Após uma boa noite de sono, Vitan havia recuperado do treino que lhe haviam deixado os braços bastante doridos, mas nada que uma hora com os braços em água gelada não tivesse resolvido. Eram 8:30 da manhã e estava na hora de um novo treino, Tsunade havia marcado um treino para as 9 Horas no campo de treino. Vitan levantou-se, tomou o pequeno almoço e saiu às ruas de Konoha, realmente Konoha era muito diferente de Kumo, as casas, as ruas, as pessoas, eram uma outra realidade.
Chegou ao campo de treinos faltavam 5 min para as 9 horas, mas Tsunade já se encontrava no campo.
- Bom-Dia. – Cumprimentou Vitan coçando os olhos.
- Bom-Dia, chegas-te cedo, vai fazendo flexões até eu ter tudo preparado. – Disse Tsunade, abalando em seguida.
- Mas… mas… - Não havia hipótese, colocou-se em posição de prancha, e durante 4 minutos, foi fazendo flexões, um total de 40 flexões. Foi então que Tsunade o chamou.
- Bem Vitan, hoje vamos treinar com isto. – Tsunade mostrou um balão cheio de água a Vitan. – Estás a ver este balão?
- Estou.
- Observa. – Primeiro nada se via, mas de repente o balão começou a abanar, e lentamente foi se deformando assumindo uma forma oval.
- Sabes o que está a acontecer? – Perguntou Tsunade.
- A água está a girar. – Disse Vitan, com convicção.
- Exacto, ao concentrares e mobilizares o chakra conseguirás mover a água no interior do balão, mas se a concentração for muito elevada *Pum*. – O balão rebentou na mão de Tsunade salpicando Vitan.
- Tinha mesmo de me molhar…
- Foi para perceberes bem a ideia. – Respondeu esta com um sorriso na cara. – Bem, basicamente terás de concentrar chakra na tua mão e move-lo em movimentos circulares, fazendo assim a água agitar-se no interior do balão, não é difícil mas terás de praticar para conseguires faze-lo em condições. Ai de ti, que quando eu voltar este cesto de balões esteja a meio se precisares de metade do cesto… acho que temos de te mandar de volta.
Vitan pegou no pequeno balão e colocou-o na palma da mão, por alguns segundos limitou-se a olhar para ela, começou lentamente a concentrar chakra na mão, a pouco e pouco, tentando manter sempre um fluxo constante, mas de súbito o balão rebentou ainda antes de este aplicar a rotação.
- Chakra a mais… - Vitan pegou noutro balão e sentou-se no chão, olhou alguns momentos para o balão em tom de desafio e começou de novo o processo. Concentrou o chakra na mão, tentando não rebentar o balão mas, mais uma vez este deformou-se e rebentou.
- Raios. – Nova ronda, pegou no balão e começou a concentrar o chakra na mão, não percebia o que estava a fazer de errado, e o balão acabava sempre por rebentar, desta vez não foi excepção e o balão voltou a rebentar.
- Isto é impossível, ela fê-lo com tanta facilidade… - Vitan voltou a tentar, uma, duas, três vezes, mas sempre de maneira infrutífera.
- Não consigo, já estou quase a meio do cesto, e ainda nem consegui aplicar a rotação, acaba sempre por rebentar… pelas minhas contas estão 24 balões no cesto, eu já rebentei 10… só faltam 2… acho que os vou deixar para quando ela chegar, pode ser que quando ela chegue e eu por algum milagre o consiga fazer. Deitou-se no poeirento chão, olhando para o céu, deixando os pensamentos flutuar pela sua imaginação, foi então que algo lhe ocorreu.
- O balão rebenta pois a concentração de chakra no seu interior é tal que provoca o seu rebentamento, ou seja, a água movimenta-se de tal forma que a borracha não consegue suster a pressão, ou seja, quanto maior a concentração de chakra, maior a agitação dentro do balão, logo maior energia, se as paredes do balão fossem mais resistentes, era possível concentrar uma grande quantidade de chakra no seu interior, acumulando uma grande quantidade de energia altamente concentrada, mas eu nem consigo concentrar chakra devidamente, quando mais conseguir criar tal situação. – Voltou á posição sentada, e tirou um balão do interior do cesto, após este iria ultrapassar a barreira da metade, o que iria por em risco a sua continuidade. – Vamos lá.
Começou lentamente a concentrar o chakra na mão, e mal o balão se deformou diminuiu-a, este ameaçou rebentar, mas a agitação diminuiu e o balão resistiu, lentamente tentou mobilizar o seu chakra na direcção do sentido dos ponteiros do relógio, este começou a tomar uma forma oval á medida que a velocidade aumentava. A certo ponto, a velocidade era tal que o balão não resistiu e acabou por ceder.
- Raios, este era o ultimo balão de recurso, não posso arriscar em utilizar mais nenhum… será que… - Vitan olhou fixamente para a mão, esta começou a ser envolta numa aura azul clara, pouco concentrada e dispersa, lentamente esta começou a rodar de forma desordeira, mas lentamente começou a assumir uma forma orientada, do centro da sua mão, elevava-se até em arco até cerca de 10 cm de altura, começando a formar uma esfera de interior oco ou com fraca densidade de chakra, pois este encontrava-se todo concentrado nos limites da esfera.
- O recipiente já eu consegui, e agora? – Lentamente colocou a outra mão por cima, e foi introduzindo chakra para o interior da bola, aos poucos ia-se acumulando no interior da esfera, dando a esta uma coloração de um azul mais escuro, mais concentrado. Vitan sentiu a sua mão a tremer, o chakra começava a forçar as paredes devido à concentração, como um balão com excesso de ar. Pequenas gotículas de suor surgiram na testa de Vitan, a sua mão tremia bastante pelo esforço que exercia para manter as paredes da esfera sólidas o suficiente para susterem o chakra no seu interior. Já havia algum chakra no interior da esfera, quando Vitan perdeu as forças, a bola de chakra brilhou e seguiu-se uma pequena explosão fruto da libertação do chakra acumulado no interior da esfera, Vitan foi empurrado para trás pela explosão, batendo com as costas no chão (Aparte: Ele estava sentado, logo a explosão não foi muito grande, apenas o suficiente para este se inclinar para trás).
- Wow, isto foi perigoso. – Disse Vitan, à medida que se levantava r coçava a cabeça. O braço direito ficara um pouco dorido devido ao esforço, mas nada que não passasse com alguns minutos de descanso. 5 minutos depois Tsunade voltou ao campo de treinos, começando de imediato a gritar com Vitan por este estar parado:
- Eu não me lembro de ter dito que podias descansar. – Disse Tsunade.
- Eu sei, mas também não disse que não podia. – Respondeu Vitan, levantando-se lentamente.
- Não te faças de engraçado! – Disse Tsunade dando um murro em Vitan indo este esbarrar com uma árvore.
- Ei, bater-me não vai servir de nada, dorido já eu estou, de andar a fazer esferas. – Respondeu Vitan.
- Esferas? Mas que andas-te a fazer? Eu mandei-te treinar com os balões, não jogar ao berlinde.
- Eu treinei sim, e bastante pode ver que o cesto está a meio.
- E então? Conseguiste? – Perguntou.
- Não… eu tentei, mas a verdade é que o balão rebentava sempre.
- És assim tão inútil? – Disse Tsunade em tom de desabafo. – Pelo que estou a ver à aqui 13 balões, ainda tens uma hipótese, sentes-te capaz? – Perguntou esta.
- Ok, vou tentar. – Este pegou no balão, e começou a concentrar o chakra na mão lentamente, esta começou a deformar-se, a água agitou-se e tudo corria como era suposto até… o balão rebentar. – Raios, mas porque é que não consigo, sem o balão pareceu tão fácil…
- Sem o balão? – Disse Tsunade surpresa.
- Sim, sem o balão…
- Mostra-me lá isso.
Vitan sentou-se no chão, e esticou ligeiramente o braço, a sua mão foi envolta numa aura azul, e começou a assumir a forma de uma superfície esférica, colocou a outra mão por cima, e começou a enche-la com chakra. A expressão na cara de Tsunade mostrava que aquilo não era algo que ela visse muitas vezes. De súbito a bola quebrou e o chakra foi libertado fazendo uma pequena explosão.
- Mas que foi isso? – Perguntou Tsunade com um ar perplexo.
- Nem eu sei bem, mas é algo engraçado. – Disse Vitan.
- Parece que sim.
- Bem posso fazer as malas? – Perguntou Vitan.
- Malas? Porque? – Dizia Tsunade à medida que enchia um balão com água e o atirava para o cesto.
- Obrigado. – Disse Vitan fazendo uma vénia.
- Não agradeças, a partir de hoje, vamos treinar o dobro, começando por hoje. – Disse Tsunade com um sorriso maléfico.
- Não gosto desse sorriso… - Disse Vitan.
- Isso é bom sinal. Ouvi dizer que o Hiagushi te ensinou o Hejin Ho certo? Um jutsu bastante útil, sem dúvida um dos melhores trabalho de Hiagushi, ele quando me contactou disse que um dos objectivos que iriam desenvolver no treino que iria realizar era para aumentar o raio de acção do ataque, e é isso que vamos fazer a seguir, agora, vamos almoçar.
::::Launch Time::::
- Bem, agora que estamos recuperados, vamos então ao que se segue. Qual foi o raio máximo que atingiste?
- Hum… acho que fora 1,37 metros. – Respondeu este.
- Nada mau, mas para atingires os 1,2 Km do Hiagushi falta-te muito.
- 1,2 Km? Como é possível?
- Ele concentrou todo o seu chakra nesse ataque, destruiu praticamente uma vila inteira, demoramos mais de 8 horas a tentar recuperá-lo.
- Como é que conheceu Hiagushi?
- Isso fica para outro dia, agora o que interessa é o treino, vamos embora, fazes o ataque e eu meço.
- Ok… Enjih Ho. – Vitan realizou os selos, concentrou o chakra na palma da mão, bateu com ela ano chão e um anel de chamas formou-se queimando tudo numa raio de 1,38 m.
- Melhoras-te 1 centímetro… tens de chegar ao metro e meio.
- Ainda faltam 12 cm… - Novamente realizou os selos, concentrou o chakra e uma torre de chamas elevou-se em todo o raio do anel.
- 1 metro e 42, está quase! – Disse Tsunade, entusiasmada. Durante alguns ataques Vitan evoluiu pouco mais que 6 Cm, faltando dois para a meta estipulada.
- Vá lá, é o último, é desta! – Incentivava Tsunade. Vitan realizou os selos, concentrou o chakra na palma da mão e num movimento forte e seco o ataque repetiu-se.
- Ahhh, 1 metro e 49,9 cm… acho que chega, arredondando. – Bem, acho que pode ir desc… parece que já te antecipas-te – Disse Tsunade ao ver Vitan a dormir deitado no chão.