O dia estava coberto de branco, o que era raro em Tsuba. O treino ia ser na floresta um bocado mais abaixo da vila, onde não nevava. Desta vez Aruko foi o primeiro a chegar ao local de treino. Hoje era o terceiro treino dos sete que iam haver. Aruko desesperava, até agora ainda não tinha aprendido nenhum jutsu. Talvez fosse hoje. Esperou algum tempo até que todos tivessem chegado. Mais uma vez Kugetsu ia treinar com Rika e enquanto isso Hatori ia ajudar Aruko.
"O primeiro é um jutsu Suiton.", disse Hatori. "Com este jutsu crias um chicote de água que prende o teu adversário e pode quebrar-lhe alguns ossos se for bem aplicado."
"Gosto da ideia.", comentou. "E o outro?"
"O outro é um jutsu curativo, com a ajuda do chakra pode aguentar feridas por uma hora, fechas a ferida, retira a dor e pára o sangue."
"Vai ser muito útil para aplicar e para treinar o controlo de chakra."
"Sim, vamos lá começar a treinar o primeiro.", interrompeu Hatori. "Primeiro executa este grupo de selos."
Selos terminados, e Aruko começou a tentar fazê-los devagar. A passagem do primeiro para o segundo era um pouco difícil e Aruko perdeu ali algum tempo até conseguir fazer com a mesma velocidade que Hatori tinha feito na exemplificação. Mesmo assim continuou a praticar, ainda se enganava naquela transacção de selos. A dado ponto estava a fazer tudo bem sem erros.
"Estás preparado, agora já sabes concentra o chakra, faz os selos e profere o nome do jutsu, Mizu no Muchi."
"Hai sensei."
Aruko afastou ligeiramente as pernas para ganhar mais equilibrio, concentrou algum do seu chakra e depois fez os selos que anteriormente estudara muito rapidamente. Quando acabou gritou «Mizu no Muchi». Assim que acabou de proferir estas palavras um pequeno chicote de água saiu e caminhou pelo ar poucos metros até se desfazer e cair pelo chão. Tentou mais algumas vezes mas o chicote teimava em não prender a árvore. Desta vez tinhe de conseguir, se não ficaria sem chakra e depois não poderia aprender o outro jutsu. Fechou os olhos e abstraíu-se de tudo o que o rodeava. Concentrou uma parte do seu chakra e fez os selos com rapidez. Assim que acabou a sequência gritou o nome da tecnica. Desta vez o chicote parecia mais consistente, caminhou pelo ar até prender uma pequena àrvore. Ouviu-se uma pancada seca, o chicote tinha tentado esmagar a àrvore mas esta apenas sofreu uma ligeira pancada.
“Boa Aruko, vamos para o próximo?”
“'Bora!”
“Tens de concentrar o chakra nas palmas da tua mão e tentar abstraí-lo para passar para o corpo da outra pessoa e provocar um efeito curativo.”
“Hum, estou a perceber, parece complicado.”
“Quando começares a ver um chakra meio verde em volta das tuas mãos é porque estás a fazer a tecnica como deve de ser.”
“Hai, vamos lá tentar.”
Aruko arregassou as mangas da camisola até ao cotovelo e estendeu as mãos que se união. Começou a concentrar o chakra nas mãos. Infelizmente não conseguia ver o chakra verde. Faltava-lhe algo, tinha de o extrair para fora do corpo, mas como poderia ser isso possivel. Continuou a concentrar o chakra nas palmas da mão. Em vez de usar a tecnica para um simples Kinobiri começou a usar a técnica de concentração de chakra para o Mizu no Kinobiri, ou seja, manter o chakra a circular, mas nada.
“Não estou a conseguir, o que tenho de fazer sensei?”
“Em vez de o manteres a circular pela palma da mão tenta criar um ponto por onde ele sai e nesse ponto vai para todo o chakra que acabará por sair.”
“Woow, isso é dificil.”
“Mas muito útil, pensa nisso.”
Aruko continuou a tentar extrair o chakra que concentrava constantemente na mão. Passaram-se várias horas até que Aruko começou a sentir algo diferente no chakra. Concentrou uma porção maior e conseguiu ver o chakra verde que parecia levitar seguindo as suas mãos. Manteve mais algum tempo mas depois cansou-se e caiu para o lado. Enquanto dormia de cansaço Hatori pegou-o ao colo e deu por encerrada a secção da manhã.
“Vamos almoçar?”
“Yahh, estou com uma fomeca, sensei.”, disse Kugetsu.
“Ele acorda pelo caminho?”
“Sim, está só um pouco cansado.”

::::::2H DEPOIS ALMOÇO:::::

“O que vamos fazer agora de tarde Hatori-sensei.”
“Estava a pensar num treino a quatro, só usando armas e jutsus como shunshins, bunshins e kawarimis.”
“Humm, tipo o jogo da apanhada?”, perguntou Aruko.
“Sim, mas com kunais e outro género de armas, mas somo todos contra todos.”
Hatori fez um shunshin muito rápido e os três nunca mais o viram, Kugetsu e Rika desapareceram também deixando apenas Aruko no meio. Este usou um shunshin e rapidamente escondeu-se atrás de uma árvore. Parou para pensar num plano. Uma ideia surgiu-lhe rapidamente na cabeça, ia subir aquela Àrvore até ao ponto mais alto para observar os seus adversário. Concentrou o chakra nos pés e usando o Kinobiri começou a trepar. Rapidamente chegou a um ponto alto. Num tronco mais abaixo viu Kugetsu a olhar por entre outro tronco. Tirou uma kunai do bolso e atirou-a para Kugetsu. Acertou-lhe no antebraço que desaparecia em fumo. Era um bunshin. Kugetsu estaria noutro ponto e agora ia atrás de Aruko, este tinha revelado a sua posição. Aruko com um shunshin rapidissimo moveu-se para outro ponto. Mais a baixo viu novamente Kugetsu, deveria ser outro bunshin.
“Deves ser um clone mas quero experimentar a minha nova arma.”, tirou um scroll do bolso e dele saiu uma Cani Mace, ou Massa Crustáceo.
Pego-a pelo cabo e saltou com ela erguida, ia defazer o bunshin e ver pela primeira vez qual a desvastação que ela causava. Enquanto estava no ar atirou-a com a máxima força e largou-a, estava caminhou a uma velocidade incrivel e acertou no tronco onde estava o bunshin. Depois de algum fumo Aruko reparou nos estragos, o tronco grosso onde o bunshin estava já não se encontrava preso à árvore, estava no chão partido a meio. Aruko saltou para onde estava a sua moca e voltou a colocá-la no scroll. Quando ia para subir outra árvore levou com uma shuriken no ombrou, este gritou com enorme dor e os outros três foram ter com ele.
“O que se passa Aruko?”, disse Rika preocupada.
“Quem foi o cabr@%$ que me acertou com uma shuriken?”
“Eu não fui Aruko.”, disse Hatori.
“E nós também não.”, disse Kugetsu.
“Não foi nenhum de vós?”
“Parece que não, muito estranho.”, disse Hatori.
Aruko baixou o tom de voz e disse:
“Acha que está mais alguém na floresta Hatori-sensei?”, sussorrou Aruko.
“Provavelmente, desculpem pessoal mas treino terminado.”
“Hai, vou usar aquela técnica enquanto vou para casa sensei.”
“Olha boa ideia. Fiquem bem.”
Aruko caminhava para casa com o seu chakra concentrado na palma da mão que fazia persão no ombro esquerdo. O chakra verde conseguia notar-se perfeitamente.