Olhei para aquela mensagem, não parecia fazer sentido, tal como todas as outras vinha escrita a vermelho sobre uma folha completamente branca. O homem à minha frente estava com um sorriso no rosto como se soubesse aquilo que eu tinha nas mãos. Ele levou à mão ao bolso e retirou um envelope em tudo semelhante ao que tinha nas minhas mãos. Do seu interior retirou também uma carta, abriu-a e leu em voz alta o seu conteúdo, exactamente as mesmas palavras, nem uma vírgula estava alterada, não havia dúvida era igual, também ele havia recebido uma carta igual. Quando terminou de ler o poema fez um breve pausa, pensei que este havia acabado, tal como a minha carta, mas não, a sua carta tinha algo mais.

“O Crânio precisa de ajuda, as chamas consomem-no, Sabishii Tomogara.”

À medida que ele lia aquelas palavras um arrepio percorria-me o corpo como um choque, não parecia uma ameaça mas sim um alerta, porque tentaria o maníaco matar-me num incêndio para depois avisar alguém para me salvar, não fazia sentido, aliás nada nesta história fazia sentido. Fizemos um momento de silêncio tentando processar toda aquela informação repentina, não sabia o que pensar deste homem de sorriso aleatório que me fitava com olhos de ninguém. Foi então que decidi quebrar o silêncio:

- O que pensas fazer? O que te garante que todas as partes têm algum possuidor, que não se perderam nas areias do tempo e afundaram no esquecimento, já pensaste sobre isso? – As minhas palavras eram directas, não havia tempo para rodeios e jogos, pois enigmas já eles haviam a mais.
- Nada nem ninguém me pode garantir isso… mas também ninguém me garante que estou errado, e se realmente eles estiverem espalhados pelo mundo, a vida dos seus possuidores pode estar em grande perigo, ignorantes sobre o significado daquilo que ocultam do mundo, dois deles já pereceram defendendo as suas partes. – Veio-me à mente de imediato a imagem dos dois cadáveres crucificados na parede do suposto esconderijo do homem. – Então, pretendes juntar-te a mim ou continuar a viver escondido e assustado?

Pensei por breves segundos, a minha decisão estava tomada à muito tempo, lentamente, peguei na carta e respondi:

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O Filler é pequeno, mas dependendo da votação, irei continuar neste mesmo topico.

- Prefiro não tomar riscos, continuarei a minha procura sozinho, se os nossos caminhos se voltarem a cruzar, poderemos estar em lados opostos, mas também eu pretendo terminar com isto tudo. – O homem não parecia surpreso, parecia já esperar por esta resposta. Não podia simplesmente confiar num estranho que acabara de conhecer, pode-me ter salvo de um incêndio mas a sua atitude parecia-me precipitada e poderia colocar muita gente em perigo. Ninguém me garantia que ele não estava combinado com o outro homem e isto não passava de um plano para porem mãos ao Crânio.

Foi então que ele quebrou o silêncio que pairava no ar.

- Se é essa a tua decisão só tenho a respeitar, não sei se será a decisão acertada mas espero bem que sim, para o teu bem e para o de todos. Não te posso obrigar a mudar a tua decisão, e tal como dizes no futuro podemos estar em lados opostos mas temos o mesmo objectivo, se não te colocares no meu caminho tudo correrá bem… - Notava-se um leve tom de ameaça no seu tom de voz, um aviso malicioso, mas não iria mostrar parte fraca.
- Não tens mais nada a dizer? Se não permite-me que me vá embora. – Levantei-me e dei uma última vista de olhos à sua casa, as fotos, as mensagens, e deixei um aviso. – Espero bem que pares de me perseguir, isto não é uma ameaça mas sim um aviso amistoso. – Dito isto abalei sobre o olhar atento do homem. Ele não me tentou impedir nem persuadir, a nossa conversa terminou ali, cada um seguiria o seu caminho, tentando não os cruzar, pois se isso acontecesse ninguém saberia o que poderia acontecer.

A noite começava a cair, as estrelas apareciam no negro véu que cobria o céu, uma brisa fresca flutuava pelo ar e o silêncio percorria as ruas. As luzes das casas acendiam-se a pouco e pouco iluminando as janelas de um dourado intenso, outras permaneciam entregues à escuridão.
Após caminhar por algumas ruas cheguei finalmente a casa, o dia havia sido bastante emocionante e estava mentalmente enfraquecido, apenas me apetecia sucumbir perante o encanto do sono. Mal entrei no quarto atirei-me para cima da cama, dali não me mexi mais, adormeci pacificamente sem saber os pesadelos que me esperavam.
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Este é o fim deste capitulo. Muitas descobertas foram feitas e outros enigmas surgiram. Agora vêm a nova saga e espero que acompanhem.

Este capitulo será revisto e irá ser feito um resumo filler a filler para aqueles que pretendam acompanhar.

Quem é que andou a escolher as opções erradas? Oh enfim, mesmo não ter ficado a opção que queria, acho que irá sair daqui algo igualmente bom.
Gostei bastante deste capítulo, parabéns.

Próxima saga! yeee saga dos sonhos

Bom filler Tera, a ideia de tornar isto Interactivo foi bastante boa xP

Penso que se o Koshi seguir o seu caminho sozinho, as outras partes do esqueleto tambem iram aparecer xP so ira tornar as coisas mais interessantes e dificeis.
A personalidade do homem parece ter mudado com a resposta do Koshi *TENSO*

Boa sorte com a proxima saga e que seja tao boa como a 1'!