- Spoiler:
- Eu vou voltar para o clã Ruthen
E o ar ficou preso na garganta do Hokage.
- Só podes estar a brincar. Vais abandonar Konoha? Mas, porquê?
- Confie em mim! Há algo que tenho de fazer…
Prosseguiu-se então uma longa troca de palavras. No final, o Terceiro levantou-se da cadeira, retirando o chapéu do símbolo do fogo, e acercou-se de Eubi.
- Souka. Não aprovo teu plano por completo, mas não me atrevo a impedir-te. Acho então, que isto é um adeus.
- Sim. Obrigado por tudo, jamais o esquecerei.
E ambos deram um firme aperto de mão. Por fim, Eubi desapareceu numa expansão de fumo e tinta.
Cinco longos dias se passaram, mas apenas uns míseros segundos para Broly, que continuava sendo um mero “espírito” espectador naquele mundo do genjutsu, que reflectia-lhe todo o passado. Apesar do longo percurso, Eusébio parecia ainda estar longe do seu objectivo, encontrava-se num deserto uniforme, sem princípio ou fim. Notava-se na sua marcha e suor a fadiga e a sede que sentia, e a única coisa que o protegia da intensidade do sol naquela zona, alem de sua pele morena, era o seu chapéu negro.
- Passou-se tantos anos, mas continuo a lembrar-me tão bem de como penetrar por esta barreira, que parece que foi ontem que eu sai daqui. – Pensou ele em voz alta, dando uns passos para a esquerda e estendendo um braço, onde parecia que este entrava numa outra dimensão, ao atravessar por uma parede invisível. – Bingo!
A barreira não passava de um genjutsu que camuflava aquele lugar secreto, impedindo qualquer pessoa que por lá passasse de o visualizar, e a probabilidade de passar por aquela exacta parede era quase nula.
Assim que a atravessou, o cenário mudou radicalmente de figura. O chão passou a ser coberto por uma contínua e uniforme camada de erva, e mais avante havia uma gigantesca piscina, onde nadavam homens, com um ar extremamente fino, e uma enorme diversidade de belas mulheres, muitas a fazer topless. A volta da piscina dava mais a entender o quanto aqueles indivíduos eram milionários, pelos trajes que usavam, e pareciam estar a discutir negócios. E mais para além era impossível não reparar numa titânica mansão, coberta de tons brancos, pretos e vermelhos, que a davam um ar sinistro.
- Daimaou…ha quanto tempo. – Magicou ele, sentido finalmente algum nervosismo.
Não tardou muito até todos repararem que alguém passou pela barreira, tal como não demorou até a maioria se agitar, por reconhecê-lo.
- Não pode ser, aquele é? Mas é doido? Que faz aqui? – Comentavam todos.
Eubi ignorou-os e seguiu em linha recta, ao mesmo tempo que os provocava com a sua marcha completamente indiscreta e descontraída em direcção a mansão, como se fosse a coisa mais normal do mundo ele estar ali. Mas o seu caminho foi bloqueado numa barreira de homens, mas que te seguida se afastaram com a chegada de outro, de cabelos azuis-escuros pelas costas.
- Deixa-me adivinhar, ficaste farto de viver. – Ameaçou ele, aproximando-se.
- Yo, Okazaki Ruthen-cara-de-cú. – Cumprimentou ele, encurvando ligeiramente a coluna e retirando o chapéu da cabeça, atirando-o para a piscina, sem mesmo ele perceber o porquê. -Compreendo que estejas excitado por me ver, mas conhecendo o boss como eu conheço, tenho a certeza que ele me irá ouvir antes de me dar de comer as kuchyoses.
Antes do pequeno dialogo prosseguir, a porta da mansão se abriu. O proprietário queria mesmo recebe-lo, tal como Eubi profetizou.
- A tua sorte durou demasiado tempo, mas irá acabar. – Disse Okazaki. – Sai depressa da minha vista, traidor.
- Com certeza, longe de mim enfurecer-te. – Retorquiu Eubi.
Não demorou muito até ele dar a entender que o que acabara de dizer se tratava de uma ironia, quando começou a caminhar em direcção a porta aberta da mansão a passos de robot.
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Okazaki ficou roxo de raiva, olhou para o céu, respirou fundo e trincou os lábios, resistindo a um imenso ódio para não fazer algo que mais tarde podia vir-se a arrepender.
Quando finalmente Eusébio entrou dentro da mansão assustou-se com o quanto mais luxuosa esta estava desde a última vez em que ele lá esteve, as suas caças a tesouros pareciam não ter perdido o rumo com o seu abandono.
Subindo alguns andares, por conta própria por já conhecer aquele lugar, Eusébio foi dar ao quarto nuclear, onde a porta já estava aberta e, lá dentro, apenas se encontrava um homem sentado atrás de uma secretaria, de perna cruzada, o esperando.
- Noto que vocês envelhecerem ligeiramente, o que significa que não só a caça aos vampiros prosseguiu, como também estão a ter algumas dificuldades em apanha-los ultimamente. – Começou ele.
- Saltemos ao assunto, o que é que o maior traidor da história dos ruthen’s quer tanto me dizer? – Interrogou o homem, sua expressão e tom de voz eram intimidadoras.
- Quero voltar. Quanto mais a idade deixa marcas em meu corpo, mas compreendo o porquê de no passado me dedicar tanto a caça a vampiros. Quero voltar a estes tempos, e visto que estão a ter dificuldades, creio que serei muito útil como antes, afinal eu era o “Rei” na matéria.
- Confirmo. Mas diz-me, porque haveria de confiar em ti?
- Não precisa, use-me apenas. Não me importo de não estar aqui com vocês, só preciso que me dêem todas as informações das localizações dos vampiros, que eu trato de tudo para vocês e, futuramente, tenho a certeza que voltarão a confiar em mim. – Respondeu ele tranquilamente. O Boss não aparentava estar convencido, mas Eubi sabia que a ideia lhe agradaria.
- Nestas condições parece-me bem, visto não ter nada a perder. Alem disso, só tu é que consegues dominar o Belzebu, sem ele na organização os sete Damaiou jamais estarão juntos. – Disse o líder, o que deixou Eubi com um sorriso nos lábios. De seguida, retirou de uma gaveta uns scroll’s e deixou-os cair na mesa. – Estão aqui todas as informações que precisas. A vigiar-te ficarão alguns hunters, e espero por resultados. Se voltares a fazer das tuas, ou ficar insatisfeito com o teu trabalho, não te safarás novamente. – Ameaçou ele, deitando a cabeça na palma da mão.
- Não se arrependerá, Kaski. – Replicou Eubi, pegando nos scrolls e partindo para o exterior.
Após conhecer a sua nova equipa, estes partiram para o desconhecido, seguindo as indicações dos scrol’s e as afirmações que adquiririam ao longo da sua jornada.
Três trabalhosos anos se passaram, dos quais o pequeno novo time de Eubi conseguiu capturar apenas alguns weakers vampires de rank c, o que já era alguma coisa, no entanto, eram muito insuficientes para a exigência do chã Ruthen, e completamente inúteis para Eusébio, que ainda não encontrou aquilo que incansavelmente procurava, e que não desistia de o conseguir.
O time separou-se num pequeno bosque onde, pela primeira vez em cerca de três anos, encontraram um bloodline pure, que fugiu assim que os avistou, o que poderia significar que estavam mais próximos que nunca da “toca” dos vampiros. Eubi continuava a caminhar, cuidadosamente, quando se escondeu atrás de uma árvore assim que sentiu que alguém se dirigia na sua direcção.
- Sai daí Bastard, reconheci o teu cheiro a distância. – Disse uma voz bruta e feminina.
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Nota.
- Spoiler:
Daimaou significa algo do tipo "grande rei demónio". Isto era um historia que eu estava a desenvolver no inicio dos meus fillers. Basicamente, segundo a minha ideia inicial, existem 7 kuchyoses demoníacas, em forma de animais místicos, que possuem o mesmo nome dos sete grandes demónios (Daimaou ou Nanadaimaou (nana = sete)) da nossa mitologia, algo que e sempre adorei. Belzebu é o nome de um deles, o que simboliza a gula
Devido a saída do RPG de um membro que estava a fazer isso comigo, abandonei a historia e desenvolvi outra, a que estão a ver...vampiros hunters e tals xd (e ainda bem)
Muito do que escrevi no passado quero fingir que nunca existiu, e recriar apenas esta minha ideia inicial muito mais para a frente.