Casa de Kajuimamoto Kiba e Kajuimamoto Shibisata
As janelas entreabertas, um feixe de luz iluminava os lençóis brancos já amarrotados da cama de uma mulher esbelta deitada que acordava do seu sono impávido e sereno. Um grande pássaro pousou na frecha da janela, este era bem robusto e as suas asas tinhas uma grande envergadura, tal como o seu tamanho. Nas suas costas, trazia uma pequena mala, com o símbolo do clã Saitobi bordado.
- Nani? – Shibisata levanta-se num movimento majestoso, deixando os lençóis ao fundo da cama. Faz uma pequena festa na cabeça de pêlo castanho do pássaro e, abrindo a pequena bolsa, retira um pequeníssimo pergaminho, que desenrola rapidamente.
“Shibisata-dono,
Vimos por este meio, muito gentilmente, pedir-te que vás com maior urgência para Konoha, para junto do teu clã. Como sabes, temos tratado do teu filho, Kiba e esse mesmo vai-se dirigir a Konoha nos próximos dias, também para treinar contigo e com o teu clã.
Sabemos que para ti é difícil voltar às tuas origens, especialmente depois da tua perda e do que se passou, mas queremos imenso que treines o teu filho junto dos teus pais e dos teus irmãos. Queremos que ele se torne poderoso, para defender todas as causas nobres do nosso clã e do Mundo Shinobi.
Cumprimentos,
Os anciães, Uran e Kaiousei.”
Shibisata ficou pálida, mesmo quase branca quando leu aquela carta, os seus olhos arregalaram-se e as suas mãos fecharam-se amarrotando e rasgando parcialmente o pergaminho.
- “Eles só podem estar a brincar… como é que possível? Eles de certeza que não se recordam bem do que se passou, do que eu passei e do que sofri.” – Shibisata bateu com o seu punho na parede, criando uma grande brecha nesta. Uma aura azul se conseguia denotar à sua volta. Toda a gente que conhecia a mulher jovem, sabia que aquilo era mau sinal, sinal de que esta estava bastante irritada e perturbada.
As portas do armário bateram na parede como se fossem kunais a cravar na carne, Shibisata tirava uma enorme mala de dentro do armário castanho e pouco velho. Uma mala que estava bastante bem conservada, mas que se notava já ter alguns anos de “vida”.
- “Vou lá, vou. E vou provar como o merecia e como sou forte o suficiente…! Depois destes anos todos, não esperava nada isto.” – Shibisata colocava kunais, shurikens e tudo quanto era armas shinobi para dentro da mala. Vestia também umas vestes mais favoráveis ao combate, mais confortáveis. Apertava a bolsa shinobi à cintura e colocava a sua espada às costas.
- “Eu vou provar que sou forte o suficiente para os tornar os shinobis mais fortes à face da Terra.” – Shibisata apertava o seu hitaiate na testa, coisa que já não fazia há uns bons anos.
Ruas de Suna
Shibisata andava a um paço apressado, as casas eram o porto seguro de todas as sombras que esta tentava apanhar, devido ao calor intenso daquela aldeia a qual ela estava habituada, mas não se conseguia escapar ao calor. As pessoas olhavam-na com um ar confuso e de intriga, não era costume ver aquela mulher vestida naquela maneira.
Poucos segundos depois, chegou até à mansão do Kazekage.
- Shi-shibisata-chan? – diz um dos ANBUS que estava à porta do salão de Arashi. Ele estava quase que apavorado. Aquilo fazia-o lembrar dos tempos em que fazia missões com a poderosa membro da ANBU de Suna, Shibisata.
- Deixa-me entrar, Kuja-san. – Shibisata estava com um tom frio na sua voz, um som de quem não estava virado para conversas.
O rapaz abriu a porta com a sua mão direita, e Shibisata demorou menos de um segundo a chegar perto da mesa do Kage, onde “espetou” com o pergaminho na mesa. – Lê e despacha-te a dar-me as permissões, Arashi. – Lê e despacha-te a dar-me permissão pra ir, Arashi.
- Tem calma Shibisata. Deixa lá ler..
- Lá por seres Kazekage, ainda continuas a ser aquele miudinho prodígio que entrou na ANBU demasiado cedo, meu parolo. – Shibisata sorriu, e Arashi retribuiu o sorriso, começando a ler de seguida o pergaminho.
Alguns segundos depois, a cara de Arashi era quase igual à de Shibisata quando leu aquela carta pela primeira vez.. quase nem queria acreditar no que estava a ler.
- Bem… nem sei o que te dizer, Shibisata. Tens a certeza que queres ir?
- Hai. E vou trazê-lo comigo… - no olhar de Shibisata conseguia-se ver a sua determinação. – Vá, assina lá os papeis pra eu ir.
Arashi assinou, e entregou o passaporte de Shibisata à mesma… esta despediu-se e deixou a sala.
Entretanto, na cidade do clã Saitobi
Kiba e a sua equipa já virava as costas para partir, quando Uran e Kaiousei apareceram de súbito à sua frente.
- “Porra,.. ainda me conseguem surpreender com a sua velocidade” – pensava Kiba, arregalando ligeiramente os olhos.
- Esperem. Quero que vocês fiquem aqui mais dois dias… - diz Uran, olhando para Kiba.
- Por mim.. tudo bem. – Saisei, sempre na boa disposição, não conseguia negar uma estadia naquela linda cidade. – O que acham?
- Por mim também… - disseram todos, Ati foi o ultimo, mas pouco podia fazer quanto a isso. O que ele queria era estar bastante tempo com a sua equipa.
- Quero que amanha lutes contra a Hankei, mais propriamente uma luta de Genjutsu. – Kaiousei lançou um olhar a Hankei, e esta acenou. – e depois de amanhã, que lutes contra o Ati, para se conhecerem, ok?
- Lutar contra o Kiba!? Yeaaaaaaaaaah! – Ati estava entusiasmado, o puto queria mesmo porrada.
- Hai, hai. – diziam Kiba e Hankei mutuamente.
- Então pronto, combinado. Ati, prepara-te.
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Espero ao menos ter deixado algumas duvidas quanto ao porque de terem convocado a Shibisata para Konoha, e de quem é que ela falava ^^