve mais de 5 minutos a ouvir gritos, pronunciando o nome do seu falecido sensei e de ver vários dedos apontados para ele.
- Foram detectados movimentos da Akatsuki. Apesar de toda esta confusão dos vampiros, Loki-sama deu ordem imediata da missão de capturarmos ou anularmos o ou os membros que encontrarmos. Este espectáculo todo foi para convencer-mos o Hokage para tu vires connosco.
Dai não pensou, apenas reagiu.
- Vamos lá buscar o 4º elemento então….