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Naruto RPG
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E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
As suas memórias pareciam em insistir em algo que não se lembrava de ter vivido. Abrir a janela, saltar desta e ouvir violinos. Tudo isso estava demasiado nublado na sua mente de tal modo que já nem sequer tinha a certeza de ter feito tais actos. Depois do acontecimento da noite anterior, agora começava a acreditar que talvez, só talvez, havia a possibilidade de não se lembrar de nada por lhe terem feito alguma coisa. – Aqui dizem que é melhor não sabermos a verdade e estar na ignorância. – Michael virou-se rapidamente para trás assim que ouviu a voz familiar falar. A rapariga loira inclinou a cabeça ligeiramente para o lado esquerdo. – O que achas tu? Michael ficou por momentos parado. Da última vez que tinha falado com ela, a rapariga tinha-o insultado. Não sabia como falar com ela. Vendo que o rapaz ruivo não respondia, Satoko suspirou. – Bateram-te assim com tanta força na outra noite? O shinobi de Kumo ergueu uma sobrancelha. – Ãh? Do que estás a falar?! A rapariga olhou por cima do seu ombro e logo encolheu os seus ombros de uma forma frágil e respondeu: – Enfim, parece que as borboletas estão a descansar outra vez. Michael ia confrontar novamente a rapariga mas viu passar um dos médicos por detrás dela. – Satoko, não deverias estar na terapia de grupo? Com um movimento fluido, a menina loira virou-se para o homem que lhe falava. – Ontem portei-me bem, por isso hoje fui dispensada. – Depois a rapariga lançou um sorriso descontraído, porém doido. O homem de bata branca semicerrou os olhos. Mudou o peso do seu corpo para a outra perna e hesitou. Olhou para Michael uma última vez antes de prosseguir. Satoko virou-se para o jovem de Kumo. – Tenho algo a dizer-te. Dizendo isto, a rapariga loira abriu a janela que se encontrara atrás de Michael e, pegando na mão deste, incentivou-o a saltar para o jardim.
Abriu a janela com cuidado para não fazer barulho. Olhou para o chão e cedo saltou, aterrando no relvado. A música ouvia-se agora com mais intensidade.
Michael colocou a mão na cabeça, tentando inutilmente que a súbita dor de cabeça parasse. Acabara que ter a impressão de que esta não tinha sida a primeira vez que saltara por esta janela. A rapariga olhou para ele, questionando-se sobre o motivo de ter parado. Impaciente, pegou-lhe novamente no braço e conduziu-o para a extremidade oposta do jardim. Estavam agora num recanto que Michael concluíra ser minimamente resguardado, talvez apenas o suficiente para poderem falar sem serem ouvidos. – Então, o que querias dizer-me? A rapariga parou de andar. Mesmo estando de costas, Michael conseguia perceber que ela estava a ponderar, possivelmente nas palavras que iria proferir. – As pessoas que estão doentes deveriam ir para um hospital, certo? Michael não percebeu se a sanidade mental da rapariga já se tinha perdido novamente. Estaria a divagar ou aquela pergunta teria um fim concreto? Sem ainda saber a resposta à sua própria questão, acenou afirmativamente para responder à rapariga. Após a resposta do jovem ruivo, Satoko deixou escapar um sorriso amargo. – Também em tempo fui ingénua ao ponto de pensar o mesmo. – Michael ponderou se iria ficar confuso ou insultado com tal afirmação. – Neste… hospital… não entrou nenhum doente. Satoko fez uma longa pausa. Na verdade, tinha entrado um. Mas não ia referir Shuichi quando centenas dos “pacientes” que tinham passado por aqui foram outrora como ela. – Ratos de laboratório, cobaias, fantoches, experiências… Ao longo dos tempos já fomos tudo isso e no entanto ninguém conseguia ver. À medida que ia falando, Michael denotou que a voz da rapariga parecia cada vez mais assemelhar-se ao de uma mulher. Engolindo um pouco de saliva para não ter a garganta seca, Michael juntou as peças que se iam formando. – Então o que fazem convosco… fazem experiências em vocês? – Experiências… – Satoko ponderou sobre a palavra. – Ele tenta recriar a sua própria existência em nós. Nakayama ou Fujiwara. Depende do estado em que esteja. Tal como nós todos. Dois nomes, duas personalidades, um corpo. “Nascera assim. Duas mentes, duas almas. De alguma forma, nascera diferente e assim continuara até se ter tornado um ninja médico. Aí percebeu o que poderia estar na base dessa sua dissonância existencial. Fugiu de Kiri quando foi apanhado a fazer uma experiência num elemento que pertencia à sua mesma equipa. Sem deixar conhecimento a ninguém veio para o País do Trovão e aqui ergueu uma casa que vista de fora acolheria pessoas que seriam mentalmente diferentes. Porém, vista de dentro, apenas servira para tornar as pessoas iguais a ele. No início as cobaias eram de facto doentes… mas a ganância levou-o a outro nível." Michael tentava absorver todas as palavras que ia ouvindo. Experiências… duas personalidades. – Mas qual é a finalidade de tudo isso?! – Perguntou já irritado. A rapariga retraiu-se um pouco. Encolheu os ombros em sinal de ignorância. – A única coisa que sei é que até agora nenhuma das suas experiências sucedeu em ganhar controlo sobre ambas as personalidades. – De seguida a rapariga loira exibiu um sorriso maldoso, ao mesmo tempo que murmurava. – Pelo menos que ele tivesse conhecimento. O jovem de Kumo semicerrou os olhos. Ela era a única, pensou. Então tudo isto não passava de um teatro para esconder o facto de Nakayama estar a fazer experiências a seu bel-prazer para uma finalidade que ainda não sabia qual. Tentou lembrar-se de algumas lições sobre a arte médica que a sua mãe lhe provera. Não se recordava de nada que pudesse criar duas personalidades num só corpo. – Porque me contas isto tudo? Satoko respirou fundo. Virou-se para a parede que se encontrava directamente atrás dela, talvez imaginando o que haveria do lado de fora. Pelo menos ele não estava a insultá-la de maluca ou a ignorá-la como fizeram os outros a quem pedira ajuda. Mesmo contra os seus colegas de equipa. Olhou novamente para os olhos verdes do rapaz. Não sabia a razão de tal mas neste momento não iria fazer cena perante isso, iria aproveitar enquanto estava disposto a ouvi-la. – Nunca antes Nakayama foi apanhado porque era um mestre da ilusão. Tudo o que pensas ver à frente dos teus olhos não passa de uma ilusão. Aqui, nós não somos felizes como aparentamos. Até isto! – Com um gesto apontou para o jardim à sua volta. – Até isto é uma mera ilusão para esconder o que jaz aqui verdadeiramente. Michael estava a tentar acompanhar o que Satoko ia dizendo, mas fracamente não estava a perceber onde ela queria chegar. Os olhos vetustos e vermelhos da rapariga cravaram os seus. O sorriso que os seus lábios revelaram era diferente do que lhe mostrara momentos atrás, estava perversamente gélido. – O que faríeis perante uma ilusão? E depois, ali estava novamente uma rapariguinha e Michael disse para si mesmo, insistindo Perante uma ilusão?, questionou-se, Um genjutsu? Foi nesse momento que por fim Michael percebeu o que a rapariga queria mais não podia dizer. Hesitante realizou todos os passos que faria se estivesse verdadeiramente perante um genjutsu. Depois, abriu os olhos… e foi então que se deparou com a realidade.
Sezarus
Membro | Kumo
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Registo Ninja Nome: Issai Yuunou Ryo (dinheiro): 500 Total de Habilitações: 24