Parte I - Inicio
Percorria o caminho de volta para a estalagem com a Kirin, ela era um pouco mais baixa que eu e isso fazia me sentir o líder apesar de ela ter muito mais conhecimento que eu. Um velhinho olhou para nós quando íamos a passar pela estrada e abordou-nos.
— Vocês têm ar de ser fortes. – Disse o tal velhinho. – Por acaso não me querem ajudar, dou uma recompensa claro.
— Hum, diga lá chefe, que tarefa é? – Perguntei, uma recompensa vinha mesmo a calhar até porque nenhum de nós tinha dinheiro para pagar a estalagem.
— Podiam carregar esta carroça de mercadorias até ao mercado por favor?
— Ah merda, isso é tão longe. Mas não se preocupe que nós levamos.
— Obrigado bons jovens. – Disse o velho comerciante a olhar para a Kirin.
Estava mesmo cansado, a Kirin tinha-me obrigado a levar a carroça e ainda por cima ela ia ao lado das mercadorias fazendo mais peso. Parei um bocado para descansar, o treino intensivo tinha dado cabo de mim e ainda levar uma carroça cheia de mercadores e a Kirin em cima não era propriamente agradável.
Ia retomar a viajem, mas tive um pressentimento estranho. Olhei para todos os lados mas só via vegetação, mas era normal estava na floresta. Vi também um vulto negro a esconder-se para baixo na vegetação. Estávamos a ser observados, mas como é que ia dizer isto à Kirin sem que o observador percebesse? Tive uma ideia.
— Kirin, lembras-te dos bonecos do treino? Voltaram a aparecer.
— Como assim? – Virei os meus olhos duas vezes para a mata como que a fazer sinal. – Ah já percebi.
Sem que nos apercebêssemos vários bandidos saltaram para o meio do caminho impedindo-nos a passagem. Comecei a focar o meu chakra pelo corpo e assim tomei uma forma animalesca, cresceram-me as unhas, os dentes caninos e apoiei-me no chão com os quatro membros. Enquanto isso a Kirin dava um salto por cima de mim com as mãos a formarem selos, para a ajudar saltei para cima e ela usou-me como apoio, assim saltou e atacou com balas de água alguns dos inimigos que se encontravam ali.
Concentrei chakra novamente e usei um shunshin bastante rápido para me aproximar dos adversários. Assim que cheguei perto deles dei cotoveladas potentes a alguns deles, deixando-os inconscientes, agarrei na katana e tentei ferir os restantes, consegui fazer um corte num bandido mas os outros conseguiram escapar. Dei um salto para o ar, retirei senbons do bolso e atirei-as para um dos bandidos de negro. O meu oponente colocou o braço no caminho das senbons e três delas espetaram-se em linha recta.
A Kirin que usava golpes de taijutsu estava a ter alguma dificuldade, então para a ajudar trabalhei em equipa ao concentrar o meu chakra fortemente e criei cinco bunshins ilusórios para distrair os assaltantes.
Olhei para o Kizaru e percebi que ele estava pronto para entrar na luta. Cheguei-me perto dele, concentrei o meu chakra na ponta dos dedos e toquei-lhe na testa. Ao executar o Jujin Bunshin o Kizaru passava da sua forma de cão para se tornar uma réplica igual a mim. Enquanto o Kizaru usava taijutsus para derrubar aqueles ninjas, eu tentava trabalhar em conjunto com a Kirin. Ela acabava de usar um Suiton, Mizuame Nabara que prendia os adversário mais burros, enquanto isso retirei kunais do bolso e de imediato lancei-as contra os oponentes presos.
No instante em que coloquei a mão no bolso senti os chaveiros explosivos que tinha, olhei para a parede de terra que se encontrava atrás deles. Peguei em senbons rapidamente e enquanto a Kirin os distraía, adicionei às armas chaveiros explosivos, rapidamente atirei os cinco senbons que falhei propositadamente os ninjas. Sem que eles se apercebessem, os chaveiros espetados na rocha explodiram provocando uma derrocada em massa.
Apenas sobravam três pessoas e um cão no campo de batalha. Eu, a Kirin, o Kizaru e aquela que parecia ser a chefe do grupo e também a mais forte. Concentrei um pouco de chakra e usando aquela técnica que se encontrava no meu clã à gerações comecei a rodopiar muito rapidamente até que formei aquilo que parecia ser um tornado.
— Tsuga! – Gritei quando me encaminhava para a minha adversária a todo o gás.
Estava prestes a atingir a rapariga quando ela com uma rapidez incrível e inesperada me desviou com uma foice. Fui projectado para trás batendo num tronco com toda a força, por sorte a lâmina apenas me tinha feito um corta na face. A força do impacto foi apenas causada pelo meu descontrolo com o Tsuga. Levantei-me como se nada fosse e a correr sobre os quatro membros concentrei o meu chakra preparando o Shunshin no Jutsu. Em poucos segundos fiquei à frente da minha adversária e dei-lhe um pontapé. A rapariga voou para trás e nisto a Kirin apanhou-a colocando a lâmina de uma kunai encostada ao pescoço.
— Ajudem-me por favor, a mim e aos meus colegas. – Pediu a rapariga.
— O quê? Tentas roubar-nos as mercadorias e agora queres ajuda, explica-te.
— Nós temos um líder num acampamento fora da aldeia que nos obriga a fazer estes roubos.
— Juntem-se e lutem contra ele. – Disse a Kirin continuando a prende-la.
— Ele é muito forte, não consegui-mos.
— Ok, nós ajudamos-te se nos prometeres ajudar no final a carregar as mercadorias para o mercado.
— Claro, claro, tudo o que quiserem.