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[Filler 10] Cemitério EJWNGUN
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[Filler 10] Cemitério EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Filler 10] Cemitério

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Brufan

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MensagemAssunto: [Filler 10] Cemitério   [Filler 10] Cemitério Icon_minitimeQui 24 Jun 2010 - 12:02

Cemitério

— Tu queres fazer o QUÊ?!
A rapariga afastou-se ligeiramente dele, na tentativa de preservar os seus tímpanos. — Quando eu disse “Não faças escândalos”, eu incluí os gritos e todas as expressões de choque que tu não estás a tentar evitar.
Atsuko ignorou-a, olhando em volta, como se tentasse assegurar-se que não estavam a ser ouvidos. — Tu endoideceste de vez?! Eu sei que a percentagem de QI que tens é mínima, mas isto é de loucos!
— Como sempre, estás a fazer uma tempestade num copo de água.
— Não estou a fazer uma tempestade. Estou a fazer um apocalipse! — exaltou-se ele, fazendo a amiga revirar os olhos impaciente — Aruko, tenta acompanhar a minha lógica: tu queres fazer… isto — começou, fazendo uma expressão desorientada perante a última palavra — porque tens um pressentimento?!
— Basicamente, sim.
O moreno puxou-a, escondendo-os ainda mais nas sombras do beco para onde ela o arrastara. Queria manter a calma. Ele tinha que manter a calma, visto que a amiga aparentemente tinha endoidecido de vez. Ela avisara-o que tinha algo estranho a pedir-lhe, mas aquilo ultrapassava os limites da estranheza. Era simplesmente bizarro. E ele não iria fazê-lo. Definitivamente não.
— Nem penses. — respondeu Atsuko, vendo que a morena o fitava expectante.
— Vá lá, Atsuko! Eu tenho que fazer isto. Aquela rapariga estranha anda a perseguir-me e a dizer-me isto há quase duas semanas e eu estou a dar em doida!
— Rapariga estranha? — interrompeu ele, despreparado para a inesperada referência.
Aruko ignorou-o — E se eu não fizer o que ela quer vou ser perseguida até sabe lá Deus quando, com ela a estender-me aquela estúpida mão e a aparecer e a desaparecer como se fosse um fantasma, ou uma mágica ou uma maldição que alguém me lançou!
— Perseguida? Mão? — perguntou em voz alta, tentando seguir as palavras da rapariga, à medida que ela falava cada vez mais depressa.
— E eu não consigo fazer isto sozinha, por isso pedi-te ajuda! — exclamou ela, ligeiramente ofegante, fazendo-o saltar com a mudança súbita de tom.
Ele fitou-a longamente, dividido entre a confusão e o cepticismo. Ela tinha que ir a um terapeuta. E depressa. — Aruko, eu não vou fazer isso.
A expressão dela esmoreceu e o seu olhar desprendeu-se do rapaz, para se ligar ao chão de pedra cinzenta. — Eu compreendo. — começou ela num tom quase inaudível, obrigando-o a dar um passo na sua direcção para a perceber — Só que… bem, para ser sincera, pensei que estivesses disposto a vir comigo. Afinal, somos os melhores amigos — Eu não vou fazer o que ela quer — e quando alguma coisa acontece, estamos lá um para o outro, — Podes dizer o que quiseres, que não vai resultar — portanto pensei que desta vez também me irias apoiar. Pelos vistos, estava enganada.
Sem o fitar de novo, Aruko virou as costas, caminhando em direcção à saída do beco obscurecido para onde ela os empurrara. Exacto, vai-te embora. Não há nada, nada, que me faça mudar de ideias. Se queres ir, vai, mas eu não vou atrás. Nem pensar que eu vou para um cemitério à noite. Muito menos fazer o que tu queres que eu faça. É isso mesmo, vai-te embora com esse ar derrotado. Vê se eu me importo... Merda.
— Tens pás?
A rapariga parou de andar, fitando-o por cima do ombro com um sorriso vitorioso — Prontas a serem utilizadas.

_____________________________________

— Eu odeio isto. Já mencionei isso?
— Umas trezentas vezes nos últimos dez minutos. Já passaste a mensagem, agora podes parar de repetir isso. — respondeu a morena, antes de concentrar chakra nas plantas dos pés.
Sem qualquer esforço, subiu a parede de pedra negra, saltando para o outro lado do muro que protegia a fortaleza dos defuntos. Segundos após a sua aterragem na terra batida, Atsuko encontrava-se ao seu lado, mantendo duas pás de metal firmemente presas nas mãos. Erguendo a tocha improvisada que o amigo fizera, Aruko caminhou em frente, sendo seguida de perto pelo companheiro. Os pés de ambos marcavam a terra escurecida à medida que avançavam, as suas sombras mesclavam-se com as das lápides de mármore delicado numa visão fantasmagórica, típica de sonhos agitados e recheados de calafrios.
Mas o medo e apreensão do rapaz eram equilibrados pela determinação cega da rapariga. Uma parte, uma bastante grande, na verdade, empurrava-a na mesma direcção que aquela estranha lhe oferecia há tantas noites. Se calhar, o amigo tinha razão e a sua sanidade estava mesmo presa por um fio, mas se não fizesse isto, nunca poderia ter a certeza. Se no fim daquela noite não acontecesse nada, então iria começar um ciclo intenso de terapia. Mas se acontecesse… bem, ainda não sabia, mas definitivamente iria acontecer algo.
Assim que os seus olhos vislumbraram a lápide pretendida, a morena parou, fazendo o rapaz chocar contra ela.
— É agora. — anunciou, relendo com adoração o nome incrustado na pedra.
— Se a tua avó te visse agora, dava-lhe uma coisa má.
— Ou então ia perguntar porque é que eu demorei tanto tempo a perceber. — refutou, pegando numa das pás.
— Perceber o quê?
— Não faço ideia. — concluiu, enterrando o metal na terra, trespassando as flores amarelas adormecidas no solo, antes de retirar uma porção do material que a separava do seu objectivo.
Ao ver que a Aruko não mudava de ideias, o rapaz pediu desculpas mudas pelo que estava prestes a fazer, antes de a imitar, ajudando-a a aproximar-se do caixão soterrado. Há medida que iam retirando terra do caminho pretendido, o cansaço aumentava acompanhado pelo tempo. Ao fim do que pareciam ter sido dias, mas que não haviam passado de longas horas, a pá do rapaz chocou contra uma superfície intransponível.
— Encontrei! — gritou, ofegante.
Num acesso de adrenalina, ambos apressaram a tarefa, as suas respirações ofegantes baralhavam-se no som das escavações amadoras que realizavam. Quando os seus olhos conseguiram percorrer todo o caixão de madeira clara detalhada com restos de terra, caíram de joelhos, de braços doridos e corações exaltados. Com as mãos trémulas, mais devido ao cansaço a que se haviam sujeitado do que a qualquer réstia de nervosismo, revestidas com chakra, elevaram o caixão, depositando-o ao normal nível do solo.
Os seus olhares trancaram-se um no outro, antes de o rapaz acenar com a cabeça num gesto de incentivo, obrigando-a a observar o objecto que ansiara. A sua mão foi iluminada fracamente pela tocha, quando esta toucou a espécie de fechadura que mantinha o caixão fechado. Sem se atrever a respirar, libertou a tampa da prisão a que estivera condicionada, abrindo-a lentamente, quase a medo.
Pacífica, alheia à aventura nocturna das crianças que vira crescera, estava a mulher de cabelos brancos, ainda perfeitamente arranjados, a pele rugosa a demonstrar já sinais do tempo que passara longe da superfície, o kimono impecavelmente branco resguardado pelas mãos firmemente fechadas, descansadas no colo da mulher.
— Olá avó. — cumprimentou a rapariga em tom baixo, quase solene. — Desculpa pela falta de visitas.
— Aruko. — relembrou o rapaz no mesmo tom, apontando para o céu que clareava.
Com um aceno de entendimento, a morena aproximou a mão trémula das mãos fechadas da mulher adormecida. — Peço desculpa. — murmurou, antes que os seus dedos forçassem a mão direita a abrir-se.
Resguardado pela pele gelada da avó, um pedaço de metal escondia-se de olhares alheios. Cuidadosamente, ergueu-o, permitindo que a luz da tocha fosse reflectida irregularmente pela superfície da chave.
— O que raio é que isso está aqui a fazer? — perguntou Atsuko, hipnotizado pelo objecto que a amiga segurava.
— Não faço ideia. — respondeu sinceramente, tentando pôr os pensamentos em ordem.
Foram súbita e fracamente iluminados pela luz do astro que forçava a sua presença no céu matinal, dispersando o ambiente fantasmagórico que os envolvera durante toda a noite.
— É melhor colocarmos tudo como estava. — interrompeu Atsuko, levantando-se num salto, recebendo um aceno de concordância da amiga, que guardou a chave dentro da bola que trazia presa à perna.
Numa despedida muda, Aruko voltou a fechar o caixão, colocando-o de novo no buraco a que pertencia com a ajuda do moreno. Há medida que a terra voltava ao seu lugar inicial, o Sol erguia-se altivo no céu nublado, vigiando o trabalho silencioso de ambos os amigos, até à sua saída do cemitério.

_____________________________________

O seu corpo encontrava-se totalmente protegido pela folhagem abundante da árvore centenária. Os seus olhos negros mantiveram-se presos às suas presas. Estranhos, sem dúvida. Mas deliciosamente interessantes. O seu sorriso expandiu-se, revelando os seus dentes perfeitamente brancos, antes protegidos pelos lábios que revelavam pequenas cicatrizes de cortes antigos.
Aquele era um trabalho perfeito. Perfeito para ela. A espera, a adrenalina, o triunfo, os gritos. Tudo se encaixava na perfeição em si mesma. Não lhe podiam ter designado nada melhor.
Eles desapareceram numa das esquinas, obrigando-a a desencostar-se do tronco que fora o seu apoio nas últimas horas, esgueirando-se com extrema facilidade para outra árvore mais próxima dos seus alvos, o seu cabelo flamejante, ao vento por uma fracção de segundo. A rapariga ao lado do amigo olhou para trás, convencida com a presença de algo anormal, antes de ignorar o seu pressentimento e voltar a andar em direcção a casa.
Mordeu o lábio inferior sentindo o familiar sabor a ferro inundar-lhe os sentidos. Sorriu sadicamente. A caça era, sem dúvida, o único trabalho condizente com o seu nome.
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Nocas


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MensagemAssunto: Re: [Filler 10] Cemitério   [Filler 10] Cemitério Icon_minitimeDom 27 Jun 2010 - 16:42

Great like always xd
mais uma vez adorei ^^
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Drialmeida

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MensagemAssunto: Re: [Filler 10] Cemitério   [Filler 10] Cemitério Icon_minitimeQua 30 Jun 2010 - 10:54

LOOOOOOOOOL Ri-me bastante em certas partes xd Especialmente nesta:

Citação :
— Olá avó. — cumprimentou a rapariga em tom baixo, quase solene. — Desculpa pela falta de visitas.
— Aruko. — relembrou o rapaz no mesmo tom, apontando para o céu que clareava.

Ri-me mesmo muito lol x)
Consegues dar facilmente a memoria visual ao leitor, vou ler o proximo ainda hoje Wink
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Brufan

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MensagemAssunto: Re: [Filler 10] Cemitério   [Filler 10] Cemitério Icon_minitimeQua 30 Jun 2010 - 12:58

Ainda bem que gostaram *--------*

É bom saber que consigo ter piada sem ter essa intenção xd
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MensagemAssunto: Re: [Filler 10] Cemitério   [Filler 10] Cemitério Icon_minitime

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