Naquele dia, várias nuvens escuras cobriam os céus da vila oculta da nuvem. Eu acordo muito cedo com gritos da velha que geria o orfanato. Era uma mulher muito ruim, tinha gozo de gritar e cometer todo o tipo de atrocidades conosco. Eu levanto-me da cama e visto meu uniforme ninja. Quando chego na cozinha para tomar o pequeno almoço apenas encontro comida já de uns 3 dias atrás. Então saio do orfanato e dirigo-me a uma casa de refeições e tomo o pequeno almoço pagando 30 ryous.
- Aff, muito caro aqui!
Digo eu me queixando do preço. O dono do establecimento olha-me com ar de furioso e quase me bate pelo que disse. Quando termino de tomar o pequeno almoço, decido caminhar até a casa do meu falecido pai, Kami Nakagawa. Quando me aproximo, sinto logo um ar de repulsa e de descriminação. Eu tento ignorar mas dois velhos, sobreviventes do massacre do meu pai, começam a provocar-me.
- Olha Tsune, o filho do traidor.
- Eh, Kurayami, quando é que segues os passos do teu pai e acabas conosco?
Eu olho os velhos com vontade de realmente espancá-los mas consigo resistir e entro em casa. Quando entro em casa, deparo-me com um mendigo dormindo lá, e vejo a casa toda suja. Eu tento-me acalmar e acordo o mendigo.
- Desculpe senhor, importa-se de sair da minha casa?
Eu bem falava mas o mendigo parecia não ouvir nada do que eu dizia. Ao que eu resolvo tentar de novo falando mais alto um pouco.
- Senhor, acorde!
Eu tentava e tentava, mas o velho não dava sinal de vida, não fosse o alto ressonar dele, eu diria que ele estava morto. Então pego um copo de agua na cozinha e despejo na cara dele. O velho acorda sobresaltado furioso e ao mesmo tempo envergonhado.
- O que se passa? Quem foi?
Eu olho-o suspirando já nervoso e ele arruma sua cama.
- Desculpe, mas poderia abandonar a minha casa?
O velho ri-se da minha cara o que me deixa ainda mais irritado embora não mostrasse.
- Esta casa é minha!
- Não é nada, esta casa era de meu pai Nakagawa, por isso é minha tambem.
Eu e o velho começamos a discutir pela casa até que um dos velhos que estava lá fora entram para ver a cena. Um começa-se a rir e o outro interrompe tudo.
- Kurayami, que se passou? Perdeste a casa?
- A casa é minha, não a vou dar de mão beijada para um bando de velhos idiotas.
Os velhos irritam-se e fazem um Origami em forma de shuriken. Eu observo eles e ataco-os com palavras.
- Vocês falam de mim, mas são vocês quem me ameaçam primeiro. Tal como fizeram a meu pai. Vocês que provocaram todo o passado do nosso cla.
Eles ficam furiosos com a confrontação e atacam o gennin lançando shurikens de papel. Como não tentaram aprender os outros jutsus, esse era o unico jutsu do origami que eles sabiam. Eu esquivo-me usando Kawarimi no Jutsu! Os velhos que devido á sua idade, ficam logo cansados e abandonam a casa. Eu sento-me no chão descansando, mas como a casa estava toda suja, acabei sujando-me todo. Passo então algumas horas a tentar limpar tudo e deixar a casa impecavel.
- Está na altura de sair do orfanato e vir viver aqui.
Penso eu enquanto limpava tudo. Quando termina, eu saio de casa para informar a velha do orfanato. Quando lá chego, antes que pudesse dizer o que queria, ela manda-me logo ir limpar as casas de banho. Eu interrompo-a dizendo que iria deixar o orfanato, uma vez que já era gennin. A velha ficou furiosa e começou a resmungar enquanto me mandava ir buscar as minhas coisas. Eu pego nas minhas roupas colocando numa mochila. Pego na katana e amarro-a nas minhas costas. Então saio do orfanato e suspiro de alivio por ter saido duma prisão. Quando chego a casa, arrumo tudo e vou treinar.