Acordei ao nascer do Sol, bocejando e abrindo os braços com grande satisfação ao despertar. Comi frutas como primeira refeição (até mesmo porque é o que tinha para comer) e me preparei para outra meditação: aquela sensação de relaxamento é divina! Estava com algumas dores no corpo devido ao esforço do outro dia, mas mesmo assim continuaria a treinar, afinal eu deveria aproveitar meu último dia e fazer algo de produtivo. Aproveitei o período da manhã para fazer isto: posicionei-me a uma pedra que ficava à sombra de uma árvore, e então fechei os olhos, e comecei a concentrar meu chakra. A sensação é indescritível! Comecei a “brincar” com meu chakra, tentando centrá-lo em diversas partes do meu corpo. Desta vez eu não faria uma meditação, e sim, algo um pouco diferente. Desta vez, eu centraria meu chakra utilizando selos: queria sentir como é a circulação e concentração do chakra a cada selo feito, para ter mais intimidade com meus jutsus.
Fechei meus olhos, posicionei minhas mãos em posição do selo de Tora, que normalmente é o primeiro selo usado na concentração de chakra, e exclamei: HITSUJI!
Assim, concentrei meu chakra no peito, e conjuntei minhas mãos, mantendo o dedo indicador esquerdo levantado, e as dobras dos outros dedos unidas. Estava a realizar o selo do bode! Não iria utilizar nenhum jutsu no treino com isto, mas eu já estava a caminho de aprender coisas novas!
Após isso, rapidamente exclamei: “I, U, TATSU”!
Fiz rapidamente, em sequência, os selos “javali”, posicionando minhas mãos em posições opostas, a encontrarem-se os palmos, “coelho”, mantendo os indicadores, e o anelar esquerdo levantados, concentrando chakra nas pontas dos dedos e “dragão”, concentrando o máximo de chakra no peito, executando assim, os três selos seguidos.
Estava alcançando um novo estágio, utilizando selos para facilitar o fluxo do chakra e concentração do mesmo, cada vez mais me aprimorando.
Após realizar alguns selos, continuei apenas a meditar naquela montanha, calmo e tranquilo, durante algumas horas, até que já estivesse mais frio.
Após isso, peguei a mesma pedra a qual eu estava sentado, e posicionei-a em minhas costas. Estava muito pesado! Deitei-me no chão, posicionando a palma de minhas mãos na grama fria, e, com a pedra em cima das costas, eu forcei os meus braços a esticarem-se, elevando meu corpo, assim, forçando depois a dobra, baixando meu corpo. Porém eu não estava seguro de que agüentaria todo aquele peso apenas com força física, então concentrei um pouco de chakra na palma das minhas mãos, e nas minhas costas. Tudo ficou mais fácil, eu estava conseguindo manter um bom ritmo fazendo as flexões, porém, me cansando um pouco. Após cerca de dez minutos, eu já estava cansado, pois estava a utilizar chakra. Então parei e resolvi fazer algo que eu estava a planejar para futuras batalhas, mas que exigia treino...
Peguei umas linhas shinobi que havia trazido comigo na minha mochila, e então peguei seis senbons. Amarrei uma linha em cada senbon, e então prendi as senbons entre meus dedos, três em cada mão. Procurei uma árvore média, e quando encontrei uma boa, me posicionei a cerca de dez metros de distância da árvore, quando mirei bem as laterais a árvore e lancei as senbons a toda a minha força. Ao perceber que as senbons atingiram as laterais, forcei-as, com as linhas, ao centro da árvore, encontrando-se e prendendo-se à árvore. Então, concentrei ao máximo o chakra em meu braço, e, enviando-os por entre as linhas, consegui fazer uma conexão com chakra entre mim e as senbons. Então, dispersei o chakra restante em um corpo inteiro e firmei-me numa base, m que minha perna direita à frente ficava num ângulo de 135 graus de dobra, e a outra esticada, a dois pés atrás da direita. Prendi meus pés no chão e firmei o corpo.
Então, fazendo uma força descomunal, comecei a puxar a linhas, com as senbons. Quando percebi que estava começando a trazê-las, dei um passo para trás, porém mantendo-me na mesma base, com a qual sinto firmeza. Cada vez que eu percebia que poderia fazer mais força e puxar, dava um passo para trás, e puxava. Pequenas rachaduras se formaram em volta a árvore, e eu vi sua raiz saindo aos poucos e desfirmando-se do solo. Após cinco minutos a puxar, percebi que era a hora certa de arrancá-la por completo, e, num grito heróico e bem alto: “HÁÁÁÁAAA”! , eu puxei-a com toda a minha força, e arranquei-a por completo do solo, desprendendo sua raiz do chão firme, trazendo-a a toda velocidade até mim. Porém a velocidade com que ela veio, foi muito grande. Então, rapidamente, centrei pouco chakra na sola dos pés e dei um pequeno salto, suficiente para me esquivar sem precisar soltar as linhas.
Quando percebi que ela iria cair descendo a montanha, então me firmei novamente, e puxei, desta vez com mais controlo, até que a mantive parada.
Com o restante de chakra que me sobrou, apenas fiz uma pequena tentativa de um golpe que imaginei. Mas antes, desfiz o fio de chakra que estava com as linhas, e puxei as senbons, guardando no meu bolso novamente. Cortei as pequenas linhas com outra senbon, quando tudo estava pronto e a senbons guardadas, calculei a minha distância da árvore que eu havia arrancado do solo, e foquei meu chakra nas pontas dos pés, nos joelhos, para fazer o que eu tinha em mente: dobrei meus joelhos, e, impulsionando-me com chakra, saltei a uma altura considerável.
Nesta circunstância, tudo estava certo pra eu poder executar meu golpe. Concentrei meu chakra no ponto mais alto da minha cabeça, virei o corpo, tendo assim, a cabeça em direção ao solo, e me impulsionei à toda velocidade em direção ao centro da árvore que estava ao solo: queria ver o dano que, com um golpe, eu causaria. Estava a uma velocidade que nunca senti na minha vida, e, à minha chegada no solo, dei uma grande cabeçada no centro da árvore, deixando assim, um pequeno quebrado, não a partindo totalmente, mas causando um dano bom, a um material considerado duro.
Claro que fiquei com grande dor de cabeça, porém, concluí meu treino, preparei novamente meu “chá improvisado” e tomei, acompanhado das minhas frutas, e então caí num enorme sono profundo na minha rede, para descansar do intenso treino.