As aulas acabaram. Sakato olha para o tecto, pensando em algo para fazer. Como sempre, apenas duas coisas lhe vinham à cabeça: Estudar e treinar. Saindo da sala de aula, Sakato atravessa o grande pátio. O chão estava imaculadamente limpo e, 300 metros mais à frente, um grupo de alunos treinava. Sakato ignorou-os como ignorava toda a gente. O seu objectivo era ficar mais forte, tentando assim, pagar a divida que tinha com a organização. Enquanto atravessava o enorme pátio, Sakato reflectia nos acontecimentos recentes: O inicio da época de treino, o direito adquirido de fazer missões e, acima de tudo, a sua transferência para a escola de Kumo.
A mente de Sakato recaiu principalmente neste ultimo, pesando as consequências e as responsabilidades que tal transferência acarretavam. A instrução básica que recebia na sua antiga base era algo de que Sakato sentia falta, mas, as novas matérias interessavam-lhe muito mais. Tais matérias iam desde assassinatos a infiltração e desde Kenjutsu a Genjutsu.
O tempo em Kumo é que não lhe agradava. O vento e as tempestades constantes interrompiam constantemente o seu raciocínio e o seu treino, e, para alem disso, fazia um frio de rachar.
Sakato chega finalmente ao outro lado do pátio, e depressa se dirigiu aos seus aposentos.
O seu quarto era dividido com outros 2 estudantes que, quando Sakato chegou, deparou-se com ambos a falarem em cima das suas camas.
Ambos viraram-se e, ao verem que era Sakato que havia chegado, saíram da divisão. Sakato tinha a fama de ser aborrecido. Dedicando todo o seu tempo à organização, achava que ter amigos era fútil e inútil.
Depois de se sentar na sua cama, Sakato retira um livro da sua cabeceira. Tinha uma encadernação negra, sem nenhuma escrita. Isto fazia o livro inidentificável, não o ligando à organização. Abrindo o livro no 3º capítulo, Sakato começa a ler.
O capítulo falava de infiltração, dando vários conselhos úteis em abordagens a seguir, sendo a preferida de Sakato o tradicional disfarce. Para alem dessa, também se podia ser intencionalmente capturado, fazer amizade com o alvo ou simplesmente entrar à socapa.
Uns minutos depois, ouvem-se tambores. Sakato apressasse a sair do quarto. No enorme pátio estavam alinhados todos os estudantes da base, perfazendo no total 14. Á frente destes estava uma mulher que Shi desconhecia, mas, que usava uma enorme espada. Sakato apressasse a juntar-se à formação e, com cuidado compõe o seu casaco de cabedal e as suas calças. A mulher passa à frente de cada aluno e, para à frente de Sakato, olhando para este.
O olhar da mulher não transparecia emoção, mas, durante um segundo, Sakato viu nos olhos da mulher um lapso de curiosidade. Depois do que parecia uma eternidade, a mulher seguiu em frente, passando vistoria aos outros estudantes, parando depois à frente deles.
-Á vontade – gritou ela descontraindo-se toda a gente – Amanha cada um de vocês receberá a vossa primeira missão. Nada difícil, apenas algo para vos iniciar.
Com estas palavras, a mulher abandonou os alunos, deixando-os ir à sua vida…
De volta ao seu quarto, Sakato encontra um dossier em cima da sua cama. Como seria de esperar, as missões haviam sido distribuídas durante a inspecção.
Depois de passar uma vista de olhos por este, Sakato sai do quarto, tendo em vista dar uma volta pelas montanhas.
Voltando para o átrio, de onde havia acabado de voltar, dirige-se para a parte sul, onde uma grande porta ornamentada com folhas esculpidas na madeira era guardada por dois ninjas.
Depois de uma breve conversa, cujo principal objectivo era inquirir o motivo da saída de Sakato, estes abrem o portão e, Sakato sai, directamente para a floresta cerrada. Esta era uma medida adoptada pela base para a manter mais… discreta. Sakato não achava isso necessário, visto esta estar no meio de uma das cordilheiras mais altas, e, com as temperaturas e as tempestades que ai se verificavam, poucos se aventuravam nesta zona.
Sakato caminhava por entre os bosques e, o bambu arranhava-lhe a cara, apesar disso, valia a pena pois a solidão sentida nos bosques ajudava-o a concentrar-se e , a pensar na sua vida. Depois de uns bons metros caminhados encosta a baixo, Sakato depara-se com uma pequena lagoa, rodeada de grandes pedras. Sentando-se numa destas, começa a reflectir, enquanto atira pequenas pedrinhas ao lago.
A organização era a sua casa… apesar disso, Sakato não concordava com os ideais desta. Para ele todas as vidas eram importantes, isso não queria dizer que nunca tivesse tirado uma vida… tinha obrigações a cumprir e, afinal, não era a sua opinião que contava, mas sim a dos mestres…Depois de pensar nisto, começou simplesmente a olhar para a lagoa. A beleza desta espantava-o. Por entre as arvores passava um fio de sol, que, reflectia suavemente no lago. Á superfície deste flutuavam pequenas folhas, onde, insectos igualmente pequenos pousavam. Sakato olhava fixamente para uma pequena folha, e, tão depressa quanto veio, o sol foi-se. Com esta deixa, Sakato saiu e, voltou à base preparando-se para no dia seguinte treinar…