Feira! Mais um inimigo?!
Dia 7 – Portões de Kumogakure no SatoChegara o dia da partida, Juo tinha uma mala às costas, a katana e a hitaite colocara-a amarrada ao pescoço, que era invulgar para o jovem de a usar, usou-a para em caso de encontro com Yarukio. Ele olhava para o relógio consecutivamente, olhando depois para os lados, estavam todos atrasados enquanto o sol nascia do horizonte, sentou-se para observar a beleza da paisagem. Esperou duas horas ao pé do portão ficara iluminado, “pessoas irresponsáveis” pensava ele “Já não há pessoas pontuais no mundo”, foi então que viu uma pessoa a vir a correr do horizonte, despertando-lhe a atenção. Sowo era essa pessoa com uma mala enorme às costas.
-Desculpem o atraso – Dizia ela com os olhos fechados, abaixando o tronco como cortesia.
-É “desculpa” o atraso, só eu é que estou cá…
-Então não tenho de pedir desculpas a ninguém. – Sowo recuperava o fôlego.
-Que belas maneiras – Murmurou Juo mostrando sarcasmo
-Os outros? – Perguntou ela.
-Ainda não chegaram… - Suspirou Juo
O tempo passou, o sol mudava de posicionamento, via-se um homem a vir do horizonte, era jovem, por isso não há duvidas que se tratava de Murai, irresponsável como sempre, Juo adormecera encostado a uma parede.
-Estou aqui! – Gritou Murai, acordando Juo que já estava a babar-se com o sonho que estava a ter.
-Bom dia Murai-san!
-Finalmente – Bocejou Juo – Porque é que tu demoraste tanto?
-Não tem nada a ver com isso! – Disse Murai resmungão, olhando para os dois gennins e lembrando-se – O Orizuma ainda não chegou?
-Não – responderam os dois jovens sentados em uníssono. Murai também juntou-se ao grupo encostando-se à parede começando uma conversa com Sowo, enquanto Juo já não conseguia dormir mais esperando meia hora, retirou o livro e começou a ler.
Passaram-se horas, finalmente via-se uma sombra ao fundo, Juo rapidamente olhou para o relógio, marcava as 18:00 em ponto, não havia duvidas que era Orizuma. Este que chegou-se ao pé dos jovens.
-Mesmo a tempo. – Riu-se sem vergonha.
-Como assim mesmo a tempo, estou aqui á doze horas! – Reclamou Juo, em relação à pontualidade do seu novo sensei.
-A que horas é que eu disse para vocês estarem aqui? – Perguntou Orizuma
-Não disse… - apontou Sowo para o pormenor – Disse apenas para nós estarmos aqui, neste dia ao portão, não disse uma hora e depois saiu a correr.
-Eu tenho a certeza que disse uma hora… Espera… - Orizuma levou uma mão ao queixo, estalando os dedos como se acabasse de deduzir algo, em que os três jovens esperavam para ouvir – Isso não interessa, vamos!
Orizuma ergueu o seu punho para o horizonte que se encontrava para fora do portão, enquanto os três estavam decepcionados com a pontualidade de Orizuma. Mas acabaram por segui-lo pelos portões de Kumogakure, andavam pela floresta em fila indiana, Murai que se encontra no meio dos dois jovens cantava alegremente, seguindo atrás de Orizuma, estava a ficar tarde, afinal partiram às seis horas da tarde.
-Temos que acampar. – Avisou Orizuma.
-Nem pensar! – Respondeu de imediato Sowo indignada mostrou um medo - se acamparmos aqui podemos estar ao alcance de todos os Nukenin!
-Não há motivo de preocupação, eu estou convosco! – Disse Orizuma rindo-se alto.
Orizuma tirou um saco mandando-o para o chão, apontando para Juo e Murai.
-Vocês os dois montam a tenda.
-Nós? – Perguntou Murai, olhando para Juo, trocaram olhares com uma mensagem codificada e começaram a andar pela floresta, Sowo acabou por segui-los.
-Onde é que vocês vão? – Perguntou Orizuma enquanto olhava para as costas dos três.
-Procurar um sitio para ficar…
-Não vão encontrar nada por aqui, vocês estão no meio de nenhures!
-Ao menos vamos tentar!
Então os três jovens foram para norte, enquanto Juo que tirara a sua lanterna dentro de uma mala para iluminar Sowo, esta que tinha um livro de mapas das várias zonas de Kumogakure, andaram vários metros, mas só andaram às voltas, Murai decidiu subir um monte que havia perto para ver se encontrava algum sinal de luz, estava completamente escuro, ele olhava e olhava e finalmente encontrou algo, várias luzes diferente cores ao fundo, assemelhava-se a uma feira.
-Então? – Gritou Juo
-Há algo lá ao fundo, parece-se com uma feira! – Respondeu este enquanto descia do monte.
-Feira?
-Bem é melhor do que passar a noite com aquele tipo… - Disse Murai ao chegar-se ao pé de Juo referindo-se a Orizuma.
-Vamos! – Ordenou Sowo.
Murai foi o primeiro a ir para indicar o caminha aos seus colegas, eles seguiram-no, sempre atentos, sem baixarem a guarda, pois a noite acabara de começar e os perigos estavam a apenas a observar por enquanto. Juo sentiu um calafrio a percorrer-lhe as costas, virou-se para trás, sentia que estava a ser observado pelas árvores que lhe rodeavam. Pararam à frente da feira, coberta com várias luzes, via-se pela entrada as pessoas a divertirem-se, os saltimbancos sempre com um sorriso na cara ao servir o cliente ao fundo conseguia-se ver uma grande tenda, em que dizia circo “Grodio!”, e na entrada da feira estava uma placa que dizia apenas “Tente a sua sorte na…” o resto estava riscado, mas para além disso. Os 3 estavam surpreendidos por encontrar tal feira no meio do nada.
-Venha ao circo Grodio! Onde você poderá rir-se dos nossos palhaços, ser domado pelos nossos domadores e ser iludido pela magia dos nossos mágicos, tudo e mais, grátis apenas hoje! – Dizia um homem com uma voz muito rouca com um megafone na mão, com um amplificador às costas, usava um típico chapéu de feltro castanho, com um fato castanho. Estava em cima de uma coluna um bocado mais elevada que o tecto das bancadas. A sua pele era branca com uma barba malfeita, e umas patilhas que chegavam a meio das bochechas.
-Ser domado pelos nossos domadores?! – Assustou-se Murai
-Acho que ele não quis dizer isso que tu estás a pensar … - Virou-se Juo para Murai
-Oi Juo! – Sowo virou-se para Juo, com um certo brilho nos olhos – Tens dinheiro?
-Heh?!
-Eu já tenho a carteira dele! – Murai tirara a carteira suavemente sem ser apanhado, enquanto Juo estava a dormir, quando esperaram no portão de Kumogakure.
-Oi! Dá-me isso! – Ordenou Juo já a ficar com raiva dos seus colegas, uma pequena veia apareceu na sua testa. Murai atirou a carteira de Juo para Sowo, está que apanhou-a e desapareceu, deixando fumo no seu lugar, Murai seguiu-a. Juo ficou sozinho.
-Malditos, assim que os apanhar... – disse Juo para si mesmo, fechando o punho imaginando as piores coisas que se podiam fazer a um ser humano.
Ao fundo, nas sombras das tendas e dos balcões estavam dois homens escondidos na sombra, olhavam para Juo, comunicavam entre si.
-Quem é aquele?
-Não sei, mas pela hitaite que a rapariga tinha ao pescoço, são ninjas de Kumogakure no Sato, isso eu sei.
-Ninjas? Só há uma solução para lidar com eles! Esfaquear!
-Espancar!
-Roubar!
-E para acabar decapitar! O toque perfeito para acabar – Os dois começaram a rir alto ambos em sintonia.
-Ataca! – Disse por fim acabando os dois de rir, um dos homens para o outro, este que começou a mover-se rapidamente em direcção ao jovem de Kumogakure no Sato.