[Kyuushu Naimen] F12 - Pesadelos Gelados
- Spoiler:
- Bem...Sobrou-nos o cospe lava. – Riu-se Sueji novamente num tom cínico fazendo um gesto no pescoço com o polegar. Os quatro começaram a fazer uma espécie de dança (Ver o próximo filler)
- Kadmos...Kazumi, a partir de agora eu e o Sueji tratamos deste, vocês partiram e nós já vos apanhamos, combinado? – Disse o Chunnin num tom imperativo
- Hai. – Os dois começaram a abandonar a sala.
(...)
Já Kazumi e Kadmos partiam pela porta enquanto o tigre corria para alcançar o seu mestre, os dois restantes fitaram o controlador de Youton(...)
Porta passada, os dois rapazes e seu companheiro smilodon entravam num largo corredor. Por sua vez este caminho abria-se em vários outros corredores, mais pequenos e mais estreitos.
Kadmos - E agora? Que fazemos?
Kazumi - Só cá entrámos para encontrar o teu amigo... O melhor é despacharmo-nos, encontramo-lo e regressamos pelo mesmo caminho.
Kadmos - E qual dos caminhos nos leva ao Koushirou? Tens alguma ideia disso? É que eu não. - Tinha os braços cruzados e olhava de maneira sarcástica para o seu colega.
Kazumi - Não precisas ficar assim...
Ouvem pequenos barulhos de passos, alguém se aproximava por um dos vários corredores. Kadmos apenas agarra na manga de Kazumi e arrasta-o para um dos caminhos daquele labirinto, no escuro das sombras ficavam escondidos... Pouco tempo depois apareciam duas das criaturas que os rapazes tinham visto antes, apenas lhes conseguiam ver as costas, mas já dessa perspectiva pareciam aterradoras.
Noutra sala...
O homem continuava sentado no seu trono de pedra branca. Mantinha os olhos fechados, concentrado-se num outro assunto. Aparecia outra vez o mesmo rapaz que uma hora antes se apresentara ao seu líder. O mesmo procedimento repetia-se, as grotescas portas eram abertas e o rapaz voltava a passar por elas. Desta vez o seu andar não mostrava a mesma confiança que anteriormente. Relutante, fez uma vênia ao seu concentrado chefe e pôs um dos joelhos no chão.
Shinobi - Shishou-sama... - O homem manteve-se na mesma posição durante alguns segundos, abrindo depois os seus olhos castanhos. - Shishou, foi confirmada a derrota de pelo menos cinco dos shinobis dos dois esquadrões enviados para combaterem a equipa de invasores. - Um pequeno movimento da sobrancelha esquerda mostrou o leve espanto que o homem tinha sobre a notícia. - Quais as suas ordens?
Shishou - Pelos vistos sempre valeu a pena tratar do projecto do Vikusen. Que informações temos sobre eles? - O rapaz abriu o seu manto e de lá dentro retirou alguns papéis que de seguida foram passados ao homem sentado. Este demorou o seu tempo a lê-los com atenção, sorriu a ver um dos papéis e depois pô-los de lado. - Quem ainda temos a lutar contra eles?
Shinobi - Kuryogara, Capitão do Esquadrão 6, foi também alvo de experiências ainda no nível inicial.
Shishou - Que tipo de experiências?
Shinobi - Infusão da fusão elementar Youton. Foi uma das experiências com mais sucesso nesse ramo, não ficando com nenhum efeito secundário e conseguindo controlar a fusão elementar até 64% de eficiência!
Shishou - Hm... Pelo que vi a maior parte deles usa Suiton, por isso manda um dos melhores que tenha sido alvo de experiências com Hyouton. Aproveitamos e testamos o tipo.
Shinobi - Hai, Shishou-sama... Contudo... - Hesitou na sua frase.
Shishou - O que falta dizeres?
Shinobi - Após vencerem o outro Capitão de Esquadrão, a equipa dividiu-se. Temos agora dois deles nos corredores do sector 6.
Shishou - Sector 6? - Uma pequena gaveta aparecia do lado esquerdo do cadeirão e de lá o homem tirou um conjunto de mapas. Folheou-os até encontrar o que desejava e sorriu. - Eis o que vais fazer...
De volta aos corredores...
Os dois gennins tentavam avançar em frente pelo corredor mais largo. Tinham decidido que se não sabiam por onde começar, ir para a frente era a melhor escolha. De vez em quando escondiam-se num dos caminhos perpendiculares que surgiam e outro par de criaturas aberrantes passava por eles. Tinham já passado assim cerca de dez minutos e apenas tinham avançado algumas dezenas de metros! Voltavam a ouvir um som já familiar... Novo par de vigilantes aparecia e faziam o mesmo caminho que os restantes que ja ali tinham passado.
Kadmos -
De onde vem tanta aberração? Alguma fábrica num dos pisos inferiores ou é isto que andam a tentar criar com estas experiências? - Recuou mais um pouco para a sombra, do outro lado Kazumi segurava Lupus ao colo com a mão à frente do focinho do felino.
Um novo som invadiu os ouvidos dos gennins, algo mecânico se movimentava a uma velocidade considerável e vinha ter com eles. Quando o zumbido de electricidade se tornou mais forte os dois vigilantes viraram-se e ficaram de frente para quem chegava. Uma voz humana, aguda como a de uma mulher era ouvida. Uns grunhidos eram emitidos das criaturas e num piscar de olhos desapareciam numa nuvem de fumo!
Kazumi -
Kuchiyoses? - Pensou. Procurou pelo seu colega, o som da prancha que trouxera a rapariga começava a distanciar-se e Lupus não parecia estar tão agitado. Fez sinal a Kadmos para sair do seu esconderijo e assim ele fez.
Kadmos - Que aconteceu?
Kazumi - Parece que a tal rapariga mandou-os regressar. Eram Kuchiyoses?
Kadmos - Foi o que me pareceu!
Um traço era feito num scroll e o mesmo alguém que o desenhou concentrou algum chakra.
As paredes perto dos gennins começavam a tremer, o chão seguia-lhes o movimento e os dois rapazes começavam a perder o equilíbrio. Uma nova parede emergia do tecto e unia-se à metade que surgia a partir do chão. Um dos corredores laterais era fechado e o som do fecho de outros ecoava pelo edifício. Confusos começaram a correr por um caminho que não estivesse na iminência de fechar.
Sem darem importância ao caminho que escolhiam, acabaram por ir dar ao final de um dos corredores perpendiculares. Abriram cuidadosamente a porta de madeira que terminava o percurso e espreitaram pela frincha aberta. Lupus, já no chão chegava-se à porta e cheirava o ar que de lá provinha. Hesitou um pouco, mas depois logo deu sinal verde a Kazumi para avançarem. Do outro lado, uma espécie de sala de repouso se mostrava. Toda a sala era ocupada por várias camas, todas com painéis com relatórios clínicos nos pés da estrutura onde crianças presas e amordaçadas descansavam. O duo avançou cautelosamente, naquela sala havia cerca de doze miúdos, raparigas e rapazes, todos na sua cama com um tudo como ligação entre eles e o que pareciam ser pacotes de algum medicamento. Kadmos aproximou-se de uma cama e tentou ler o que estava no painel clínico. No final não entendeu nada, chamou Kazumi que também pouco entendia da linguagem médica. Quando este se levantou, algo lhe chamou a atenção. Um rosto familiar surgia numa das filas traseiras da sala, num andar rápido depressa se pôs ao lado do miúdo.
Kazumi - Chouko... - O miúdo de dez anos dormia à frente de Kazumi. A sua cara pálida tremia às vezes, sinais de algum pesadelo ou memória que lhe surgia no inconsciente tão depressa como desaparecia em seguida. Procurou pelo relatório médico respectivo ao rapaz que encontrara nos exames chunnin e quando o ia a alcançar este desaparecia da sua frente! - O que...
Buriza - Hum... Deixa cá ver... - Um homem de manto negro apresentava-se apoiado no início de uma das camas mais ao fundo. Por baixo do manto solto conseguia-se ver uma camisola grossa azul e umas calças escuras. - Experiência elemental #583B: Tentativa da implementação de Hyouton. - Continuava a ler fazendo uns sons de quem entendia o que estava escrito. - Este teu amigo é promissor! Taxa de sucesso: 84%!
Kadmos - Quem é esse? - Aparecia ao lado de Kazumi. O seu amigo continuava a olhar atentamente para o homem que lhe roubara o placar.
Buriza - Buriza-dono, Esquadrão Especial, experiência Hyouton. - Respondia com contentamento. - Tenho ordens para levar os dois pequenos comigo, há alguém que vos quer falar.
Kazumi - Quem é essa pessoa?
Kadmos - Sabes onde está o Koushirou? - Interrompeu Kadmos.
Buriza - Não e... Não! Mas como já disse é para irem comigo, por isso portem-se bem e fiquem aí se faz favor. - Com um movimento de mão, água formava anéis à volta dos gennins e enquanto os tentava prender, congelava lentamente...
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Sennin... trabalha se faz favor